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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NESTE VOLUME

epub-BR-PROPED-C9V1_Suplemento3

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria, de Paulo R. Antonacci Carvalho e colaboradores. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Carvalho PRA, Carvalho CG, Torriani MS, Santos L, Barros E, organizadores. Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria. Porto Alegre: Artmed; 2012.

ALGUMAS SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

amp

Ampola

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

cr

Creme

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

sol

Solução

susp

Suspensão

VO

Via oral

xpe

Xarope

AMOXICILINA

Grupo farmacológico. Penicilina.

Apresentações. Susp oral com 200 ou 400mg/5mL em 100mL; susp oral com 250mg/5mL em 60 ou 150mL; susp oral com 500mg/5mL em 150mL; susp oral com 125mg/5mL em 45, 80 ou 150mL; cpr de 500, 875 e 1.000mg; cps de 500mg; cpr revestidos de 875mg; pó para susp oral com 250mg/5mL (fr de 150mL); pó para susp oral com 50mg/mL em fr de 60 ou 150mL; fr-amp de 500 e 1.000mg.

Usos. Rinossinusite, otite média aguda, infecção urinária, infecções respiratórias, faringite bacteriana, febre tifoide e profilaxia da endocardite bacteriana.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Usos off-label. Uso em recém-nascidos; uso em frequência menor que o recomendado.

Posologia.

  • Neonatologia: não há estudos suficientes com uso oral em recém-nascidos. Para prematuros com idade gestacional 32 semanas, usar 50mg/kg/dia 12/12 h — estudos com uso IV. Outro estudo sugere dose IV de 40mg/kg/dose a cada 8 h, se idade gestacional > 34 semanas e/ou idade pós-natal > 9 dias.
  • Pediatria: 20-50mg/kg/dia, divididos de 8/8 ou de 12/12 h (máximo de 3.000mg/dia). Infecções graves e infecções por pneumococos de sensibilidade reduzida à penicilina: 75-100mg/kg/dia, de 8/8 h. Estudo sugere 50mg/kg/dia, 2x/dia em pneumonias sem sinais de gravidade. Entretanto, o próprio estudo sugere dose de 90mg/kg/dia em 2x/dia para maior segurança. Metanálise do Cochrane sugere evidências insuficientes para recomendar o uso 1 ou 2 vezes ao dia para otite média aguda. Metanálise sugere eficácia do esquema com 2 doses diárias para faringoamigdalites, mas não do esquema com 1 dose diária.
  • Adolescentes: 250-500mg a cada 8 h ou 500-875mg a cada 12 h (dose máxima: 3.000mg/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste de dose na insuficiência hepática.
  • Função renal: ClCr 10-30mL/min: usar dose padrão a cada 12 h.
  • Diálise: usar dose padrão a cada 12-24 h e dose extra após sessão de diálise.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A susp oral pode ser misturada em leite ou em fórmulas infantis, sucos de frutas, pudins e água para uso imediato.
  • Via sonda: os cpr e pós das cps podem ser dispersos em água para uso imediato. Recomenda-se que por via sonda, a susp oral seja administrada, rediluindo-se em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: pode apresentar perda de eficácia se administrados concomitantemente com amoxicilina.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Varfarina: pode resultar em aumento do efeito anticoagulante.
  • Alimentos: pode ser administrado com ou sem alimentos, pois a absorção não é afetada.

Lactação. Compatível.

AMOXICILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO

Grupo farmacológico. Penicilina + inibidor de betalactamase.

Apresentações. Amoxicilina + ácido clavulânico: susp oral 125mg + 31,25mg com 5mL (de 75 e 100mL), com 200mg + 28,5mg/5mL (de 70mL), com 250mg + 62,5mg/5mL (de 75 e 100mL), com 400mg + 57mg/5mL (de 70 e 100mL), com 600mg + 42,9mg/5mL (de 50 e 100mL [uso para peumococos resistentes à penicilina chamada de ES]); cpr de 500mg + 125mg, cpr de 875mg + 125mg; amp de 500mg + 100mg ou 1g + 200mg; fr-amp de 500 e 1.000mg.

Usos. Infecções respiratórias, otite, amigdalite e celulite. Opção para o tratamento de infecção de tecidos moles com envolvimento de flora mista e infecções intra-abdominais (associadas a aminoglicosídeo).

