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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NESTE VOLUME

epub-BR-PROPED-C8V1_Artigo5

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 1 do Ciclo 8 do PROPED.

Para saber mais

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria, de Paulo R. Antonacci Carvalho e colaboradores. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Carvalho PRA, Carvalho CG, Torriani MS, Santos L, Barros E, organizadores. Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

ALGUMAS SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

amp

Ampola

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

cr

Creme

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

sol

Solução

susp

Suspensão

VO

Via oral

xpe

Xarope

AMICACINA

Grupo farmacológico. Aminoglicosídeo; antibacteriano.

Apresentações. Amp com 50, 125, 250mg/mL (2mL). Disponíveis nos hospitais de referência para o tratamento da tuberculose multirresistente.

Usos. Infecções por microrganismos resistentes a outros aminoglicosídeos. Tratamento de infecções por N. asteroides e micobacterioses (em associação a outros medicamentos).

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Neonatologia:

Idade gestacional

Dias de vida

Dose (mg/kg)

Intervalo (h)

≤ 29 semanas

0-7

14

48

8-28

12

36

≥ 29

12

24

30-34 semanas

0-7

12

36

≥ 8

12

24

≥ 35 semanas

Todos

12

24

Para recém-nascidos a termo, alguns estudos demonstram eficácia e segurança equivalente da dose única diária, sendo opção útil quando não se deseja sinergismo com betalactâmicos e glicopeptídeos.

  • Pediatria: de 12-18mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, ou em dose única diária* (*preferir doses múltiplas se o uso for para sinergismo, incluindo infecções por Enterococcus sp. Nos demais casos, optar por dose única diária devido à menor nefrotoxicidade), IV ou IM, máximo de 1,5g/dia. Se forem utilizadas doses fracionadas, aplicar dose de ataque de 7,5-15mg/kg. Na fibrose cística, usar 30-40mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, pois há diminuição da meia-vida; pode-se também utilizar dose única diária. Os neutropênicos febris podem necessitar também dessas doses maiores.
  • Adolescentes: de 15-22,5mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, ou em dose única diária*, IV ou IM, máximo de 1,5g/dia. Se forem utilizadas doses fracionadas, aplicar dose de ataque de 7,5-15mg/kg. Na fibrose cística, usar 30-40mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, pois há diminuição da meia-vida; pode-se também utilizar dose única diária.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste de dose na insuficiência hepática.
  • Função renal: ClCr 50-90mL/min: 60-90%, dose a cada 12 h. ClCr 10-50mL/min: 30-70%, dose a cada 12-18 h. ClCr < 10mL/min: 20-30% da dose a cada 24-48 h.
  • Redução, se dose única diária: ClCr 90mL/min = 15mg/kg a cada 24 h; ClCr 70mL/min = 12mg/kg; ClCr 50mL/min = 7,5mg/kg; ClCr 30mL/min = 4mg/kg; ClCr 20mL/min = 7,5mg/kg a cada 48 h; ClCr 10mL/min = 4mg/kg a cada 48 h.
  • Diálise: administrar meia dose adicional após hemodiálise, 15-20mg/L/dia (o que é perdido); diariamente se diálise peritoneal.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: não pode ser administrado em bolo (não recomendado). Para administração intravenosa é recomendada a infusão em 30-60 min, ou no mínimo 15 min em doses múltiplas diárias (para evitar bloqueio neuromuscular). Para isso, utilizar como diluentes SF 0,9%, SG 5% ou soro glicofisiológico, observando-se concentração máxima de 10mg/mL. Para adolescentes, pode-se diluir a amicacina em 100-200mL de soro.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, polimixina B, cisplatina, cefalosporinas, vancomicina, indometacina, cidofovir: aumento dos efeitos de nefrotoxicidade e ototoxicidade.
  • Furosemida e manitol: aumento dos efeitos de ototoxicidade.
  • Dimenidrinato e outros antieméticos: podem mascarar os efeitos de ototoxicidade.
  • Succinilcolina e anestésicos: podem ter suas concentrações plasmáticas aumentadas.
  • Penicilinas: ocorrem efeitos sinérgicos, mas são física e quimicamente incompatíveis, sendo inativados quando misturados ou administrados concomitantemente. Com ticarcilina/clavulanato, piperacilina/tazobactam e penicilina sódica, não administrar concomitantemente. Observar intervalo de 1-2 h antes ou após o aminoglicosídeo para evitar interação medicamentosa (inativação do aminoglicosídeo).

Lactação. Não recomendado.

AMOXICILINA

Grupo farmacológico. Penicilina.

Apresentações. Susp oral com 200 ou 400mg/5mL em 100mL; susp oral com 250mg/5mL em 60 ou 150mL; susp oral com 500mg/5mL em 150mL; susp oral com 125mg/5mL em 45, 80 ou 150mL; cpr de 500, 875 e 1.000mg; cps de 500mg; cpr revestidos de 875mg; pó para susp oral com 250mg/5mL (fr de 150mL); pó para susp oral com 50mg/mL em fr de 60 ou 150mL; fr-amp de 500 e 1.000mg.

Usos. Rinossinusite, otite média aguda, infecção urinária, infecções respiratórias, faringite bacteriana, febre tifoide e profilaxia da endocardite bacteriana.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Usos off-label. Uso em recém-nascidos; uso em frequência menor que o recomendado.

Posologia.

