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SUPLEMENTO – DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROPED VOLUME 1 CICLO 2

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SUPLEMENTO

DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROPED VOLUME 1 CICLO 2

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 1 do Ciclo 2 do PROPED.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria, de Paulo R. Antonacci Carvalho e colaboradores. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Carvalho PRA, Carvalho CG, Torriani MS, Santos L, Barros E, organizadores. Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

ALGUMAS SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

amp

Ampola

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

IMintramuscular

Intramuscular

IMAO

Inibidos da monoaminaoxidase

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

susp

Suspensão

VO

Via oral

xpe

Xarope

 

Adrenalina (epinefrina)

Grupo farmacológico. Vasopressor; potente estimulador dos receptores a e beta-adrenérgicos; simpaticomimético.

Apresentação. Amp de 1mL (1mg/mL).

Usos. Parada cardíaca: FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicardia com hipotensão sintomáticas que não responderam à atropina ou ao marca-passo.

Contraindicações. Arritmias cardíacas, glaucoma de ângulo fechado.

Posologia.

  • Neonatologia: ressuscitação e bradicardia severa: 0,01-0,03mg/kg, IV, em push (0,1-0,3mL/kg, concentração 1:10.000). Doses mais altas podem ser usadas IT (até 0,1mg/kg). Infusão contínua: começa com 0,1mg/kg/min até 1mg/kg/min.
  • Pediatria: reações de hipersensibilidade: SC/IMintramuscular, 0,01mg/kg (0,01mL/kg/dose da sol 1:1.000), não excedendo 0,5mg a cada 20 min; IV, 0,01mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:10.000); pode-se administrar IV em IC 0,1mg/kg/min. Bradicardia: IV, 0,01mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:10.000); dose máxima: 1mg. Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. Intratraqueal: 0,1mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:1.000). Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. A dose poderá ser dobrada conforme necessidade. Assistolia ou parada cardíaca: IV/IO, 0,01mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:10.000). Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. Intratraqueal: 0,1mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:1.000). Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. A dose poderá ser dobrada conforme necessidade. Choque: 0,1-1mg/kg/min. Considerar uso de doses mais altas se necessário. Crupe: Nebulização: 3mL da sol 1:1.000 diluídos em 3mL de sol fisiológica, ou solução racêmica 0,25-0,5mL (2,25%) diluída em 3mL de sol salina. Asma: SC, 0,01mg/kg (0,01mL/kg da sol 1:1.000) a cada 15 min (dose máxima: 0,5mg).
  • Adolescentes: 1mg (1:10.000) a cada 3-5 min em bolo IV (ou 2-2,5mg via TOT) durante as manobras de reanimação. Para uso como infusão contínua, a dose é de 2-10µg/min.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: adultos: bolo: a cada 3-5 min; infusão contínua: administrar em acesso central, iniciando-se com 1mg/min e aumentando-se até 10mg/min. Pediaria: bolo ou IO: diluir o medicamento até a concentração máxima de 100 μg/mL; infusão contínua: concentração máxima da diluição de 64µg/mL em soro.
  • Via subcutânea: pode ser administrado por essa via, mas extravasamento pode causar isquemia tecidual.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via inalatória: pode ser realizada diluindo-se a dose em 3-5mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Simpaticomiméticos e bromocriptina: podem ter seus níveis elevados se administrados com adrenalina.
  • Inibidores da MAO, inibidores da recaptação da serotonina, antidepressivos tricíclicos, antiácidos: podem aumentar os níveis séricos da adrenalina.
  • Espironolactona: podem reduzir a concentração plasmática da adrenalina.

Lactação. Não recomendado.

 

Aminofilina

Grupo farmacológico. Broncodilatador.

Apresentações. Cpr de 100 e 200mg; fr-amp de 10mL (24mg/mL).

Usos. Asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, apneia da prematuridade.

Contraindicações. Hipersensibilidade a aminofilina ou a outro componente, arritmias não controladas.

Uso off-label. Estimulação da diurese na insuficiência renal em neonatos.

Posologia.

  • Neonatologia: dose de ataque: 4-6mg/kg, IV, em 20-30 min; manutenção: 1,5-3mg/kg/dose a cada 8 a 12 h. Dose oral: vide teofilina.
  • Pediatria: Broncospasmo agudo: dose de ataque: 6mg/kg, IV, em 20-30min; manutenção: IV, 6 semanas a 6 meses: 0,5mg/kg/h; 6 meses a 1 ano: 0,6-0,7mg/kg/h; 1-9 anos: 1-1,2mg/kg/h; 9-12 anos: 0,9mg/kg/h. A dose calculada para infusão contínua em 24 h pode ser administrada em doses fracionadas 3-4 vezes ao dia.
  • Adolescentes: dose de ataque: 6mg/kg; manutenção: em jovens fumantes, 0,9mg/kg/h; em jovens não fumantes, 0,7mg/kg/h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o cpr pode ser macerado e dissolvido em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: diluir a dose do medicamento na concentração de 1mg/mL em SF 0,9% ou SG 5% e infundir em 20-30 min (0,36mg/kg/min) ou infusão contínua. Restrição hídrica e bolo: 25mg/mL (não exceder 25mg/min).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Benzodiazepínicos: pode ocorrer redução nos efeitos dos benzodiazepínicos. Monitorar o paciente quanto aos efeitos.
  • Albendazol, alopurinol, amiodarona, cimetidina, ciprofloxacino, claritromicina: podem desencadear aumento nos efeitos da aminofilina (náusea, vômitos, palpitações, convulsões).
  • Carbamazepina, primidona, fenitoína, fenobarbital: pode ocorrer diminuição nos efeitos da aminofilina.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção.

Lactação. Compatível.

 

Amoxicilina

Grupo farmacológico. Penicilina.

Apresentações. Susp oral com 200 ou 400mg/5mL em 100mL; susp oral com 250mg/5mL em 60 ou 150mL; susp oral com 500mg/5mL em 150mL; susp oral com 125mg/5mL em 45, 80 ou 150mL; cpr de 500, 875 e 1.000mg; cps de 500mg; cpr revestidos de 875mg; pó para susp oral com 250mg/5mL (fr de 150mL); pó para susp oral com 50mg/mL em fr de 60 ou 150mL; fr-amp de 500 e 1.000mg.

Usos. Rinossinusite, otite média aguda, infecção urinária, infecções respiratórias, faringite bacteriana, febre tifoide e profilaxia da endocardite bacteriana.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Usos off-label. Uso em recém-nascidos; uso em frequência menor que o recomendado.

Posologia.

  • Neonatologia: não há estudos suficientes com uso oral em recém-nascidos. Para prematuros com idade gestacional 32 semanas, usar 50mg/kg/dia 12/12 h - estudos com uso IV. Outro estudo sugere dose IV de 40mg/kg/dose a cada 8 h, se idade gestacional > 34 semanas e/ou idade pós-natal > 9 dias.
  • Pediatria: 20-50mg/kg/dia, divididos de 8/8 ou de 12/12 h (máximo de 3.000mg/dia). Infecções graves e infecções por pneumococos de sensibilidade reduzida à penicilina: 75-100mg/kg/dia, de 8/8 h. Estudo sugere 50mg/kg/dia, 2x/dia em pneumonias sem sinais de gravidade. Entretanto, o próprio estudo sugere dose de 90mg/kg/dia em 2x/dia para maior segurança. Metanálise do Cochrane sugere evidências insuficientes para recomendar o uso 1 ou 2 vezes ao dia para otite média aguda. Metanálise sugere eficácia do esquema com 2 doses diárias para faringoamigdalites, mas não do esquema com 1 dose diária.
  • Adolescentes: 250-500mg a cada 8 h ou 500-875mg a cada 12 h (dose máxima: 3.000mg/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste de dose na insuficiência hepática.
  • Função renal: ClCr 10-30mL/min: usar dose padrão a cada 12 h.
  • Diálise: usar dose padrão a cada 12-24 h e dose extra após sessão de diálise.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A susp oral pode ser misturada em leite ou em fórmulas infantis, sucos de frutas, pudins e água para uso imediato.
  • Via sonda: os cpr e pós das cps podem ser dispersos em água para uso imediato. Recomenda-se que por via sonda, a susp oral seja administrada, rediluindo-se em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: pode apresentar perda de eficácia se administrados concomitantemente com amoxicilina.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Varfarina: pode resultar em aumento do efeito anticoagulante.
  • Alimentos: pode ser administrado com ou sem alimentos, pois a absorção não é afetada.

Lactação. Compatível.

 

Amoxicilina + ácido clavulânico

Grupo farmacológico. Penicilina + inibidor de beta-lactamase.

Apresentações. Amoxicilina + ácido clavulânico: susp oral 125mg + 31,25mg com 5mL (de 75 e 100mL), com 200mg + 28,5mg/5mL (de 70mL), com 250mg + 62,5mg/5mL (de 75 e 100mL), com 400mg + 57mg/5mL (de 70 e 100mL), com 600mg + 42,9mg/5mL (de 50 e 100mL [uso para peumococos resistentes à penicilina chamada de ES]); cpr de 500mg + 125mg, cpr de 875mg + 125mg; amp de 500mg + 100mg ou 1g + 200mg; fr-amp de 500 e 1.000mg.

Usos. Infecções respiratórias, otite, amigdalite e celulite. Opção para o tratamento de infecção de tecidos moles com envolvimento de flora mista e infecções intra-abdominais (associadas a aminoglicosídeo).

Contraindicações. História de icterícia colestática ou disfunção hepatocelular com o medicamento.

Uso off-label. Uso em recém-nascidos.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos. Injetável: em recém-nascidos, 30mg/kg, de 12/12 h; crianças, 30mg/kg, de 6-6 ou de 8-8 h.
  • Pediatria: VO: dose de 20-40mg/kg/dia, considerando a amoxicilina, divididos de 8/8 ou de 12/12 h, usando susp com 125mg/5mL em menores de 3 meses. No caso de suspeita de pneumococos resistentes à penicilina, utilizar a formulação ES na dose de 90mg/kg/dia da amoxicilina.
  • Adolescentes (> 40kg): VO: dose de 250-500mg, de 8/8 h, ou 875mg, a cada 12 h. Injetável: em infecções graves, usar 1 g, de 8-8 ou de 6-6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste.
  • Função renal: se Clcr < 30mL/min, não usar cps de 875mg ou ES; se Clcr 10-30mL/min, usar metade da dose (em adultos 250-500mg) a cada 12h; em Clcr < 10mL/min, usar metade da dose a cada 24 h.
  • Diálise: usar metade a 1/4 da dose após cada sessão de hemodiálise; usar essa dose a cada 12 h se diálise peritoneal.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A fim de minimizar efeitos gastrintestinais e favorecer a absorção, recomenda-se administrar no início de uma refeição.
  • Via sonda: a susp oral é a forma farmacêutica recomendada para administração via sonda. No momento da administração, recomenda-se rediluir o medicamento em volume adequado de água para diminuir a viscosidade da sol. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode-se administrar em bolo direto, sem diluição prévia em soro, lentamente (3-4 min), irrigando o trajeto com SF 0,9% logo após a administração. Para infusão, deve-se diluir o medicamento em SF 0,9% na concentração de 10mg/mL e administrar em 30 min.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: pode aumentar os efeitos anticoagulantes.
  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se administrados concomitantemente com amoxicilina + clavulanato. Dar intervalo de 1-2 h entre a penicilina e o aminoglicosídeo.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução no efeito contraceptivo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção da amoxicilina; já o clavulanato tem sua absorção favorecida com alimentos (não gordurosos).

Lactação. Usar com precaução.

 

Azitromicina

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibacteriano.

Apresentações. Cps ou cpr de 250, 500 ou 1.000mg; susp oral de 40mg/mL; fr-amp de 500mg; cpr revestidos de 500 ou 1.000mg.

Usos. Infecções bacterianas de vias aéreas, de tecidos moles, de pele e em casos de sinusite aguda. Tratamento e profilaxia das micobacterioses atípicas em pacientes com aids. Uretrites e cervicites, pela boa atividade contra os patógenos envolvidos e pela longa meia-vida. Tratamento de shigelose, febre tifoide e coqueluche. Erradicação do estado de portador do meningococo. Alternativa para o tratamento de gonorreia, de leishmaniose cutânea e de donovanose.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: em lactentes < 6 meses com infecção por Bordetella pertussis, usar 10mg/kg/dose, por 5 dias. Não há estudos farmacocinéticos em recém-nascidos; mesmo assim, prefere-se a azitromicina para esses pacientes pelo risco de a eritromicina poder causar estenose hipertrófica do piloro.
  • Pediatria e adolescentes: 500mg, VO, 1x/dia ou 10mg/kg/dia, por 3-5 dias, para o tratamento de infecções cutâneas, sinusites, otites, shigelose e salmonelose; 7-10 dias para o tratamento de pneumonias. Aprovada em dose única de 30mg/kg para tratamento de otite média aguda. Faringite estreptocócica: 12mg/kg/dia, por 5 dias, ou 20mg/kg/ dia, por 3 dias. Cancroide: dose única de 20mg/kg (máximo de 1 g). Uretrite/cervicite por clamídia: dose única de 10mg/kg. Tracoma: dose única de 20mg/kg (máximo de 1 g). Infecções por Campylobacter: 10mg/kg, máximo de 500mg, 1x/dia, por 5 dias. Para prevenção e tratamento de micobacterioses atípicas em pacientes com HIV: 5mg/kg/dia ou 20mg/kg (máximo de 1,2 g), 1x/semana. Babesiose: 12mg/kg/dia, por 7-10 dias, em combinação com atovaquona. Tratamento e profilaxia da coqueluche: 10-12mg/kg/dia, máximo de 500mg, por 5-7 dias. Profilaxia da endocardite: 15mg/kg, 1 h antes do procedimento. Erradicação do estado de portador do meningococo: adolescentes, 500mg, em dose única.
  • Uso IV: um estudo farmacocinético sugere dose de 10mg/kg/dia em pacientes com 6 meses a 16 anos. Em adultos, usar dose de 500mg por 2 dias e trocar para VO assim que possível.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste; entretanto, usar com cuidado se houver insuficiência hepática severa.
  • Função renal: não há necessidade de ajuste.
  • Diálise: não há necessidade de ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: formulações de liberação imediata (cpr, cps e susp oral) podem ser administradas com alimentos. Biodisponibilidade de cerca de 37%.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: diluir a dose em 250-500mL (adolescentes) ou 1-2mg/mL (pediatria) de SF 0,9% ou SG 5%. Administrar em infusões de 1 h (2mg/mL) a 3 h (1mg/mL).
  • Via intramuscular: não pode ser administrado IMintramuscular.

