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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 1 — CICLO 9

Autor: Elvino José Guardão Barros
epub-BR-PROTERAPEUTICA-C9V1_Artigo6

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 1 do Ciclo 9 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais:

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VO

Via oral

Aciclovir

Grupo farmacológico. Antiviral.

Apresentações. Cpr de 200 e 400mg; fr-amp com 250mg (sol injetável); pomada oftálmica a 3% de 4,5 g; cr dermatológico 50mg/g em bisnagas de 5 e 10g.

Usos. Infecções herpéticas, herpes-zóster e varicela. Profilaxia de infecções por herpes e por CMV em pacientes transplantados.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: infecções por herpes simples. Herpes simples genital primário: 400mg, VO, de 8/8 h, ou 200mg, VO, 5x/dia, por 7-10 dias. Herpes genital recorrente: 400mg, VO, de 8/8 h; 200mg, VO, 5x/dia, por 5 dias; ou, ainda, 800mg, VO, 3x/dia, por 2 dias. Herpes simples mucocutâneo em imunocompetentes: 400mg, 5x/dia, por 5 dias. Herpes simples mucocutâneo em imunocomprometidos: 5mg/kg/dose, IV, de 8/8 h, ou 200-400mg, VO, 5x/dia, até inatividade das lesões. Supressão de recorrência (indicado em casos de mais de 5 episódios/ano): 200-400mg, 2x/dia, por, pelo menos, 6 meses. Encefalite herpética: 10-15mg/kg, IV, de 8/8 h, por 14-21 dias (o tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível). Infecções por varicela-zóster, herpes-zóster no hospedeiro normal ou casos leves em imunocomprometidos: 800-1.000mg, VO, 5x/dia, por 7 dias (iniciar até 3 dias após o aparecimento). Herpes-zóster grave em imunocomprometidos: 10-12mg/kg, de 8/8 h, por 7-14 dias (em idosos, administrar a menor dose). Varicela em imunocomprometidos: 10-12mg/kg, IV, de 8/8 h, por 7 dias. Varicela em gestantes: 800mg, VO, 5x/dia, por 7 dias.
  • Pneumonia por varicela: 10-12mg/kg, IV, de 8/8 h. Profilaxia de citomegalovirose em transplantados. Transplante de medula: para aqueles com sorologia positiva para CMV e herpes, 500mg/m² ou 10mg/kg, de 8/8 h, durante 1 mês após o transplante. Transplante renal: 800mg, VO, de 6/6 h, por 3 meses.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o cpr é solúvel em água. Para administração via sonda, pode-se diluir o cpr em 5mL de água destilada (uso imediato). No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: a formulação parenteral é para ser administrada exclusivamente em infusão IV, não pode ser administrada por via intramuscular ou em bolo. Para minimizar riscos de flebite, a administração deve ser realizada, no mínimo, em 1 h.
  • Uso tópico: cuidar para não atingir os olhos. Durante a aplicação, recomenda-se usar luvas.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: pode desencadear redução da excreção renal do aciclovir.
  • Zidovudina: risco de neurotoxicidade.
  • Micofenolato: pode aumentar os níveis séricos do aciclovir.

Lactação. Usar com precaução.

Ácido Acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cpr de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; prevenção e tratamento das síndromes coronarianas agudas; terapia adjuvante nos procedimentos de revascularização (bypass coronariano, angioplastia, endarterectomia de carótidas); cardiopatia isquêmica e AVE; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática; trombose vascular periférica; fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); portadores de prótese valvular cardíaca; prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres de alto risco.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita A de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 325-650mg a cada 4-6 horas (máximo 4g/dia). Antiinflamatório: iniciar com 2,4-3,6g/dia em doses divididas, dose de manutenção 3,6-5,4g/dia em doses divididas. Síndromes coronarianas agudas: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2 h antes do procedimento. Angina estável: 75-100mg/1x/dia. Fase aguda do AVE isquêmico: 160-325mg em até 48 horas após o início dos sintomas. Prevenção do AVC isquêmico: 75-100mg/1x/dia. Estenose de artéria carótida: 75-100mg/1x/dia. Doença arterial periférica: 75-100mg/1x/dia. Prevenção da pré-eclâmpsia: 75-100mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cpr normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

Alopurinol

Grupo farmacológico. Inibidor da xantina-oxidase; antigotoso.

Apresentações. Cpr de 100 ou 300mg.

Usos. Prevenção de crises de gota e nefropatia por ácido úrico; tratamento da hiperuricemia secundária, que pode ocorrer durante o tratamento de tumores e doenças mieloproliferativas; prevenção da recorrência de cálculos de oxalato de cálcio.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg/dia. Se os níveis de urato forem insatisfatórios, a dose pode ser aumentada. A dose habitual para gota moderada é de 200-300mg/dia; na doença avançada, podem ser necessários 600-800mg/dia. A dose habitual para a prevenção da recorrência de cálculos de oxalato de cálcio é de 200-300mg/dia. Na hiperuricemia secundária à quimioterapia, 600-800mg/dia, durante 2-3 dias, iniciando 1-2 dias antes da quimioterapia.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir os cpr após as refeições, com líquido. Doses > 300mg/dia devem ser divididas em 2-3 tomadas diárias.
  • Via sonda: para pacientes com problemas de deglutição ou sem uso de sonda, pode-se preparar a susp oral a partir dos cpr. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Amoxicilina, ampicilina, azatioprina, carbamazepina, ciclofosfamida, didanosina, mercaptopurina e teofilina: os níveis séricos desses medicamentos podem aumentar se forem administrados com alopurinol.
  • IECAs, diuréticos: podem aumentar os níveis séricos do alopurinol.
  • Antiácidos: podem reduzir os efeitos do alopurinol.
  • Varfarina: pode aumentar o risco de sangramento.
  • Vitamina C: o uso concomitante de grandes quantidades de vitamina C pode acidificar a urina e aumentar os riscos de formação de cálculo renal.

Lactação. Usar com precaução.

Amiodarona

Grupo farmacológico. Antiarrítmico classe III; bloqueia os canais de potássio, prolongando demasiadamente a repolarização e, como consequência, o período refratário.

Apresentações. Cpr de 100 e 200mg; sol oral (gt) com 200mg/mL de 30mL; amp com 50mg/mL de 3mL.

Usos. Taquicardia atrial, flutter atrial, fibrilação atrial, reentrada nodal AV e reentrada AV, taquicardia e fibrilação ventricular.

Contraindicações. Bloqueio sinoatrial ou AV, bradicardia grave, choque cardiogênico, hipotensão, disfunção tireoidiana e pulmonar, hipersensibilidade ao iodo, gestação (categoria de risco D), lactação.

Posologia.

  • Adultos: dose de ataque, 800-1.600mg/dia, por 2 a 3 semanas; manutenção, 100-400mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar durante ou após as refeições.
  • Via sonda: pode-se administrar a susp oral preparada a partir de cpr. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: não pode ser administrada sem diluição. Sugestão: diluir 1 amp em 25-100mL de soro (SG 5%, SF 0,9%). A estabilidade é variável, mas em SG 5% é mais estável. A infusão deve ser lenta, a partir de 10 min (não exceder 30mg/min).

Interações medicamentosas.

  • Codeína, tramadol, antiarrítmico: podem ter seus níveis séricos reduzidos com a amiodarona.
  • Fenitoína e rifampicina: reduzem as concentrações plasmáticas da amiodarona.
  • Inibidores da HMG-COA redutase, lidocaína, tamoxifeno, tioridazina, topotecano, ziprasidona, antagonistas da vitamina K: podem ter suas concentrações plasmáticas aumentadas.
  • Azitromicina, cimetidina, ciprofloxacino, dasatinibe: podem aumentar os efeitos da amiodarona.