Contraindicações. História de icterícia colestática ou disfunção hepatocelular com o medicamento.

Uso off-label. Uso em recém-nascidos.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos. Injetável: em recém-nascidos, 30mg/kg, de 12/12 h; crianças, 30mg/kg, de 6-6 ou de 8-8 h.
  • Pediatria: VO: dose de 20-40mg/kg/dia, considerando a amoxicilina, divididos de 8/8 ou de 12/12 h, usando susp com 125mg/5mL em menores de 3 meses. No caso de suspeita de pneumococos resistentes à penicilina, utilizar a formulação ES na dose de 90mg/kg/dia da amoxicilina.
  • Adolescentes (> 40kg): VO: dose de 250-500mg, de 8/8 h, ou 875mg, a cada 12 h. Injetável: em infecções graves, usar 1 g, de 8-8 ou de 6-6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste.
  • Função renal: se Clcr < 30mL/min, não usar cps de 875mg ou ES; se Clcr 10-30mL/min, usar metade da dose (em adultos 250-500mg) a cada 12h; em Clcr < 10mL/min, usar metade da dose a cada 24 h.
  • Diálise: usar metade a 1/4 da dose após cada sessão de hemodiálise; usar essa dose a cada 12 h se diálise peritoneal.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A fim de minimizar efeitos gastrintestinais e favorecer a absorção, recomenda-se administrar no início de uma refeição.
  • Via sonda: a susp oral é a forma farmacêutica recomendada para administração via sonda. No momento da administração, recomenda-se rediluir o medicamento em volume adequado de água para diminuir a viscosidade da sol. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode-se administrar em bolo direto, sem diluição prévia em soro, lentamente (3-4 min), irrigando o trajeto com SF 0,9% logo após a administração. Para infusão, deve-se diluir o medicamento em SF 0,9% na concentração de 10mg/mL e administrar em 30 min.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: pode aumentar os efeitos anticoagulantes.
  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se administrados concomitantemente com amoxicilina + clavulanato. Dar intervalo de 1-2 h entre a penicilina e o aminoglicosídeo.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução no efeito contraceptivo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção da amoxicilina; já o clavulanato tem sua absorção favorecida com alimentos (não gordurosos).

Lactação. Usar com precaução.

ARIPIPRAZOL

Grupo farmacológico. Antipsicótico atípico; bloqueia os receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina.

Apresentações. Cpr de 10, 15, 20 e 30mg.

Usos. Esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo, agitação psicomotora, principamente em pacientes com autismo; adjuvante no tratamento do transtorno bipolar e na mania aguda.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Uso off-label. Depressão grave, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de personalidade, síndrome de Gilles de La Tourette.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: seu uso está liberado em crianças > 6 anos; 2mg/dia por 2 dias, seguidos de 5mg/dia, por 2 dias, e aumentar para 10mg/dia (dose máxima de 30mg/dia).
  • Adolescentes: 10-15mg, 1x/dia. Máximo de 30mg/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: administrado com cuidado em pacientes com cirrose hepática, porém não necessita de ajuste de dose.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: dispersar o cpr em água fria e utilizar imediatamente. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Dasatinibe, darunavir, lítio, inibidores CYP2D6: aumentam os níveis séricos do aripiprazol.
  • Anfetaminas: têm seus efeitos diminuídos com uso concomitante com aripiprazol.
  • Carbamazepina, lítio e interferon peguilato: interferem reduzindo a concentração plasmática do aripiprazol.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a biodisponibilidade do medicamento. Pode ser administrado com ou sem alimentos.

Lactação. Não recomendado.

CEFTRIAXONA

Grupo farmacológico. Antimicrobiano; cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Fr-amp para uso IM (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes.

Contraindicações. Prematuridade. Hiperbilirrubinemia neonatal.

Posologia.