Interações medicamentosas.

  • Antiácidos: reduzem os níveis séricos da azitromicina em até 24%.
  • Tacrolimus, fenitoína, ergotamina, astemizol, bromocriptina, carbamazepina, ciclosporina, digoxina, triazolam: podem ter seus efeitos aumentados na presença da azitromicina.
  • Pimozida, sotalol: risco aumentado de cardiotoxicidade.
  • Nelfinavir: aumento dos níveis séricos da azitromicina podendo desencadear efeitos adversos (diarreia, ototoxicidade, hepatotoxicidade).
  • Varfarina: pode ocorrer aumento dos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a biodisponibilidade das formulações orais de uso imediato, sendo que a susp oral tem sua absorção aumentada em até 46% quando administrada com as refeições. Formulações orais de liberação prolongada (não disponíveis no Brasil) são afetadas pela presença de alimentos e devem ser administradas em jejum.

Lactação. Usar com precaução.

 

Brometo de ipratrópio

Grupo farmacológico. Anticolinérgico inalatório; broncodilatador.

Apresentação. Sol para nebulização 0,25mg/mL com 20mL; flaconetes de 2mL; aerossol com 0,020mg/dose; fr de 10 ou 15mL.

Usos. Asma no tratamento da crise, tratamento de exacerbações e/ou manutenção da DPOC.

Contraindicações. Não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade à atropina ou a seus derivados e/ou a quaisquer componentes da fórmula. Também não deve ser usado por pacientes com história de hipersensibilidade à lecitina de soja ou a produtos alimentícios correlatos, como soja e amendoim. Esses pacientes podem utilizar sol para inalação, livre de lecitina de soja.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: 25µg/kg/dose, 3x/dia em recém-nascidos.
  • Pediatria: inalatório: 125-250µg, 3x/dia. Exacerbação aguda de asma: nebulização: 250-500µg, a cada 20 min, por 3 doses; após, conforme necessidade a cada 4-8 h. Spray: 4-8 jatos conforme necessidade.
  • Adolescentes: 2 jatos ou 40 gt, a cada 4-6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via inalatória: inalação: agitar antes do uso; fazer pausa inspiratória entre os jatos (5-10 s); nebulização: rotina da instituição.

Interações medicamentosas.

  • Cisaprida: diminuição da eficácia da cisaprida.
  • Atropina, escopolamina: pode potencializar os efeitos anticolinérgicos (boca seca, constipação, retenção urinária, sedação excessiva, visão borrada).

Lactação. Usar com precaução.

 

Bromoprida

Grupo farmacológico. Antiemético e procinético.

Apresentações. Sol oral (gt) 4mg/mL em fr de 20mL; sol oral 1mg/mL em fr de 120mL; cps de 10 e 20mg, sol injetável de 5mg/mL em fr de 2mL.

Usos. Distúrbios digestivos psicossomáticos da senectude e da estafa mental, discinesias gastroduodenais e biliares, colopatias espasmódicas, náusea, refluxo gastresofágico, vômitos e anorexia.

Contraindicações. Hipersensibilidade à bromoprida ou à metoclopramida, hemorragia gastrintestinal, íleo mecânico obstrutivo, perfuração intestinal e feocromocitoma.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: antiemético: VO, 0,5-1,0mg/kg/dia, divididos em 3x/dia; IMintramuscular ou IV, 0,03mg/kg/dose até 3x/dia. Tratamento do refluxo gastresofágico: VO, 0,2-0,3mg/kg/dose, 3x/dia.
  • Adolescentes: VO, IMintramuscular ou IV: 10mg/dose, 3x/dia. Dose máxima diária: 60mg.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não é necessário ajuste.
  • Função renal: usar com cuidado em doença renal.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar de 15-20 min antes das refeições. As cps devem ser ingeridas inteiras. A posologia dever ser fracionada em partes e administrada em intervalos iguais durante o dia.
  • Via sonda: administrar a sol oral (gt) via sonda. Não há estudos de eficácia, segurança e farmacocinética em relação à diluição dos pós das cps por essa via. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: diluir o medicamento em volume adequado de SF 0,9% ou SG 5% e administrar lentamente, em 3 min.
  • Via intramuscular: administrar profundamente na região deltoide ou na região glútea.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Derivados atropínicos: anulam o efeito da bromoprida sobre a motilidade gastrintestinal.
  • Digoxina: a bromoprida pode originar uma diminuição dos níveis séricos da digoxina.
  • Bromperidol: aumenta o risco de reações adversas extrapiramidais.
  • Alimentos: dados não disponíveis.

Lactação. Não se sabe se esse fármaco é excretado no leite humano, portanto deve ser evitado seu uso.

 

Budesonida

Grupo farmacológico. Corticoide.

Apresentações. Fr-spray com 32 ou 64µg/dose (120 doses), fr-spray com 50 ou 100µg/dose (200 doses).

Usos. Doença de Crohn leve a moderada envolvendo o íleo ou o cólon ascendente, tratamento de manutenção da asma e da DPOC, rinite.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para < 6 anos.
  • Pediatria: cps inalatórias (> 6 anos): 200µg, a cada 12 h (máximo de 800µg/dia). Spray nasal/oral: 1-2 jatos, a cada 12 h (400µg/dia).
  • Adolescentes: doença de Crohn ativa: 9mg, 1x/dia até 8 semanas; tratar recorrência com novo curso de 8 semanas. Após tratamento da fase ativa, manter 6mg/dia, 1x/dia, por até 3 meses. Asma: dose baixa: 200-400µg; dose média: 400-800µg; dose elevada: > 800µg. Rinite: iniciar com 2 jatos de 64µg em cada narina, 1x/dia ou 4 jatos de 32µg em cada narina, 1x/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: monitorar sinais e sintomas de hipercortisolismo e considerar redução de dose em disfunção hepática moderada a grave.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: não é necessário ajuste.

Modo de administração.

  • Via inalatória: o spray oral deve ser agitado antes do uso e deve-se fazer uma pausa inspiratória entre os jatos. O nasal deve ser aplicado direto na narina. As cps para inalação devem ser utilizadas com o inalador (não devem ser deglutidas).
  • Via oral: somente para tratamento da doença de Crohn: a administração das cps com alimentos muito gordurosos altera a velocidade de absorção, mas não altera a extensão total. As cps, com grânulos de liberação entérica, não devem ser mastigadas; devem ser ingeridas inteiras, com água.
  • Via sonda: não é recomendada a utilização via sonda.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, diuréticos: podem ter seus efeitos potencializados.
  • Fluconazol, dasatinibe, ritonavir, cetoconazol, itraconazol, cimetidina, claritromicina, eritromicina, ritonavir, indinavir, saquinavir: podem aumentar os níveis séricos da budesonida.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio: podem reduzir os efeitos da budesonida.
  • Alimentos: devem-se evitar alimentos muito gordurosos, pois retardam a absorção da budesonida e atrasam o pico de concentração em até 2,5 h.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano; cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Fr-amp para uso IMintramuscular (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1 g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência; por isso, o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hiperbilirrubinemia neonatal.

Posologia.

  • Neonatologia: 50mg/kg a cada 24 h. Meningite: dose de ataque de 100mg/kg; dose de manutenção: 80mg/kg a cada 24 h. Oftalmia gonocócica não complicada: 50mg/kg (dose máxima: 125mg) dose única. Hiperbilirrubinemia: em neonatos, usar cefotaxima em vez de ceftriaxona.
  • Lactentes e crianças < 12 anos: 50-75mg/kg/dia, a cada 12-24 h; meningite: 100mg/kg/dia a cada 12-24 h, dose de ataque de 100mg/kg pode ser administrada (dose máxima: 4g/dia). Quimioprofilaxia para contactantes de alto risco para doença meningocócica: ≤ 12 anos: 125mg, IMintramuscular, em dose única; > 12 anos: 250mg, IMintramuscular, em dose única. Doença de Lyme: 75-100mg/kg, por 2-4 semanas (dose máxima: 2g/dose). Infecção gonocócica não complicada, profilaxia pós-vitimização, doença inflamatória pélvica: 125mg, IMintramuscular, em dose única. Infecção gonocócica complicada (IMintramuscular, IV): < 45kg: peritonite, artrite ou bacteremia: 50mg/kg/dia, 1x/dia por 7 dias (dose máxima: 1g/dia). Conjuntivite: 50mg/kg em dose única (dose máxima: 1 g). Meningite ou endocardite: 50mg/kg/dia, divididos a cada 12 h, por 10-14 dias (meningite) ou 28 dias (endocardite) (dose máxima: 2g/dia). > 45kg: infecção gonocócica disseminada: 1 g, 1x/dia, por 7 dias. Meningite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 10-14 dias. Endocardite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 28 dias. Conjuntivite (IMintramuscular): 1g em dose única. Cancroide (IMintramuscular): 50mg/kg em dose única (dose máxima: 250mg). Epididimite aguda (IMintramuscular): 250mg em dose única.
  • Adolescentes: 1-2 g, IV ou IMintramuscular, a cada 12-24 h; dose máxima: 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administrar em 2-4 min. Infusão: a dose, diluída em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (concentração máxima entre 10 e 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizada lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer Lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: podem formar precipitados na sol.
  • Ciclosporina: pode ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

 

Cefuroxima – Acetilcefuroxima (oral) / cefuroxima sódica (parenteral)

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico; cefalosporina de 2ª geração.

Apresentações. Fr-amp com 750mg; cpr de 250 e 500mg.

Usos. Infecções de pele e de tecidos moles, artrite séptica, osteomielite, celulite periorbitária e infecções de vias aéreas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia (atenção: a dose oral não é equivalente à dose parenteral).

  • Neonatologia: 50-100mg/kg/dia de 12/12 h, via IV ou IMintramuscular.
  • Pediatria: IV, 75-150mg/kg/dia a cada 8 h (dose máxima: 6g/dia). Meningite: não recomendado. VO, faringite: 20mg/kg/dia a cada 12 h (dose máxima: 500mg/dia). Otite média aguda, sinusite, infecção cutânea: 30mg/kg/dia a cada 12 h (dose máxima: 1g/dia).
  • Adolescentes: IV, 750mg a 1,5g/dose a cada 8 h, dose máxima de 6g/dia. VO, 250-500mg, a cada 12 h. Infecção urinária não complicada: 125-250mg a cada 12 h. Gonorreia não complicada: 1g em dose única. Doença de Lyme: 500mg a cada 12 h por 20 dias.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: se ClCr 10-20mL/min, administrar a cada 12 h; se ClCr < 10mL/min, administrar a cada 24 h.
  • Diálise: hemodiálise: 750mg a cada 24 h (nos dias de diálise aplicar após a diálise). Diálise peritoneal: 750mg a cada 24 h. Hemofiltração: sem dados, mas considerar 1,5g, IV, a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via oral: podem ser administrados com alimentos ou leite, tanto os cpr quanto a susp oral. Evitar mastigar ou quebrar os cpr, pois têm gosto amargo.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda, evitar triturar os cpr. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 100mg/mL e administrar em 3-5 min. Infusão: a dose, diluída em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (concentração máxima de 30mg/mL). Restrição hídrica: pode-se calcular o volume com a concentração máxima de 137mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo.

Interações medicamentosas.

  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução de eficácia.
  • Alimentos: pode ser administrado com alimentos e leite, pois ocorre aumento na biodisponibilidade oral e nos níveis séricos do medicamento.

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

 

 

Cetamina

Grupo farmacológico. Analgésico e anestésico; age no SNC pelo bloqueio dos canais NMDA, inibindo, portanto, os efeitos excitatórios do glutamato nas vias talamocorticais e no sistema límbico.

Apresentação. Fr-amp com 50mg/mL em 10mL; amp com 50mg em 2mL.

Usos. Usado como anestésico para procedimentos cirúrgicos e diagnósticos que não necessitem de relaxamento muscular esquelético, sedação, analgesia, indução de anestesia.

Contraindicações. Pressão intracraniana aumentada, hipertensão arterial, aneurisma, tireotoxicose, ICC, angina, psicose, gestação (categoria de risco D).

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: sedação: 0,25-2mg/kg/dose, IV; analgesia: 2mg/kg/dose, IMintramuscular, máximo de 7mg/kg.
  • Adolescentes: 3-8mg/kg, IMintramuscular, ou 1-4,5mg/kg, IV. Dose suplementar de ⅓ ou ½ da dose inicial, pois pode acumular.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrada a sol injetável por VO, misturando-se a dose em suco ou refrigerante (à base de cola) para uso imediato.
  • Via sonda: dados não disponíveis.
  • Via intravenosa: bolo: administrar lentamente (não exceder 0,5mg/kg/min), diluindo-se em uma concentração de 50mg/mL em água para injetáveis, SF 0,9% ou SG 5%. Infusão intermitente ou contínua: administrar lentamente, diluindo-se a dose na concentração de 2mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%. Restrição hídrica: 2mg/mL.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via retal: sim.

Interações medicamentosas.

  • Dasatinibe: a administração concomitante pode aumentar os efeitos da cetamina, desencadeando efeitos adversos.
  • Tramadol: risco de depressão respiratória.
  • Peginterferon: a administração concomitante pode reduzir os efeitos da cetamina.

 

Cimetidina

Grupo farmacológico. Inibidor dos receptores H2; antiulceroso péptico.

Apresentações. Cpr de 200, 400 e 800mg; amp com 150mg/mL em 2mL.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE, síndrome de Zollinger-Ellison e outros estados hipersecretores, além da profilaxia de úlcera de estresse em pacientes criticamente enfermos.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao medicamento ou a outros antagonistas H2.

Posologia.