Lactação. Usar com precaução.

Amoxicilina + Ácido clavulânico

Grupo farmacológico. Penicilina + inibidor de β-lactamase. Antimicrobiano.

Apresentações. Amoxicilina + ácido clavulânico: susp oral com 125mg + 31,25mg de/5mL (fr de 75 e 100mL), com 200mg + 28,5mg/5mL (fr de 70mL), com 250mg + 62,5mg/5mL (fr de 75 e 100mL), com 400mg + 57mg/5mL (fr de 70 e 100mL), com 600mg + 42,9mg/5mL (fr de 50 e 100mL [uso para peumococos resistentes à penicilina espectro estendido [ES]); cpr de 500mg + 125mg, cpr de 875mg + 125mg; amp de 500mg + A 100mg ou 1g + 200mg.

Usos. Infecções respiratórias, otite, amigdalite e celulite. Opção para o tratamento de infecção de tecidos moles com envolvimento de flora mista e infecções intra-abdominais (associadas a aminoglicosídeos).

Contraindicações. História de icterícia colestática ou disfunção hepatocelular com o medicamento.

Posologia.

  • Adultos: Oral: 250-500mg, de 8/8 h, ou 875mg, a cada 12 h. Injetável: em infecções graves, usar 1g, de 8/8 ou de 6/6 h. No caso de suspeita de pneumococos resistentes à penicilina, utilizar a formulação ES na dose de 90mg/kg/dia da amoxicilina, a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos, mas a presença de alimentos favorece a absorção do fármaco.
  • Via sonda: a susp oral é a forma farmacêutica recomendada para a administração via sonda. Recomenda-se rediluir o medicamento em volume adequado de água para diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: pode-se administrar em bolo direto, sem diluição prévia em soro, lento (3-4min). Para infusão, deve-se diluir o medicamento em SF 0,9%, na concentração de 10mg/mL, e administrar em 30min.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: pode aumentar os efeitos anticoagulantes.
  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se forem administrados concomitantemente com amoxicilina/ácido clavulânico.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica.
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução no efeito contraceptivo.

Lactação. Usar com precaução.

Apixabana

Grupo farmacológico. Inibidor do fator Xa.

Apresentação. Cpr revestidos de 2,5mg.

Usos. Prevenção de fenômenos tromboembólicos venosos em doentes adultos que foram submetidos à artroplastia eletiva da anca ou do joelho.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula, insuficiência hepática, pacientes com risco de hemorragia.

Posologia.

  • Adultos: a dose recomendada é de 1 cpr 2x/dia, VO. A dose inicial deve ser tomada 12 a 24h após a cirurgia. Pacientes submetidos à artroplastia de quadril: a duração do tratamento recomendada é de 32 a 38 dias. Pacientes submetidos à artroplastia de joelho: a duração do tratamento recomendada é de 10 a 14 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: Deve ser administrado com água sem considerar as refeições.

Interações medicamentosas.

  • Anticoagulantes orais: uso concomitante pode causar hemorragias.

Lactação. Não recomendado.

Azatioprina

Grupo farmacológico. Agente citostático; antagoniza o metabolismo das purinas e pode inibir a síntese de DNA, RNA e proteínas; imunossupressor.

Apresentação. Cpr de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição do transplante renal, artrite reumatoide ativa, nefrite lúpica e em várias glomerulopatias.

Contraindicação. Gestação.

Posologia.

  • Adultos: Transplante: iniciar com 3-5mg/kg, 1x/dia; manutenção: 1-3mg/kg, 1x/dia, em dose única diária. Artrite reumatoide: iniciar com 1mg/kg, 1x/dia, ou a mesma dose, em 2 tomadas, por 6-8 semanas; aumentar 0,5mg/kg a cada 4 semanas até obter resposta clínica ou até 2,5mg/kg/dia. Nefrites: 2mg/kg/dia para dose de ataque.

Modo de administração.

  • Via oral: os cpr devem ser ingeridos após as refeições.
  • Via sonda: os cpr podem ser dissolvidos em água fria e administrados imediatamente via sonda. Pode-se preparar uma susp oral a partir dos cpr para facilitar a administração por essa via. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Enalapril, captopril: podem desencadear asma grave ou mielossupressão.
  • Bloqueadores neuromusculares: os efeitos desses medicamentos podem ser reduzidos.
  • Alopurinol, trastuzumabe, sulfametoxazol/trimetoprima: podem aumentar os níveis séricos da azatioprina, favorecendo o aparecimento de náusea, vômito, anemia ou leucopenia.
  • Mercaptopurina, natalizumabe, metotrexato e vacinas (vírus vivo): a azatioprina pode aumentar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Ciclosporina, varfarina, femprocumona: podem ter seus efeitos reduzidos pela presença da azatioprina.

Lactação. Não recomendado.

Bisacodil

Grupo farmacológico. Laxante; irritante intestinal.

Apresentações. Comprimido revestido de 5mg; drágeas de 5mg.

Usos. Constipação intestinal; para facilitar a evacuação em procedimentos diagnósticos e no pré ou pós-operatório.

Contraindicações. Obstrução intestinal; quadros abdominais cirúrgicos agudos; desidratação; síndrome do intestino irritável; retocolite hemorrágica.

Posologia.

  • Adultos: Constipação: 5-10mg/dia. Procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos: 10-20mg na noite anterior ao procedimento.

Modo de administração.

  • Via oral: deve ser administrado à noite para obter-se evacuação matinal. O medicamento não deve ser mastigado ou triturado e deve-se evitar o uso de leite ou antiácidos 1 h antes e após a ingestão do mesmo, a fim de evitar a sua ativação estomacal (irritação). Administrar com água (200mL) e com o estômago vazio.
  • Via sonda: parcialmente solúvel em água, apresentando risco de obstrução de sonda e sua trituração poderá causar a perda de eficácia do princípio ativo (revestido). Não é recomendada administração via sonda.

Interações medicamentosas.

  • Cimetidina, famotidina, carbonato de cálcio, hidróxido de magnésio e ranitidina: poderá resultar em redução na eficácia do bisacodil. Deve-se dar intervalo de, ao menos, 1 h entre esses medicamentos e o bisacodil.

Lactação. Usar com precaução.

Calcitonina

Grupo farmacológico. Hormônio produzido pelas células C da glândula tireoide.

Apresentações. Seringa preenchidas de 1mL com 100 UI; solução nasal (spray) com 200 UI/dose.

Usos. Osteoporose em mulheres pós-menopausa, alívio da dor na osteoporose, doença de Paget, hipercalcemia grave.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao salmão ou a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Osteoporose em mulheres pós-menopausa: Intramuscular ou subcutâneo 100 U a cada 2 dias; spray nasal 200 U/dia. Doença de Paget: iniciar com 100 U/dia por via intramuscular ou subcutânea; manutenção de 50 U/dia a cada 1-2 dias. Hipercalcemia: Intramuscular ou subcutâneo 4 U/Kg a cada 12 horas por 1-2 dias (pode-se utilizar 8 U/Kg/dose a cada 12 horas, no máximo 8 U/Kg a cada 6 horas, se não ocorrer resposta). Dor óssea: spray nasal 200 UI 1 a 2 vezes ao dia.

Modo de administração.

  • Via inalatória: administrar 1 jato na narina diariamente. Alternar as narinas para minimizar efeito de irritação na mucosa nasal.
  • Via endovenosa: Somente para casos graves ou de emergência: diluir o medicamento em SF 0,9% e administrar lentamente em bolus ou infusão.
  • Via intramuscular/subcutânea: preferencialmente por via subcutânea. Intramuscular se volume da injeção for superior a 2mL.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de lítio: os níveis séricos do lítio poderão ser reduzidos pela administração concomitante com calcitonina, com redução do efeito do lítio. Monitorar os níveis séricos.