  • Neonatologia: 50mg/kg a cada 24 h. Meningite: dose de ataque de 100mg/kg; dose de manutenção: 80mg/kg a cada 24 h. Oftalmia gonocócica não complicada: 50mg/kg (dose máxima: 125mg) dose única. Hiperbilirrubinemia: em neonatos, usar cefotaxima em vez de ceftriaxona.
  • Lactentes e crianças < 12 anos: 50-75mg/kg/dia, a cada 12-24 h; meningite: 100mg/kg/dia a cada 12-24 h, dose de ataque de 100mg/kg pode ser administrada (dose máxima: 4g/dia). Quimioprofilaxia para contactantes de alto risco para doença meningocócica: ≤ 12 anos: 125mg, IM, em dose única; > 12 anos: 250mg, IM, em dose única. Doença de Lyme: 75-100mg/kg, por 2-4 semanas (dose máxima: 2g/dose). Infecção gonocócica não complicada, profilaxia pós-vitimização, doença inflamatória pélvica: 125mg, IM, em dose única. Infecção gonocócica complicada (IM, IV): < 45kg: peritonite, artrite ou bacteremia: 50mg/kg/dia, 1x/dia por 7 dias (dose máxima: 1g/dia). Conjuntivite: 50mg/kg em dose única (dose máxima: 1g). Meningite ou endocardite: 50mg/kg/dia, divididos a cada 12 h, por 10-14 dias (meningite) ou 28 dias (endocardite) (dose máxima: 2g/dia). > 45kg: infecção gonocócica disseminada: 1g, 1x/dia, por 7 dias. Meningite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 10-14 dias. Endocardite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 28 dias. Conjuntivite (IM): 1 g em dose única. Cancroide (IM): 50mg/kg em dose única (dose máxima: 250mg). Epididimite aguda (IM): 250mg em dose única.
  • Adolescentes: 1-2g, IV ou IM, a cada 12-24 h; dose máxima: 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administrar em 2-4 min. Infusão: a dose, diluída em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (concentração máxima entre 10 e 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizada lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer Lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: podem formar precipitados na sol.
  • Ciclosporina: pode ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

DESLORATADINA

Grupo farmacológico. Antialérgico; anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Cpr revestido de 5mg; xpe com 2,5mg/5mL em fr de 30, 60 ou 100mL.

Usos. Rinite alérgica, urticária idiopática crônica.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 6 meses.
  • Pediatria: 6-11 meses: 1mg, 1x/dia; 1-5 anos: 1,25mg, 1x/dia; 6-11 anos: 2,5mg, 1x/dia.
  • Adolescentes: 5mg, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos e com ou sem água.
  • Via sonda: administrar o xpe via sonda. Recomenda-se diluir a dose em 10mL de água para facilitar a administração e diminuir a viscosidade da formulação. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas. Dados não disponíveis.

  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta significativamente a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

DIAZEPAM

Grupo farmacológico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Cpr simples de 5 e 10mg; cpr revestidos de 5mg; amp com 5mg/mL em 2mL; amp com 10mg/mL em 1mL; sol oral (gt) com 3mg/mL em 20mL; gel retal manipulado.

Usos. Transtornos do pânico, ansiedade generalizada, ansiedade aguda situacional, sintomas de abstinência ao álcool, insônia, relaxante musculoesquelético, estado de mal epilético, profilaxia para crises convulsivas febris, sedação para procedimentos, relaxante muscular.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia grave, usuário de drogas, hipersensibilidade a outros benzodiazepínicos, insuficiência respiratória, gestação (categoria de risco D), lactação.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: Status epilepticus: IV, 0,1-0,3mg/kg/dose dada em 3-5min, a cada 15-30 min, no máximo de 2mg.
  • Pediatria: sedação, relaxamento muscular e ansiedade: VO, crianças 0,05-0,3mg/kg/dose, a cada 8 ou 6 h em 3-4 tomadas. Dose média: 0,1-0,8mg/kg/dose. Anticonvulsivante: tratamento agudo: 0,05-0,3mg/kg/dose, IV ou via retal, podendo ser repetido mais 2 vezes com intervalo de 3-5 min.
  • Adolescentes: iniciar com 5-10mg, 1x/dia, VO, à noite; aumentando progressivamente quando necessário. A dose usual é de 20mg/dia, em 2-4 tomadas. Anticonvulsivante: 10mg, IV. Dose fácil: 0,3mg/kg/dose = peso x 0,06 =mL da amp com 10mg/2mL.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: usar com cuidado em pacientes com insuficiência hepática, sendo necessária na maioria das vezes redução da dose.
  • Função renal: usar com cuidado em pacientes com doença renal.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou água.
  • Via sonda: administrar a susp oral preparada a partir dos cpr via sonda. O cpr pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). O tubo deve ser irrigado antes e depois do procedimento para evitar adsorção ao material. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolus: direto, lentamente (5mg/min em adolescentes e 1-2mg/min em crianças). Intermitente: diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL de SG 5% ou SF 0,9%.
  • Via intramuscular: sim, mas a absorção é errática e por isso deve ser intramuscular profundo.
  • Via retal: sim.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, cimetidina, claritromicina, eritromicina, fosamprenavir, isoniazida, itraconazol, propofol, ritonavir: podem causar sedação excessiva, confusão mental e ataxia.
  • Fluoxetina, omeprazol: o uso concomitante pode aumentar os níveis séricos do diazepam ou prolongar seus efeitos.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanil, isoniazida, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, remifentanil, tiopental: há risco aumentado de causar depressão respiratória.
  • Digoxina: pode causar náusea, vômitos e arritmias.
  • Fenitoína: o uso concomitante com diazepam pode provocar variações nos efeitos da fenitoína; monitorar.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode retardar a absorção do medicamento. Dietas ricas em gordura aumentam a concentração sérica do diazepam.