  • Neonatologia: 2,5-5mg/kg/dose a cada 6 ou 12 h, VO ou IV.
  • Pediatria: VO, IMintramuscular ou IV: lactentes: 10-20mg/kg/dia a cada 6-12 h; crianças: 20-40mg/kg/dia a cada 6 h.
  • Adolescentes: úlcera duodenal e úlcera gástrica: 800mg/dia, VO, dose única à noite, ou 400mg, 2x/dia, por 8 semanas – uso parenteral de 300mg a cada 6 h ou 37,5mg/h em infusão contínua (a dosagem deve ser ajustada para manter um pH gástrico > 5). Prevenção de úlcera de estresse: 50mg/h, IV, em infusão contínua (a dosagem deve ser ajustada para manter um pH gástrico > 5). Estados hipersecretores: 300-600mg a cada 6 h, VO, IMintramuscular ou IV (não exceder 2,4 g/dia). DRGE: 400mg, 4x/dia, VO, ou 800mg, 2x/dia, por 12 semanas.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: usar dose reduzida se houver alteração grave da função hepática.
  • Função renal: intervalos das doses em pacientes com alteração da função renal (dose de 5-10mg/kg/dose em crianças e 300mg/dose em adolescentes) – se ClCr > 40mL/min, administrar a cada 6 h; se ClCr 20-40mL/min, administrar a cada 8 h ou reduzir 25% da dose; se ClCr < 20mL/min, administrar a cada 12 h ou reduzir 50% da dose.
  • Diálise: administrar após a diálise e a cada 12 h no período entre as diálises.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos.
  • Via sonda: administrar a susp oral a partir dos cpr via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: a dose deve ser diluída em soro compatível, não excedendo a concentração máxima de 15mg/mL, e administrada lentamente (5 min, no mínimo). Intermitente: a dose deve ser diluída em volume adequado de soro compatível, não excedendo a concentração máxima de 6mg/mL, e ser administrada de 15 a 30 min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Alfentanil, amiodarona, fenitoína, carbamazepina, carmustina, carvedilol, cisaprida, clozapina, metformina, moclobemida, salmeterol, saquinavir, sertralina, tamoxifeno, teofilina, tioridazina, nortriptilina: o uso concomitante com cimetidina favorece o aumento da concentração plasmática desses medicamentos.
  • Fluconazol, atazanavir, cefuroxima, codeína, dasatinibe, erlotinibe, fosamprenavir, indinavir, sais de ferro, nelfinavir, tramadol: o uso concomitante com cimetidina favorece a redução da concentração plasmática desses medicamentos.
  • Erva-de-são-joão: evitar o uso, pois reduz o efeito da cimetidina.

Lactação. Não recomendado.

 

Ciprofloxacino

Grupo farmacológico. Quinolona; antimicrobiano.

Apresentações. Ciprofloxacino (sol injetável [bolsa] com 2mg/mL de 100 ou 200mL); cloridrato de ciprofloxacino (cpr revestidos de 250 e 500mg); cpr de 250, 500, 750 ou 1.000mg.

Usos. Infecções complicadas do trato urinário que envolvem bactérias Gram-negativas resistentes, como Pseudomonas aeruginosa; prostatite bacteriana crônica refratária a outros antibióticos orais; osteomielite crônica causada por múltiplas bactérias, incluindo Gram-negativas resistentes, e infecções da pele e de tecidos moles em diabéticos (associada a fármacos com boa atividade contra estreptococos); diarreias bacterianas, incluindo a “diarreia do viajante”; febre tifoide; otite externa invasiva em pacientes com diabetes e exacerbações infecciosas em pacientes com fibrose cística. É eficaz na erradicação do meningococo da orofaringe.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Em animais de laboratório, as quinolonas causaram erosões das cartilagens de crescimento, mas esse efeito nunca foi relatado em seres humanos. Assim, as quinolonas podem ser usadas em pediatria se não houver opção adequada e se os benefícios forem indiscutíveis.

Uso off-label. Uso em recém-nascidos.

Posologia.

  • Neonatologia: um estudo em neonatos prematuros com 28 a 36 semanas de gestação constatou dose ideal de 10mg/kg/dose, de 12/12 h, exceto para Pseudomonas sp. e Staphylococcus aureus. Outros estudos descrevem doses de 7-40mg/kg/dia, de 12/12 h.
  • Pediatria: há evidências de que as crianças entre 1-6 anos metabolizam o ciprofloxacino mais rapidamente do que os adultos, precisando de doses proporcionalmente maiores e intervalos de administração menores. Sugerem-se 30-45mg/kg/dia, de 8/8 h, IV, ou 30-60mg/kg/dia, VO, a cada 8 ou 12 h. Entretanto, não há estudos farmacocinéticos com essas doses, mas sim com as doses de 20-30mg/kg/dia, nos intervalos de doses citados anteriormente. Nas outras faixas etárias, podem-se utilizar 20-30mg/kg/dia, VO ou IV, em 2 administrações. Se ocorrer artralgia ou artrite, o medicamento deve ser suspenso.
  • Adolescentes: 400-500mg, IV, de 12/12 h, chegando a 400mg, IV, de 8/8 h, em casos muito graves; 250-750mg, VO, de 12/12 h. Para erradicação do meningococo da orofaringe, dose única de 500mg, VO.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não necessita de ajuste de dose.
  • Função renal: dado não disponível em crianças. Em adolescentes, os estudos recomendam correção se ClCr < 30mL/min com cpr: 250-500mg a cada 12-18 h; se ClCr < 10mL/min, 250-500mg a cada 24 h.
  • Diálise: usar 50 a 100% da dose oral a cada 24 h (se hemodiálise).

Modo de administração.

  • Via oral: recomenda-se que a administração seja realizada 2 h após as refeições. Em caso de sintomas gastrintestinais, considerar a administração com alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar a susp oral a partir dos cpr para facilitar a administração via sonda. Sonda nasogástrica: no momento da administração, pausar a dieta enteral 1 h antes do antibiótico e reiniciá-la 2 h após sua administração. Irrigar o tubo para evitar aderência do medicamento à sonda.
  • Via oftálmica: instilar a gt no saco conjuntival e pressionar por 1-2 min para reduzir risco de absorção sistêmica excessiva. Evitar contato com pele ou mucosas.
  • Via intravenosa: a administração deve ser lenta (a partir de 1 h) e não exceder a concentração máxima de 2mg/mL na diluição (alguns produtos já vêm prontos para uso parenteral em recipientes estéreis de sistema fechado).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Erva-de-são-joão: pode causar reação de fotossensibilidade.
  • Metotrexato, ropivacaína, teofilina, tizanidina: o uso concomitante com quinolonas pode aumentar os níveis séricos dos medicamentos citados e desencadear efeitos de toxicidade.
  • Probenecida, anti-inflamatórios não esteroides: elevam os níveis do ciprofloxacino.
  • Micofenolato, fenitoína: há redução nas concentrações plasmáticas desses medicamentos.
  • Antiácidos, didanosina, sais de cálcio, ferro, zinco, magnésio: reduzem os níveis séricos do ciprofloxacino. Administrar o antibiótico 2 h antes ou 6 h após esses medicamentos.
  • Cafeína: evitar o uso excessivo, pois pode desencadear efeitos cardíacos e estimular o SNC.
  • Alimentos: não afetam a extensão total da absorção, mas derivados lácteos e bebidas fortificadas com cálcio quelam o antibiótico. Dietas enterais reduzem em até 30% a absorção do ciprofloxacino.

Lactação. Não recomendado.

 

Dexametasona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cpr de 0,5, 0,75 e 4mg; elixir com 0,1mg/mL em 100 e 120mL; cr com 0,1% em bisnaga de 10 g; amp com 2mg em 1mL; amp com 10mg em 2,5mL.* Associada com timina, piridoxina e/ou cianocobalamina: 1 amp de 2mL + 1 amp de 1mL.

Usos. Doenças inflamatórias crônicas, alérgicas, hematológicas, dermatológicas, autoimunes, neoplasia, edema cerebral, choque séptico, antiemético na quimioterapia, teste diagnóstico (overnight) para síndrome de Cushing, reposição na insuficiência adrenal (requer associação com mineralocorticoide).

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, malária cerebral.

Posologia.

  • Neonatologia: edema de via aérea/extubação: 0,25mg/kg/dose, 4 h antes da extubação programada e, após, 3 doses a cada 8 h. Dose máxima 1mg/kg/dia. Terapia prolongada pode ser requisitada para casos mais graves. Displasia broncopulmonar: para facilitar extubação e melhorar função pulmonar em crianças com risco de desenvolverem doença pulmonar crônica, o esquema mais recomendado é 0,5mg/kg/dia por 2 dias, 0,25mg/kg/dia por 2 dias, 0,12mg/kg/dia por 2 dias, totalizando 6 dias, sempre de 12/12 h.
  • Pediatria: edema via aérea/extubação: 0,5-2mg/kg/dia, divididos 6/6h. Iniciar 24 h antes da extubação e continuar 4-6 doses após. Anti-inflamatório: 0,08-0,3mg/kg/dia ou 2,5-10mg/m2/dia a cada 6-12 h. Edema cerebral: dose inicial: 1-2mg/kg; após, 1-1,5mg/kg/dia, de 6/6h. Meningite: 0,15mg/kg/dose, de 6/6 h nos primeiros 4 dias de tratamento com antimicrobianos, devendo ser iniciado junto com a primeira dose do antibiótico. Anteriormente usada para edema de glote, hoje é questionada como tratamento da anafilaxia – como segunda linha e efeito tardio – em cujos casos o medicamento de escolha é a adrenalina. A dexametasona pode ser usada na dose 0,6mg/kg/dose na tentativa de evitar edema rebote tardio, porém não é consensual.
  • Adolescentes: para administração oral, utilizam-se habitualmente de 0,5-10mg/dia, divididos em 2-4 administrações. Para uso IV (fosfato), a dose varia de 0,5-24mg/dia. A dose da forma acetato é de 8-16mg a cada 1-3 semanas. Para o choque séptico, é recomendada a administração IV lenta de 2-6mg de fosfato de dexametasona; pode ser repetida a dose após 2-6 h, se necessário. No edema cerebral associado com tumor cerebral, 10mg de fosfato de dexametasona, IV, seguidos de 4mg, IV, a cada 6 h. Antiemético: 10-20mg, IV ou VO, 30 min antes da quimioterapia e 4-8mg a cada 12 h, por 2 dias. Reposição fisiológica: 0,03-0,15mg/kg/dia ou 0,6-0,75mg/m2/dia para adolescentes e crianças.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos ou leite. A presença de alimentos minimiza os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar o elixir via sonda. O cpr pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: diretamente sem diluir em soro (dose menor de 10mg) e administrar lentamente (5-10 min). Intermitente: adolescentes: diluir a dose em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 15-30 min. Pediatria: diluir em volume adequado de soro para infusão.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não recomendado.
  • Via tópica: aplicar uma fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, ciclosporina, natalizumabe, talidomida, diuréticos, varfarina, ibuprofeno, tenoxicam: pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, voriconazol, nifedipina, dasatinibe, eritromicina, ciprofloxacino, trastuzumabe, ácido salicílico: pode ocorrer aumento nos níveis séricos da dexametasona, aumentando seus efeitos.
  • Calcitriol, glibenclamida, insulina, caspofungina, isoniazida, nilotinibe, ácido salicílico, vacinas: o uso concomitante com dexametasona pode diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, primidona, rifampicina: o uso concomitante com esses medicamentos pode diminuir os efeitos da dexametasona.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Dexmedetomidina

Grupo farmacológico. Sedativo agonista alfa-2 adrenérgico com propriedades analgésicas indicado para uso em paciente em ambiente de terapia intensiva.

Apresentação. Amp de 2mL (100µg/mL).

Usos. Analgesia/sedação em ambiente de terapia intensiva.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Uso off-label. Apesar de a recomendação oficial da FDA não autorizar uso de dexmedetomidina na população < 18 anos, diversas publicações corroboram o uso do fármaco em crianças > 2 meses de idade. Aparentemente, a dexmedetomidina produziria sedação com despertar adequado sem agitação, assim como analgesia confortável, sem o efeito colateral de prolongar o paciente em ventilação mecânica e sem ter impacto na curva cognitiva pós-internação. Alguns trabalhos já comprovam esses efeitos em comparação com os usuais benzodiazepínicos associados a opiáceos na ventilação mecânica e em crianças criticamente doentes.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para crianças.
  • Pediatria: eficácia, segurança e farmacocinética em pacientes < 18 anos não foram estabelecidas, não devendo ser usado nessa população.
  • Dose utilizada conforme a maioria das publicações: 0,15-0,7µg/kg/h, geralmente titulada pelo sucesso da analgesia/sedação e pelos efeitos colaterais, sendo o mais comum a bradicardia, que pode ser sintomática. Nesse caso, diminuir ou interromper a infusão. Pode ser usada dose de ataque de 1µg/kg infundida em 10 min para evitar efeitos colaterais.
  • Adolescentes: dose inicial de ataque: 1µg/kg, seguido de manutenção de 0,2-0,7µg/kg/h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis, porém diminuição da dose pode ser necessária.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: deve ser utilizada com bomba de infusão precisa. Diluir 200µg (2mL) em 48mL de SF 0,9% ou SG 5% para atingir a concentração final de 4µg/mL. Dose de ataque deve ser infundida em 10 min. Infusões de ataque (geralmente 1µg/kg/dose) em tempos menores estão associadas a maiores efeitos colaterais (bradicardia e hipotensão). O fabricante não recomenda o uso contínuo por mais de 24 h, porém adequada sedação sem efeitos colaterais impeditivos vem sendo relatada com tempo superior a esse. Deve-se monitorar a probabilidade de efeitos colaterais semelhantes.
  • Via intramuscular: tem sido administrado 60 min antes de procedimentos cirúrgicos (0,5-1,5µg/kg/dose).

Interações medicamentosas.

  • Betabloqueadores, alfa-2-antagonistas: o uso concomitante pode potencializar os efeitos da dexmedetomidina.
  • Inibidores de recaptação da serotonina, IMAO, antidepressivos tricíclicos: os efeitos da dexmedetomidina podem diminuir na presença desses fármacos.

Lactação. Não recomendado; usar com cuidado.

 

Diazepam

Grupo farmacológico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Cpr simples de 5 e 10mg; cpr revestidos de 5mg; amp com 5mg/mL em 2mL; amp com 10mg/mL em 1mL; sol oral (gt) com 3mg/mL em 20mL; gel retal manipulado.

Usos. Transtornos do pânico, ansiedade generalizada, ansiedade aguda situacional, sintomas de abstinência ao álcool, insônia, relaxante musculoesquelético, estado de mal epilético, profilaxia para crises convulsivas febris, sedação para procedimentos, relaxante muscular.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia grave, usuário de drogas, hipersensibilidade a outros benzodiazepínicos, insuficiência respiratória, gestação (categoria de risco D), lactação.

Posologia.

