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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NESTE VOLUME

epub-BR-PROPED-C8V2_Suplemento

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 2 do Ciclo 8 do PROPED.

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria, de Paulo R. Antonacci Carvalho e colaboradores. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Carvalho PRA, Carvalho CG, Torriani MS, Santos L, Barros E, organizadores. Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria. Porto Alegre: Artmed; 2012.

ALGUMAS SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

amp

Ampola

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

cr

Creme

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

sol

Solução

susp

Suspensão

VO

Via oral

xpe

Xarope

ÁCIDO ACETILSALICÍLICO

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 81, 100, 162, 200, 300 e 500mg; cpr de 81, 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; profilaxia de IAM e AVE; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática; procedimentos de revascularização (p. ex., bypass coronário e angioplastia) e todas as apresentações de cardiopatia isquêmica; trombose vascular periférica; fibrilação atrial (alternativa em paciente que não pode usar anticoagulante oral); próteses valvares cardíacas.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no 3º trimestre (categoria de risco D).

Uso off-label. Uso como antiplaquetário em crianças.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas em recém-nascidos.
  • Pediatria: analgésico e antipirético: 10-15mg/kg a cada 4-6 h (máximo de 4 g/dia). Anti-inflamatório: inicial: 60-90mg/kg/dia, em doses divididas; manutenção: 80-100mg/kg/dia a cada 6-8 h. Antiplaquetário: estudos adequados em crianças ainda não foram realizados. As doses recomendadas variam de 3-5mg/kg/dia a 5-10mg/kg/dia, em dose única diária. Válvulas cardíacas mecânicas: 6-20mg/kg/dia, em dose única diária. Após cirurgia de Fontan, profilaxia primária: 5mg/kg/dia, dose única diária. Kawasaki: 80-100mg/kg/dia a cada 6 h, por 14 dias (até melhora da febre, por pelo menos 48 h); após, reduzir a dose para 3-5mg/kg/dia, dose única diária. Em pacientes com anormalidades coronarianas, manter doses baixas por 6-8 semanas. Em pacientes com doença coronariana, uma dose baixa deve ser mantida indefinidamente, juntamente com varfarina.
  • Adolescentes: analgésico e antipirético: 500mg, a cada 4-6 h (máximo de 4 g/dia). Anti-inflamatório: 1.000mg, a cada 4-6 h. Profilaxia do IAM: 75-325mg/dia. Fase aguda do IAM: 160-325mg, mastigados. Cirurgia de revascularização do miocárdio: 325mg/dia, iniciando 6 h após. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2 h antes do procedimento. Profilaxia do AVE isquêmico: 30-325mg/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: uso não recomendado em doença hepática grave.
  • Função renal: uso não recomendado se ClCr < 10mL/min.
  • Diálise: dialisável 50 a 100%.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água e leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cpr normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/Prevent®) não podem ser administradas via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Furosemida: pode desencadear redução dos efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Vacina antivaricela: pode aumentar o risco de síndrome de Reye.
  • Inibidores da ECA, diuréticos tiazídicos, β-bloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia desses medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.
  • Alimentos: a presença de alimentos ricos em carboidratos reduz o tempo de absorção, mas não afeta a extensão total do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

AMOXICILINA

Grupo farmacológico. Penicilina.

Apresentações. Susp oral com 200 ou 400mg/5mL em 100mL; susp oral com 250mg/5mL em 60 ou 150mL; susp oral com 500mg/5mL em 150mL; susp oral com 125mg/5mL em 45, 80 ou 150mL; cpr de 500, 875 e 1.000mg; cps de 500mg; cpr revestidos de 875mg; pó para susp oral com 250mg/5mL (fr de 150mL); pó para susp oral com 50mg/mL em fr de 60 ou 150mL; fr-amp de 500 e 1.000mg.

Usos. Rinossinusite, otite média aguda, infecção urinária, infecções respiratórias, faringite bacteriana, febre tifoide e profilaxia da endocardite bacteriana.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Usos off-label. Uso em recém-nascidos; uso em frequência menor que o recomendado.