Lactação. Não recomendado.

Cefepima

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico, cefalosporina de 4ª geração.

Apresentações. Frasco-ampola solução injetável de 0,5, 1 ou 2g.

Usos. Pneumonias, infecções urinárias, infecções intra-abdominais (em associação a anaerobicidas), septicemias e febre em neutropênicos. Utilização preferencial em infecções hospitalares.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 1-2g, IV ou IM, a cada 12 h. Neutropenia febril, infecções graves ou meningite: 2g, a cada 8 h; dose máxima de 6g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolus: dilui-se a dose na concentração máxima de 100mg/mL e administra-se em 3 a 5 min. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SG 5% ou SF 0,9% deve ser administrada de 20 a 30 min (concentração máxima de 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim. Pode ser diluído com lidocaína 0,5 a 1%, na concentração máxima de 280mg/mL.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: diminui o clearance da cefepima.
  • Aminoglicosídeos: aumentam o potencial nefrotóxico.

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano, cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Frasco-ampola para uso IM (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência, por isso o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos:1-2g, IV ou IM, a cada 12-24 h; dose máxima de 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: dilui-se a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administra-se em 2 a 4 min. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SG 5% ou SF 0,9% deve ser administrada de 15 a 30 min (concentração máxima entre 10 a 40mg/mL).
  • Via intramuscular: Sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizado lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: pode ocorrer formação de precipitados na solução.
  • Ciclosporina: poderá ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

Ciprofloxacino

Grupo farmacológico. Quinolona, antimicrobiano.

Apresentações. Ciprofloxacino (solução injetável [bolsa] com 2mg/mL de 100 ou 200mL); cloridrato de ciprofloxacino (comprimidos revestidos de 250 e 500mg), comprimidos de 250, 500, 750 ou 1.000mg.

Usos. Infecções complicadas do trato urinário que envolvem bactérias gram-negativas resistentes, como Pseudomonas aeruginosa; prostatite bacteriana crônica refratária a outros antibióticos orais; osteomielite crônica causada por múltiplas bactérias, incluindo gram-negativas resistentes, e infecções da pele e de tecidos moles em diabéticos (associadas a drogas com boa atividade contra estreptococos); diarreias bacterianas, incluindo diarreia do viajante; febre tifoide; otite externa invasiva em pacientes com diabetes e exacerbações infecciosas em pacientes com fibrose cística. É eficaz na erradicação do meningococo da orofaringe.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 400-500mg, IV, de 12/12 h, chegando a 400mg, IV, de 8/8 h, em casos muito graves; 250-750mg, VO, de 12/12 h. Para erradicação do meningococo da orofaringe, dose única de 500mg, VO.

Modo de administração.

  • Via oral: recomenda-se que a administração seja realizada 2 h após as refeições. Em caso de sintomas gastrintestinais, considerar a administração com alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos para facilitar a administração via sonda. Sonda nasogástrica: No momento da administração, pausar a dieta enteral 1 h antes do antibiótico e reiniciá-la 2 h após a administração do mesmo. Irrigar o tubo para evitar aderência do medicamento à sonda.
  • Via oftálmica: instilar a gota no saco conjuntival e pressionar por 1 a 2 min para reduzir risco de absorção sistêmica excessiva. Evitar contato com pele ou mucosas.
  • Via endovenosa: administração deve ser lenta (a partir de 1 h) e não exceder a concentração máxima de 2mg/mL na diluição (alguns produtos já vem prontos para uso parenteral em recipientes estéreis de sistema fechado).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Hypericum: pode causar reação de fotossensibilidade.
  • Metotrexato, ropivacaína, teofilina, tizanidina: o uso concomitante com quinolonas poderá aumentar os níveis séricos dos medicamentos citados e desencadear efeitos de toxicidade.
  • Probenecida, anti-inflamatórios não esteroides: elevam os níveis do ciprofloxacino.
  • Micofenolato, fenitoína: há redução nas concentrações plasmáticas desses medicamentos.
  • Antiácidos, didanosina, sais de cálcio, ferro, zinco, magnésio: acabam reduzindo os níveis séricos do ciprofloxacino. Administrar o antibiótico 2h antes ou 6 h após esses medicamentos.
  • Cafeína: evitar o uso excessivo, pois poderá desencadear efeitos cardíacos e estimular o SNC.

Lactação. Não recomendado.

Clopidogrel

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; age inibindo a ligação do difosfato de adenosina ao seu receptor glicoproteína IIb-IIIa nas plaquetas em sua forma ativa.

Apresentação. Comprimidos simples e comprimidos revestidos 75mg.

Usos. Redução de eventos aterotrombóticos em pacientes com história recente de IAM e AVE isquêmico; doença arterial periférica estabelecida; prevenção de complicações trombóticas em pacientes pós-ACTP com stent.

Contraindicações. Sangramento patológico ativo, como úlcera péptica ou hemorragia intracraniana; distúrbios da coagulação.

Posologia.

  • Adultos: dose de ataque: 300-600mg, VO. Dose de manutenção: 75mg, VO, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: os comprimidos devem ser triturados e dispersados em água para administração (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, salicilatos, abciximabe, alteplase, citalopram: poderão ter seus efeitos aumentados (risco de sangramento e lesão gastrintestinal).
  • Dasatinibe, fitoterápicos (arnica, boldo), rifampicina, anti-inflamatórios não esteroides: os níveis séricos do clopidogrel poderão se elevar, aumentando risco de efeitos adversos.
  • Eritromicina, azitromicina, omeprazol, lansoprazol, anti-inflamatórios não esteroides, anlodipino, cloranfenicol, cimetidina: poderão diminuir os efeitos do clopidogrel.

Lactação. Não recomendado.

Colchicina

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório; inibição da motilidade leucocitária e da fagocitose nas articulações e da diminuição da produção de ácido lático. Antigotoso.

Apresentações. Comprimidos de 0,5 ou 1mg.

Usos. Crise aguda de gota e prevenção da recorrência dessas crises. Tratamento da febre familiar do Mediterrâneo.

Contraindicações. Insuficiência renal, insuficiência hepática ou insuficiência cardíaca graves; discrasias sanguíneas; gestação.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de ataque de 0,5 a 1,5mg; depois, 0,5-1,0mg a cada 1 ou 2 h até a melhora (total 8mg). Profilaxia: 0,5 a 1,0mg/dia ou em dias alternados por 2 a 8 meses.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, com água.

Interações medicamentosas.

  • Sinvastatina, verapamil, ciclosporina, atorvastatina, benzafibrato, digoxina: poderão ter seus efeitos aumentados na presença de colchicina, podendo desencadear miopatia, rabdomiólise.
  • Dasatinibe, azitromicina, eritromicina, verapamil, aprepitanto, atazanavir, claritromicina, diltiazem, fluconazol, itraconazol, nelfinavir, ritonavir, tacrolimus: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da colchicina, podendo chegar a níveis tóxicos.

Lactação. Usar com precaução.

Dexametasona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimidos de 0,5; 0,75 e 4mg; elixir com 0,1mg/mL em 100 e 120mL; creme com 0,1% em bisnaga de 10g; ampola com 2mg em 1mL; ampola com 10mg em 2,5mL. Associado com timina, piridoxina e/ou cianocobalamina: 1 ampola de 2mL + 1 ampola de 1mL.

Usos. Doenças inflamatórias crônicas, alérgicas, hematológicas, dermatológicas, autoimunes, neoplasia, edema cerebral, choque séptico, antiemético na quimioterapia, teste diagnóstico (overnight) para síndrome de Cushing, reposição na insuficiência adrenal (requer associação com mineralocorticoide).

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, malária cerebral.

Posologia.