  • Neonatologia: Status epilepticus: IV, 0,1-0,3mg/kg/dose dada em 3-5min, a cada 15-30 min, no máximo de 2mg.
  • Pediatria: sedação, relaxamento muscular e ansiedade: VO, crianças 0,05-0,3mg/kg/dose, a cada 8 ou 6 h em 3-4 tomadas. Dose média: 0,1-0,8mg/kg/dose. Anticonvulsivante: tratamento agudo: 0,05-0,3mg/kg/dose, IV ou via retal, podendo ser repetido mais 2 vezes com intervalo de 3-5 min.
  • Adolescentes: iniciar com 5-10mg, 1x/dia, VO, à noite; aumentando progressivamente quando necessário. A dose usual é de 20mg/dia, em 2-4 tomadas. Anticonvulsivante: 10mg, IV. Dose fácil: 0,3mg/kg/dose = peso x 0,06 =mL da amp com 10mg/2mL.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: usar com cuidado em pacientes com insuficiência hepática, sendo necessária na maioria das vezes redução da dose.
  • Função renal: usar com cuidado em pacientes com doença renal.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou água.
  • Via sonda: administrar a susp oral preparada a partir dos cpr via sonda. O cpr pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). O tubo deve ser irrigado antes e depois do procedimento para evitar adsorção ao material. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: direto, lentamente (5mg/min em adolescentes e 1-2mg/min em crianças). Intermitente: diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL de SG 5% ou SF 0,9%.
  • Via intramuscular: sim, mas a absorção é errática e por isso deve ser intramuscular profundo.
  • Via retal: sim.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, cimetidina, claritromicina, eritromicina, fosamprenavir, isoniazida, itraconazol, propofol, ritonavir: podem causar sedação excessiva, confusão mental e ataxia.
  • Fluoxetina, omeprazol: o uso concomitante pode aumentar os níveis séricos do diazepam ou prolongar seus efeitos.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanil, isoniazida, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, remifentanil, tiopental: há risco aumentado de causar depressão respiratória.
  • Digoxina: pode causar náusea, vômitos e arritmias.
  • Fenitoína: o uso concomitante com diazepam pode provocar variações nos efeitos da fenitoína; monitorar.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode retardar a absorção do medicamento. Dietas ricas em gordura aumentam a concentração sérica do diazepam.

Lactação. Contraindicado.

 

Dobutamina

Grupo farmacológico. Inotrópico positivo; ação sobre os receptores beta-1 e beta-2-adrenérgicos, especialmente no 1º subtipo.

Apresentação. Amp de 250mg/20mL; fr-amp com 12,5mg/mL em 20mL; bolsas de 250mL de 1 e 2mg/mL.

Usos. ICC refratária, IAM com baixo débito, pós-operatório de cirurgia cardíaca com baixo débito, choque cardiogênico, disfunção miocárdica em choque séptico.

Contraindicações. Não há relatos significativos.

Posologia.

  • Neonatologia: 5-25µg/kg/min, IV, com titulação da dose conforme necessário.
  • Pediatria: IV em infusão contínua: 2,5-15µg/kg/min; ajustar até obter a resposta desejada.
  • Adolescentes: 2,5-20µg/kg/min. Ocasionalmente podem-se atingir 40µg/kg/min.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: adolescentes: diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5% (cada amp de 250mg deve ser diluída em 50mL de soro). Pediatria: não administrar em push; administrar em infusão contínua, na velocidade máxima de 2,5-20µg/kg/min, diluindo-se a dose em soro compatível na concentração máxima de 5mg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Carvedilol, metoprolol: pode ocorrer diminuição na eficácia da dobutamina.
  • Linezolida: pode ocorrer aumento nos efeitos hipertensivos.
  • Entacapona: há risco de desencadear taquicardia, hipertensão ou arritmias.

Lactação. Usar com precaução.

 

Dopamina

Grupo farmacológico. Inotrópico positivo; atua sobre receptores dopaminérgicos, D1 e D2, exercendo efeitos vasodilatadores sobre receptores beta-1 e beta-2, causando inotropismo e, também, nos receptores a, em doses mais altas, causando vasoconstrição.

Apresentação. Amp com 5mg/mL em 10mL.

Usos. ICC refratária, choque cardiogênico, choque séptico, disfunção ventricular pós-cirurgia cardíaca.

Contraindicações. Taquiarritmias e FV.

Uso off-label. Uso no choque de recém-nascidos.

Posologia.

  • Neonatologia: FDA considera que a eficácia e a segurança não estão estabelecidas em recém-nascidos por falta de estudos adequados; contudo, o uso está bem estabelecido na prática em UTI neonatal. A literatura descreve 2,5-20µg/kg/min IV, titular conforme a necessidade.
  • Pediatria: infusão contínua: 1-20µg/kg/min; ajustar até obter resposta desejada.
  • Adolescentes: 1-5µg/kg/min, IV, até 50µg/kg/min. Se doses > 20-30µg/kg/min forem necessárias, outro medicamento com ação vasopressora direta pode ser mais benéfico (i.e., adrenalina, noradrenalina). Os efeitos hemodinâmicos da dopamina são doses-dependente: com baixa dose (1-5µg/kg/min) há o aumento do fluxo sanguíneo renal e débito urinário; dose intermediária (5-15µg/kg/min) há o aumento do fluxo sanguíneo, FC, inotropismo cardíaco e débito; dose alta (> 15µg/kg/min) começam a predominar os efeitos a-adrenérgicos, vasoconstrição e aumento da PA.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: infusão contínua: diluir a dose na concentração máxima de 3,2mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%. Adolescentes: diluir a dose em 250-500mL de soro; velocidade de infusão de 20-100mL/h.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Ergotamina: pode aumentar a vasodilatação periférica.
  • Linezolida, pargilina, selegilina: pode aumentar os riscos de desenvolver crises hipertensivas.
  • Fenitoína: pode causar hipotensão e/ou arritmias cardíacas.

Lactação. Usar com precaução.

 

Epinefrina (ver adrenalina)

 

Eritromicina

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibiótico.

Apresentações. Cps, cpr simples e cpr revestidos de 250 e 500mg; cps gelatinosa com microgrânulos com 250mg; susp oral com 125mg/5mL em fr de 60, 105 e 120mL; susp oral com 250mg/5mL em fr de 45, 60 e 105mL; cr dermatológico; sol tópica de 20mg/mL em fr de 30, 60 e 120mL; fr-amp 1g (injetável – forma lactobionato).

Usos. Infecções por Mycoplasma pneumoniae e Legionella sp. Também é efetiva para infecções causadas por Streptococcus pneumoniae, Streptococcus sp., Chlamydia sp., Campylobacter jejuni, Corynebacterium diphtheriae, Neisseria gonorrhoeae e para infecções leves causadas por S. aureus sensíveis. Pode ser usada na profilaxia de endocardite bacteriana subaguda e na recorrência da febre reumática em pacientes alérgicos à penicilina. É opção para o tratamento de gonorreia e de sífilis em pacientes que não podem usar penicilina ou tetraciclina. Efetiva para eliminar o estado de portador agudo e crônico de difteria. Se usada precocemente na coqueluche, pode abreviar a duração da doença.

Contraindicações. Uso concomitante de derivados do ergot, cisaprida e pimozida; uso em recém-nascidos. Uso off-label. Tratamento de intolerância alimentar por dismotilidade em neonatos: 10mg/kg/dose, VO, 6/6 h, por 2 dias, seguidos por 4mg/kg/dose, VO, 6/6 h, por 5 dias.

Posologia.

  • Neonatologia: Tratamento pneumonite e conjuntivite por Chlamydia trachomatis: 12,5mg/kg/dose, VO, de 6/6 h, por 14 dias. Infecções graves quando paciente não tem condições de VO: 5-10mg/kg/dose, IV, a cada 6 h. Evitar uso nessa faixa etária, pois esse fármaco foi epidemiologicamente associado à estenose hipertrófica do piloro quando usado em recém-nascidos, especialmente se < 14 dias de vida. No tratamento de coqueluche, preferir azitromicina, embora também haja preocupação em relação a esse paraefeito.
  • Pediatria: 30-50mg/kg/dia, de 6/6 h. Não ultrapassar 4g/dia.
  • Adolescentes: 250mg-1g, VO, de 6/6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: evitar o uso se houver insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).
  • Função renal: não há necessidade de ajuste.
  • Diálise: não há necessidade de ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda; sugere-se diluir a dose em 10mL de água para facilitar a administração. No momento da administração: pausar a dieta enteral 1 h antes do medicamento e reiniciá-la após 2 h da administração. Preferencialmente, em sonda nasogástrica.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar. Intermitente/contínua: pode-se diluir a dose na concentração máxima entre 2,5-5mg/mL em SF 0,9% e administrar em 60 min ou mais. Para pacientes adolescentes sem restrição de volume considerar a diluição da dose em 100-250mL de SF 0,9%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via tópica: desinfetar o local antes da aplicação do medicamento. Passar fina camada no local afetado (2x/dia).

Interações medicamentosas.

  • Fluconazol, buspirona, nifedipina, nilodipino, carbamazepina, digoxina, clozapina, colchicina, ciclosporina, ergotamina, fentanil, sinvastatina, atorvastatina, pimozida, haloperidol, claritromicina, repaglinida, rifampicina, salmeterol, sertralina, fluoxetina, sirolimus, sildenafil, tacrolimus, teofilina, tioridazina, topotecano, ziprasidona, sulfametoxazol + trimetoprima, midazolam, lidocaína, loratadina e inibidores de protease: os efeitos desses medicamentos podem se potencializar na presença da eritromicina.
  • Ciprofloxacino, nilotinibe: os efeitos da eritromicina podem se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Clopidogrel: os efeitos do clopidogrel podem diminuir na presença da eritromicina.
  • Alimentos: a presença de alimentos causa variações nos níveis plasmáticos do medicamento. Evitar leite e sucos cítricos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Esomeprazol

Grupo farmacológico. Inibidor da bomba de prótons (H+/K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Apresentações. Cpr revestidos de 20 e 40mg; fr-amp de 40mg.

Usos. Tratamento da DRGE, parte de regime de fármacos para erradicação do H. pylori, prevenção de úlceras pelo uso continuado de AINEs, síndrome de Zollinger-Ellison.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros da mesma classe.

Uso off-label. Uso em crianças.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 1 ano.
  • Pediatria: crianças de 1-11 anos: segurança e eficácia com doses > 1mg/kg/dia e/ou terapia > 8 semanas não foram estabelecidas. DRGE: < 20kg: 10mg, 1x/dia, por 8 semanas; > 20kg: 10-20mg, 1x/dia, por 8 semanas. Doença do refluxo não erosiva: 10mg, 1x/dia, por 8 semanas.
  • Adolescentes: adolescentes de 12-17 anos: 20-40mg, 1x/dia, por 8 se- manas. Adulto jovem: esofagite erosiva (cicatrização): inicial: 20-40mg, 1x/dia, por 4-8 semanas; manutenção: 20mg/dia (estudos controlados não ultrapassaram uso por mais de 6 meses). DRGE sintomática: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Erradicação do H. pylori: esquemas com 40mg, 1x/dia, em associações. Prevenção de úlcera por uso crônico de AINEs: 20-40mg, 1x/dia, por até 6 meses. Síndrome de Zollinger-Ellison: 40mg, 2x/dia, podendo-se aumentar até 240mg/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: alteração leve ou moderada da função hepática (Child-Pugh A ou B): não é necessário ajuste de dose; alteração grave da função hepática (Child-Pugh C): não exceder 20mg/dia.
  • Função renal: não é necessário ajuste de dose.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: deve ser administrado em jejum, preferencialmente 1 h antes do café da manhã. O cpr pode ser disperso em sucos de maçã ou laranja ou água.
  • Via sonda: o cpr pode ser dissolvido em 10mL ou mais de água ou suco cítrico e administrado via sonda nasogástrica ou gastrostomia (uso em até 30 min). No momento da administração: pausar a dieta enteral por, pelo menos, 30 min.
  • Via intravenosa: bolo: pode ser administrado sem diluir, em 3 min. Intermitente: diluir a dose em 50-100mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 10-30min.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Atazanavir, dasatinibe, erlotinibe, itraconazol, cetoconazol, micofenolato mofetil, nelfinavir, posaconazol: pode diminuir a concentração plasmática e os efeitos dos antirretrovirais.
  • Voriconazol: o uso concomitante pode aumentar os efeitos do esomeprazol.
  • Varfarina: há risco aumentado de potencialização dos efeitos anticoagulantes.
  • Clopidogrel: pode reduzir os efeitos do clopidogrel; há aumento dos riscos de trombose.
  • Digoxina: pode aumentar os efeitos da digoxina, desencadeando efeitos tóxicos.
  • Suplementos à base de ferro: pode ocorrer redução na biodisponibilidade do ferro.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode prejudicar a absorção do medicamento, diminuindo a AUC em 33-53%.

Lactação. Não recomendado.

 

Famotidina

Grupo farmacológico. Inibidor dos receptores H2; antiulceroso.

Apresentações. Cpr de 20 e 40mg.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE, estados hipersecretores.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros antagonistas H2.

Posologia.

  • Neonatologia: IV: 0,25-0,5mg/kg/dose a cada 24 h. VO: 0,5-1mg/kg/dose a cada 24 h.
  • Pediatria: DRGE: até 3 meses: 0,5mg/kg/dia, VO, a cada 24 h; de 3 meses a 1 ano: VO, 0,5mg/kg/dose, 2x/dia; de 1-12 anos: VO ou IV, para úlcera péptica, 0,5mg/kg/dia à noite ou divididos em 2 doses (dose máxima: 40mg/dia). DRGE: 1mg/kg/dia, 2x/dia (dose máxima: 80mg/dia).
  • Adolescentes: VO: Úlcera duodenal e gástrica: 40mg/dia, VO, dose única à noite por 4-8 semanas. DRGE sem esofagite: 20mg, 2x/dia, VO, por 6 semanas. DRGE com esofagite erosiva: 20 ou 40mg, 2x/dia por 12 semanas. Estados hipersecretores: dose inicial de 20mg a cada 6 h – incrementos da dose podem ser feitos até 160mg a cada 6 h. IV: 20mg, 12/12 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: se ClCr 10-50mL/min, administrar dose usual a cada 24h ou 50% da dose em intervalo usual; se ClCr < 10mL/min, administrar dose normal a cada 36-48 h.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar junto com os alimentos. Pode ser administrado junto com antiácidos, se necessário.
  • Via sonda: pode-se preparar a susp oral (8mg/mL) a partir dos cpr ou dispersá-los em água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Atazanavir, bisacodil, ciclosporina, fosamprenavir, itraconazol, cetoconazol, dasatinibe, erlotinibe, indinavir, nelfinavir: a famotidina pode reduzir a concentração plasmática desses medicamentos, com possível redução de efetividade.
  • Probenecida: aumenta a concentração plasmática da famotidina.
  • Alimentos: pode ser administrado junto às refeições, sem interferência no pico plasmático do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Fentanila

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Amp com 50 μg/mL em 2, 5 ou 10mL; amp com 78,5mg em 2, 5 ou 10mL; adesivo transdérmico com 12, 25, 50, 75 e 100 μg.