Posologia.

  • Neonatologia: não há estudos suficientes com uso oral em recém-nascidos. Para prematuros com idade gestacional 32 semanas, usar 50mg/kg/dia 12/12 h — estudos com uso IV. Outro estudo sugere dose IV de 40mg/kg/dose a cada 8 h, se idade gestacional > 34 semanas e/ou idade pós-natal > 9 dias.
  • Pediatria: 20-50mg/kg/dia, divididos de 8/8 ou de 12/12 h (máximo de 3.000mg/dia). Infecções graves e infecções por pneumococos de sensibilidade reduzida à penicilina: 75-100mg/kg/dia, de 8/8 h. Estudo sugere 50mg/kg/dia, 2x/dia em pneumonias sem sinais de gravidade. Entretanto, o próprio estudo sugere dose de 90mg/kg/dia em 2x/dia para maior segurança. Metanálise do Cochrane sugere evidências insuficientes para recomendar o uso 1 ou 2 vezes ao dia para otite média aguda. Metanálise sugere eficácia do esquema com 2 doses diárias para faringoamigdalites, mas não do esquema com 1 dose diária.
  • Adolescentes: 250-500mg a cada 8 h ou 500-875mg a cada 12 h (dose máxima: 3.000mg/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste de dose na insuficiência hepática.
  • Função renal: ClCr 10-30mL/min: usar dose padrão a cada 12 h.
  • Diálise: usar dose padrão a cada 12-24 h e dose extra após sessão de diálise.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A susp oral pode ser misturada em leite ou em fórmulas infantis, sucos de frutas, pudins e água para uso imediato.
  • Via sonda: os cpr e pós das cps podem ser dispersos em água para uso imediato. Recomenda-se que por via sonda, a susp oral seja administrada, rediluindo-se em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: pode apresentar perda de eficácia se administrados concomitantemente com amoxicilina.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Varfarina: pode resultar em aumento do efeito anticoagulante.
  • Alimentos: pode ser administrado com ou sem alimentos, pois a absorção não é afetada.

Lactação. Compatível.

CICLOSPORINA

Grupo farmacológico. Imunossupressor; macrolídeo; inibe a produção e a liberação da interleucina 2 e inibe a ativação induzida pela interleucina 2 nos linfócitos T.

Apresentações. Fr-amp com 50mg/mL em 1 ou 5mL; cps de 10, 25, 50 e 100mg; sol oral com 100mg/mL em 50mL.

Usos. Profilaxia da rejeição de transplantes renais, hepáticos e cardíacos (uso associado com azatioprina e/ou corticosteroides), artrite reumatoide ativa, grave e refratária a outros tratamentos, psoríase grave, glomeruloesclerose segmentar e focal e alguns casos de doença imune grave que são resistentes à corticoterapia (LES e miastenia grave).