  • Adultos: para administração oral, utiliza-se, usualmente, 0,5 a 10mg/dia, divididos em 2-4 administrações. Para uso IV (fosfato), a dose varia de 0,5 a 24mg/dia. A dose da forma acetato é de 8-16mg a cada 1-3 semanas. Para o choque séptico, é recomendada a administração IV lenta de fos- fato de dexametasona, 2 a 6mg; pode ser repetida a dose após 2-6 h, se necessário. No edema cerebral associado com tumor cerebral, fosfato de dexametasona, IV, 10mg, seguidos de 4mg, IV, a cada 6 h. Antiemético, 10-20mg, IV ou VO, 30min antes da quimioterapia e 4-8mg a cada 12 h por 2 dias. Reposição fisiológica: 0,03-0,15mg/kg/dia ou 0,6-0,75mg/m2/ dia para adultos e crianças.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos ou leite. A presença de alimentos minimiza os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar o elixir via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto sem diluir em soro (dose menor que 10mg) e administrar lentamente (5-10min). IV/intermitente: diluir a dose em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 15-30min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não recomendado.
  • Via tópica: aplicar fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, ciclosporina, natalizumab, talidomida, diuréticos, varfarina, ibuprofeno, tenoxicam: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, voriconazol, nifedipino, dasatinibe, eritromicina, ciprofloxacino, trastuzumab, ácido salicílico: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da dexametasona, aumentando seus efeitos.
  • Calcitriol, glibenclamida, insulina, caspofungina, isoniazida, nilotinibe, ácido salicílico, vacinas: o uso concomitante com dexametasona poderá diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, primidona, rifampicina: o uso concomitante com esses medicamentos poderá diminuir os efeitos da dexametasona.

Lactação. Usar com precaução.

Dipirona (Metamizol)

Grupo farmacológico. Analgésico, antipirético, antiespasmódico; pouca atividade anti-inflamatória. Derivado da pirazolona (metamizol). Mecanismo de ação pouco conhecido, parece haver ação periférica e central.

Apresentações. Solução oral (gotas) com 500mg/mL em 10 e 20mL; ampola com 500mg/mL em 2 ou 5mL; ampola com 100mg/mL em 5mL; comprimido de 500mg; solução oral com 50mg/mL em 100mL; supositório infantil com 300mg; supositório adulto com 1.000mg.

Usos. Tratamento da dor aguda e crônica (de intensidade leve a moderada) e da febre.

Contraindicações. Deficiência de G6PD, porfiria, discrasias sanguíneas.

Posologia.

  • Adultos: VO: 500-1.000mg, a cada 6 horas. Doses menores que 1g tem efeito antipirético; doses entre 1,5-2g tem efeito analgésico associado. Deve ser administrada em intervalos regulares e não se necessário; porém, deve-se evitar o uso crônico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda; pode-se diluir a dose em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: recomenda-se diluir a dose em volume adequado de diluente conforme a restrição hídrica do paciente (10-20mL de SF 0,9% ou SG 5% para adultos) para diminuir irritação venosa; administrar na velocidade de 1mL/minuto.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, diltiazem: poderá causar aumento no risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensivo.
  • Esmolol, propanolol, atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, enalapril, furosemida, hidroclorotiazida: poderá ocorrer diminuição no efeito anti-hipertensivo.
  • Citalopram, fluoxetina, clopidogrel, venlafaxina, duloxetina, escitalopram, enoxaparina: risco aumentado de desencadear sangramentos.
  • Tacrolimus: poderá resultar em insuficiência renal aguda. Evitar uso em pacientes com insuficiência renal.
  • Clorpropamida, glibenclamida, tolbutamida: risco aumentado de hipoglicemia.

Lactação. Usar com precaução. Deve ser evitada nos primeiros 3 meses.

Donepezila

Grupo farmacológico. Inibidor da acetilcolinesterase.

Apresentações. Cpr revestidos de 5 e 10mg.

Uso. Demência leve a moderada na doença de Alzheimer.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5mg/dia. A dose pode ser aumentada para 10mg/dia, após 46 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos, ao deitar.

Interações medicamentosas.

  • Cetoconazol: pode ocorrer aumento dos efeitos da donepezila, pelo aumento da sua biodisponibilidade.
  • Oxibutinina: o uso concomitante pode diminuir os efeitos da donepezila.
  • Succinilcolina: pode ocorrer prolongamento do bloqueio neuromuscular.

Lactação. Não recomendado.

Fluconazol

Grupo farmacológico. Antifúngico.

Apresentações. Cápsulas de 50, 100, 150, ou 200mg. Solução para infusão com 2mg/mL em 100mL.

Usos. Candidemia, candidíase orofaríngea, esofágica, peritoneal, geniturinária, óssea e disseminada; meningite criptocócica, dermatofitoses superficiais e em certos casos de coccidioidomicose. Profilaxia de infecções fúngicas sistêmicas em pacientes pós-transplante de medula óssea. Droga de escolha para o tratamento de manutenção da meningite criptocócica e no tratamento das infecções urinárias por cepas sensíveis de Candida sp.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: as doses são as mesmas para VO e IV e, geralmente, situam-se entre 200-400mg/dia, ou 3-6mg/kg/dia (dependem da condição em que estão indicadas). Em casos muito graves, pode-se usar até 12mg/kg/ dia, especialmente se houver envolvimento do sistema nervoso central. Candidíase: Candidemia: em não neutropênicos, 400-800mg/dia, por mais 14 dias após última cultura positivo e melhora dos sinais e sintomas; em neutropênicos, 6-12mg/kg, por mais 14 dias após última cultura positivo e melhora dos sinais e sintomas. Candidíase oral: dose de ataque de 200mg e manutenção com 100mg/dia, por 10-14 dias (considerar manutenção em imunossuprimidos e em doença de repetição). Candidíase esofágica: dose de ataque de 200mg e, após, 100mg/dia, por 2-3 semanas. Candidíase crônica sistêmica: 6-12mg/kg/dia, por 3-6 meses. Endoftalmite e endocardite em válvula artificial: 6-12mg/kg/dia, por 6 semanas após intervenção cirúrgica. Na profilaxia do transplante de medula óssea: 400mg/dia (começar aproximadamente 3 dias antes da neutropenia e continuar até após 1 semana da resolução da neutropenia). Candidíase urinária: 200mg/dia, por 1-2 semanas. Candidíase vaginal: dose única de 150mg oral é efetiva (não é tão efetiva quando recorrente, como mais de 4 episódios/ano). Criptococose: Meningite por Cryptococcus neoformans: ataque com 400mg/dia em associação a 25mg/kg, a cada 6 h, de flucitosina, por 6 semanas, ou (sem flucitosina) 400-800mg/dia, por 10-12 semanas; manutenção com 200mg/dia, indefinidamente ou até reconstituição imunológica. Em casos refratários, considerar doses de até 1.200mg/dia. Após tratamento de ataque de 2 semanas de anfotericina B em casos não graves: transição com 400mg/dia até resultado negativo de cultura (após manutenção, como anteriormente citado). Criptococose pulmonar (não grave): 200-400mg/dia, por 6-12 meses. Considerar dose de manutenção na aids sem reconstituição imunológica. Coccidioidomicose: 400mg/dia (considerar até 1.000mg/dia em casos de meningite), por 3-6 meses em casos não complicados e por 1 ano em infecção pulmonar crônica.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser admininistrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: pode-se abrir a cápsula e misturar o pó em água para administração via sonda (uso imediato) ou preparar a suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: IV/intermitente ou contínua: diluir a dose na concentração máxima de 2mg/mL. Administrar em 1-2 h (velocidade máxima de 200mg/h). Algumas especialidades já vêm prontas em bolsas para administração.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Anticoncepcionais: aumento nos riscos de efeitos adversos.
  • Alfentanil, celecoxibe, colchicina, metadona, midazolam, quetiapina, tacrolimus, zidovudina: o fluconazol poderá prolongar os efeitos do medicamento, com aumento dos níveis séricos.
  • Clopidogrel, prednisona, rifampicina: o uso concomitante com fluconazol poderá reduzir o efeitos.
  • Amiodarona, amitriptilina, astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, cisaprida, claritromicina, droperidol, eritromicina, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, levofloxacino, nortriptilina, octreotida, pentamidina, risperidona, sotalol, espiramicina, sulfametoxazol/trimetopri- ma, tioridazina, ziprazidona: poderá desencadear efeito de cardiotoxicidade (arritmia cardíaca, torsade de pointes ou prolongamento QT).
  • Anlodipino, nifedipino: poderá ocorrer aumento nos efeitos tóxicos do anlodipino (sonolência, hipotensão, cefaleia, rubor, edema periférico).
  • Ergotamina, di-hidroergotamina: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos efeitos de ergotismo (náusea, vômito e isquemia).
  • Femprocumona, varfarina: aumento nos riscos de sangramento.
  • Gliburida: efeitos de hipoglicemia.
  • Carbamazepina, fenitoína: poderá ocorrer aumento nos efeitos tóxicos desses medicamentos (ataxia, nistagmo, cefaleia, vômitos, apneia, convulsões).
  • Sirolimus: poderá resultar em efeitos de toxicidade (diarreia, hipocalemia, leucopenia, trombocitopenia, anemia).
  • Atorvastatina, lovastatina, sinvastatina: poderá desencadear miopatia ou rabdomiólise.
  • Carbamazepina, rifampicina: o fluconazol tem seu nível sérico reduzido por esses medicamentos.
  • Teofilina: pode ter seu nível sérico aumentado pelo fluconazol.
  • Ciclosporina: poderá desencadear toxicidade renal.
  • Nitrofurantoína: poderá resultar em aumento nos riscos de toxicidade hepática e/ou pulmonar.