  • Neonatologia: não há estudos suficientes com uso oral em recém-nascidos. Para prematuros com idade gestacional 32 semanas, usar 50mg/kg/dia 12/12 h — estudos com uso IV. Outro estudo sugere dose IV de 40mg/kg/dose a cada 8 h, se idade gestacional > 34 semanas e/ou idade pós-natal > 9 dias.
  • Pediatria: 20-50mg/kg/dia, divididos de 8/8 ou de 12/12 h (máximo de 3.000mg/dia). Infecções graves e infecções por pneumococos de sensibilidade reduzida à penicilina: 75-100mg/kg/dia, de 8/8 h. Estudo sugere 50mg/kg/dia, 2x/dia em pneumonias sem sinais de gravidade. Entretanto, o próprio estudo sugere dose de 90mg/kg/dia em 2x/dia para maior segurança. Metanálise do Cochrane sugere evidências insuficientes para recomendar o uso 1 ou 2 vezes ao dia para otite média aguda. Metanálise sugere eficácia do esquema com 2 doses diárias para faringoamigdalites, mas não do esquema com 1 dose diária.
  • Adolescentes: 250-500mg a cada 8 h ou 500-875mg a cada 12 h (dose máxima: 3.000mg/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste de dose na insuficiência hepática.
  • Função renal: ClCr 10-30mL/min: usar dose padrão a cada 12 h.
  • Diálise: usar dose padrão a cada 12-24 h e dose extra após sessão de diálise.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A susp oral pode ser misturada em leite ou em fórmulas infantis, sucos de frutas, pudins e água para uso imediato.
  • Via sonda: os cpr e pós das cps podem ser dispersos em água para uso imediato. Recomenda-se que por via sonda, a susp oral seja administrada, rediluindo-se em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: pode apresentar perda de eficácia se administrados concomitantemente com amoxicilina.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Varfarina: pode resultar em aumento do efeito anticoagulante.
  • Alimentos: pode ser administrado com ou sem alimentos, pois a absorção não é afetada.

Lactação. Compatível.

AMOXICILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO

Grupo farmacológico. Penicilina + inibidor de beta-lactamase.

Apresentações. Amoxicilina + ácido clavulânico: susp oral 125mg + 31,25mg com 5mL (de 75 e 100mL), com 200mg + 28,5mg/5mL (de 70mL), com 250mg + 62,5mg/5mL (de 75 e 100mL), com 400mg + 57mg/5mL (de 70 e 100mL), com 600mg + 42,9mg/5mL (de 50 e 100mL [uso para peumococos resistentes à penicilina chamada de ES]); cpr de 500mg + 125mg, cpr de 875mg + 125mg; amp de 500mg + 100mg ou 1g + 200mg; fr-amp de 500 e 1.000mg.

Usos. Infecções respiratórias, otite, amigdalite e celulite. Opção para o tratamento de infecção de tecidos moles com envolvimento de flora mista e infecções intra-abdominais (associadas a aminoglicosídeo).

Contraindicações. História de icterícia colestática ou disfunção hepatocelular com o medicamento.

Uso off-label. Uso em recém-nascidos.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos. Injetável: em recém-nascidos, 30mg/kg, de 12/12 h; crianças, 30mg/kg, de 6-6 ou de 8-8 h.
  • Pediatria: VO: dose de 20-40mg/kg/dia, considerando a amoxicilina, divididos de 8/8 ou de 12/12 h, usando susp com 125mg/5mL em menores de 3 meses. No caso de suspeita de pneumococos resistentes à penicilina, utilizar a formulação ES na dose de 90mg/kg/dia da amoxicilina.
  • Adolescentes (> 40kg): VO: dose de 250-500mg, de 8/8 h, ou 875mg, a cada 12 h. Injetável: em infecções graves, usar 1 g, de 8-8 ou de 6-6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste.
  • Função renal: se Clcr < 30mL/min, não usar cps de 875mg ou ES; se Clcr 10-30mL/min, usar metade da dose (em adultos 250-500mg) a cada 12h; em Clcr < 10mL/min, usar metade da dose a cada 24 h.
  • Diálise: usar metade a 1/4 da dose após cada sessão de hemodiálise; usar essa dose a cada 12 h se diálise peritoneal.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A fim de minimizar efeitos gastrintestinais e favorecer a absorção, recomenda-se administrar no início de uma refeição.
  • Via sonda: a susp oral é a forma farmacêutica recomendada para administração via sonda. No momento da administração, recomenda-se rediluir o medicamento em volume adequado de água para diminuir a viscosidade da sol. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode-se administrar em bolo direto, sem diluição prévia em soro, lentamente (3-4 min), irrigando o trajeto com SF 0,9% logo após a administração. Para infusão, deve-se diluir o medicamento em SF 0,9% na concentração de 10mg/mL e administrar em 30 min.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: pode aumentar os efeitos anticoagulantes.
  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se administrados concomitantemente com amoxicilina + clavulanato. Dar intervalo de 1-2 h entre a penicilina e o aminoglicosídeo.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução no efeito contraceptivo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção da amoxicilina; já o clavulanato tem sua absorção favorecida com alimentos (não gordurosos).

Lactação. Usar com precaução.

AMPICILINA

Grupo farmacológico. Penicilina; antibacteriano.

Apresentações. Cpr de 500 ou 1.000mg; cps de 500mg; fr-amp com 100, 500 ou 1.000mg; susp oral com 50mg/mL em 60 ou 150mL.

Usos. Infecção respiratória, otite média aguda, rinossinusite, faringite bacteriana, infecção urinária, meningite, febre tifoide e sepse neonatal precoce (associada a aminoglicosídeo). É o medicamento de escolha na maioria das infecções enterocócicas. Nas infecções respiratórias em geral, prefere-se a amoxicilina, que tem menos efeitos adversos e esquema posológico mais favorável.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: 25-50mg/kg/dose; recomenda-se 100mg/kg/dose para tratamento de meningite ou sepse grave por Streptococcus do grupo B.