Lactação. Contraindicado.

DOBUTAMINA

Grupo farmacológico. Inotrópico positivo; ação sobre os receptores b1 e b2-adrenérgicos, especialmente no 1º subtipo.

Apresentação. Amp de 250mg/20mL; fr-amp com 12,5mg/mL em 20mL; bolsas de 250mL de 1 e 2mg/mL.

Usos. ICC refratária, IAM com baixo débito, pós-operatório de cirurgia cardíaca com baixo débito, choque cardiogênico, disfunção miocárdica em choque séptico.

Contraindicações. Não há relatos significativos.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: 5-25µg/kg/min, IV, com titulação da dose conforme necessário.
  • Pediatria: IV em infusão contínua: 2,5-15µg/kg/min; ajustar até obter a resposta desejada.
  • Adolescentes: 2,5-20µg/kg/min. Ocasionalmente podem-se atingir 40µg/kg/min.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: adolescentes: diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5% (cada amp de 250mg deve ser diluída em 50mL de soro). Pediatria: não administrar em push; administrar em infusão contínua, na velocidade máxima de 2,5-20µg/kg/min, diluindo-se a dose em soro compatível na concentração máxima de 5mg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Carvedilol, metoprolol: pode ocorrer diminuição na eficácia da dobutamina.
  • Linezolida: pode ocorrer aumento nos efeitos hipertensivos.
  • Entacapona: há risco de desencadear taquicardia, hipertensão ou arritmias.

Lactação. Usar com precaução.

FLUTICASONA

Grupo farmacológico. Corticoide.

Corticoide inalatório — Apresentações. Aerossol com 50 ou 250µg (60 ou 120 doses); cps e Diskus com 50 e 250µg; Seretide Diskus® (50µg de salmeterol + 100, 250 ou 500µg de fluticasona) e Seretide spray® (25µg de salmeterol + 50, 125 ou 250µg de fluticasona).

Corticoide nasal — Apresentações. Fr-spray com susp tópica na dose de 50µg (60 ou 120 doses).

Usos. Tratamento de manutenção da asma e da DPOC, rinite.

Contraindicações. Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: asma: crianças > 4 anos: 50-100µg, 2x/dia.
  • Adolescentes: rinite: iniciar com 2 jatos em cada narina, 1x/dia; pode ser necessário aumentar a dose para 2 jatos em cada narina, 2x/dia. Asma: dose baixa: 100-250µg; dose média: 250-500µg; dose elevada: > 500µg.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: usar com cuidado.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: não é necessário ajuste.

Modo de administração.

