- Introdução
O envelhecimento populacional e o progresso tecnológico fazem com que as pessoas vivam e morram em condições cada vez mais complexas, demandando mais cuidados. O cuidado paliativo, embora seja uma abordagem relativamente nova, é reconhecido como parte essencial da atenção à saúde. Em caso de doença incurável, abandonar medidas fúteis e inúteis, aliviar o sofrimento e promover morte digna tornam-se medidas preponderantes.1
O paciente terminal é aquele cuja doença é irreversível e para quem a possibilidade de morte próxima parece inevitável e previsível.
Nas últimas semanas de vida, sintomas indesejáveis podem causar sofrimento, mesmo em vigência de cuidados adequados e realizados por equipe especializada. Tais sintomas podem ser físicos, psicoemocionais ou espirituais. Quando existe refratariedade dessas manifestações, a sedação é uma opção de tratamento.
A sedação paliativa ainda é um tema controverso, pois muitos, por desconhecimento dos princípios dos cuidados paliativos, associam-na erroneamente à eutanásia.2,3
Embora muito se tenha pesquisado sobre a sedação paliativa nos últimos anos, ainda não há uma padronização desse procedimento, e restam muitas lacunas a preencher. Portanto, fatores como indicações para esse tipo de tratamento, momento mais adequado para introdução, fármacos, doses, via de administração e tempo de sedação variam de acordo com a conduta adotada em cada instituição.4
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
- discutir o conceito e as indicações da sedação paliativa;
- reconhecer o momento adequado para iniciar a sedação paliativa;
- analisar a adequação aos diferentes casos dos fármacos mais comumente utilizados para a sedação paliativa;
- identificar os cuidados necessários durante a administração da sedação paliativa.
- Esquema conceitual