Usos. Analgesia para dor aguda e intensa, adjuvante na anestesia geral e regional, uso na dor crônica estabilizada (transdérmico).

Contraindicações. Aumento da pressão intracraniana, severa depressão respiratória, íleo paralítico, IR e IH grave, gestação com uso prolongado ou altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Neonatologia: para analgesia, recomendados 0,5-3 μg/kg/dose, em push lento intermitente, ou 0,5-5 μg/kg/h contínuo. Dose média necessária: neonatos com IG < 34 sem, 0,64 μg/kg/h, com IG ≥ 34 sem, 0,75 μg/kg/h. Dose para anestesia: 5-50 μg/kg/dose.
  • Pediatria: sedação/analgesia: 1-2 μg/kg, IV, podendo ser repetida em intervalos de 30-60 min se necessário. Dor crônica (adesivo transdérmico): iniciar com 25 μg/h.
  • Adolescentes: sedação/analgesia para pequenos procedimentos: 1-2μg/kg/dose; pode ser repetido em 30-60 min, se necessário. Sedação contínua/analgesia: bolo 1-2 μg/kg, seguidos de infusão contínua de 0,5-1 μg/kg/h, titular manutenção de 1-3 μg/kg/h. Anestesia: 5-40 μg/kg, IV. Anestesia regional: administração espinal de 1,5 mcg/kg.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: usar com cuidado em pacientes com doença hepática. É recomendado usar doses baixas.
  • Função renal: se ClCr 10-50mL/min, administrar 75% da dose; se ClCr < 10mL/min, administrar 50% da dose.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: pode ser usado em bolo (não é necessário diluir), em 3-5min; doses acima de 5 μg/kg devem ser administradas em 5-10 min. Pode-se também administrar em infusão contínua, conforme critério médico.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim, como infusão contínua subcutânea (1 μg/kg/h), diluído na concentração de 25-30μg/mL.
  • Via transdérmica: aplicar o adesivo na pele íntegra e limpa (p. ex., peito, costas, braço), evitar contato com calor. Pressionar o adesivo por 30 s. Trocar o adesivo a cada 72 h.

Interações medicamentosas.

  • Nifedipina, nilodipino, desmopressina, selegina, moclobemida, fluoxetina, paroxetina: podem ter seus níveis plasmáticos aumentados, podendo levar à toxicidade.
  • Clorpromazina, dasatinibe, nelfinavir, ritonavir, succinilcolina: os níveis plasmáticos da fentanila podem aumentar na presença desses medicamentos.
  • Rifampicina: pode diminuir os efeitos da fentanila.

Lactação. Não recomendado.

 

Formoterol

Grupo farmacológico. Beta-2-agonista de ação prolongada.

Apresentações. 30 e 60 cps com 12µg.

Uso. No tratamento de manutenção da asma e DPOC.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 6 anos.
  • Pediatria e adolescentes: 6-12µg a cada 12 h.
  • Adolescentes: 6-12µg a cada 12 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via inalatória oral: administrar a dose diária em 2 tomadas. Cps: colocar a cps no inalador, fechar; colocar o inalador na boca e aspirar o pó. Pó inalante: girar a base do inalador até um “clique” e aspirar o pó.

Interações medicamentosas.

  • Moclobemida, selegilina: pode resultar em agitação, taquicardia.
  • Nortriptilina, amitriptilina: pode resultar em efeitos cardiovasculares pelo aumento dos efeitos do formoterol.
  • Atenolol, pindolol, propranolol, metoprolol, esmolol, sotalol: pode resultar em diminuição dos efeitos do formoterol.

Lactação. Usar com precaução.

 

Hidrato de cloral

Grupo farmacológico. Hipnótico sedativo, mecanismo de ação não esclarecido.

Apresentações. Fr-amp de 100 e 200mg/mL.

Usos. Sedativo, hipnótico, indutor do sono.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao hidrato de cloral, insuficiências renal e hepática severa, insuficiência cardíaca severa. Contraindicado o uso fora de ambiente hospitalar por pessoal não médico.

Usos off-label. Fórmula manipulada, uso na síndrome de abstinência após sedação contínua em UTI pediátrica. Após a descontinuação da sedação/analgesia contínuas, uso de 30mg/kg a cada 6-8 h, conforme resposta.

Posologia.

  • Neonatologia: 25mg/kg/dose antes de procedimento – doses são cumulativas, assim como seus efeitos colaterais.
  • Pediatria: sedação: 25-75mg/kg, de 6-8 h; dose máxima: 500mg, iniciando efeitos 30-60 min antes do procedimento. Pode ser repetido em 30 min até um total de 100mg/kg ou 1g total em lactentes ou 2g em crianças.
  • Adolescentes: dose sedativa: 250mg, 3x/dia; dose hipnótica: 500mg-1.000mg; não exceder 2g/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: contraindicado em alteração hepática grave.
  • Função renal: contraindicado em alteração renal grave.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: para minimizar o sabor adstringente desagradável, administrar com fórmula infantil água ou suco de fruta.
  • Via sonda: dados não disponíveis.
  • Via retal: a sol pode ser administrada por via retal (bem absorvido).

Interações medicamentosas.

  • Flumazenil: pode ocorrer diminuição nos efeitos do hidrato de cloral.
  • Ziprasidona, pimozida, foscarnet, eritromicina, claritromicina, astemizol, cloroquina, espiramicina, octreotida, antipsicóticos, fluconazol, sulfametoxazol + trimetoprima: o uso concomitante pode desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes).
  • Varfarina: há risco aumentado de sangramentos.
  • Alimentos: dados não disponíveis.

Lactação. É excretado no leite materno; deve ser descontinuado por promover eventos no lactente.

 

Hidrocortisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Fr-amp com 100 e 500mg + diluente; fr-amp com 50mg/mL + 2mL diluente; fr-amp com 100mg/mL + 3mL diluente; fr-amp com 125mg/mL + 4mL diluente.

Usos. Insuficiência adrenocortical primária ou secundária, hiperplasia adrenal congênita, tratamento adjuvante na colite ulcerativa, antes de cirurgias ou em caso de trauma ou doença grave em pacientes com insuficiência adrenocortical duvidosa ou comprovada, asma grave.

Contraindicação. Infecção fúngica sistêmica.

Uso off-label. Hipotensão e choque em criança.

Posologia.

  • Neonatologia: hipoglicemia neonatal: refratária à taxa de infusão de glicose maior que 12-15mg/kg/min, VO/IV: 5mg/kg/dia, divididos entre 8-12 h ou 1-2mg/kg/dose a cada 6 h. Tratamento para hipotensão: 20-30mg/m², por dia, IV, em 2-3 doses, ou aproximadamente 1mg/kg por dose a cada 8 ou 12 h por até 3 dias. Reposição na hiperplasia adrenal congênita: 7-9mg/m² por dia, IV, em 2-3 doses.
  • Pediatria: insuficiência adrenal aguda: lactentes: 1-2mg/kg/dose, IV, bolo; após, 25-150mg/dia, doses 6-8 h. Crianças maiores: ataque mesma dose que lactentes e manutenção de 150-250mg/dia divididos entre 6-8 h. Anti-inflamatória ou imunossupressão: VO: 2,5-10mg/kg/dia ou 75-300mg/m2/dia, 6-8 h; IV: 1-5mg/kg/dia ou 30-150mg/m2/dia, a cada 12-24 h. Hiperplasia congênita adrenal: VO: 10-20mg/m2/dia, divididos em 3 doses, com manutenção para lactentes de 2,5-5mg, 3x/dia, e crianças de 5-10mg, 3x/dia. Reposição fisiológica: VO: 0,5-0,75mg/kg/dia ou 20-25mg/m2/dia, divididos a cada 8 h. IMintramuscular/IV: 0,25-0,35mg/kg/dia ou 12-15mg/m2/dia, 1x/dia. Choque: crianças: não existe padronização das doses, sugerindo-se doses de hidrocortisona assim que seja detectada refratariedade do choque às catecolaminas ou na presença de fator de risco para insuficiência adrenal, em doses baixas (10mg/kg de ataque; máximo de 200mg) seguidos de 100mg/m2/dia a cada 6 h, nunca ultrapassando 50mg/dose por no mínimo 5 dias ou até que sejam suspensos fármacos vasoativos.
  • Adolescentes: em urgências (anafilaxia, asma aguda grave, interrupção acidental do corticoide), a dose habitual é de 100-500mg, IV, a cada 6 ou 8 h até que o paciente tenha estabilizado, geralmente entre 48-72 h. Na reposição por estresse ou cirurgia de médio porte após corticoterapia crônica recente ou em corticoterapia atual, 50mg, IV, 12 h antes ou 100mg, IV, no momento da indução; nas cirurgias de grande porte 50mg, IV, 12 h antes e 100mg, IV, no momento da indução. Após, 50mg, IV, a cada 8 ou 12 h, durante 2-3 dias, em ambos os portes de cirurgia. Para colite ulcerativa, administração retal de 10-100mg, 1-2x/dia, por 2-3 semanas.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não é necessário ajuste.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: não é necessário ajuste.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: pode-se diluir a dose em soro na concentração máxima de 50mg/mL ou administrar diretamente (sem diluir em soro), em 3-5 min. IV/intermitente: diluir a dose em 100-250mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 30-60 min (concentração entre 2-5mg/mL). Restrição hídrica: diluir em 50mL de SF 0,9% ou SG 5% ou considerar concentração máxima para esses pacientes de 60mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, reconstituir o pó liofilizado de 100mg com 2mL de diluente.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.
  • Via retal: administrar na forma de enema, reter a sol por 1 h (preferencialmente à noite).

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: ocorre redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: há aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: há aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: pode resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: podem ocorrer aumentos nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: pode ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: pode resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Indometacina: aumenta o risco de perfuração gastrintestinal.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ibuprofeno

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr simples e revestidos de 200, 300, 400 e 600mg; susp oral com 50mg/mL em 20, 30, 40 ou 50mL; susp oral com 100mg/mL em 20, 30, 40, 50 e 60mL; susp oral com 200mg/mL em 15mL; susp oral de 20mg/mL em 60, 100 e 200mL; cps com 200 e 400mg; drg simples de 600mg; amp 2mL (5mg/mL) – importado.

Usos. Doenças inflamatórias e reumatológicas, incluindo artrite reumatoide juvenil, dor de intensidade leve a moderada, dismenorreia, febre, cefaleia. Usado na neonatologia para fechamento do canal arterial.

Contraindicações. Gestação no 3º trimestre (categoria de risco D), insuficiência renal grave, úlcera péptica ativa. Uso off-label. Forma IV para tratamento de canal arterial, por se tratar de apresentação importada.

Posologia.

  • Neonatologia: como susp, eficácia e segurança para crianças < 6 meses não estabelecidas. Para fechamento do canal arterial: IV, 1a dose 10mg/kg, 2ª e 3ª dose 5mg/kg, com intervalos de 24 h, podendo-se postergar a administração da dose caso ocorra diurese < 0,6mL/kg/h. Um novo curso de medicação pode ser necessário.
  • Pediatria: crianças > 6 meses: antitérmico e analgésico: 5-10mg/kg/dia, a cada 6 ou 8 h (dose máxima diária: de 40mg/kg). Anti-inflamatório: 30-50mg/kg/dia, divididos a cada 8 h (dose máxima: 2,4mg/dia). Fibrose cística: 20-30mg/kg/dia.
  • Adolescentes: anti-inflamatório: 400-800mg, 3-4x/dia (máximo de 3,2g/dia). Analgesia, antipirético, dismenorreia: 200-400mg, 4-6x/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: evitar uso se função hepática estiver alterada.
  • Função renal: contraindicado uso na doença renal avançada.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com alimentos ou leite para reduzir efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: recomenda-se que a sol oral seja administrada via sonda. Para administrar a susp oral, a dose deve ser diluída em volume adequado de água para diminuir a osmolaridade final e facilitar a administração. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar. IV/intermitente: administrar lentamente a partir de 15 min em bomba de infusão; preferencialmente, não diluir o medicamento; se necessária diluição para justar volume, usar SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 4mg/mL.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Glibenclamida: pode ocorrer hipoglicemia.
  • Amilorida, clorotiazida, furosemida, hidroclorotiazida, espironolactona: pode resultar em diminuição dos efeitos diuréticos e hipercalemia.
  • Citalopram, clopidogrel, desvenlafaxina, enoxaparina, escitalopram, fluoxetina, paroxetina, sertralina, venlafaxina, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Desipramina: pode resultar em efeitos de toxicidade (p. ex., sonolência, hipotensão).
  • Atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, esmolol, losartana, metoprolol, sotalol: pode ocorrer redução nos efeitos anti-hipertensivos.
  • Anlodipino, diltiazem, nifedipina: pode desencadear hemorragia gastrintestinal e diminuição nos efeitos anti-hipertensivos.
  • Tacrolimus: podem ocorrer efeitos adversos renais.
  • Ácido salicílico: pode ocorrer redução no efeito antiplaquetário, reduzindo os efeitos de cardioproteção.
  • Levofloxacino, norfloxacino: há aumento do risco de convulsões.
  • Carbonato de lítio: pode resultar em efeitos de toxicidade (fraqueza, tremores, confusão mental, sede excessiva).
  • Fenitoína: pode desencadear efeitos como ataxia, tremores, nistagmo.
  • Pemetrexede: há aumento nos efeitos de toxicidade (renal, gastrintestinal e mielossupressão).
  • Metotrexato: pode resultar em efeitos de toxicidade (p. ex., leucopenia, trombocitopenia, anemia, nefrotoxicidade, mucosite).
  • Alimentos: a presença de alimentos retarda a absorção, mas clinicamente não é significativa.

Lactação. Não recomendado.

 

Indometacina

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cps de 25 e 50; supositório de 100mg; fr-amp 1mg (importado).

Usos. Crise aguda de gota, bursite, tenossinovite, osteoartrite, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, fechamento do ducto arterioso no neonato.

Contraindicações. Gestação no 2º e no 3º trimestres (categoria de risco D), dor no período perioperatório de cirurgia cardíaca.