Idade gestacional

Dias de vida

Intervalo (h)

≤ 29 sem

0-28

12

> 28

8

30-36 sem

0-14

12

> 14

8

37-44 sem

0-7

12

> 7

8

≥ 45 sem

todos

6

  • Pediatria: crianças: 100-200mg/kg/dia, 6/6 h; se meningite, 200-400mg/kg/dia. VO: 50-100mg/kg/dia, dose máxima de 2-3g/dia.
  • Adolescentes: no adolescente, em infecções leves a moderadas, usar 500mg, VO, 6/6 h; nas infecções graves, 1-2g, 4/4 h. VO: 250-500mg a cada 6 h.
  • Ajuste de dose.
  • Função hepática: não há recomendação de ajuste de dose.
  • Função renal: ClCr 10-20mL/min: usar dose convencional a cada 8 h.
  • Diálise: ClCr <10mL/min: usar dose a cada 12 h e dose extra após hemodiálise. A diálise peritoneal não é efetiva para remover o medicamento.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio, 1 h antes das refeições ou 2 h após.
  • Via sonda: preferencialmente administrar a susp oral via sonda. Também, pode-se abrir as cps e dispersar o pó em água para uso imediato. Para sondas nasogástricas, recomenda-se pausar a dieta 30 min antes e após a administração do medicamento; preferencialmente, dar pausa na dieta enteral de 1 hora.
  • Via intravenosa: bolo: diluir a dose em 5-10mL de SF 0,9% ou SG 5% (não exceder 100mg/mL), administrar de 3-5min. Infusão intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9% ou de SG 5% ou na concentração máxima de 30mg/mL e administrar de 15 a 30min.
  • Via intramuscular: sim, de 2-3mL.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear reações alérgicas cutâneas.
  • Anticoncepcionais orais: podem ter seus efeitos reduzidos.
  • Probenecida: pode aumentar os níveis séricos da ampicilina.
  • Aminoglicosídeos: podem ter sua eficácia reduzida se administrados concomitantemente com penicilinas. Dar intervalo de 1-2 h entre as infusões parenterais.
  • Atenolol: pode ter seus efeitos reduzidos.
  • Omeprazol e lansoprazol: podem reduzir a eficácia da ampicilina.
  • Alimentos: a presença de alimentos reduz a absorção da ampicilina. Administrar 1 h antes ou 2 h após os alimentos.

Lactação. Usar com precaução. É excretado no leite materno, e dados são insuficientes sobre possíveis efeitos adversos.

AZITROMICINA

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibacteriano.

Apresentações. Cps ou cpr de 250, 500 ou 1.000mg; susp oral de 40mg/mL; fr-amp de 500mg; cpr revestidos de 500 ou 1.000mg.

Usos. Infecções bacterianas de vias aéreas, de tecidos moles, de pele e em casos de sinusite aguda. Tratamento e profilaxia das micobacterioses atípicas em pacientes com aids. Uretrites e cervicites, pela boa atividade contra os patógenos envolvidos e pela longa meia-vida. Tratamento de shigelose, febre tifoide e coqueluche. Erradicação do estado de portador do meningococo. Efetiva para eliminar o estado de portador da Bordetella na coqueluche, além de abreviar a duração da doença. Alternativa para o tratamento de gonorreia, de leishmaniose cutânea e de donovanose. Anti-inflamatório em doenças pulmonares.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: em lactentes < 6 meses com infecção por Bordetella pertussis, usar 10mg/kg/dose, por 5 dias. Não há estudos farmacocinéticos em recém-nascidos; mesmo assim, prefere-se a azitromicina para esses pacientes pelo risco de a eritromicina poder causar estenose hipertrófica do piloro.
  • Pediatria e adolescentes: 500mg, VO, 1x/dia ou 10mg/kg/dia, por 3-5 dias, para o tratamento de infecções cutâneas, sinusites, otites, shigelose e salmonelose; 7-10 dias para o tratamento de pneumonias. Aprovada em dose única de 30mg/kg para tratamento de otite média aguda. Faringite estreptocócica: 12mg/kg/dia, por 5 dias, ou 20mg/kg/dia, por 3 dias. Cancroide: dose única de 20mg/kg (máximo de 1g). Uretrite/cervicite por clamídia: dose única de 10mg/kg. Tracoma: dose única de 20mg/kg (máximo de 1g). Infecções por Campylobacter: 10mg/kg, máximo de 500mg, 1x/dia, por 5 dias. Para prevenção e tratamento de micobacterioses atípicas em pacientes com HIV: 5mg/kg/dia ou 20mg/kg (máximo de 1,2g), 1x/semana. Babesiose: 12mg/kg/dia, por 7-10 dias, em combinação com atovaquona. Tratamento e profilaxia da coqueluche: 10-12mg/kg/dia, máximo de 500mg, por 5-7 dias. Profilaxia da endocardite: 15mg/kg, 1 h antes do procedimento. Erradicação do estado de portador do meningococo: adolescentes, 500mg, em dose única.
  • Uso IV: um estudo farmacocinético sugere dose de 10mg/kg/dia em pacientes com 6 meses a 16 anos. Em adultos, usar dose de 500mg por 2 dias e trocar para VO assim que possível.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste; entretanto, usar com cuidado se houver insuficiência hepática severa.
  • Função renal: não há necessidade de ajuste.
  • Diálise: não há necessidade de ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: formulações de liberação imediata (cpr, cps e susp oral) podem ser administradas com alimentos. Biodisponibilidade de cerca de 37%.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: diluir a dose em 250-500mL (adolescentes) ou 1-2mg/mL (pediatria) de SF 0,9% ou SG 5%. Administrar em infusões de 1 h (2mg/mL) a 3 h (1mg/mL).
  • Via intramuscular: não pode ser administrado IM.