Lactação. Não recomendado.

Furosemida

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+-K+-2Cl na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Comprimidos de 40mg; ampola com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICC. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associada à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IR é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Adultos: 40-320mg/dia, VO, 1-3x/dia. Dose injetável (IM ou EV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do comprimido para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto sem diluir, em 1 a 2 min. IV/intermitente: diluir o medicamento em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar numa velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximab, salicilatos: a furosemida poderá aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegelina: os efeitos da furosemida poderão ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: poderão interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.

Interações com alimentos.

  • A presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

Galantamina

Grupo farmacológico. Inibidor da acetilcolinesterase.

Apresentações. Cps e cpr revestidos de 4, 8, 12, 16 e 24mg.

Uso. Demência por doença de Alzheimer de intensidade leve a moderada.

Contraindicações. Disfunção hepática ou renal graves.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 4mg, 2x/dia, durante 4 semanas. Dose de manutenção:16mg/dia, por, no mínimo, 12 meses. Dose máxima: 24mg/dia, dividida em 2 doses.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os cpr com as refeições, pela manhã e à noite. As cps de liberação prolongada devem ser administradas 1x/dia, preferencialmente pela manhã (não parti-las).

Interações medicamentosas.

  • Amitriptilina, cetoconazol, fluoxetina, paroxetina: o uso concomitante pode aumentar os níveis séricos da galantamina, podendo desencadear efeitos adversos, como náusea, vômito, sangramento gastrintestinal, sonolência e arritmia.
  • Oxibutinina: pode reduzir os efeitos da galantamina por diminuir a eficácia do inibidor da acetilcolinesterase.

Lactação. Não recomendado.

Hidrocortisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Frasco-ampola com 100 e 500mg + diluente; frasco-ampola com 50mg/mL + 2mL diluente; frasco-ampola com 100mg/mL + 3mL diluente; frasco-ampola com 125mg/mL + 4mL diluente.

Usos. Insuficiência adrenocortical primária ou secundária, hiperplasia adrenal congênita, tratamento adjuvante na colite ulcerativa, antes de cirurgias ou em caso de trauma ou doença grave em pacientes com insuficiência adrenocortical duvidosa ou comprovada, asma grave.

Contraindicações. Infecção fúngica sistêmica.

Posologia.

  • Adultos: Em urgências (anafilaxia, asma aguda grave, interrupção acidental do corticoide), a dose habitual é de 100-500mg, IV, a cada 6 ou 8 h até que o paciente esteja estabilizado, geralmente entre 48 e 72 h. Na reposição por estresse ou cirurgia de médio porte após corticoterapia crônica recente ou em corticoterapia atual, 50mg, IV, 12 h antes ou 100mg, IV, no momento da indução; nas cirurgias de grande porte, 50mg, IV, 12 h antes e 100mg, IV, no momento da indução. Após, 50mg, IV, a cada 8 ou 12 h, durante 2-3 dias, em ambos os portes de cirurgia. Para colite ulcerativa, administração retal de 10-100mg, 1-2x/dia por 2-3 semanas.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: pode-se diluir a dose em soro na concentração máxima de 50mg/mL ou administrar direto (sem diluir em soro), em 3-5 min. IV/intermitente: diluir a dose em 100-250mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 30-60 min (concentração entre 2-5mg/mL). Restrição hídrica: diluir em 50mL de SF 0,9% ou SG 5% ou considerar concentração máxima para esses pacientes de 60mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, reconstituir o pó liofilizado de 100mg com 2mL de diluente.
  • Via retal: administrar na forma de enema, reter a solução por 1 h (preferencialmente à noite).

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: o uso concomitante poderá resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: poderá resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: poderá ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: poderá resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: poderá resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Indometacina: aumenta o risco de perfuração gastrintestinal.

Lactação. Usar com precaução.

Memantina

Grupo farmacológico. Antagonista dos receptores NMDA.

Apresentação. Cpr revestido de 10mg.

Usos. Demência por doença de Alzheimer de intensidade moderada a grave.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5mg/dia na 1ª semana (metade de 1 cpr pela manhã); 10mg/dia na 2ª semana (metade de 1 cpr pela manhã e à noite); 15mg/dia na 3ª semana (1 cpr pela manhã e metade à noite). A partir da 4ª semana, dose de manutenção de 20mg/dia (1 cpr pela manhã e outro à noite).

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Acetazolamida, bicarbonato de sódio: o uso concomitante com acetazolamida e bicarbonato pode reduzir o clearance renal da memantina.
  • Cimetidina: o uso concomitante com cimetidina pode resultar em variações séricas da memantina.
  • Hidroclorotiazida, quinidina, ranitidina: pode haver variações séricas de ambos os medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

Metilprednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimido de 4 ou 16mg; frasco-ampola com 40mg, 125mg, 500mg e 1.000mg + diluente; frasco-ampola com 40mg/mL em 1, 2 ou 5mL.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes. Imunodepressão (pulsoterapia). Lesões medulares agudas.

Contraindicações. Lesões virais ou fúngicas, administração de vacinas de vírus vivos, infecções graves não controladas (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Adultos: anti-inflamatório ou imunossupressor: as doses habituais iniciais VO são de 4-60mg/dia, divididos em 1-4x/dia, com posterior redução gradual; e IV (succinato) 10-40mg, em vários minutos. Pulsoterapia: 15 a 30mg/kg, IV, 1x/dia (durante 3 dias). Lesões medulares agudas: IV (succinato): 30mg/kg, 15 min, seguidos por 45 min de infusão contínua de 5,4mg/kg/h por 23 h. Asma grave: IV, 30-60mg/dose, 4x/dia.