  • Via inalatória oral: administrar a dose diária em 2 tomadas. Cps: colocar a cps no inalador, fechar; colocar o inalador na boca e aspirar. Spray oral: agitar bem o spray antes do uso; cuidar o intervalo de inspiração no momento da inalação, pois, se houver mais de um jato, deve haver pausa (10 s) entre eles (crianças podem fazer uso de espaçadores).
  • Via inalatória nasal: spray nasal: aplicar diretamente na narina, limpando o aplicador do spray após o uso com água morna.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, furosemida, hidroclorotiazida, clortalidona: a fluticasona pode aumentar os efeitos desses medicamentos.
  • Fluconazol, dasatinibe, nelfinavir, ritonavir, saquinavir: os efeitos da fluticasona podem aumentar na presença desses medicamentos.
  • Antidiabéticos: o uso concomitante com fluticasona pode diminuir os efeitos dos antidiabéticos.

Lactação. Usar com precaução.

FUROSEMIDA

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+−K+−2Cl− na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Cpr de 40mg; amp com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICC. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associados à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IR é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg, IV, IM ou VO. Pode aumentar até 2mg/kg/dose, IV, ou 6mg/kg/dose, VO.
  • Pediatria: 2-6mg/kg/dia a cada 6-12 h, VO; 1-2mg/kg/dose a cada 6-12h, IV; infusão contínua 0,05-0,4mg/kg/h — regular a dose de acordo com a resposta clínica.
  • Adolescentes: 40-320mg/dia, VO, 1-3x/dia. Dose injetável (IM ou IV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os cpr podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a susp oral a partir do cpr para a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: direto sem diluir, em 1-2 min. Intermitente: diluir o medicamento em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar em uma velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximabe, salicilatos: a furosemida pode aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegilina: os efeitos da furosemida podem ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: podem interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

LORATADINA

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Cpr de 10mg; xpe com 5mg/5mL em 60, 100, 120 e 150mL. Loratadina + pseudoefedrina: xpe com 1mg + 12mg/mL em 30, 60 e 120mL; drg simples com 0,5mg + 120mg; cpr revestido com 10mg + 240mg.

Usos. Rinite e conjuntivite alérgica, urticária crônica idiopática. Pouco efeito sobre a obstrução nasal.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 2 anos.
  • Pediatria: < 2 anos: 2,5mg, 1x/dia; 2-5 anos: 5mg, 1x/dia; ≥ 6 anos ou 30kg: 10mg, 1x/dia.
  • Adolescentes: 10mg, 1x/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: administrar a cada 48 h.
  • Função renal: se ClCr < 30mL/min, administrar a cada 48 h.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio, com ou sem água. Pode ser administrado logo antes dos alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar o xpe. Os cpr desintegram-se rapidamente em água, podendo ser administrados por essa via (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona: pode desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, arritmias).
  • Cimetidina: pode ocorrer aumentos nos níveis séricos da loratadina, levando à efeitos de toxicidade.
  • Alimentos: a presença de alimentos aumenta a concentração do medicamento em até 40% e diminuindo o tempo de pico de concentração em aproximadamente 1 h, podendo desencadear efeitos tóxicos do organismo; administrar em jejum.

Lactação. Não recomendado.

METILFENIDATO

Grupo farmacológico. Estimulante do SNC; age inibindo a recaptação de noradrenalina e da dopamina nos neurônios pré-sinápticos.

Nomes comerciais e apresentações. Concerta® (cpr de liberação controlada de 18, 36 e 54mg); Ritalina® (cpr sulcados de liberação imediata de 10mg); Ritalina LA® (cps gelatinosas de 20, 30 ou 40mg com microgrânulos de liberação prolongada).

Usos. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, manejo sintomático da narcolepsia.