Interações medicamentosas.

  • Antiácidos: reduzem os níveis séricos da azitromicina em até 24%.
  • Tacrolimus, fenitoína, ergotamina, astemizol, bromocriptina, carbamazepina, ciclosporina, digoxina, triazolam: podem ter seus efeitos aumentados na presença da azitromicina.
  • Pimozida, sotalol: risco aumentado de cardiotoxicidade.
  • Nelfinavir: aumento dos níveis séricos da azitromicina podendo desencadear efeitos adversos (diarreia, ototoxicidade, hepatotoxicidade).
  • Varfarina: pode ocorrer aumento dos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a biodisponibilidade das formulações orais de uso imediato, sendo que a susp oral tem sua absorção aumentada em até 46% quando administrada com as refeições. Formulações orais de liberação prolongada (não disponíveis no Brasil) são afetadas pela presença de alimentos e devem ser administradas em jejum.

Lactação. Usar com precaução.

CEFOTAXIMA

Grupo farmacológico. Antimicrobiano b-lactâmico; cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Fr-amp sol injetável com 500 mg (diluente de 2 mL) ou 1 g (diluente de 4 mL); fr-amp com 125 mg/mL em 2 mL e 250 mg/mL em 4 mL.

Usos. Pneumonias, infecções urinárias, meningites, infecções intra-abdominais (em associação a anaerobicidas), infecções de vias aéreas superiores, sepse neonatal tardia e bacteremias. Usada preferencialmente em infecções por germes hospitalares.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: 50 mg/kg/dose. Infecção gonocócica: 25mg/kg/dose. Profilaxia da oftalmia gonocócica em RN de mães com gonorreia no momento do parto: 100mg/kg em dose única.

Idade gestacional

Dias de vida

Intervalo (h)

≤29 sem

0-28

>28

12

8

30-36 sem

0-14

>14

12

8

37-44 sem

0-7

>7

112

8

≥45 sem

todos

6

  • Pediatria: crianças <12 anos: <50kg: 100-200mg/kg/dia de 6/6 h. Meningite: 200mg/kg/dia, divididos a cada 6 h. Meningite por pneumococo: pode-se usar 225-300mg/kg/dia, a cada 6-8 h. Em crianças com peso ≥50kg: infecções moderadas a graves: 1-2g a cada 6-8 h. Infecções com risco de vida: 2g, a cada 4 h (dose máxima: 12g/dia).
  • Adolescentes: 1-2g, IV ou IM, a cada 6-8 h. Infecções com risco de vida: 2g, a cada 4 h (dose máxima: 12g/dia). Doença gonocócica (uretrite e cervicite): 500mg, IM, em 1 dose apenas. Infecção retal: 1g, IM, dose única: homens, 500mg, IM, dose única: mulheres.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não necessita de ajuste.
  • Função renal: se ClCr < 20mL/min, administrar 50% da dose usual.
  • Diálise: hemodiálise: 1-2g 1x/dia (aplicar dose pós-diálise, quando realizada, ou suplementar com 1g pós-diálise). Diálise peritoneal: 0,5-2g, 1x/dia. Hemofiltração contínua: 2g a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 100mg/mL e administrar em 3-5 min. Infusão: a dose, diluída em 50-500mL de SG 5% ou SF 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (ou na concentração máxima de 60mg/mL). Restrição hídrica: administrar em bolo lento periférico na concentração máxima de 150mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, volumes acima de 3mL devem ser administrados em sítios diferentes.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: pode ocorrer aumento da concentração da cefotaxima.

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

CEFTRIAXONA

Grupo farmacológico. Antimicrobiano; cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Fr-amp para uso IM (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência; por isso, o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Prematuridade. Hiperbilirrubinemia neonatal.

Posologia.

  • Neonatologia: 50mg/kg a cada 24 h. Meningite: dose de ataque de 100mg/kg; dose de manutenção: 80mg/kg a cada 24 h. Oftalmia gonocócica não complicada: 50mg/kg (dose máxima: 125mg) dose única. Hiperbilirrubinemia: em neonatos, usar cefotaxima em vez de ceftriaxona.
  • Lactentes e crianças < 12 anos: 50-75mg/kg/dia, a cada 12-24 h; meningite: 100mg/kg/dia a cada 12-24 h, dose de ataque de 100mg/kg pode ser administrada (dose máxima: 4g/dia). Quimioprofilaxia para contactantes de alto risco para doença meningocócica: ≤ 12 anos: 125mg, IM, em dose única; > 12 anos: 250mg, IM, em dose única. Doença de Lyme: 75-100mg/kg, por 2-4 semanas (dose máxima: 2g/dose). Infecção gonocócica não complicada, profilaxia pós-vitimização, doença inflamatória pélvica: 125mg, IM, em dose única. Infecção gonocócica complicada (IM, IV): < 45kg: peritonite, artrite ou bacteremia: 50mg/kg/dia, 1x/dia por 7 dias (dose máxima: 1g/dia). Conjuntivite: 50mg/kg em dose única (dose máxima: 1 g). Meningite ou endocardite: 50mg/kg/dia, divididos a cada 12 h, por 10-14 dias (meningite) ou 28 dias (endocardite) (dose máxima: 2g/dia). > 45kg: infecção gonocócica disseminada: 1 g, 1x/dia, por 7 dias. Meningite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 10-14 dias. Endocardite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 28 dias. Conjuntivite (IM): 1 g em dose única. Cancroide (IM): 50mg/kg em dose única (dose máxima: 250mg). Epididimite aguda (IM): 250mg em dose única.
  • Adolescentes: 1-2 g, IV ou IM, a cada 12-24 h; dose máxima: 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administrar em 2-4 min. Infusão: a dose, diluída em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (concentração máxima entre 10 e 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizada lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer Lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: podem formar precipitados na sol.
  • Ciclosporina: pode ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

CEFUROXIMA – ACETILCEFUROXIMA (ORAL) / CEFUROXIMA SÓDICA (PARENTERAL)

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico; cefalosporina de 2ª geração.