Contraindicações. Artrite reumatoide e psoríase: função renal anormal, hipertensão não controlada, neoplasias malignas. Terapia concomitante com UVA ou UVB, metotrexato e outros imussupressores também são contraindicações para o uso em pacientes com psoríase. A emulsão oftálmica é contraindicada em pacientes com infecções oculares ativas.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: usar dose de adolescentes. Crianças podem tolerar doses maiores; manter nível sérico entre 100 a 400mg/mL.
  • Adolescentes: transplante: iniciar com dose de 5-6mg/kg, IV, ou 9±3mg/kg/dia, VO, administrada 4-12 h antes do transplante; manutenção com 2-10mg/kg, IV, divididos em 1-3 doses. Passar para a VO assim que possível. Transplante renal: 9±3mg/kg/dia, divididos em 2 doses diárias. Transplante hepático: 8±4mg/kg/dia, divididos em 2 doses. Transplante cardíaco: 7±3mg/kg/dia, divididos em 2 doses. Artrite reumatoide e psoríase: iniciar com dose de 2,5mg/kg/dia, VO, dividida em 2 doses. A dose pode ser aumentada em 0,5-0,7mg/kg/dia (dose máxima: 4mg/kg/dia), se não for observada resposta eficiente após 8 semanas para a artrite reumatoide ou 4 semanas para a psoríase. Descontinuar se não ocorrer resposta em 16 semanas para a artrite reumatoide ou 8 semanas para a psoríase. Doenças autoimunes: 1-3mg/kg/dia. As doses utilizadas no tratamento das glomerulopatias são muito variáveis dependendo do protocolo utilizado. Variam de 2,5-6mg/kg de peso corporal por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar sempre da mesma forma, isto é, se for com alimento, sempre na presença deste para não ocorrer variações séricas. Para melhorar a palatabilidade da sol oral, pode-se diluir a dose em sucos de laranja ou maçã, leite ou achocolatado (uso imediato). Evitar copos plásticos; usar somente copos de vidro.
  • Via sonda: pode ocorrer adsorção com o material da sonda (inespecífico). Administrar a sol oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: administrar a sol lentamente (2-6 h) e não exceder a concentração final de 2,5mg/mL em soro. Não é necessário proteger da luz.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Erva-de-são-joão: deve ser evitada, pois pode alterar os níveis séricos da ciclosporina.
  • Micofenolato: a concentração plasmática do micofenolato pode alterar, diminuindo a sua eficácia.
  • Antiácidos, carbamazepina, griseofulvina, fenitoína, pirazinamida, rifampicina: esses medicamentos podem diminuir os níveis plasmáticos da ciclosporina.
  • Digoxina, caspofungina, etoposido, fentanil, metotrexato, minoxidil, natalizumabe, salmeterol, sinvastatina, atorvastatina, sirolimus, topotecano: a ciclosporina pode aumentar os níveis séricos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Captopril, enalapril, gentamicina, amicacina, amiodarona, anfotericina B, fluco- nazol, bromocritina, carvedilol, colchicina, dasatinibe, melfalano, metotrexato, metoclopramida, metronidazol, anti-inflamatórios não esteroides, sirolimus, trastuzumabe: podem elevar os níveis plasmáticos da ciclosporina; monitorar o nível sérico.
  • Alimentos: pode ser administrado com ou sem alimentos.

Lactação. Não recomendado.

DESLORATADINA

Grupo farmacológico. Antialérgico; anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Cpr revestido de 5mg; xpe com 2,5mg/5mL em fr de 30, 60 ou 100mL.

Usos. Rinite alérgica, urticária idiopática crônica.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 6 meses.
  • Pediatria: 6-11 meses: 1mg, 1x/dia; 1-5 anos: 1,25mg, 1x/dia; 6-11 anos: 2,5mg, 1x/dia.
  • Adolescentes: 5mg, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos e com ou sem água.
  • Via sonda: administrar o xpe via sonda. Recomenda-se diluir a dose em 10mL de água para facilitar a administração e diminuir a viscosidade da formulação. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas. Dados não disponíveis.

  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta significativamente a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

FUROSEMIDA

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+−K+−2Cl− na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Cpr de 40mg; amp com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICC. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associados à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IR é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg, IV, IM ou VO. Pode aumentar até 2mg/kg/dose, IV, ou 6mg/kg/dose, VO.
  • Pediatria: 2-6mg/kg/dia a cada 6-12 h, VO; 1-2mg/kg/dose a cada 6-12h, IV; infusão contínua 0,05-0,4mg/kg/h — regular a dose de acordo com a resposta clínica.
  • Adolescentes: 40-320mg/dia, VO, 1-3x/dia. Dose injetável (IM ou IV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os cpr podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a susp oral a partir do cpr para a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: direto sem diluir, em 1-2 min. Intermitente: diluir o medicamento em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar em uma velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximabe, salicilatos: a furosemida pode aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegilina: os efeitos da furosemida podem ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: podem interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

HIDROCLOROTIAZIDA

Grupo farmacológico. Diurético tiazídico; inibe o co-transportador Na+-Cl- na membrana apical do túbulo distal.