Modo de Administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos com ou sem a presença de alimentos. Pode ser antes ou logo após os alimentos, leite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do comprimido em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa (forma succinato somente): Bolo: doses menores (< 250mg) podem ser administradas em até 5 min, sem necessidade de diluir a dose em volume de soro (concentração máxima de 125mg/mL). IV/intermitente: a administração IV de altas doses (> 250mg) deve ser M feita lentamente, de 30-120 min; a dose deve ser diluída, na concentração máxima entre 2,5-20mg/mL (ou 50-200mL), em SF 0,9% ou SG 5% para a infusão. Pulsoterapia: administrar em tempo ≥ 30 min.
  • Via intramuscular (forma acetato e succinato): sim.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina lipossomal, hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá desencadear hipocalemia.
  • Aprepitanto, diltiazem, itraconazol: poderá aumentar os efeitos da metilprednisolona; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá diminuir os efeitos da metilprednisolona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: risco aumentado de ruptura de tendão.
  • Ácido acetilsalicíclico: risco aumentado de hemorragia e irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: poderá diminuir o efeito desses medicamentos, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina: poderá ocorrer diminuição no efeito da quetiapina.
  • Tacrolimus: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos do tacrolimus, que devem ser monitorados.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: risco de sangramento.
  • Vacinas: poderá provocar variações na resposta do imunobiológico.

Lactação. Usar com precaução.

Metronidazol

Grupo farmacológico. Antimicrobiano. Nitroimidazólico.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 250mg ou 400mg; comprimido revestido de 500mg; gel vaginal 100mg/g em 50g + aplicador; sus- pensão oral com 40mg/mL em 80 ou 100mL; solução injetável (bolsa plástica) com 500mg em 100mL; solução injetável com 5mg/mL em 250mL.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, amebíase, giardíase, tricomoníase e infecções por H. pylori e Gardnerella vaginalis.

Contraindicações. Gestação no 1º trimestre.

Posologia.

  • Adultos: Amebíase: 500 a 750mg, a cada 8 h. Infecções por anaeróbios (oral, IV): 30mg/kg/dia, a cada 6 h (dose máxima 4g/dia). Colite pseudomembranosa (oral): 250 a 500mg a cada 6-8 h por 10-14 dias. Helicobacter pylori: 250 a 500mg, 3x/dia. Gardnerella: 500 a cada 12 h por 7 dias. Trichomonas: 500mg a cada 12 h por 7 dias ou 2g em dose única. Profilaxia cirúrgica (coloretal): IV, 15mg/kg 1 h antes do procedimento, seguido por 7,5mg/kg, 6-12 h após a dose inicial. Uso tópico: aplicar uma fina camada a cada 12 h. Uso vaginal: 1 aplicador (5 g) intravaginal, 1-2x/dia, por 5 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio. Se efeitos gastrintestinais ocorrerem, administrar com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: administrar em 30-60min, a solução em bolsa já vem pronta para uso, não sendo necessária diluição extra em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intravaginal: para uso intravaginal somente (gel).

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano, carbamazepina, ciclosporina, di-hiidroergotamina, fluorouracil, carbonato de lítio, fenitoína, tacrolimus: poderá ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Colestiramina, fenobarbital: os efeitos do metronidazol poderão ser diminuídos.
  • Femprocumona, dicumarol, varfarina: risco de sangramento aumentado.
  • Micofenolato mofetil: os efeitos do micofenolato poderão diminuir na presença do metronidazol.

Lactação. Não recomendado.

Morfina

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Comprimidos de 10 e 30mg; cápsulas de liberação prolongada de 30, 60 e 100mg; solução oral (gotas) com 10mg/mL em 60mL; ampola com 10mg/mL em 1mL (para uso parenteral); ampola com 0,2mg/mL em 1mL sem conservante; ampola com 1mg/mL em 2mL.

Usos. Dor de intensidade severa, aguda ou crônica; alívio da dor no IAM e da dispneia no edema agudo de pulmão; medicação pré-anestésica; tratamento da dor pós-operatória via IV, SC, raquidiana ou peridural.

Contraindicações. Pressão intracraniana elevada, depressão respiratória grave (na ausência de equipamentos para ressuscitação e suporte ventilatório), crise asmática, hipercarbia, obstrução aérea alta, arritmia cardíaca, delirium tremens, íleo paralítico diagnosticado ou suspeito, gestação com uso prolongado ou em altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Dor aguda: 10-30mg, VO, a cada 4 horas (paciente em uso de opioides previamente podem necessitar de doses iniciais mais altas); 2,5-5mg, IV, SC e IM a cada 4 horas (pacientes em uso prévio de opioides podem necessitar de doses maiores). Dor crônica: não há dose máxima ou ótima para pacientes usuários de morfina por dor crônica; a dose apropriada é aquela que proporciona alívio da dor sem causar os efeitos adversos indesejados. A morfina de liberação prolongada não deve ser administrada no esquema “se necessário”, sendo boa alternativa para pacientes com dor crônica e quando o tratamento contínuo é necessário. Deve-se calcular a dose total de morfina diária e administrá-la na forma de comprimidos de liberação prolongada em 1 ou 2 tomadas diárias. Dose inicial para os comprimidos de liberação prolongada para pacientes sem uso prévio de opioides: 30mg 1x/dia. Ver tabelas anexas para conversão entre os diferentes opioides.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. As cápsulas (não as de liberação controlada) podem ser abertas e seu conteúdo misturado em papas de frutas e pudins (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, administrar a solução oral. As cápsulas (não as de liberação prolongada) podem ser abertas e seu conteúdo dissolvido em 10mL de água para administração (uso imediato). Recomendado que seja administrado via sonda nasogástrica e gastrostomias. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 0,5-5mg/mL, e administrar em 5 minutos ou mais; IV/ intermitente: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 5mg/mL, e administrar em 15-30 minutos; IV/contínuo: diluir a dose em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%, na concentração máxima de 1mg/mL. A administração endovenosa deve ser lenta, pois infusões rápidas estão relacionadas ao aumento dos efeitos adversos.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intratecal/epidural: utilizar somente morfina sem conservantes (preservativo); pode ser administrada sem diluir ou diluída em 5mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Alprazolam, bromazepam, carisoprodol, hidrato de cloral, clordiazepóxido, clobazam, clonazepam, codeína, dantroleno, diazepam, fentanil, flunitrazepam, linezolida, lorazepam, petidina, midazolam, fenobarbital: o uso concomitante poderá resultar em depressão respiratória.
  • Moclobemida, selegilina, rasagilina: excessiva depressão do SNC e respiratória, hipotensão.
  • Clorpromazina, ciclosporina, linezolida: aumento na depressão do SNC.
  • Cimetidina: o uso concomitante poderá potencializar os efeitos da morfina.
  • Gabapentina, metformina: o uso com morfina poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Esmolol: poderá resultar em bradicardia e hipotensão.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos esperados da morfina, com perda de eficácia.

Lactação. Usar com precaução.

Ondansetrona

Grupo farmacológico. Antiemético; agente antisserotonérgico que age ligando-se aos receptores 5-HT3, presentes na zona do gatilho.

Apresentações. Comprimidos simples e revestidos de 4 e 8mg; comprimido sublingual de 4 e 8mg; ampola com 2mg/mL em 2 ou 4mL; ampola com 4mg/mL em 2mL; ampola com 8mg/mL em 4mL.

Usos. Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia antineoplásica, radioterapia corporal total ou abdominal; prevenção e tratamento de náuseas e vômitos no pós-operatório.

Contraindicações. Hipersensibilidade à droga, a outros fármacos da mesma classe ou a qualquer componente da formulação.

Posologia.