Apresentações. Fr-amp com 750mg; cpr de 250 e 500mg.

Usos. Infecções de pele e de tecidos moles, artrite séptica, osteomielite, celulite periorbitária e infecções de vias aéreas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia (atenção: a dose oral não é equivalente à dose parenteral).

  • Neonatologia: 50-100mg/kg/dia de 12/12 h, via IV ou IM.
  • Pediatria: IV, 75-150mg/kg/dia a cada 8 h (dose máxima: 6g/dia). Meningite: não recomendado. VO, faringite: 20mg/kg/dia a cada 12 h (dose máxima: 500mg/dia). Otite média aguda, sinusite, infecção cutânea: 30mg/kg/dia a cada 12 h (dose máxima: 1g/dia).
  • Adolescentes: IV, 750mg a 1,5g/dose a cada 8 h, dose máxima de 6g/dia. VO, 250-500mg, a cada 12 h. Infecção urinária não complicada: 125-250mg a cada 12 h. Gonorreia não complicada: 1g em dose única. Doença de Lyme: 500mg a cada 12 h por 20 dias.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: se ClCr 10-20mL/min, administrar a cada 12 h; se ClCr < 10mL/min, administrar a cada 24 h.
  • Diálise: hemodiálise: 750mg a cada 24 h (nos dias de diálise aplicar após a diálise). Diálise peritoneal: 750mg a cada 24 h. Hemofiltração: sem dados, mas considerar 1,5g, IV, a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via oral: podem ser administrados com alimentos ou leite, tanto os cpr quanto a susp oral. Evitar mastigar ou quebrar os cpr, pois têm gosto amargo.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda, evitar triturar os cpr. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 100mg/mL e administrar em 3-5 min. Infusão: a dose, diluída em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (concentração máxima de 30mg/mL). Restrição hídrica: pode-se calcular o volume com a concentração máxima de 137mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo.

Interações medicamentosas.

  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução de eficácia.
  • Alimentos: pode ser administrado com alimentos e leite, pois ocorre aumento na biodisponibilidade oral e nos níveis séricos do medicamento.

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

ERITROMICINA

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibiótico.

Apresentações. Cps, cpr simples e cpr revestidos de 250 e 500mg; cps gelatinosa com microgrânulos com 250mg; susp oral com 125mg/5mL em fr de 60, 105 e 120mL; susp oral com 250mg/5mL em fr de 45, 60 e 105mL; cr dermatológico; sol tópica de 20mg/mL em fr de 30, 60 e 120mL; fr-amp 1g (injetável – forma lactobionato).

Usos. Infecções por Mycoplasma pneumoniae e Legionella sp. Também é efetiva para infecções causadas por Streptococcus pneumoniae, Streptococcus sp., Chlamydia sp., Campylobacter jejuni, Corynebacterium diphtheriae, Neisseria gonorrhoeae e para infecções leves causadas por S. aureus sensíveis. Pode ser usada na profilaxia de endocardite bacteriana subaguda e na recorrência da febre reumática em pacientes alérgicos à penicilina. É opção para o tratamento de gonorreia e de sífilis em pacientes que não podem usar penicilina ou tetraciclina. Efetiva para eliminar o estado de portador agudo e crônico de difteria. Se usada precocemente na coqueluche, pode abreviar a duração da doença. Procinético; dismotilidade gástrica.

Contraindicações. Uso concomitante de derivados do ergot, cisaprida e pimozida; uso em recém-nascidos.

Uso off-label. Tratamento de intolerância alimentar por dismotilidade em neonatos: 10mg/kg/dose, VO, 6/6 h, por 2 dias, seguidos por 4mg/kg/dose, VO, 6/6 h, por 5 dias.

Posologia.

  • Neonatologia: Tratamento pneumonite e conjuntivite por Chlamydia trachomatis: 12,5mg/kg/dose, VO, de 6/6 h, por 14 dias. Infecções graves quando paciente não tem condições de VO: 5-10mg/kg/dose, IV, a cada 6 h. Evitar uso nessa faixa etária, pois esse fármaco foi epidemiologicamente associado à estenose hipertrófica do piloro quando usado em recém-nascidos, especialmente se < 14 dias de vida. No tratamento de coqueluche, preferir azitromicina.
  • Pediatria: 30-50mg/kg/dia, de 6/6 h. Não ultrapassar 4g/dia.
  • Adolescentes: 250mg-1g, VO, de 6/6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: evitar o uso se houver insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).
  • Função renal: não há necessidade de ajuste.
  • Diálise: não há necessidade de ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda; sugere-se diluir a dose em 10mL de água para facilitar a administração. No momento da administração: pausar a dieta enteral 1 h antes do medicamento e reiniciá-la após 2 h da administração. Preferencialmente, em sonda nasogástrica.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar. Intermitente/contínua: pode-se diluir a dose na concentração máxima entre 2,5-5mg/mL em SF 0,9% e administrar em 60 min ou mais. Para pacientes adolescentes sem restrição de volume considerar a diluição da dose em 100-250mL de SF 0,9%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via tópica: desinfetar o local antes da aplicação do medicamento. Passar fina camada no local afetado (2x/dia).

