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SISTEMA DE RETENÇÃO: TESTE DE APNEIA EM RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

Margarida Costa

Mónica Costa

Margarida Lourenço

Elisabete Nunes

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Objetivos

Após a leitura deste capítulo, o leitor deverá ser capaz de

 

  • compreender a importância da realização do teste de apneia em recém-nascido pré-termo (RNPT) quando posicionados no sistema de retenção para crianças (SRC) pela primeira vez;
  • identificar a posição correta para o posicionamento no SRC;
  • identificar os critérios de inclusão para a realização do teste de apneia;
  • reconhecer o procedimento de teste de apneia;
  • reconhecer os critérios de reprovação.

Esquema conceitual

Introdução

A correta utilização do SRC contribuiu para a diminuição da mortalidade e da morbidade das crianças em acidentes de viação, sendo obrigatório o seu uso. Contudo, é um dispositivo que aumenta o risco de instabilidade cardiorrespiratória em RNPTs.1

O teste do recém-nascido (RN) no sistema de retenção, conhecido em inglês como “infant car seat challenge”, é recomendado pela American Academy of Pediatrics desde o início de 1990.2 Sua implementação objetiva a detecção dos RNs com risco de eventos hipoxêmicos, nomeadamente os RNPTs. A evidência refere que a presença desses eventos em crianças que já se encontram em casa está associada a uma maior probabilidade de problemas de desenvolvimento na sua vida futura.3

Devido ao risco acrescido nos RNPTs e ao fato de esses eventos hipoxêmicos poderem originar situações patológicas graves, com consequências para o crescimento e o desenvolvimento saudável da criança, torna-se fundamental que os profissionais de saúde possuam conhecimento técnico-científico para a implementação de boas práticas, nomeadamente:

 

  • garantir o correto posicionamento do RN na cadeira de transporte;
  • diagnosticar, despistar e prevenir a apneia do RN na posição sentado;
  • diminuir a ansiedade parental associada a eventos hipoxêmicos.

Alguns estudos referem que a incidência da reprovação nesse teste se encontra entre 54 e 28%.3 Os mesmos autores apontam a gemelaridade e a idade gestacional (IG) mais baixa como fatores que contribuem para a maior incidência, contudo, referem a necessidade de mais estudos nessa área.

A ansiedade parental associada à reprovação desse teste está descrita na literatura, uma vez que, diante desse acontecimento, existe a necessidade de prolongar o internamento do RN. Assim, é importante capacitar os pais, explicando o risco associado à posição sentada do RN, e sugere-se a realização desse teste nos dias antecedentes à data da alta5,6 e não no dia/momento de saída do hospital.

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