Contraindicações. Ansiedade, agitação, glaucoma, síndrome de Tourette, uso de IMAO nos últimos 14 dias, discinesias, tiques, hipertireoidismo, arritmias cardíacas, psicoses, pacientes com marcada agitação, ansiedade e tensão.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: recomendado seu uso a partir dos 6 anos. Ritalina®: em geral inicia-se com 5mg, 1-2x/dia, aumentando em 5-10mg, por semana, até uma dose que apresente boa resposta clínica. Dose usual 0,3-1mg/kg/dia. Dose máxima: 2mg/kg/dia ou 60mg/dia. Concerta®: inicia-se com 18mg, 1x/dia, podendo aumentar 18mg a cada semana. Dose máxima: 54mg/dia. Ritalina LA®: inicia-se com 20mg, 1x/dia, podendo aumentar 10mg a cada semana. Dose máxima: 60mg/dia.
  • Adolescentes: Ritalina®: a dose é de 30-40mg podendo ser aumentada até 60mg/dia em 2-3 tomadas. Concerta® e Ritalian LA®: seguir as mesmas orientações que a posologia para as crianças.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: usar com cuidado em doença hepática.
  • Função renal: sem necessidade de ajuste.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os cpr de liberação imediata preferencialmente com o estômago vazio, 30-45 min antes das refeições. A Ritalina LA® deve ser administrada 1x/dia, pela manhã, com ou sem alimentos; o conteúdo das cps pode ser misturado em papa fria de frutas (uso imediato). O cpr do Concerta® deve ser ingerido inteiro em tomada única pela manhã, com ou sem alimentos; pode ser administrado com água, leite ou suco.
  • Via sonda: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Amitriptilina, clomipramina, desipramina, imipramina, nortriptilina: pode resultar em hipertensão e outros efeitos cardíacos, estimulação do SNC.
  • Dicumarol, varfarina: há aumento nos riscos de sangramento.
  • Escitalopram, fluoxetina, paroxetina, fenobarbital, fenitoína, primidona, sertralina: pode aumentar os efeitos desses medicamentos pela inibição do metabolismo pelo metilfenidato; monitorar efeitos tóxicos.
  • Carbamazepina: pode resultar em perda de eficácia do metilfenidato pela indução do citocromo P450.
  • Linezolida, moclobemida, procarbazina, rasagilina, selegilina: podem ocorrer palpitações, cefaleia, rigidez na nuca e hipertensão.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta significativamente a farmacocinética do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

NORADRENALINA (NOREPINEFRINA)

Grupo farmacológico. Vasopressor; ação predominantemente α-adrenérgica.

Apresentações. Fr-amp com 1mg/mL em 4mL; amp com 2mg/mL em 4mL.

Uso. Tratamento do choque persistente a despeito de reposição volêmica adequada.

Contraindicações. Durante procedimento anestésico com ciclopropano ou halotano devido ao risco de arritmias ventriculares.

Uso off-label. Uso em recém-nascidos.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para recém-nascidos, mas alguns autores descrevem posologia de 0,05-0,1µg/kg/min; dose máxima de 1-2µg/kg/min, em um trabalho sobre hipertensão pulmonar persistente.
  • Pediatria: inicial 0,05-0,1µg/kg/min, aumentando conforme necessidade até o máximo de 1-2µg/kg/min.
  • Adolescentes: 0,5-30,0µg/min em infusão contínua, IV, titulada de modo a aumentar a PA; a dose terapêutica normal é de 0,01-3,3µg/kg/min.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolus: não administrar. IV/contínua: diluir a dose em 250mL de SG 5% (concentração máxima usual de 4µg/mL).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Amitriptilina, clomipramina, desipramina, imipramina, nortriptilina: pode resultar em arritmia, taquicardia e hipertensão.
  • Clorpromazina: pode reduzir os efeitos da noradrenalina.
  • Diidroergotamina, linezolida, selegilina: pode resultar em aumento da PA.

Lactação. Não recomendado.

PREDNISOLONA

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Sol oftálmica com 5mL (10mg/mL); sol oral (3mg/mL) em 60, 100, 120mL; sol oral (1mg/mL) em 120mL.

Usos. Tratamento de distúrbios endocrinológicos, reumatológicos, doenças do colágeno e dermatológicas, estados alérgicos, doenças oftalmológicas, respiratórias, neoplásicas, doenças do trato gastrintestinal, asma.

Contraindicações. Hipersensibilidade à prednisolona, herpes superficial, infecção fúngica grave, infecção por varicela-zóster.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg/dia, em 2 doses diárias.
  • Pediatria: Exacerbação asmática: < 12 anos: 1-2mg/kg, 1x/dia, pela manhã (máximo: 60mg/dia) até melhora clínica ou peak flow 70% do basal, o que leva geralmente 3-10 dias de tratamento. Anti-inflamatória ou imunossupressora: 0,1-2mg/kg/dia, divididos 1-4x/dia. Síndrome nefrótica: 2mg/kg/dia ou 60mg/m²/dia, em 1-3x/dia (dose máxima: 80mg/dia) até que a urina esteja livre de proteína, ou por 4-6 semanas, seguida de dose de manutenção 2mg/kg/dose ou 40mg/m²/dose em dias alternados, sendo titulado até suspensão após 4-6 semanas.
  • Adolescentes: 40-80mg/dia, divididos em 1-2 doses até peak flow 70% do basal. 40-60mg/dia, 1x/dia, curso de 3-10 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: a sol oral pode ser administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via oftálmica: instilar a gt no olho afetado e pressionar por 1-2 min; cuidar para não encostar o instilador na mucosa ocular.