Interações medicamentosas.

  • Fluconazol, buspirona, nifedipina, nilodipino, carbamazepina, digoxina, clozapina, colchicina, ciclosporina, ergotamina, fentanil, sinvastatina, atorvastatina, pimozida, haloperidol, claritromicina, repaglinida, rifampicina, salmeterol, sertralina, fluoxetina, sirolimus, sildenafil, tacrolimus, teofilina, tioridazina, topotecano, ziprasidona, sulfametoxazol + trimetoprima, midazolam, lidocaína, loratadina e inibidores de protease: os efeitos desses medicamentos podem se potencializar na presença da eritromicina.
  • Ciprofloxacino, nilotinibe: os efeitos da eritromicina podem se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Clopidogrel: os efeitos do clopidogrel podem diminuir na presença da eritromicina.
  • Alimentos: a presença de alimentos causa variações nos níveis plasmáticos do medicamento. Evitar leite e sucos cítricos.

Lactação. Usar com precaução.

INSULINA ASPART

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Susp. injetável com 100 UI/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 2 anos.
  • Pediatria: iniciar 0,2-0,6UI/kg/dia em doses divididas. Doses iniciais mais conservadoras de até 0,4UI/kg/dia evitam hipoglicemias.
  • Adolescentes: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial: 0,1UI/kg em aplicação imediatamente antes das refeições. Ver Tabela 3 na obra original.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: monitorar pacientes com disfunção hepática.
  • Função renal: se ClCr 10-50, administrar 75% dose recomendada; se ClCr < 10mL/min, administrar 25-50% da dose recomendada e monitorar glicemias.
  • Diálise: não é dialisável.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: pode ser administrada por via IV para controle de hiperglicemia, diluindo-se a dose em 0,05-1UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 min, antes da infusão para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Também pode ser administrada em infusão subcutânea por bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino: pode resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomanan, ginkgo-biloba, erva-de-são-joão, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina: pode causar hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

INSULINA LISPRO

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Fr com 100 UI/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: ver insulina regular.
  • Adolescentes: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial: 0,1UI/kg em aplicação imediatamente antes das refeições. Ver Tabela 3 da obra original.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: monitorar pacientes com disfunção hepática.
  • Função renal: se ClCr 10-50, administrar 75% dose recomendada; se ClCr < 10mL/min, administrar 25-50% da dose recomendada e monitorar glicemias.
  • Diálise: não é dialisável.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: pode resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, erva-de-são-joão, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: pode causar hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

INSULINA NPH

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Fr com 100 UI/mL em 10mL; refil de caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: ver insulina regular – NPH é uma insulina usada 1-2x/dia.
  • Adolescentes: DM 1: 2-3 aplicações por dia, antes do café da manhã, antes do almoço e às 22h. DM 2: dose inicial: 0,2UI/kg em aplicação às 22h. Dose pode ser aumentada conforme glicemias de jejum e pré-prandiais. Ver Tabela 3 da obra original.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: monitorar pacientes com disfunção hepática.
  • Função renal: se ClCr 10-50, administrar 75% dose recomendada; se ClCr < 10mL/min, administrar 25-50% da dose recomendada e monitorar glicemias.
  • Diálise: não é dialisável.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: pode resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, erva-de-são-joão, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: pode ocorrer hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

INSULINA REGULAR

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Fr com 100UI/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2, UTI, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica, hipercalemia.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Usos off-label. Tratamento de hiperglicemia em recém-nascidos pré-termos de muito baixo peso com intolerância persistente a glicose e como terapia adjuvante para hipercalemia.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 2 anos, contudo é descrita posologia em infusão contínua IV: 0,01-0,1UI/kg por h.
  • Pediatria: iniciar 0,2-0,6UI/kg/dia em doses divididas. Doses iniciais mais conservadoras de até 0,4UI/kg/dia evitam hipoglicemias. Geralmente, 50-75% da insulina total necessária é dada como insulina de média e longa ação (1-2x/dia) além de insulinas de rápida ou ultrarrápida ação até 3x/dia. Obesos podem requisitar até 1,2UI/kg/dia divididas. O alvo varia de acordo o paciente.
  • Adolescentes: DM 1: 3 aplicações por dia, 40 min antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial: 0,1UI/kg em aplicação 40 min antes das refeições. Em UTI, cetoacidose, síndrome hiperosmolar: IV, em bomba de infusão, com dose inicial de 0,1UI/kg/h e com ajuste conforme glicemia capilar. Pode ser utilizado bolo de insulina regular de 0,15UI/kg. Ver Tabela 3 da obra original.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: monitorar pacientes com disfunção hepática.
  • Função renal: se ClCr 10-50, administrar 75% dose recomendada; se ClCr < 10mL/min, administrar 25-50% da dose recomendada e monitorar glicemias.
  • Diálise: não é dialisável.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: pode ser administrada por via IV, em infusão contínua, diluindo-se a dose em 0,05-1UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 min, antes da infusão para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim (preferencial), em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: pode resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomanan, ginkgo-biloba, erva-de-são-joão, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: pode causar hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

OXACILINA

Grupo farmacológico. Penicilina.

Apresentações. Fr-amp com 500; cps com 250 e 500mg; pó para preparação extemporânea com 50mg/mL em 100mL.

