- Introdução
A NANDA International, Inc. (NANDA-INANDA International, Inc.) estabelece, desde 2006, o diagnóstico de enfermagem (DEdiagnóstico de enfermagem) “Risco de glicemia instável” (00179), o qual pertence ao Domínio 2, Nutrição, e é definido como a suscetibilidade à variação dos níveis séricos de glicose em relação à faixa normal, que pode comprometer a saúde.1
Para esse diagnóstico, a classificação apresenta os seguintes fatores de risco:
- conhecimento insuficiente sobre o controle da doença;
- conhecimento insuficiente sobre os fatores modificáveis;
- controle ineficaz de medicamentos;
- controle insuficiente do diabetes;
- estresse excessivo;
- falta de adesão ao plano de controle do diabetes;
- ganho de peso excessivo;
- ingestão alimentar insuficiente;
- média de atividade física diária inferior à recomendada para idade e sexo;
- monitoração inadequada da glicemia;
- não aceitação do diagnóstico;
- perda de peso excessiva.
Em sua nova edição, a Classificação da NANDA-INANDA International, Inc. acrescentou as categorias população em risco e condição associada. Para o DEdiagnóstico de enfermagem “Risco de glicemia instável”, a gravidez é apresentada como condição associada, e são descritas como população em risco aqueles:
- com alteração no estado mental;
- com atraso no desenvolvimento cognitivo;
- em estado de saúde física comprometido;
- em período de crescimento rápido.
Estudos mostram que a glicemia instável é uma condição clínica comum entre os pacientes diabéticos2,3 e hospitalizados,4,5 podendo acarretar em diversos agravos, entre eles:6,7
- aumento na suscetibilidade a infecções;
- distúrbios hidroeletrolíticos;
- disfunção endotelial;
- complicações crônicas micro e macrovasculares;
- intensificação do quadro inflamatório e os fenômenos trombóticos secundários à geração de radicais superóxidos e de citocinas inflamatórias.
Uma glicemia instável pode levar ao aumento de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade.7 Desse modo, o conhecimento dos fatores de risco para esse diagnóstico torna-se necessário para implementar intervenções baseadas nas melhores evidências científicas voltadas à minimização do risco da ocorrência da glicemia instável.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar o conceito de glicemia instável;
- reconhecer o DEdiagnóstico de enfermagem “Risco de glicemia instável”;
- perceber os fatores de risco do DEdiagnóstico de enfermagem “Risco de glicemia instável”;
- utilizar intervenções de enfermagem para a prevenção de complicações e monitorização dos pacientes que apresentam o DEdiagnóstico de enfermagem “Risco de glicemia instável”.
- Esquema conceitual