Apresentações. Hidroclorotiazida (cpr de 25 e 50mg); captopril + hidroclorotiazida (cpr de 50mg + 25mg); cloridrato de amilorida + hidroclorotiazida (cpr de 5mg + 50mg); lisinopril + hidroclorotiazida (cpr de 20mg + 12,5mg); losartana potássica + hidroclorotiazida (cpr de 50mg + 12,5mg; 100mg + 25mg); maleato de enalapril + hidroclorotiazida (cpr de 10mg + 25mg; 20mg + 12,5mg).

Usos. Manejo da HAS leve e moderada, tratamento do edema na ICC e na síndrome nefrótica.

Contraindicações. IR grave, pois pode precipitar azotemia, gestação (categoria de risco D).

Uso off-label. Em neonatologia para displasia broncopulmonar.

Posologia.

  • Neonatologia: 1-2mg/kg/dose, VO, de 12/12 h, embora não haja estudos bem desenhados a respeito de eficácia e segurança em pediatria.
  • Pediatria: > 6 meses: 2mg/kg/dia, VO, de 12/12 h; máximo: 200mg/dia.
  • Adolescentes: 12,5-50mg/dia, VO, a cada 24 h. Dose máxima de 200mg/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: se Clcr < 25-50mL/min, normalmente não efetivo; se Clcr < 10mL/min, evitar uso.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou leite.
  • Via sonda: pode-se preparar a susp oral a partir dos cpr ou diluir o cpr em volume adequado de água para administração via sonda (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de cálcio: pode resultar na síndrome do leite-álcali.
  • Captopril, enalapril, lisinopril: pode causar hipotensão postural na primeira dose.
  • Carbamazepina: pode resultar em hiponatremia.
  • Ácido mefenâmico, celecoxibe, diclofenaco, dipirona, ibuprofeno, indometacina, meloxican, naproxeno, nimesulida, tenoxicam: pode ocorrer decréscimo da eficácia diurética e anti-hipertensiva.
  • Colestiramina, metilfenidato, AINEs: resulta em diminuição da eficácia de hidroclorotiazida.
  • Corticotropina, prednisolona: pode resultar em hipocalemia.
  • Ciclofosfamida, fluorouracil, metotrexato: há aumento nos riscos de mielossupressão.
  • Deslanosídeo, digoxina: há risco de toxicidade digitálica.
  • Diazóxido, propranolol: pode resultar em hiperglicemia.
  • Droperidol, sotalol: há aumento do risco de cardiotoxicidade.
  • Ergocalciferol: há decréscimo da disponibilidade de vitamina D sistêmica.
  • Fludocortisona, hidrocortisona, metilprednisolona, prednisona, refecoxibe, triancinolona: há risco aumentado de hipocalemia e consequente arritmia cardíaca.
  • Glibenclamida: pode ocorrer decréscimo da eficácia de glibenclamida; monitorar glicose.
  • Carbonato de lítio: há aumento das concentrações de lítio e de seus efeitos tóxicos; monitorar.
  • Topiramato: há aumento dos níveis de topiramato e risco de efeitos tóxicos.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode reduzir os níveis plasmáticos do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

INDOMETACINA

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cps de 25 e 50; supositório de 100mg; fr-amp 1mg (importado).

Usos. Crise aguda de gota, bursite, tenossinovite, osteoartrite, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, fechamento do ducto arterioso no neonato.

Contraindicações. Gestação no 2º e no 3º trimestres (categoria de risco D), dor no período perioperatório de cirurgia cardíaca.

Uso off-label. Uso IV em neonatologia.

Posologia:

  • Neonatologia: não é descrito outro uso que não seja para fechamento do canal arterial. Uso IV, correr em 30 minutos, usualmente 3 doses por curso, intervalo de 12-24 h, máximo 2 cursos.
  • Pediatria: crianças (≥2 anos): anti-inflamatório / doenças reumatológicas: 1-2mg/kg/dia, divididos de 2-4x/dia; dose máxima: 150 a 200mg/dia.
  • Adolescentes: gota: 50mg/3x/dia até a regressão da dor (3-5 dias). Condições reumatológicas inflamatórias: 25-50mg, 2-4x/dia.