Usos. Infecções causadas por Staphylococcus sp. resistentes à penicilina.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: 25mg/kg/dose. Dose para tratamento meningite: 50mg/kg.
  • Pediatria: artrite séptica: 37mg/kg/dose, IV, 6/6 h. Epiglotite: 150-200mg/kg/dia, IV, 6/6 h. Infecções leves a moderadas: 100-150mg/kg/ dia, IV, 6/6 h (dose máxima: 4g/dia). Infecções graves: 150-200mg/kg/dia, IV, 6/6 h (dose máxima: 12g/dia). Síndrome da pele escaldada estafilocócica: 150mg/kg/dia, IV, 6/6 h por 5-7 dias.
  • Adolescentes: 4-12g/dia, IV, divididos de 4/4 h ou de 6/6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: ClCr < 10mL/min: recomenda-se dose mínima dependendo da gravidade das infecções.
  • Diálise: não dializável.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 100mg/mL, e administrar a partir de 10 min. IV/intermitente: diluir a dose em 50-100mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 15-30 min; considerar concentração máxima de 40mg/mL para diluição.
  • Via intramuscular: sim, no glúteo.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amicacina, gentamicina, estreptomicina, tobramicina: pode resultar em perda da eficácia do aminoglicosídeo; administrar separadamente; dar intervalo de 1-2 h entre a administração de aminoglicosídeo e a penicilina.
  • Vacina tifoide: pode resultar em variação no efeito do imunobiológico.

Lactação. Usar com precaução.

PENICILINA G BENZATINA

Grupo farmacológico. Antibacteriano; penicilina.

Apresentações. Fr-amp com 600.000 UI ou 1.200.000 UI.

Usos. Tratamento da faringite, do impetigo e da sífilis e profilaxia primária e secundária de febre reumática.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: sífilis congênita assintomática: 50.000 UI/kg.
  • Pediatria: infecções de vias aéreas superiores por Estreptococo do grupo A: prevenção primária de febre reumática em crianças com peso ≤ 27kg: 600.000 UI/kg, dose única, IM; > 27kg: 1,2 milhão de UI como dose única, IM. Para a prevenção secundária, a dose se mantém, mas deve ocorrer a cada 3-4 semanas, com duração de pelo menos 10 anos. Sífilis primária: 50.000 UI/kg, dose única (dose máxima de 2,4 milhões de UI, dividida em 2 locais de injeção). No caso de sífilis terciária, a dose é a mesma, mas deve-se repetir a aplicação por semanas consecutivas, 1x/semana.
  • Adolescentes: infecções de vias aéreas superiores por Estreptococo do grupo A: 1,2 milhão de UI, IM, em dose única. Sífilis primária, secundária ou sífilis latente: 2,4 milhões UI, IM, em dose única. Sífilis tardia, terciária e neurossífilis: 2,4 milhões UI/semana, IM, durante 3 semanas. No tratamento da sífilis nos pacientes HIV-positivo, deve-se usar penicilinag cristalina, 20 milhões UI/dia, IV, por 10 dias. Profilaxia da febre reumática: 1,2 milhão UI, IM, 1x/mês.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não necessita de ajuste.
  • Função renal: usar com cuidado na insuficiência renal.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: não.
  • Via intramuscular: sim; no quadrante superior do glúteo (adolescentes) e na região da coxa (neonatos e crianças).
  • Via subcutânea: não.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: pode aumentar o efeito da penicilina.
  • Tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina: pode interferir no efeito da penicilina, antagonizando-o.

Lactação. Compatível.

PREDNISOLONA

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Sol oftálmica com 5mL (10mg/mL); sol oral (3mg/mL) em 60, 100, 120mL; sol oral (1mg/mL) em 120mL.

Usos. Tratamento de distúrbios endocrinológicos, reumatológicos, doenças do colágeno e dermatológicas, estados alérgicos, doenças oftalmológicas, respiratórias, neoplásicas, doenças do trato gastrintestinal, asma.

Contraindicações. Hipersensibilidade à prednisolona, herpes superficial, infecção fúngica grave, infecção por varicela-zóster.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg/dia, em 2 doses diárias.
  • Pediatria: Exacerbação asmática: < 12 anos: 1-2mg/kg, 1x/dia, pela manhã (máximo: 60mg/dia) até melhora clínica ou peak flow 70% do basal, o que leva geralmente 3-10 dias de tratamento. Anti-inflamatória ou imunossupressora: 0,1-2mg/kg/dia, divididos 1-4x/dia. Síndrome nefrótica: 2mg/kg/dia ou 60mg/m²/dia, em 1-3x/dia (dose máxima: 80mg/dia) até que a urina esteja livre de proteína, ou por 4-6 semanas, seguida de dose de manutenção 2mg/kg/dose ou 40mg/m²/dose em dias alternados, sendo titulado até suspensão após 4-6 semanas.
  • Adolescentes: 40-80mg/dia, divididos em 1-2 doses até peak flow 70% do basal. 40-60mg/dia, 1x/dia, curso de 3-10 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: a sol oral pode ser administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via oftálmica: instilar a gt no olho afetado e pressionar por 1-2 min; cuidar para não encostar o instilador na mucosa ocular.

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: ocorre redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: há aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: há aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: pode resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: pode ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: pode resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos parece não afetar a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

SALBUTAMOL

Grupo farmacológico. Broncodilatador; beta-2-agonista de curta ação.

Apresentações. Aerossol pressurizado de 100mg de sulfato de salbutamol por jato com 200 doses e sol para nebulização com 5mg/mL em 10mL; cpr de 2 e 4mg; amp de 0,5mg/mL; xpe com 0,4mg/mL em 120mL.

