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SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO NO PACIENTE GRAVE

Autores: Alan Felipe Sakai, Natália Costa da Costa
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  • Introdução

A síndrome de realimentação (SRsíndrome de realimentação) é uma condição clínica frequente nos pacientes internados, em especial no ambiente de terapia intensiva, e tem seus riscos enfatizados cada vez mais.1

A equipe médica e a equipe multiprofissional têm cada vez mais prestado atenção nos pacientes desnutridos e naqueles com risco nutricional, em função da SRsíndrome de realimentação, a qual ocorre durante o início do suporte nutricional.2

Apesar disso, infelizmente, a SRsíndrome de realimentação é uma entidade subdiagnosticada, pois seus achados podem ser atribuídos a outras doenças; os pacientes críticos comumente apresentam várias comorbidades, disfunções orgânicas e particularidades que podem dificultar o seu diagnóstico.1,3,4

A SRsíndrome de realimentação foi descrita após a Segunda Guerra Mundial, em prisioneiros de guerra. Esses indivíduos apresentavam alterações neurológicas e cardiológicas depois do início da realimentação; eles haviam sido submetidos a um longo período de jejum ou de inadequada oferta alimentar.4–7

Não existe, no momento, uma definição universalmente aceita para a SRsíndrome de realimentação, que pode ser descrita como uma condição grave, potencialmente fatal, que ocorre após a reintrodução do suporte nutricional (independentemente da via utilizada) em um paciente com risco nutricional, e é ameaçadora, em função dos distúrbios hidreletrolíticos graves e dos déficits vitamínicos que podem acontecer. No caso do paciente obeso, qualquer paciente com perda ponderal significativa (perda de peso importante) tem risco de apresentar SRsíndrome de realimentação.3,5–9

A SRsíndrome de realimentação é associada com elevada morbidade e mortalidade, podendo apresentar-se de inúmeras formas, evoluindo com disfunção de múltiplos órgãos e consequente óbito. Quando reconhecida precocemente e manejada da maneira adequada, ela apresenta potencial de reversibilidade.3,5–9

A incidência de SRsíndrome de realimentação pode variar muito, podendo oscilar na faixa de 1 a 34%, o que ocorre por causa do desenho de cada estudo clínico (população, metodologia, definição, entre outros).2,3,9,10 A chance de o paciente apresentá-la é diretamente proporcional aos seus fatores de risco e ao seu grau de desnutrição.10

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os pacientes com risco para SRsíndrome de realimentação;
  • realizar o manejo clínico dos pacientes com SRsíndrome de realimentação;
  • reconhecer o mecanismo fisiopatológico da SRsíndrome de realimentação.
  • Esquema conceitual
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