- Introdução
O manejo de fluidos no perioperatório é um componente fundamental no cuidado do paciente cirúrgico. Contudo, trata-se de uma área ainda em desenvolvimento, por haver muita discrepância na prática médica. Historicamente, os pacientes recebiam grandes volumes de fluidos intravenosos (IVintravenoso) no período perioperatório. O foco atual está na fluidoterapia guiada pela fisiologia de um paciente individualmente.1 A terapia guiada por objetivos (TGOterapia guiada por objetivos), ou terapia de otimização hemodinâmica perioperatória, visa, com melhor manejo de fluidos e medicações vasoativas no período perioperatório, manter a função renal, minimizar a isquemia hepatoesplâncnica, impedindo tanto a ocorrência de hipovolemia quanto a oferta excessiva de líquidos, que podem culminar em complicações.2
O tipo de fluido ou a forma de administração podem não ter importância clínica em pacientes de baixo risco submetidos a cirurgias menores; todavia, aqueles de alto risco necessitam de mais intervenções e estão muito mais suscetíveis aos possíveis benefícios e riscos envolvidos na administração de fluidos. Ainda há controvérsias no que diz respeito aos mecanismos fisiopatológicos envolvidos na hipovolemia que ocorre no período perioperatório, assim como no que diz respeito aos benefícios e prejuízos potenciais dos principais tipos de fluidos utilizados no tratamento.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer os diferentes tipos de fluidos, bem como maneiras mais seguras de administrá-los;
- verificar que, no paciente cirúrgico, a precocidade e a adequabilidade da intervenção estão relacionadas com bons desfechos.
- identificar os riscos da administração inadvertida de fluidos no período perioperatório e do balanço hídrico positivo no paciente cirúrgico.
- Esquema conceitual
