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SANGRAMENTOS GRAVES E OS NOVOS ANTICOAGULANTES

Salomón Soriano Ordinola Rojas

Luis Enrique Ordinola Mendoza

Amanda Ayako Minemura Ordinola

epub-BR-PROAMI-C17V2_Artigo5
  • Introdução

Os inibidores diretos da coagulação são amplamente prescritos nos Estados Unidos e em outros países, sendo seu uso maior que os antagonistas da vitamina K. Após liberação pela Food and Drug Administration (FDAFood and Drug Administration), esses inibidores são utilizados como prevenção secundária de eventos isquêmicos arteriais em pacientes com doença coronária ou periférica, prevenção de acidente vascular cerebral (AVCacidente vascular cerebral) e embolia sistêmica na fibrilação não valvar, bem como para prevenção e tratamento de tromboembolismo.

Apesar do risco de sangramento, a decisão de adotar a anticoagulação sempre é considerada diante do risco iminente de trombose.

Os inibidores diretos da coagulação apresentam risco de sangramento 30% menor que os antagonistas da vitamina K.

A reversão da anticoagulação está indicada na presença de sangramento com risco de ser abundante em procedimentos cirúrgicos eletivos ou emergenciais decorrente de dose inadequada ou interação com outros medicamentos anticoagulantes.

Por serem utilizados desde 2010, os novos anticoagulantes orais devem ser nomeados como anticoagulantes orais inibidores diretos dos fatores de coagulação.

O risco de sangramento em procedimentos cirúrgicos é classificado como baixo, moderado e alto. Consideram-se de baixo risco

 

  • procedimentos dentais;
  • cirurgias superficiais;
  • cirurgias de catarata e glaucoma;
  • endoscopia sem biópsia.

São de moderado risco

 

  • broncoscopia e endoscopia com biópsia;
  • biópsia de próstata ou de bexiga;
  • artroscopia;
  • cirurgia ortopédica de ombro, pé e mão;
  • angiografia coronária;
  • histerectomia abdominal;
  • colecistectomia laparoscópica.

Por fim, no grupo de alto risco enquadram-se

 

  • procedimentos cirúrgicos com duração superior a 45 minutos;
  • biópsia renal e hepática;
  • cirurgias oncológica, urológica ou gastrintestinal;
  • cirurgia vascular periférica;
  • cirurgia cardiovascular, intracerebral ou espinal.

Os acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos (AVCH) relacionam-se em 20% com o uso de anticoagulação oral, sendo a principal indicação para seu uso a ocorrência de fibrilação atrial (FAfibrilação atrial).1,2

Anticoagulantes orais inibidores diretos dos fatores trombina ou Xa apresentam-se com maior benefício em relação ao sangramento quando comparados com varfarina e heparina de baixo peso molecular (HBPM).3,4

Os sangramentos são classificados em maiores e não maiores. São maiores os que apresentam5

 

  • alteração hemodinâmica;
  • localização crítica;
  • presença de queda de hemoglobina em 2g com necessidade de hemotransfusão;
  • comprometimento funcional orgânico, como hemorragia intracerebral.
  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • caracterizar os sangramentos graves e o seu manejo adequado;
  • descrever os exames corretos para análise dos efeitos anticoagulantes, além de condutas para sua reversão;
  • identificar adequadamente em que momento a anticoagulação está revertida.
  • Esquema conceitual
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