Ajuste de dose:

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: não é recomendado uso na doença renal avançada.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com alimentos para diminuir efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: não recomendado, pois pode obstruir a sonda já que o princípio ativo é praticamente insolúvel em água. Preferir a susp extemporânea preparada a partir do pó das cps. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar. IV/intermitente: administrar em 20-30min; diluição em SF 0,9% na concentração máxima entre 0,5-1mg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, enalapril, hidralazina, furosemida, espironolactona, salicilatos, hidroclorotiazida, clortalidona, losartana, valsartana, varfarina: a indometacina pode diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Amitriptilina, nortriptilina, dasatinibe, nilotinibe, poliestirenosulfonato de cálcio, probenecida, fluoxetina, paroxetina, sertralina: os efeitos da indometacina podem aumentar na presença desses medicamentos, pelo aumento nos níveis séricos.
  • Amicacina, gentamicina, varfarina, femprocumona, ciclosporina, desmopressina, drotrecogina, carbonato de lítio, metotrexato, AINEs, pemetrexede, ciprofloxacino, levofloxacino, vancomicina: o uso concomitante com indometacina favorece os efeitos desses medicamentos, pois há aumento de seus níveis séricos.
  • Alimentos: a presença de alimentos retarda a absorção do medicamento, mas não é clinicamente significativa.

Lactação. Não recomendado.

PREDNISOLONA

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Sol oftálmica com 5mL (10mg/mL); sol oral (3mg/mL) em 60, 100, 120mL; sol oral (1mg/mL) em 120mL.

Usos. Tratamento de distúrbios endocrinológicos, reumatológicos, doenças do colágeno e dermatológicas, estados alérgicos, doenças oftalmológicas, respiratórias, neoplásicas, doenças do trato gastrintestinal, asma.

Contraindicações. Hipersensibilidade à prednisolona, herpes superficial, infecção fúngica grave, infecção por varicela-zóster.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg/dia, em 2 doses diárias.
  • Pediatria: Exacerbação asmática: < 12 anos: 1-2mg/kg, 1x/dia, pela manhã (máximo: 60mg/dia) até melhora clínica ou peak flow 70% do basal, o que leva geralmente 3-10 dias de tratamento. Anti-inflamatória ou imunossupressora: 0,1-2mg/kg/dia, divididos 1-4x/dia. Síndrome nefrótica: 2mg/kg/dia ou 60mg/m²/dia, em 1-3x/dia (dose máxima: 80mg/dia) até que a urina esteja livre de proteína, ou por 4-6 semanas, seguida de dose de manutenção 2mg/kg/dose ou 40mg/m²/dose em dias alternados, sendo titulado até suspensão após 4-6 semanas.
  • Adolescentes: 40-80mg/dia, divididos em 1-2 doses até peak flow 70% do basal. 40-60mg/dia, 1x/dia, curso de 3-10 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: a sol oral pode ser administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via oftálmica: instilar a gt no olho afetado e pressionar por 1-2 min; cuidar para não encostar o instilador na mucosa ocular.

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: ocorre redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: há aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: há aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: pode resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: pode ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: pode resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos parece não afetar a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

PREDNISONA

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. cpr de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: mesmas doses/indicações da prednisolona.
  • Adolescentes: as doses são de 2,5-60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adolescentes é de 4-5mg/m2/dia. A dose depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças severas. Em geral, usam-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias. Imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia. Tireotoxicose: 60mg/dia. Quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m2/dia. Artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia). Púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas. LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses; na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal. Síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adolescentes; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia (máximo: 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máximo 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose, por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o cpr pode ser triturado, e seu conteúdo, dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da susp oral a partir dos cpr. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: pode resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: pode resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: pode resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: pode resultar na diminuição nos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: pode resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode potencializar efeito de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: pode resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: pode resultar em edema periférico severo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não interfere na biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Compatível.

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