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: ocorre redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: há aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: há aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: pode resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: pode ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: pode resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos parece não afetar a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

PREDNISONA

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. cpr de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: mesmas doses/indicações da prednisolona.
  • Adolescentes: as doses são de 2,5-60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adolescentes é de 4-5mg/m²/dia. A dose depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças severas. Em geral, usam-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias. Imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia. Tireotoxicose: 60mg/dia. Quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m²/dia. Artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia). Púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas. LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses; na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente <1mg/kg/dia, em dose única matinal. Síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adolescentes; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m²/dia (máximo: 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máximo 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m²/dose, por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o cpr pode ser triturado, e seu conteúdo, dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da susp oral a partir dos cpr. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: pode resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: pode resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: pode resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: pode resultar na diminuição nos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: pode resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode potencializar efeito de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: pode resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: pode resultar em edema periférico severo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não interfere na biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Compatível.

RISPERIDONA

Grupo farmacológico. Antipsicótico atípico; bloqueia os receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina.

Apresentações. Cpr revestidos de 0,25, 0,5, 1, 2 e 3mg; sol oral com 1mg/mL em 30mL; fr-amp com 25, 37,5 e 50mg.

Usos. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos, demências com sintomas psicóticos de agitação e agressividade, comportamento autodestrutivo e transtornos de conduta em crianças com retardo mental ou QI limítrofe, autismo e transtornos globais do desenvolvimento (TGD), tiques motores (síndrome de Tourette), tratamento agudo e de manutenção de mania e episódios mistos dos pacientes com transtorno de humor bipolar tipo 1.

Contraindicações. Gestação, lactação e IH ou IR grave.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: autismo e síndrome de Tourette: 0,25-0,5mg/dia; aumentar dose a cada 4 dias (dose usual: entre 1-3mg/dia). Esquizofrenia e transtorno bipolar: 0,5-1mg/dia; aumentar dose com intervalo de 24 h (dose usual: 0,5-6mg/dia). Dose máxima: 6mg. Pode ser administrado em intervalos de 1-2x/dia.
  • Adolescentes: iniciar com 1mg, 2x/dia, VO, no 1º dia; no 2º dia, 2mg, 2x/dia; no 3º dia, 3mg, 2x/dia. A dose habitual é de 4-8mg/dia. Dose máxima: 16mg. Não retirar abruptamente para evitar sintomas de retirada. Tratamento da esquizofrenia: IM, dose inicial de 25mg a cada 2 semanas. Dose máxima: 50mg a cada 2 semanas.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: se houver alteração hepática, iniciar com dose menor; aumentar conforme tolerabilidade (< 0,5mg a cada dia ou 1,5mg a cada 7 dias). Por via IM, utilizar dose inicial de 12,5mg, a cada 2 semanas.
  • Função renal: se houver alteração renal, iniciar com dose menor; aumentar conforme tolerabilidade (< 0,5mg a cada dia ou 1,5mg a cada 7 dias). Por via IM, utilizar dose inicial de 12,5mg, a cada 2 semanas.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos. Não misturar a sol oral com chás ou bebidas à base de cola, mas pode ser misturada em leite, sucos, água ou café. Não se recomenda que os cpr sejam partidos.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a sol oral via sonda. Os cpr podem ser triturados e misturados em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Preferencialmente, administrar em sonda nasogástrica. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: não.
  • Via intramuscular: sim, no glúteo ou deltoide (alternar os lados).
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amitriptilina, astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, desipramina, droperidol, enflurano, eritromicina, fluconazol, foscarnet, haloperidol, halotano, imipramina, isoflurano, nortriptilina, octreotida, pimozida, quetiapina, sotalol, espiramicina, sulfametoxazol + trimetoprima, vasopressina: pode resultar em efeitos de cardiotoxicidade (prolongamneto do intervalo QT, torsade de pointes, arritmias).
  • Bupropiona, cimetidina, darunavir, fluoxetina, ginkgo-biloba, itraconazol, lamotrigina, paroxetina, pentamidina, ranitidina: podem aumentar os níveis séricos da risperidona; monitorar efeitos adversos.
  • Clozapina: pode diminuir o clearance da risperidona; monitorar efeitos adversos.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, topiramato: podem aumentar o clearance da risperidona; monitorar eficácia da risperidona.
  • Valproato de sódio: pode ocorrer aumento nos efeitos do valproato de sódio.
  • Levodopa: o uso concomitante com risperidona pode diminuir a eficácia da levodopa.
  • Linezolida: pode desencadear síndrome serotoninérgica.
  • Carbonato de lítio: pode ocorrer aumento nos níveis séricos do lítio; monitorar efeitos adversos.
  • Sinvastatina: há risco aumentado de desencadear miopatia e/ou rabdomiólise.
  • Metoclopramida: há risco aumentado de desencadear sintomas extrapiramidais.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