Uso off-label. Uso IV em neonatologia – no Brasil é necessário importar.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com alimentos para diminuir efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: não recomendado, pois pode obstruir a sonda já que o princípio ativo é praticamente insolúvel em água. Preferir a susp extemporânea preparada a partir do pó das cps. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar. IV/intermitente: administrar em 20-30min; diluição em SF 0,9% na concentração máxima entre 0,5-1mg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, enalapril, hidralazina, furosemida, espironolactona, salicilatos, hidroclorotiazida, clortalidona, losartana, valsartana, varfarina: a indometacina pode diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Amitriptilina, nortriptilina, dasatinibe, nilotinibe, poliestirenosulfonato de cálcio, probenecida, fluoxetina, paroxetina, sertralina: os efeitos da indometacina podem aumentar na presença desses medicamentos, pelo aumento nos níveis séricos.
  • Amicacina, gentamicina, varfarina, femprocumona, ciclosporina, desmopressina, drotrecogina, carbonato de lítio, metotrexato, AINEs, pemetrexede, ciprofloxacino, levofloxacino, vancomicina: o uso concomitante com indometacina favorece os efeitos desses medicamentos, pois há aumento de seus níveis séricos.
  • Alimentos: a presença de alimentos retarda a absorção do medicamento, mas não é clinicamente significativa.

Lactação. Não recomendado.

 

Lansoprazol

Grupo farmacológico. Inibidor da bomba de prótons (H+/K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Genérico. Lansoprazol.

Apresentações. Cps de desintegração gradual de 15 e 30mg; cps de 15 e 30mg.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica/duodenal, DRGE, síndrome de Zollinger-Ellison ou outros estados hipersecretores, parte de regime de fármacos para erradicação do H. pylori; prevenção de recidivas de úlceras gástricas associadas ao uso de AINEs.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao medicamento ou a outros da mesma classe.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para < 1 ano.
  • Pediatria: crianças (1-11 anos): DRGE e esofagite erosiva: ≤ 30kg: 15mg, 1x/dia, até 12 semanas; > 30kg: 30mg, 1x/dia, até 12 semanas. > 12 anos: dose igual à de adolescentes.
  • Adolescentes: úlcera duodenal: 15mg/dia pela manhã por 4 semanas; dose de manutenção de 15mg/dia. Úlcera gástrica: 30mg/dia por 8 semanas. DRGE sintomático: 15mg, 1x/dia, por 8 semanas. Esofagite erosiva: 30mg, 1x/dia, por 8 semanas; deve ser considerado tratamento por mais 8 semanas se houver recorrência ou não cicatrização (dose de manutenção: 15mg/dia). Erradicação do H. pylori: esquema de 30mg/dia ou 60mg/dia divididos em 2 doses, sempre em associação com an- tibióticos. Estados hipersecretores: dose inicial de 60mg/dia – se doses diárias > 120mg, administrar em doses divididas. Prevenção de úlceras induzidas pelo uso crônico de AINEs: 15mg/dia por até 12 semanas.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: se função hepática estiver alterada, considerar redução da dose.
  • Função renal: não é necessário ajuste de dose.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, antes do café da manhã. As cps podem ser abertas e os grânulos misturados em pudins, iogurtes, papas ou sucos de frutas (laranja, maçã, tomate) – para uso imediato. Os cpr também podem ser dispersos em sucos ou água (uso imediato).
  • Via sonda: cpr: pode ser disperso em 15mL de água ou suco e administrado via sonda (uso imediato). Cps: abrir a cps e dissolver os grânulos em sucos (laranja, maçã, tomate). Não triturá-los. Administrar imediatamente (dentro de 15-30 min) e irrigar a sonda com suco ou água. Administrar em sonda nasogástrica, separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio: reduzem a biodisponibilidade do lansoprazol; administrá-lo 1 h após os antiácidos.
  • Ampicilina: pode ocorrer perda de eficácia da ampicilina.
  • Tacrolimus: pode ocorrer aumento nas concentrações plasmáticas do tacrolimus; monitorar paciente.
  • Atazanavir, dasatinibe, erlotinibe, itraconazol, cetoconazol, micofenolato mofetil, nelfinavir: pode diminuir os efeitos desses medicamentos, por diminuir os níveis plasmáticos.
  • Femprocumona, varfarina: há aumento no INR, com aumento do efeito anticoagulante.
  • Claritromicina: pode desencadear glossite ou estomatite.
  • Digoxina: pode causar náusea, vômitos e arritmia pelo aumento nos efeitos da digoxina.
  • Clopidogrel: pode aumentar os riscos de trombose.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode diminuir a biodisponibilidade do medicamento em 50%. Deve ser administrado em jejum.

Lactação. Não recomendado.

 

Metilprednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cpr de 4mg; fr-amp com 40, 125, 500 e 1.000mg + diluente; fr-amp com 40mg/mL em 1,2 ou 5mL.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes, imunodepressão (pulsoterapia), lesões medulares agudas.

Contraindicações. Lesões de virais ou fúngicas, administração de vacinas de vírus vivos, infecções graves não controladas (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: anti-inflamatório ou imunossupressor: VO ou IMintramuscular é de 0,5-1,7mg/kg/dia ou 5-25mg/m2/dia a cada 6-12 h. Pulsoterapia = adolescente. Seus efeitos são similares aos das doses equivalentes de prednisona. Asma grave: 1mg/kg/dose, IV, a cada 6 h, por 48 h e, após, 1-2mg/kg/dia, divididos em 2 doses.
  • Adolescentes: anti-inflamatório ou imunossupressor: as doses habituais iniciais, VO, são de 4-60mg/dia, divididos em 1-4x/dia, com posterior redução gradual e IV (succinato) 10-40mg em vários min. Pulsoterapia: 15-30mg/kg, IV, 1x/dia (durante 3 dias). Lesões medulares agudas: IV (succinato): 30mg/kg, 15 min, seguidos em 45 min de infusão contínua de 5,4mg/kg/h, por 23 h. Asma grave: IV, 30-60mg/dose em 4 doses.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os cpr com ou sem alimentos. Pode ser antes ou logo após os alimentos ou leite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do cpr em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa (forma succinato somente): bolo: doses menores (< 250mg) podem ser administradas em até 5 min, sem necessidade de diluir a dose em volume de soro (concentração máxima de 125mg/mL). IV/intermitente: a administração IV de altas doses (> 250mg) deve ser feita lentamente, de 30-120min; a dose deve ser diluída, na concentração máxima entre 2,5-20mg/mL (ou 50-200mL), em SF 0,9% ou SG 5% para a infusão. Pulsoterapia: administrar em tempo ≥ 30 min.
  • Via intramuscular (forma acetato e succinato): sim.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina lipossomal, hidroclorotiazida: pode desencadear hipocalemia.
  • Aprepitanto, diltiazem, itraconazol: podem aumentar os efeitos da metilprednisolona; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: podem diminuir os efeitos da metilprednisolona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: há risco aumentado de ruptura de tendão.
  • Ácido acetilsalicíclico: há risco aumentado de hemorragia e irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode diminuir o efeito desses medicamentos, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina: pode ocorrer diminuição no efeito da quetiapina.
  • Tacrolimus: pode ocorrer aumento nos níveis séricos do tacrolimus, que devem ser monitorados.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: há risco de sangramento.
  • Vacinas: pode provocar variações na resposta do imunobiológico.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a farmacocinética do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Metoclopramida

Grupo farmacológico. Anti-hemético; antagonista dos receptores D2 da dopami- na e aceledora da motilidade do trato gastrintestinal.

Apresentações. Cpr de 10mg; amp com 5mg/mL em 2mL; sol oral adulto (gt) com 1mg/mL em 100mL; sol oral pediátrica (gt) com 4mg/mL com 10mL; supositório adulto de 10mg; supositório pediátrico de 5mg.

Usos. Tratamento e prevenção de náusea e vômitos; estimulante do esvaziamento gástrico; facilitador da colocação de sondas enterais pós-pilóricas.

Contraindicações. Obstrução gastrintestinal, perfuração ou hemorragia, feocromocitoma, história de convulsões.

Posologia.

  • Neonatologia: 0,033-0,1mg/kg/dose, VO ou IV, de 8/8 h – o FDA aprova uso para facilitar a passagem de sonda entérica. Também é descrito o uso em doença do refluxo, 0,4-0,8mg/kg/dia, dividido em 4 doses.
  • Pediatria: crianças até 6 anos: VO/IMintramuscular/IV: 0,4-0,8mg/kg/dia, 3-4x/dia; > 6 anos: 0,5-1mg/kg/dia, 3-4x/dia.
  • Adolescentes: vômitos: 10mg/dose. Prevenção de vômitos induzidos por quimioterapia: 1-2mg/kg, IV, 30 min antes do tratamento e posteriormente em intervalos de 4-6 h. Prevenção de náusea e vômitos pós-operatórios: 10-20mg, IV, antes do término da cirurgia, seguido de intervalos de 4-6 h. Acelerador do esvaziamento gástrico (gastroparesia diabética): 10mg, VO, 30 min antes das refeições e na h de dormir. Colocação de sonda pós-pilórica: 10mg, IV.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: se ClCr < 40mL/min, administrar 50% da dose usual.
  • Diálise: não dializável (0-5%); dose suplementar não é necessária.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os cpr e a sol oral 30 min antes das refeições e ao deitar.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a sol oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: doses de 10mg podem ser administradas lentamente, em 2-3 min, sem necessidade de diluição em soro. IV/intermitente: a administração deve ser lenta, de 15-30 min, na velocidade de 5mg/min. A dose deve ser diluída na concentração máxima de 5mg/mL (ou 50mL), em SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina, venlafaxina, sertralina: os níveis plasmáticos e os efeitos desses medicamentos podem aumentar na presença de metoclopramida.
  • Antiparkisonianos, posaconazol: podem apresentar eficácia reduzida pela presença da metoclopramida.
  • Peginterferon: pode diminuir os efeitos esperados da metoclopramida.
  • Amitriptilina, aripiprazol, clorpromazina, desvenlafaxina, clomipramina, fluoxetina, maprotilina, olanzapina, quetiapina: há aumento nos efeitos extrapiramidais.
  • Didanosina: pode ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da didanosina.
  • Linezolida: o uso concomitante pode desencadear síndrome serotoninérgica.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a farmacocinética do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Midazolam

Grupo farmacológico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Amp com 5mg/mL em 3mL; amp com 1mg/mL em 5mL; amp com 5mg/mL em 10mL; cpr simples de 15mg; cpr revestidos de 7,5 e 15mg; sol oral com 2mg/mL em 10, 20, 30 e 120mL.

Usos. Insônia, sedação pré-procedimentos cirúrgicos e diagnósticos, indução e manutenção da anestesia, sedação prolongada em CTI, estado de mal epiléptico.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo fechado, miastenia grave, insuficiência respiratória grave, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Neonatologia: sedação consciente durante a VM em infusão contínua: IV, < 32 semanas, iniciar com 0,03mg/kg/h (0,5µg/kg/min); em > 32 semana, 0,06mg/kg/h (1µg/kg/min). Uso nasal: 0,2-0,3mg/kg/dose usando apresentação 5mg/mL.
  • Pediatria: pré-medicação anterior a procedimentos cirúrgicos ou diagnósticos IMintramuscular/IV: 0,1-0,15mg/kg, completar com nova dose se necessário; dose total de 0,4mg/kg para > 6 anos ou 0,6mg/kg para < 6 anos (dose máxima: 10mg). Via nasal: 0,2-0,3mg/kg/dose = 0,04-0,06mL da sol parenteral (amp 5mg/mL), pode-se administrar mais 2 doses de 0,02mL/kg com 10 min de intervalo. Estado de mal epiléptico refratário: dose de ataque de 0,14mg/kg acompanhada de infusão de 0,06mg-0,1mg/kg/h, aumentar a dose a cada 5 min até a atividade epiléptica controlada. Dose máxima: 1,2mg/kg/h. Sedação durante ventilação mecânica: dose de ataque de 0,05-0,2mg/kg, acompanhada de infusão de 0,06mg-0,12mg/kg/h. Dose média de 0,02-0,4mg/kg/h. Sedação, ansiolítico e amnésia antes da indução anestésica: VO, 0,25-0,5mg/kg. Dose máxima: 20mg.
  • Adolescentes: indução do sono: 15mg, VO, ao deitar; em casos de insônia terminal, dose no meio da noite. Sedação pré-procedimentos: 15mg, VO, 30-60 min antes do procedimento; 0,07-0,08mg/kg, 30-60 min antes IMintramuscular; 0,02-0,04mg/kg, repetido a cada 5 min conforme necessidade, IV. Estado de mal epiléptico: 0,2mg/kg em bolo, IV, até 5mg; ou 0,05-0,3mg/kg/h, IV; ou 5-10mg, IMintramuscular. Sedação durante ventilação mecânica: dose de ataque de 0,01-0,05mg/kg, acompanhada de infusão de 0,02mg-0,1mg/kg/h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: deve iniciar com dose baixa, titulando de maneira lenta conforme resposta clínica.
  • Função renal: usar com cuidado em doença renal.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da sol oral, mas o cpr pode ser triturado e dissolvido em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: diluir a dose na concentração de 1-5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%, administrar em 2-5 min; IV/intermitente: administrar lentamente (preferir bomba de infusão); diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL em SF 0,9 ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim, na concentração de 1mg/mL.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intranasal: sim, utilizar seringa de 1mL e administrar em cada narina por 15s.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, aprepitanto, atazanavir, atorvastatina, cimetidina, claritromicina, darunavir, verapamil, efavirenz, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, nelfinavir, nilotinibe, omeprazol, posaconazol, verapamil, voriconazol: pode resultar em aumento nos efeitos do midazolam (sedação excessiva, confusão mental, ataxia).
  • Carbamazepina, deferasirox, fenitoína, rifampicina, teofilina: os efeitos do midazolam podem diminuir.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanil, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, tiopental: pode resultar em depressão respiratória.
  • Sevoflurano: pode ocorrer potencialização dos efeitos anestésicos.
  • Talidomida: pode ocorrer aumento na metabolização e clearance do midazolam.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a farmacocinética do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Ofloxacino

Grupo farmacológico. Antibiótico; quinolona.

Apresentações. Cpr revestido de 200 ou 400mg; sol oftálmica com 3mg/mL em 0,5mL ou 5mL; sol otológica (em associações).

Usos. Em adolescentes é usada para o tratamento de infecções urinárias, prostatite, gonorreia, cervicite. Em pediatria, usa-se basicamente em infecções graves não responsivas aos tratamentos usuais.