Usos. No tratamento da crise e/ou manutenção da asma. No tratamento de exacerbações e/ou manutenção da DPOC. Prevenção do broncospasmo induzido pelo exercício.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada a taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica ou pacientes que apresentem resposta incomum às aminas simpaticomiméticas.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: crise de asma: spray: 400-800mg/dose (4-8 jatos) a cada 20 min por 3 doses, após a cada 1-4 h; nos lactentes em crise aguda, mínimo 5 jatos. Nebulização: 0,15mg/kg (mínimo: 2,5mg) a cada 20min, por 3 doses, após, 0,15-0,3mg/kg (não exceder 10mg) a cada 1-4 h, conforme necessidade, ou 0,5mg/kg/h em nebulização contínua. IV contínuo: 1-15mg/kg/min; iniciar com menor dose e aumentar conforme necessidade (1 amp = 500mg).
  • Adolescentes: spray: 100-200µg a cada 4-6 h. Nebulização: 8-10 gt em 3-4mL de SF 0,9% a cada 4-6 h. Na crise: spray, 4-8 jatos com espaçador, a cada 15 min, na 1a h e, após, a cada 1-4h. Nebulização: 10 gt a cada 15 min na 1a h e, após, a cada 1-4 h. Não indicado uso IV pelo risco de arritmias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o xpe e os cpr com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o xpe para administração via sonda pode ser rediluído em volume adequado de água ou suco de frutas para diminuir a viscosidade (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode ser administrado lentamente na concentração de 50mg/mL. Contínuo: administrar na velocidade inicial de 5mg/min, podendo-se aumentar a cada 15-30 min para 10-20mg/min, em bomba de infusão. O medicamento não deve ser administrado sem diluição em soro; diluir a dose na concentração entre 10-20mg/mL de SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via inalatória: spray: agitar bem o spray antes do uso. Aplicação: segurar o inalador na posição vertical entre os dedos, a uma distância dos lábios, expirar lentamente até todo o ar sair dos pulmões. Ao disparar o jato, inspirar o ar pela boca e prender a respiração por 10 s. Se houver mais de 1 jato, deve haver pausa (10 s) entre eles. Nebulização: diluir a dose em SF 0,9% até completar 3mL; fazer uso de máscara facial.

Interações medicamentosas.

  • Digoxina: pode ocorrer diminuição nos efeitos da digoxina.
  • Esmolol, carvedilol, metoprolol, nadolol, pindolol, propranolol, sotalol: pode ocorrer diminuição na eficácia com uso concomitante com salbutamol.
  • Lazabemida, linezolida, moclobemida, pargilina, procarbazina, rasagilina, selegilina: pode ocorrer aumento nos riscos de agitação, taquicardia ou hipomania pelo aumento nos efeitos do salbutamol.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento de liberação imediata.

Lactação. Usar com precaução.

VITAMINA A (RETINOL)

Grupo farmacológico. Micronutriente.

Usos. Tratamento e prevenção da deficiência de vitamina A.

Contraindicações. Hipervitaminose A, a administração de doses altas é referenciada como categoria de risco X na gestação.

Posologia.

  • Neonatologia: tratamento profilático de displasia pulmonar dentro das primeiras 72 h de vida em prematuro < 1.000 g: 5.000UI, IM, 3x/semana, num total de 12 doses.
  • Pediatria: tratamento da deficiência com xeroftalmia: VO, 1-8 anos: 5.000-10.000UI/kg/dia, por 5 dias, ou até recuperação; > 8 anos: 500.000UI/dia, por 3 dias, após 50.000UI/dia, por 14 dias, após, 10.000-20.000UI/dia, por 2 meses. Tratamento da deficiência sem lesão ocular: VO: < 1 ano: 100.000UI a cada 4-6 meses; 1-8 anos: 200.000UI a cada 4-6 meses; > 8 anos: 100.000UI/dia, por 3 dias, após, 50.000UI/dia, por 14 dias. Tratamento parenteral: IM, lactentes: 7.500-15.000UI/dia, por 10 dias; 1-8 anos: 17.500-35.000UI/dia, por 10 dias; > 8 anos: 100.000UI/dia, por 3 dias, após, 50.000UI/dia, por 14 dias. Síndrome má-absorção (profilaxia): > 8 anos e adolescentes: VO, 10.000-50.000UI/dia. Suplemento dietético: < 6 meses, 1.500UI/dia; 6 meses-3 anos: 1.500-2.000UI/dia; 4-6 anos: 2.500UI/dia; 7-10 anos: 3.300-3.500UI/dia.
  • Adolescentes: prevenção da deficiência de vitamina A: 4.000-5.000UI/ dia. Tratamento da deficiência sem lesão ocular: 100.000UI/dia, por 3 dias, VO; após, 50.000UI/dia, por 14 dias, VO. Tratamento da deficiência com lesão ocular: 500.000UI/dia, por 3 dias, VO; após, 50.000UI/dia, por 14 dias, VO; e, a seguir, 10.000-20.000UI/dia, por 2 meses, VO. Na síndrome de má absorção, em que a rota oral é ineficaz: 100.000UI/dia, por 3 dias, IM, e, após, 50.000UI/dia, por 2 semanas. Betacaroteno: 6-15mg/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com alimentos ou leite.
  • Via sonda: pode ser administrado via sonda nasogástrica. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: não.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Femprocumona, varfarina, heparina, clopidogrel: pode aumentar risco de sangramento.
  • Acitretina, isotretinoína, tretinoína: pode potencializar risco de hipervitaminose A; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Minociclina: pode ocorrer risco hipertensão intracraniana benigna.
  • Alimentos: a presença de alimentos ricos em gordura favorece a absorção da vitamina.

Lactação. Compatível.

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