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SIMULAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DA ENFERMAGEM QUANTO À PRÁTICA DAS DIRETRIZES DE MANEJO EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA DE GRANDE PORTE

Autores: Tágora do Lago Santos, Melina Sousa Vieira
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • descrever os cuidados de enfermagem no pós-operatório imediato (POI) de cirurgia cardíaca;
  • explicar o uso da simulação realística como ferramenta de ensino;
  • analisar a construção e a aplicação da simulação realística em um cenário de pós-operatório (PO) na unidade de terapia intensiva (UTI).

Esquema conceitual

Introdução

As cirurgias cardíacas são intervenções complexas que requerem tratamento adequado em todas as fases operatórias. Entretanto, o PO é um período de cuidado crítico marcado pela instabilidade do quadro clínico do paciente e repleto de particularidades.1

Inúmeras são as alterações decorrentes do ato cirúrgico em que, na técnica padrão, o coração é parado e a circulação é mantida por meio da circulação extracorpórea (CEC). Dessa forma, o PO de cirurgia cardíaca exige da equipe de enfermagem observação contínua, tomada de decisão rápida e cuidado de alta complexidade, com o objetivo de minimizar possíveis complicações, como alterações nos níveis pressóricos, arritmias e isquemias, além de manter o equilíbrio dos sistemas orgânicos, o alívio da dor e do desconforto.2

O enfermeiro organiza a unidade, dimensiona a equipe de enfermagem e planeja o cuidado a partir da aplicação das etapas metodológicas do processo de enfermagem, de modo a intervir de acordo com as necessidades do paciente, de forma individualizada, promovendo sua rápida recuperação e desospitalização precoce.3

Os enfermeiros atuam nesse cenário diretamente nos cuidados referentes à manutenção do débito cardíaco, da integridade tecidual, do equilíbrio hidreletrolítico e da oxigenação. Isso envolve adequada monitoração cardíaca, correto controle do balanço hídrico, administração segura de medicações e hemoderivados, coleta e avaliação de exames, avaliação das condições da pele, prevenção e controle de infecção e de dor e apoio psicológico, compondo uma equipe multiprofissional.3,4

Com o intuito de aperfeiçoar a qualidade da assistência de enfermagem prestada e aprimorar o desempenho na admissão, a simulação realística pode ser utilizada como ferramenta efetiva para o desenvolvimento de habilidades técnicas e a melhora da autoconfiança do profissional. Ela propicia o preparo da equipe de modo a maximizar um cenário de PO seguro, contemplando a necessidade de cuidados específicos e indispensáveis, com procedimentos e monitoramento minucioso diante da complexidade que envolve o paciente, uma vez que se trata de um período determinante para o seu prognóstico.5,6

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