Usos na tuberculose. No retratamento de pacientes com TBMR e na composição de esquemas com múltiplos fármacos para o tratamento de micobacterioses atípicas. Em substituição à etionamida no esquema SEMZ, para pacientes com intolerância digestiva a esse fármaco. No esquema de primeira linha alternativo (SOM), associada à estreptomicina e ao etambutol, para tratamento da tuberculo- se em pacientes com hepatopatia crônica descompensada ou com hepatotoxicidade pelos esquemas RHZ e SHM.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Em animais de laboratório, as quinolonas causaram erosões das cartilagens de crescimento, mas esse efeito nunca foi relatado em seres humanos. Assim, as quinolonas podem ser usadas em pediatria se não houver outra opção melhor e se os benefícios forem indiscutíveis.

Usos off-label. Uso sistêmico – em pediatria existem poucos dados na literatura; recomendam-se doses de 15mg/kg/dia 12/12 h.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 18 anos, exceto oftálmico/otológico.
  • Pediatria: uso oftálmico em crianças > 1 ano – conjuntivite: 1-2 gt no olho afetado 4/4 h por 2 dias, após, 6/6 h por mais 5 dias. Uso otológico: Otite externa: crianças de 6 meses a 13 anos: 5 gt, 1x/dia, por 7 dias; > 13 anos: 10 gt, 1x/dia, por 7 dias. Otite média aguda em pacientes com tubo de ventilação: crianças entre 1 e 12 anos: 5 gt, 2x/dia, por 10 dias. Otite média crônica com perfuração de membrana timpânica: > 12 anos: 10 gt, 2x/dia, por 10-14 dias.
  • Adolescentes: 400mg, 12/12 h. Se ocorrer artralgia ou artrite, o medicamento deve ser suspenso. Adolescentes. erradicação do meningococo da orofaringe: dose única de 400mg. N. gonorrhoeae: dose única de 400mg. Para infecções do trato urinário: 200mg, de 12/12 h, por 3-10 dias. Prostatite: 300mg, de 12/12 h, por 6 semanas. Na cervicite e na uretrite não gonocócica: 300mg, de 12/12 h, por 7 dias. Outras situações: 400mg, de 12/12 h.
  • Tuberculose: nos esquemas padronizados para tratamento da tuberculose multirresistente, administrar 400mg/dia para pacientes com peso < 50kg, e 600-800mg/dia para pacientes com peso ≥ 50kg. Na substituição da etionamida no esquema SEMZ ou no primotratamento alternativo (esquema SOM), administrar 15mg/kg, VO, 2x/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: alteração hepática grave: dose máxima de 400mg/dia.
  • Função renal: se ClCr 20-50mL/min, administrar dose usual 1x/dia; se ClCr < 20mL/min, administrar metade da dose usual, 1x/dia.
  • Diálise: administrar 300mg a cada 24 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: dados não disponíveis.
  • Via oftálmica: instilar as gt no saco conjuntival e pressionar por 1-2 min. Não encostar o aplicador na mucosa.
  • Via otológica: instilar as gt no ouvido.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, didanosina, suplementos com ferro, cálcio e zinco: o uso desses medicamentos pode diminuir o efeito do ofloxacino; espaçar 2 h entre a administração deles com a quinolona.
  • Amiodarona, droperidol: pode resultar em efeitos de cardiotoxicidade.
  • Corticotropina, dexametasona, fludrocortisona, hidrocortisona, triancinolona: há risco de ruptura de tendão.
  • Insulina, glibenclamida, metformina: pode ocorrer hipoglicemia.
  • Tizanidina: poderá ocorrer aumento nos efeitos da tizanidina.
  • Varfarina: há risco de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode diminuir a concentração plasmática do medicamento, mas não significativamente. Entre os alimentos que diminuem o efeito da quinolona, estão derivados lácteos e suplementos com ferro.

Lactação. Não recomendado.

 

Omeprazol

Grupo farmacológico. Inibidor da bomba de prótons (H+/K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Apresentações. Cpr revestidos de 10, 20 e 40mg; cps de 10, 20 e 40mg; fr-amp com 40mg (diluente de 10mL). Associações para o regime de erradicação do Helicobacter pylori: ver Tabela 1.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica/duodenal, DRGE, síndrome de Zollinger-Ellison ou outros estados hipersecretores, profilaxia de úlcera de estresse, parte do regime de fármacos para erradicação do H. pylori, hemorragia digestiva alta. Contraindicação. Hipersensibilidade ao medicamento.

Uso off-label. Uso na DRGE em prematuros.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para < 1 ano, contudo se descreve posologia de 0,5-1,5mg/kg/dose, VO, 1x/dia na DRGE.
  • Pediatria: DRGE, esofagite, úlcera: 0,7-3,5mg/kg/dia, 1-2x/dia, ou em crianças de 1-16 anos com 5-10kg, 5mg, 1x/dia; com 10-20kg, 10mg, 1x/dia; e nas com > 20kg, 20mg, 1x/dia. Erradicação de Helicobacter pylori (juntamente com antibióticos): 15-30kg, 10mg, 2x/dia; em > 30kg, 20mg, 2x/dia.
  • Adolescentes: Úlcera duodenal, DRGE sem esofagite: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Úlcera gástrica: 40mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Esofagite erosiva: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas; tratamento de manutenção: 20mg, 1x/dia, por um total de 12 meses, incluindo as 4-8 semanas. Erradicação do H. pylori: esquemas com 20-40mg/dia em associações. Estados hipersecretores: dose inicial de 60mg/dia; se doses diárias > 80mg, administrar em doses divididas. Prevenção de úlcera de estresse: 40mg/dia, por até 14 dias. Hemorragia digestiva alta: 80mg, IV, em bolo, após, 8mg/h até a realização da endoscopia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: biodisponibilidade aumentada na doença hepática crônica. Considerar ajuste de dose nesses casos.
  • Função renal: não é necessário ajuste de dose.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, de 30-60 min antes do café da manhã. Os cpr e as cps devem ser administrados inteiros; em caso de dificuldade de deglutição, pode-se dispersar os cpr em meio copo de água ou suco de fruta (p. ex., laranja, maçã, tomate) e ingerir em até 30 min. As cps podem ser abertas e seus grânulos misturados em papa de maçã. Não esmagar ou triturar os grânulos (pellets).
  • Via sonda: administrar (Losec Mups®, Nexium®) via sonda nasogástrica, diluindo-se o cpr (não triturar ou esmagar os microgrânulos) em volume adequado de água ou suco de fruta (p. ex., laranja, maçã, tomate) – usar em 30 min. Farmácias de manipulação preparam a susp oral de omeprazol. Preferencialmente, pausar a dieta enteral 30 min antes da administração.
  • Via intravenosa: bolo: administrar diretamente, sem diluição, em 2,5 min (4mL/min); IV/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 30 min. n Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Carvedilol, clozapina, ciclosporina, metotrexato, fenitoína, saquinavir, tacrolmus, voriconazol: o omeprazol pode elevar os efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos.
  • Fluconazol, cetoconazol: os efeitos do omeprazol pode ser potencializados por esses medicamentos.
  • Atazanavir, clopidogrel, clozapina, dasatinibe, delavirdina, erlotinibe, indinavir, suplementos de ferro, itraconazol, cetoconazol, micofenolato, nelfinavir, posaconazol: o omeprazol pode diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Alimentos: a presença de alimentos reduz a absorção e a concentração plasmática do omeprazol.

Lactação. Não recomendado.

 

Pantoprazol

Grupo farmacológico. Antiulceroso; inibidor da bomba de prótons (H+/K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Apresentações. Cpr de 20 e 40mg; cpr revestidos de 20 e 40mg; fr-amp de 40mg/mL em 10mL.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE, síndrome de Zollinger-Ellison ou outros estados hipersecretores.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao fármaco e a outros representantes da mesma classe de medicamentos.

Uso off-label. Uso em pediatria.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: esofagite erosiva associada à DRGE: 20mg, VO, 1x/dia (0,5-1mg/kg/dia).
  • Adolescentes: úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE com ou sem esofagite erosiva: 40mg/dia, pela manhã, por 4-8 semanas. Estados hipersecretores: dose inicial de 80mg/dia, dividida em 2 tomadas.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não é necessário ajuste.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum, 30 min antes do café da manhã. Não pode ser mastigado ou triturado, mas pode ser misturado em 5mL de suco de maçã (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, pode-se diluir o cpr não revestido, sem triturar, em 10mL de suco de maçã (uso imediato), ou há a possibilidade de uso de sol extemporânea. Administrar, preferencialmente, via sonda nasogástrica; separadamente da dieta enteral (pausa de 30 min, se possível).
  • Via intravenosa: bolo: diretamente, em 2 min. Intermitente: diluir o medicamento em 100mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 15-30 min (7mL/min); considerar concentração máxima entre 0,4-0,8mg/mL para diluição.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Ampicilina, itraconazol, cetoconazol: o uso concomitante com pantoprazol pode diminuir a eficácia desses medicamentos.
  • Atazanavir, dasatinibe, erlotinibe, micofenolato mofetil, nelfinavir, posaconazol: pode ocorrer diminuição nos níveis plasmáticos desses medicamentos, reduzindo o efeito esperado.
  • Metotrexato, saquinavir: pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos; monitorar efeitos adversos.
  • Suplementos à base de ferro: pode ocorrer diminuição na biodisponibilidade do ferro.
  • Varfarina: pode ocorrer variações nos efeitos anticoagulantes; monitorar risco de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode retardar a absorção do medicamento por até 2 h, mas não interfere em seus níveis plasmáticos.

Lactação. Não recomendado.

 

Paracetamol (acetaminofeno)

Grupo farmacológico. Analgésico e antitérmico, mas pouquíssima atividade anti-inflamatória.

Apresentações. Cpr de 500mg; cpr revestidos de 650 e 750mg; sol oral (gt) com 100 ou 200mg/mL em fr de 15 ou 20mL; sol oral com 32mg/mL em 60mL; sachês pó de 500mg para chás com sabor; cpr de 500mg (associado com 65mg de cafeína); 500mg (associado com 30mg de pseudoefedrina).

Usos. Alívio da dor e da febre.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer componente da fórmula. Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: dose oral: administrar 20-25mg/kg, com manutenção de 12-15mg/kg/dose. Dose retal: 30mg/kg, com manutenção de 12-18mg/kg/dose. Intervalos: recém-nascido a termo: 6/6 h; pré-termo ≥ 32 semanas: 8/8 h; pré-termo < 32 semanas: 12/12 h.
  • Pediatria: dose oral: 10-15mg/kg/dose a cada 4-6 h. Dose máxima: 5mg/kg/dia ou 4g/dia. Sol com 200mg/mL: 10mg/gt = 1 gt/kg/dose. Sol com 100mg/mL: 5mg/gt = 2 gt/kg/dose.
  • Adolescentes: 500-1.000mg, a cada 4-6 h (máximo de 4g/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: evitar uso por longo tempo em pacientes com doença hepática crônica. Doses baixas são toleradas por pacientes cirróticos ou com doença hepática.
  • Função renal: se Clcr 10-50mL/min, administrar a cada 6 h; se Clcr < 10mL/min, administrar a cada 8 h.
  • Diálise: moderadamente dialisável (20-50%).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos, com 1 copo (250mL) de água. Recomenda-se que as gt sejam diluídas em volume adequado de água para a administração.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a sol oral via sonda. O cpr pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano: pode ocorrer diminuição no clearance do bussulfano; monitorar efeitos.
  • Cloranfenicol: pode favorecer efeitos tóxicos do cloranfenicol (hipotensão, vômitos, hipotermia).
  • Colestiramina, exenatida, carbamazepina, isoniazida, fenitoína, zidovudina: pode diminuir a biodisponibilidade do paracetamol, diminuindo seus efeitos e aumentando o risco de hepatotoxicidade.
  • Lamotrigina: o paracetamol pode diminuir os efeitos da lamotrigina.
  • Varfarina: monitorar risco de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos ricos em carboidratos pode retardar a absorção do medicamento, mas não afeta sua extensão total.

Lactação. Compatível.

 

Prednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Sol oftálmica com 5mL (10mg/mL); sol oral (3mg/mL) em 60, 100, 120mL; sol oral (1mg/mL) em 120mL.

Usos. Tratamento de distúrbios endocrinológicos, reumatológicos, doenças do colágeno e dermatológicas, estados alérgicos, doenças oftalmológicas, repiratórias, neoplásicas, doenças do trato gastrintestinal, asma.

Contraindicações. Hipersensibilidade à prednisolona, herpes superficial, infecção fúngica grave, infecção por varicela-zóster.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg/dia, em 2 doses diárias.
  • Pediatria: Exacerbação asmática: < 12 anos: 1-2mg/kg, 1x/dia, pela manhã (máximo: 60mg/dia) até melhora clínica ou peakflow 70% do basal, o que leva geralmente 3-10 dias de tratamento. Anti-inflamatória ou imunossupressora: 0,1-2mg/kg/dia, divididos 1-4x/dia. Síndrome nefrótica: 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia, em 1-3x/dia (dose máxima: 80mg/dia) até que a urina esteja livre de proteína, ou por 4-6 semanas, seguida de dose de manutenção 2mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose em dias alternados, sendo titulado até suspensão após 4-6 semanas.
  • Adolescentes: 40-80mg/dia, divididos em 1-2 doses até peak flow 70% do basal. 40-60mg/dia, 1x/dia, curso de 3-10 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: a sol oral pode ser administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via oftálmica: instilar a gt no olho afetado e pressionar por 1-2 min; cuidar para não encostar o instilador na mucosa ocular.

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: ocorre redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: há aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: há aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: pode resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: pode ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: pode resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos parece não afetar a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Prednisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. cpr de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: mesmas doses/indicações da prednisolona.
  • Adolescentes: as doses são de 2,5-60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adolescentes é de 4-5mg/m2/dia. A dose depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descon- tinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças severas. Em geral, usam-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias. Imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia. Tireotoxicose: 60mg/dia. Quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m2/dia. Artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia). Púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas. LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses; na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal. Síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adolescentes; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia (máximo: 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máximo 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose, por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o cpr pode ser triturado, e seu conteúdo, dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da susp oral a partir dos cpr. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: pode resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: pode resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: pode resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: pode resultar na diminuição nos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: pode resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode potencializar efeito de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: pode resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: pode resultar em edema periférico severo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não interfere na biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Compatível.

 

Rabeprazol

Grupo farmacológico. Antiulceroso; inibidor da bomba de prótons (H+/K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Apresentações. Cpr revestidos de 10 e 20mg.