VASOPRESSINA

Grupo farmacológico. Hormônio antidiurético; vasopressor.

Apresentação. Amp com 20 UI/mL em 1mL.

Usos. Tratamento e diagnóstico de diabetes insípido, adjunto no tratamento de hemorragia TGI e varizes esofágicas, parada cardíaca, choque refratário.

Uso off-label. Dados não disponíveis.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: diabetes insípido: IM/SC, titular baseado com sódio sérico e urinário além de balanço hídrico e diurese. Em crianças, 2,5-10UI, 2-4x/dia. Infusão contínua: crianças e adolescentes: 0,0005UI/kg/h, dobrando dose a cada 30 min conforme resposta até máximo de 0,01UI/kg/h. PCR sem pulso, fibrilação ventricular ou taquicardia: crianças (IV) 0,4UI/kg após métodos tradicionais de ressuscitação e após mínimo de 2 doses de epinefrina utilizados (America Heart Association não recomenda esse uso). Hemorragia de TGI: infusão contínua IV: iniciar 0,002-0,005UI/kg/min e titular dose conforme necessário, dose máxima de 0,01UI/kg/min. Doses máximas também conforme faixas: < 5 anos: 0,2 UI/ min; 5-12 anos: 0,3 UI/min; > 12 anos: 0,4 UI/min. Caso sangramento pare por 12 h, descontinuar com diminuições nas seguintes 24-48 h. Choque hipotensivo: poucas evidências na literatura, sendo uma série de 11 casos tratados com 0,0003-0,002 UI/kg/min.
  • Adolescentes: para hemorragia do TGI, infusão contínua de 0,2- 0,4 UI/ min, até parar o sangramento, e manutenção de 12 h. Na parada cardíaca (TV ou FV sem pulso), é indicada 40 UI (2 amp), em substituição à adrenalina. Choque refratário: 0,01-0,04 UI/min. Vasopressina versus norepinefrina em infusão contínua em choque séptico não demonstrou benefícios em relação ao desfecho nos primeiros 28 dias.238 Diabetes insípido: IM/SC: titular baseado no sódio dérico e urinário além de balanço hídrico e diurese. Adolescentes: 5-10 UI 2-4x/dia, podendo atingir até 80 UI/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: pacientes em insuficiência renal respondem a doses menores.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolus: diluir em 10mL de SF 0,9% e administrar lentamente; IV/contínuo: diluir 20 UI em 250mL de SF 0,9% ou SG 5% (concentração entre 0,1-1 UI/mL). Para administração contínua, preferir acesso central e iniciar com 0,2 UI/min e aumentar até 1 UI/min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via endotraqueal: diluir em 5-10mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amitriptilina, astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, clomipramina, droperidol, enflurano, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, halotano, imipramina, nortriptilina, octreotida, pentamidina, pimozida, quetiapina, risperidona, espiramicina, sulfametoxazol + trimetoprima, venlafaxina, ziprasidona: pode desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, arritmias, torsade de pointes).

Lactação. Usar com precaução.

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