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RELAÇÃO ENTRE MICROBIOTA INTESTINAL E DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Autor: Glorimar Rosa
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer o conceito de microbiota intestinal;
  • discutir os fatores que podem influenciar a microbiota intestinal;
  • reconhecer a associação entre microbiota intestinal e padrão alimentar;
  • identificar a associação entre microbiota intestinal e doenças cardiovasculares (DCVs);
  • discutir a influência da dieta na microbiota e a prevenção de DCVs.

Esquema conceitual

Introdução

As DCVs são a principal causa de mortalidade no mundo, representando 31% de todas as mortes globais.1 Nesse contexto, a inflamação crônica associada ao tecido adiposo se dissemina para uma inflamação sistêmica e contribui para o desenvolvimento e a progressão de distúrbios metabólicos associados à obesidade, como resistência à insulina, diabetes melito tipo 2 (DM2), hiperlipidemias e aterosclerose.2

No Brasil, as DCVs são a principal causa de morte, de acordo com as estimativas do Estudo Global Burden of Disease (GBD).3 Entre 1990 e 2019, quanto às DCVs, a doença isquêmica do coração (DIC) foi a causa número um de morte no País, seguida por acidente vascular cerebral (AVC).

O processo de transição nutricional da população, acarretado pelo avanço da industrialização e pelo estímulo ao consumismo, provocou alterações no estilo de vida, como a inatividade física e a má alimentação. Do mesmo modo, o estilo de vida sofre influência direta das condições econômicas e sociodemográficas, o que, por sua vez, reflete negativamente na saúde da população.4–6

Fatores ambientais, como o padrão alimentar saudável e a prática de exercício físico, têm sido associados a um metabolismo saudável.4–6 Nos últimos anos, evidências crescentes sugerem o envolvimento da microbiota intestinal no desenvolvimento de distúrbios metabólicos.7,8

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