Usos. Tratamento de DRGE, parte de regime de fármacos para erradicação do Helicobacter pylori, tratamento de úlceras duodenais, tratamento de estados hipersecretores (síndrome de Zollinger-Ellison).

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia e pediatria: eficácia e segurança não estabelecidas em < 12 anos.
  • Adolescentes: DRGE: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Erradicação do H. pylori: esquema com 40mg/dia, divididos em 2 doses em associações, por 7 dias. Úlcera duodenal: 20mg, antes do café da manhã, por 4 semanas. Estados hipersecretores: 60mg/dia, em dose única; doses maiores podem ser necessárias.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: alteração leve a moderada não necessita ajuste de dose; em alteração grave, usar com cautela.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos; melhor se administrado antes do café da manhã. Não partir, quebrar ou triturar os cpr revestidos. Pode ser administrado com antiácidos.
  • Via sonda: não recomendado.

Interações medicamentosas.

  • Ampicilina: o rabeprazol pode diminuir a eficácia da ampicilina.
  • Atazanavir, dasatinibe, erlotinibe, itraconazol, cetoconazol, micofenolato mofetil, nelfinavir, posaconazol: o uso concomitante pode diminuir as concentrações plasmáticas desses medicamentos, prejudicando o efeito esperado.
  • Digoxina: pode desencadear efeitos de toxicidade pelo aumento nos níveis séricos da digoxina (náusea, vômitos, arritmias).
  • Saquinavir, tacrolimus, metotrexato, voriconazol: pode ocorrer aumento nos efeitos esperados desses medicamentos; devendo-se monitorar efeitos adversos.
  • Suplementos à base de ferro: pode ocorrer redução na biodisponibilidade do ferro.
  • Varfarina: pode potencializar efeito anticoagulante.
  • Alimentos: a presença de alimentos muito gordurosos pode retardar a absorção do medicamento, mas não afeta sua concentração máxima. Interação considerada não significativa.

Lactação. Não recomendado.

 

Ranitidina

Grupo farmacológico. Inibidor dos receptores H2.

Apresentações. Cpr de 150 e 300mg; cpr efervescentes de 150 e 300mg; amp de 50mg/2mL; xpe oral com 15mg/mL em 120mL.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE com ou sem esofagite erosiva, síndrome de Zollinger-Ellison e outros estados hipersecretores.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao fármaco ou a outros antagonistas H2, pacientes com história de porfiria aguda.

Posologia.

  • Neonatologia: VO: 2mg/kg/dose, 8/8 h; IV a termo: 1,5mg/kg/dose 8/8 h; IV pré-termo: 0,5mg/kg/dose, 12/12 h. Infusão contínua: 0,0625mg/kg/h.
  • Pediatria: crianças > 1 mês a 16 anos: até 5mg/kg/dose, 2x/dia, ou 3mg/kg/dose, 3x/dia (máximo: 300mg/dia); IV, 2-4mg/kg/dia, a cada 6 ou 8 h (máximo: 200mg/dia).
  • Adolescentes: úlcera duodenal e gástrica: 150mg, 2x/dia; ou 300mg, 1x/dia, após o jantar, por 4-8 semanas. DRGE sem esofagite: 150mg/dia, por 14 dias. DRGE com esofagite erosiva: 150mg, 4x/dia, seguidos de dose de manutenção de 150mg, 2x/dia, por 12 semanas. Estados hipersecretores: dose inicial de 150mg, 2x/dia, podendo ser ajustada clinicamente até 6 g/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não é necessário ajuste.
  • Função renal: se Clcr 10-50mL/min, reduzir dose para 50% da dose recomendada; se Clcr < 10mL/min, reduzir dose para 25% da dose recomendada, ou para adolescentes com Clcr < 50mL/min, VO, 150mg, a cada 24 h (ajustar dose se necessário); IV, 50mg a cada 18-24h (ajustar dose se necessário).
  • Diálise: administrar dose após término da diálise.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. Os cpr podem ser dispersos em água para pacientes com dificuldades de deglutição. Evitar administrar os cpr via sonda (risco de obstrução).
  • Via sonda: administrar o xpe via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: diluir cada amp em 20mL de SF 0,9% ou SG 5% (concentração máxima de 2,5mg/mL) e administrar na velocidade máxima de 4mL/min (5 min); Intermitente: diluir cada amp em 100mL de SF 0,9% ou SG 5% (concentração máxima de 0,5mg/mL) e administrar em 15-30 min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Saquinavir, varfarina: pode ocorrer aumentos nos níveis plasmáticos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, atazanavir, cefuroxima, dasatinibe, erlotinibe, fosamprenavir, indinavir, suplementos com ferro, nelfinavir: pode ocorrer diminuição nos efeitos desses medicamentos pela interferência da ranitidina.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Salbutamol

Grupo farmacológico. Broncodilatador; beta-2-agonista de curta ação.

Apresentações. Aerossol pressurizado de 100mg de sulfato de salbutamol por jato com 200 doses e sol para nebulização com 5mg/mL em 10mL; cpr de 2 e 4mg; amp de 0,5mg/mL; xpe com 0,4mg/mL em 120mL.

Usos. No tratamento da crise e/ou manutenção da asma. No tratamento de exacerbações e/ou manutenção da DPOC. Prevenção do broncospasmo induzido pelo exercício.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada a taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica ou pacientes que apresentem resposta incomum às aminas simpaticomiméticas.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: crise de asma: spray: 400-800mg/dose (4-8 jatos) a cada 20 min por 3 doses, após a cada 1-4 h; nos lactentes em crise aguda, mínimo 5 jatos. Nebulização: 0,15mg/kg (mínimo: 2,5mg) a cada 20min, por 3 doses, após, 0,15-0,3mg/kg (não exceder 10mg) a cada 1-4 h, conforme necessidade, ou 0,5mg/kg/h em nebulização contínua. IV contínuo: 1-15mg/kg/min; iniciar com menor dose e aumentar conforme necessidade (1 amp = 500mg).
  • Adolescentes: spray: 100-200µg a cada 4-6 h. Nebulização: 8-10 gt em 3-4mL de SF 0,9% a cada 4-6 h. Na crise: spray, 4-8 jatos com espaçador, a cada 15 min, na 1a h e, após, a cada 1-4h. Nebulização: 10 gt a cada 15 min na 1a h e, após, a cada 1-4 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o xpe e os cpr com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o xpe para administração via sonda pode ser rediluído em volume adequado de água ou suco de frutas para diminuir a viscosidade (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode ser administrado lentamente na concentração de 50mg/mL. Contínuo: administrar na velocidade inicial de 5mg/min, podendo-se aumentar a cada 15-30 min para 10-20mg/min, em bomba de infusão. O medicamento não deve ser administrado sem diluição em soro; diluir a dose na concentração entre 10-20mg/mL de SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via inalatória: spray: agitar bem o spray antes do uso. Aplicação: segurar o inalador na posição vertical entre os dedos, a uma distância dos lábios, expirar lentamente até todo o ar sair dos pulmões. Ao disparar o jato, inspirar o ar pela boca e prender a respiração por 10 s. Se houver mais de 1 jato, deve haver pausa (10 s) entre eles. Nebulização: diluir a dose em SF 0,9% até completar 3mL; fazer uso de máscara facial.

Interações medicamentosas.

  • Digoxina: pode ocorrer diminuição nos efeitos da digoxina.
  • Esmolol, carvedilol, metoprolol, nadolol, pindolol, propranolol, sotalol: pode ocorrer diminuição na eficácia com uso concomitante com salbutamol.
  • Lazabemida, linezolida, moclobemida, pargilina, procarbazina, rasagilina, selegilina: pode ocorrer aumento nos riscos de agitação, taquicardia ou hipomania pelo aumento nos efeitos do salbutamol.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento de liberação imediata.

Lactação. Usar com precaução.

 

Sulfametoxazol + trimetoprima (cotrimoxazol)

Grupo farmacológico. Antibacteriano; sulfonamida.

Apresentações. Cpr com sulfametoxazol + trimetoprima: 400mg + 80mg ou 800mg + 160mg; susp oral com sulfametoxazol + trimetoprima: 200mg + 40mg ou 400mg + 80mg em 5mL em fr de 50, 60, 90 ou 100mL.

Usos. Infecções respiratórias, gastrintestinais e urinárias, sinusite, otite média, prostatite, orquite e epididimite. Infecções por N. asteroides, uretrite ou cervicite por Neisseria gonorrhoeae, linfogranuloma venéreo e cancroide. Tratamento e profilaxia das infecções por P. jirovecii. Profilaxia da “diarreia do viajante”, de infecções urinárias e de exacerbações de infecções agudas em pacientes com bronquite crônica. Brucelose, infecções do trato biliar, osteomielite aguda e crônica, infecções por P. brasiliensis.

Contraindicações. Porfiria, anemia megaloblástica devido à deficiência de ácido fólico, crianças com < 2 meses, IR grave, disfunção hepática, gestação a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas em menores de 2 meses. Em infecções por Stenotrophomonas deve ser considerado o uso de ciprofloxocina ou ticarcilina-clavulanato.
  • Pediatria: profilaxia de P. jirovecii: 150mg/m2/dia de trimetoprima (dose emmL = peso dividido por 2) em doses a cada 12 h, em 3 dias da semana, a partir de 4-6 semanas de vida quando exposição vertical ao HIV. Infecções leves a moderadas: 6-12mg/kg de trimetoprima, divididos a cada 12 h. Infecções graves: 15-20mg/kg de trimetoprima, divididos a cada 6 h. Profilaxia de infecção urinária: 2mg/kg/dose de trimetoprima diariamente ou 5mg/kg/dose, 2x/semana.
  • Adolescentes: Pneumocistose: Tratamento 5mg/kg (TMP) IV ou VO a cada 8h por 21 dias. Profilaxia: 1 comp da formulação F ou 1 comp da formulação simples 1x/dia diariamente (alternativa 2 comprimidos da formulação F 1x/dia, 3x/semana). Toxoplasmose: tratamento 5mg/kg (TMP) IV ou VO a cada 12h por 6 semanas, depois ½ da dose para manutenção (preferência por sulfadiazina + pirimetamina). Profilaxia: 1 comp da formulação F 1x/dia. ITU: 1 comp da formulação F a cada 12h de 3 a 14 dias (3 dias para cistite não complicada). Diarreia do viajante: 1 comp da formulação F a cada 12h por 5-7 dias. Nocardia: 2-3 comp da formulação F a cada 12h por > 6 meses. Isospora: 1 comp da formulação F a cada 12h por 7-10 dias, depois 1 comp da formulação F 3x/semana. Infeccções por Stenotrophomonas: 15-20mg/kg/dia (TMP) IV ou VO a cada 8h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não necessita de ajuste.
  • Função renal: se ClCr 15-30mL/min, reduzir dose em 50%; se ClCr < 15mL/min, não recomendado.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos, com um copo de água.
  • Via sonda: recomenda-se que a susp oral seja administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar; Intermitente: diluir cada amp (5mL) em 125mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 60-90 min. Em acesso central, o medicamento pode ser menos diluído (75mL). Em pacientes com restrição hídrica, pode-se diluir uma amp em 50mL de soro e administrar em 30-60 min (concentração máxima de 1,6mg/mL).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Ácido aminobenzoico: pode antagonizar o efeito do sulfametoxazol.
  • Dapsona, digoxina, lamivudina, metotrexato, femprocumona, fenitoína, repaglinida, varfarina: pode aumentar o nível sérico desses medicamentos, ampliando seus efeitos adversos.
  • Enalapril: pode resultar em hipercalemia.
  • Amiodarona, amitriptilina, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, desipramina, droperidol, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, isoflurano, nortriptilina, octreotida, pentamidina, pimozida, quetiapina, risperidona, sotalol, espiramicina, tioridazina, vasopressina: pode resultar em efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes, arritmias).
  • Didanosina: pode ocorrer diminuição nos efeitos do sulfametoxazol.
  • Glimepirida, glibenclamida, metformina: pode resultar em hipoglicemia excessiva.
  • Ciclosporina: pode resultar em nefrotoxicidade e/ou diminuir o efeito da ciclosporina.
  • Pirimetamina: pode desencadear anemia megaloblástica ou pancitopenia.

Lactação. Contraindicado.

 

Terbutalina

Grupo farmacológico. Broncodilatador; beta-2-agonista de ação intermediária.

Apresentações. Amp com 0,5mg/mL em 1mL; xpe com 0,3mg/mL em 100mL; cpr com 2,5mg; sol para nebulização com 10mg/mL em 10mL.

Usos. Crises asmáticas graves. Também está indicado para o relaxamento uterino no trabalho de parto prematuro não complicado.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada a taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica, ou que apresentem resposta incomum às aminas simpaticomiméticas. Em casos de infecção uterina, pré-eclâmpsia grave, placenta prévia, hemorragia antes do parto, compressão do cordão umbilical e qualquer outra condição da mãe ou do feto que contraindique o prolongamento da gravidez.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: VO: 0,05mg/kg/dose a cada 8 h; aumentar dose gradualmente até 0,15mg/kg/dose; dose máxima diária: 5mg. SC: 0,005-0,01mg/kg/dose até o máximo de 0,4mg/dose a cada 15-20 min por 3 doses; pode repetir a cada 2-6 h conforme necessidade. IV: dose de ataque de 2-10mg/kg seguida de 0,08-0,4mg/kg/min, IC, podendo ser aumentado em 0,1-0,2mg/kg/min a cada 30 min conforme necessidade. Doses até 10mg/kg/min foram usadas. Nebulização: 0,01-0,03mL/kg/dose (máximo de 2,5mL a cada 4-6 h).
  • Adolescentes: 2,5-5mg/dose, 3-4x/dia (máximo de 15mg/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos. Procurar administrar sempre na mesma forma para evitar variabilidade plasmática.
  • Via sonda: para a administração via sonda, administrar o xpe. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode ser administrado diretamente, sem diluir, em 5-10 min; IV/contínuo: em bomba de infusão, diluir 10 amp em 1.000mL de SG 5% (5mg/mL) e administrar na velocidade de 20-30 gt/min ou preparar a sol na concentração máxima de 1mg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, no deltoide.
  • Via inalatória: diluir a dose em 1-2mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, carvedilol, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, propranolol, sotalol: poderá ocorrer diminuição nos efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos.
  • Clorgilina, linezolida, moclobemida, rasagilina, selegilina: pode resultar em taquicardia, agitação, hipomania.
  • Teofilina: pode resultar na diminuição dos níveis plasmáticos da teofilina, diminuindo os efeitos esperados.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Compatível.

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