  • Adultos:
    • Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia: IV, 0,15mg/kg, 3x/dia, iniciando 30min antes da quimioterapia ou 0,45mg/kg, 1x/dia, ou 8-10mg, 1-2x/dia, ou 24-32mg, 1x/dia; VO para agentes com alto poder emetogênico: 24mg, 30min antes do início da quimioterapia; para os de médio poder emetogênico: 8mg a cada 12 h, começando 30min antes da terapia e continuando até 2 dias após completado o tratamento.
    • Náuseas e vômitos pós-operatórios: IV, 4mg 30min antes do término da anestesia, ou como tratamento se surgir vômito após a cirurgia; VO: 16mg 1 h antes da indução anestésica.
    • Irradiação corporal total: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia.
    • Radioterapia fracionada abdominal: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia, após, 8mg, 8 h após o tratamento.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. Para pacientes com problemas de deglutição, pode-se diluir a ampola em 26mL de suco de laranja ou refrigerantes à base de cola (estável por 1 h em temperatura ambiente). Deve-se administrar 30min antes da quimioterapia, 1-2 h antes da radioterapia e 1 h antes da indução anestésica.
  • Via sublingual: o comprimido sublingual deve ser colocado embaixo da língua até a completa dissolução pela saliva. Não mastigar e não engolir inteiro.
  • Via sonda: administrar via sonda a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. O comprimido pode ser triturado e o seu pó disperso em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto, sem diluir, em 2-5min; IV/intermitente: diluir a dose em 50mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 15min.
  • Via intramuscular: sim, não diluído.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, droperidol, enflurano, halotano, pimozida, sotalol, tioridazina: risco de efeitos de cardiotoxicidade.
  • Ciclosfosfamida: poderá ocorrer diminuição no efeito da ciclosfosfamida.

Lactação. Usar com precaução.

Pamidronato

Grupo farmacológico. Bifosfonato.

Apresentações. Frasco-ampola de 15, 30, 60 ou 90mg; frasco-ampola com 3mg/mL em 5 ou 10mL; frasco-ampola com 6mg/mL em 10mL; frasco-ampola com 9mg/mL em 10mL.

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D).

Usos. Hipercalcemia do câncer, doença de Paget, lesões ósseas predominantemente osteolíticas associadas a câncer metastático ou mieloma múltiplo.

Posologia.

  • Adultos: hipercalcemia do câncer: 60-90mg (repetir, se necessário, após 7 dias). Lesões ósseas predominantemente osteolíticas associadas a câncer metastático ou mieloma múltiplo: 90mg, 1x/mês. Doença de Paget: 30mg, por 3 dias consecutivos (pode ser repetido a cada 6 meses).

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. EV/intermitente: diluir o medicamento em 250-500mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar a partir de 2 h (de 2 a 24 h). Não ultrapassar a concentração máxima de 0,36mg/mL para a diluição.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Suplementos com fosfato: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses suplementos.
  • AINEs, aminoglicosídeos, talidomida: o uso concomitante poderá favorecer o aumento nos efeitos e níveis plasmáticos do pamidronato.

Lactação. Usar com precaução.

Prednisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimidos de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas e autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Adultos: as doses são de 2,5 a 60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adultos é de 4-5mg/m2/dia e depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças graves. Em geral, usa-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias; imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia; tireotoxicose: 60mg/dia; quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m2/dia; artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia); púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas; LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses, na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal; síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adultos; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia (máx. 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máx. 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o comprimido pode ser triturado e seu conteúdo dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: poderá resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: poderá resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: poderá resultar na diminuição dos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: poderá resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá potencializar risco de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: poderá resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: poderá resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: poderá resultar em edema periférico grave.

Lactação. Compatível.

Rasburicase

Grupo farmacológico. Agente endócrino-metabólico, enzima urato-oxidase recombinante, redutor do ácido úrico.

Apresentação. Frasco ampola 1,5mg pó liofilizado.

Usos. Manejo inicial dos níveis plasmáticos de ácido úrico em pacientes com leucemia, linfoma e tumor sólido, os quais estão recebendo quimioterapia que poderá resultar em lise tumoral e subsequente elevação de ácido úrico plasmático.

Contraindicações. Deficiência da enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase, história de reação hemolítica ou meta-hemoglobinemia causadas por rasburicase, hipersensibilidade ao rasburicase ou excipientes.

Posologia.

  • Adultos: 0,2mg/kg/dia, durante 5 dias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não administrar em bolo. IV/intermitente: administrar em 15-30 min (ou infusão contínua).

Lactação. Não recomendado.

Rivastigmina

Grupo farmacológico. Inibidor da acetilcolinesterase.

Apresentações. Cps de 1,5, 3, 4,5 e 6mg; sol oral com 2mg/mL em 50 ou120mL; sistema patch com 9,18 ou 27mg por unidade.

Uso. Demência por doença de Alzheimer de intensidade leve a moderada.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 1,5mg, 2x/dia; se essa dose for bem tolerada, pode ser aumentada para 3mg, 2x/dia, após 2 semanas. Aumentos subsequentes para 4,5 e, então, para 6mg, 2x/dia, também devem ser feitos de acordo com a tolerabilidade e após um intervalo de 2 semanas. Dose máxima de 6mg, 2x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com alimentos para melhorar a tolerabilidade. A sol oral pode ser misturada em sucos de frutas e refrigerantes; usar dentro de 4 h.
  • Via sonda: administrar a sol oral via sonda. Evitar o uso das cps por essa via. No momento da administração: a dieta enteral deve ser pausada antes da administração do medicamento. A sonda deve ser irrigada com 10-30mL de água, no início e no término da administração do medicamento. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Oxibutinina: pode diminuir os efeitos da rivastigmina.

Lactação. Usar com precaução.

Sinvastatina

Grupo farmacológico. Hipocolesterolemiante; estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-Coenzima A.

Apresentações. Comprimidos simples ou revestidos de 5, 10, 20, 40 e 80mg.

Usos. Dislipidemia, prevenção primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das tran saminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação. É contraindicado o uso concomitante com antirretrovirais inibidores de proteases, cetoconazol, eritromicina e genfibrozila.

Posologia.

  • Adultos: Dose inicial de 20-40mg. Ajustar a dose, em intervalos de 4-8 semanas, até atingir os níveis-alvo para os lipídeos séricos. Dose máxima de 80mg diários. No uso concomitante com os seguintes fármacos, ajustar a dose: Danazol ou ciclosporina: iniciar com 5mg/dia; manutenção: 10mg/dia de sinvastatina. Amiodarona ou verapamil: não exceder 20mg/dia de sinvastatina.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, à noite.
  • Via sonda: o comprimido pode ser disperso em água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amprenavir, atazanavir, azitromicina, benzafibrato, ciprofloxacino, claritromicina, colchicina, ciclosporina, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, ácido fusídico, itraconazol, nelfinavir, saquinavir, varfarina: o uso concomitante poderá resultar em aumento no risco de miopatia ou rabdomiólise.
  • Carbamazepina, deferasirox, efavirenz, oxcarbazepina, fenitoína, rifampicina: poderá resultar na diminuição nos efeitos da sinvastatina.
  • Dasatinibe, imatinibe diltiazem, posaconazol, risperidona, voriconazol: poderá resultar em aumento nos níveis séricos da sinvastatina, elevando seu efeito; monitorar risco de miopatia.
  • Levotiroxina: poderá ocorrer diminuição na eficácia da levotiroxina.

Lactação. Contraindicado.

Ticagrelor

Grupo farmacológico. Inibidor da indução de agregação plaquetária, antiplaquetário.

Apresentação. Comprimidos revestidos de 90mg.

Usos. Síndrome coronariana aguda na profilaxia de trombose, intervenção percutânea coronariana na profilaxia de trombose.

Contraindicações. História ou risco de hemorragia intracraniana, sangramentos patológicos, insuficiência hepática grave.

Posologia.

Adultos:

  • Síndrome coronariana aguda, profilaxia de trombose:180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2x/dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Intervenção percutânea coronariana, profilaxia de trombose:180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2x/dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Pacientes que receberam dose de clopidogrel: iniciar na dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2x/dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com um copo de água, sem considerar alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Atazanavir, cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, voriconazol: uso concomitante pode causar aumento das concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, rifampicina: uso concomitante pode diminuir as concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Digoxina, lovastatina, sinvastatina: pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos.

Lactação. Risco não determinado.

Tiroxina (Levotiroxina)

Grupo farmacológico. Hormônio tireoidiano.

Apresentações. Comprimidos de 25, 50, 75, 88, 100, 112, 125, 150, 175 e 200µg.

Usos. Hipotireoidismo de qualquer etiologia, supressão do TSH.

Contraindicações relativas. IAM recente e insuficiência suprarrenal não tratada.

Posologia.

  • ● Adultos: doses iniciais de 50µg/dia, aumentando-se 25µg a cada 3-4 semanas, até que o efeito seja alcançado; ou 1,7µg/kg nos casos sintomáticos e 1,0µg/kg nos assintomáticos. A dose de manutenção é, em geral, de 75-125µg/dia. Reposição hormonal para supressão do TSH em pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide: 2,0-3,0µg/kg/dia durante 7-10 dias. Ajustar a dose a cada 4-6 semanas conforme TSH sérico no hipotireoidismo primário ou T4 sérico no hipotireoidismo secundário.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com o estômago vazio, 30-60 min antes do café da manhã, com água.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o comprimido pode ser triturado e o seu conteúdo dissolvido em 5-10mL de água (uso imediato) ou suspensão oral pode ser usada a partir dos comprimidos. No momento da administração: pausar a dieta enteral 1 h antes da administração do medicamento e reiniciá-la após 1 h.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio, carbamazepina, colestiramina, imatinibe, orlistat, fenobarbital, fenitoína, rifampicina, sevelamer, dimeticona, sinvastatina, sucralfato: o uso concomitante poderá resultar na diminuição da eficácia da tiroxina; administrar com intervalo de 4 h.
  • Deslanosídeo, digoxina, exenatida, glibenclamida, insulina, repaglinida: poderá resultar na diminuição da eficácia desses medicamentos.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: poderá potencializar risco de sangramento.

Lactação. Compatível.

Vancomicina

Grupo farmacológico. Antibacteriano; glicopeptídeo.

Apresentações. Frasco-ampola 500 ou 1.000mg.

Usos. Parenteral: infecções sistêmicas causadas por MRSA ou outros gram-positivos resistentes. Indicada em endocardite (profilaxia e tratamento em pacientes alérgicos a betalactâmicos), osteomielite e artrites, infecções SNC, pneumonia. Profilaxia cirúrgica em pacientes alérgicos a betalactâmicos ou em pacientes com hospitalização prolongada. Oral: colite pseudomembranosa e enterocolite por Staphylococcus aureus.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. A síndrome do homem vermelho não é considerada alergia verdadeira para contraindicar futuras doses.

Posologia.

  • Adultos: infecções sistêmicas causadas por MRSA (MIC < 2) ou outros Gram-positivos resistentes: 15mg/kg, IV, a cada 12 h (até 20mg/kg a cada 8 h). Em pacientes extremamente graves, doses de ataque de 25-30mg/kg. Em infecções do SNC: 15mg/kg a cada 8 h, ou 22,5mg/kg a cada 12 h. Considerar o uso de outro antibiótico no tratamento de infecção por MRSA com MIC > 2µg/mL. Atingir nível sérico de vale de 15-20µg/mL em doenças que não atinjam o SNC, como endocardite, osteomielite, pneumonia. Em patologias infecciosas atingindo o SNC, o nível de vale deve ser de 20µg/mL (devido a menor penetração do antibiótico no SNC). Evitar doses maiores que 4g/dia. Colite pseudomembranosa: 125mg VO a cada 6 h por 7-10 dias. Em situações graves: doses elevadas de 250-500mg VO a cada 6 h (associar a metronidazol, IV). Enterite estafilocócica: 500 a 2.000mg/dia, VO, divididos em 3-4 doses por 7-10 dias. Uso intraventricular ou intratecal: 20mg a cada 24 h (aumentar até 30mg). Opção para Lock terapia: 2mg/mL ± 10 U heparina/mL ou 2,5mg/mL ± 2.500 ou 5.000 U heparina/mL ou 5mg/mL ± 5.000 U heparina/mL. Aplicar 2-5mL para preencher o cateter. Profilaxia de endocardite:1g, infundir por 1 h antes do procedimento.

Modo de administração.

  • Via oral: reconstituir o pó do frasco conforme indicação e diluir a dose em água ou xarope para uso oral. Usar somente para tratamento de colite pseudomembranosa ou enterite estafilocócica. Medicamento não é absorvido.
  • Via sonda: para a administração via sonda nasogástrica, diluir a dose do medicamento em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL, em SF 0,9% ou SG 5% e administrar em, ao menos, 1 h (de 60-120 min). O volume de diluição pode variar de 100 a 500mL, conforme o tempo de infusão do medicamento. Para admi- nistração de doses altas (≥ 1.250mg) considerar uso de acesso central.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intratecal: diluir o medicamento em SF 0,9%, na concentração máxima entre 2-5mg/mL.
  • Via intraperitoneal: sim, em pacientes fazendo uso de diálise peritoneal contínua.

Interações medicamentosas.

  • Amicacina, tobramicina: monitorar efeitos de ototoxicidade e nefrotoxicidade.
  • Gentamicina: monitorar efeitos de nefrotoxicidade.
  • Metformina: poderão ocorrer variações na glicemia.
  • Varfarina: poderá aumentar o risco de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

Vitamina K (Fitomenadiona)

Grupo farmacológico. Micronutriente. Vitamina.

Apresentações. Ampola de 1mL com 10mg; ampola pediátrica de 0,2mL com 2mg.

Usos. Antídoto para os agentes cumarícos (varfarina e femprocumona), distúrbios hemorrágicos por deficiência de vitamina K.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos:10mg, IV ou IM.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos. A formulação injetável pediátrica, sem diluição, pode ser utilizada por via oral.
  • Via sonda: pode ser administrado via sonda nasogástrica. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intramuscular: sim (a formulação para uso IM não pode ser administrada EV).
  • Via subcutânea: sim (a formulação para uso SC não pode ser administrada EV).
  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto, lentamente (no máximo 1mg/min); infusão: diluir a dose em 5-10mL de SF 0,9% ou SG 5% (não ultrapassar concentração máxima de 10mg/mL) e administrar em 15-30 min.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, óleo mineral: o uso concomitante poderá desencadear variações no INR.

Lactação. Usar com precaução.

Zoledronato (Ácido zoledrônico)

Grupo farmacológico. Bifosfonato.

Apresentações. Frasco-ampola de 5mg/100mL; frasco-ampola de 4mg/5mL.

Usos. Frasco-ampola de 5mg/100mL: doença de Paget e osteoporose. Frasco-ampola de 4mg/5mL: tumor maligno com comprometimento ósseo e hipercalcemia induzida por tumor.

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D) e amamentação.

Posologia.

  • Adultos: Doença de Paget: 5mg em solução aquosa de 100mL. Hipercalcemia da malignidade: 4mg em solução aquosa de 100mL. Osteoporose: 5mg em solução aquosa de 100mL.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 15-30 min. A apresentação de 5mg já vem pronta para uso, em bolsa (sistema fechado).
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Talidomida, aminoglicosídeos, anti-inflamatórios: poderão potencializar os efeitos nefrotóxicos do bifosfonato.

Lactação. Contraindicado.

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