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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 3 – CICLO 4

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SUPLEMENTO

DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 3 – CICLO 4

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 3 do Ciclo 4 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTPangioplastia coronariana transluminal percutânea

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

ampampola

Ampola

AVatrioventricular

Atrioventricular

AVEacidente vascular encefálico

Acidente vascular encefálico

cprcomprimido(s)

Comprimido(s)

cpscápsula(s)

Cápsula(s)

DMdiabete melito

Diabete melito

DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drgdrágea(s)

Drágea(s)

frfrasco(s)

Frasco(s)

frfrasco(s)-amp

Frasco-ampola(s)

HAShipertensão arterial sistêmica

Hipertensão arterial sistêmica

IAMinfarto agudo do miocárdio

Infarto agudo do miocárdio

ICCinsuficiência cardíaca congestiva

Insuficiência cardíaca congestiva

IHinsuficiência hepática

Insuficiência hepática

IMintramuscular

Intramuscular

IMAOinibidor da monoaminaoxidase

Inibidos da monoaminaoxidase

IRinsuficiência renal

Insuficiência renal

ITUinfecção do trato urinário

Infecção do trato urinário

IVintravenoso

Intravenoso

SFsoro fisiológico

Soro fisiológico

SGsoro glicosado

Soro glicosado

SNCsistema nervoso central

Sistema nervoso central

TEPtromboembolismo pulmonar

Tromboembolismo pulmonar

TTPatempo de tromboplastina parcial ativado

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVPtrombose venosa profunda

Trombose venosa profunda

VOvia oral

Via oral

 

Ácido valproico/valproato de sódio

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Fr com 50mg/mL de 100mL; sol de 200mg/mL com 40mL; cprcomprimido(s) de 200, 300 e 500mg; cpscápsula(s) de 250mg; sol oral com 100mL de 250mg/5mL.

Usos. Crises parciais (simples e complexas e secundariamente generalizadas) e crises generalizadas (ausência típica e atípica, mioclônicas, tônicas, clônicas, tônicoclônicas); mania aguda; profilaxia da enxaqueca.

Contraindicações. Distúrbios do ciclo da ureia, doenças hepáticas, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 250mg, 1x/dia, VOvia oral. Pode ser aumentada para 250mg, 3x/dia, no curso de 3-6 dias. Dose máxima: 60mg/kg/dia. A retirada deve ser gradual para evitar síndrome de abstinência ou a ocorrência de crises epiléticas. Os cprcomprimido(s) de liberação prolongadas podem ser administrados 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: os cprcomprimido(s) podem ser administrados com alimentos, pois isso reduz os efeitos gastrintestinais, mas deve-se evitar derivados de leite. As cpscápsula(s) podem ser abertas e misturadas em alimentos pastosos para uso imediato.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a sol oral via sonda. O divalproato de sódio e o valproato de sódio, cprcomprimido(s) e pellets, possuem revestimento entérico, não sendo indicados para administração por essa via. Da mesma forma, as cpscápsula(s) gelatinosas de ácido valproico não são recomendadas para administração pelo risco de perda de dose do medicamento. No momento da administração: preferencialmente, pausar a dieta enteral (interação com leite), irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via retal: para administração pela via retal, pode-se rediluir a solução oral em água (1:1) e usar como enema.

Interações medicamentosas.

  • Clorpromazina, salicilatos, topiramato e claritromicina: podem aumentar os níveis do ácido valproico.
  • Carbamazepina, oxcarbazepina e fenitoína: o ácido valproico pode reduzir os níveis desses medicamentos.
  • Carbamazepina, carbapenêmicos, fenitoína, primidona, aciclovir, lopinavir, ritonavir, rifampicina: podem reduzir os níveis do ácido valproico.
  • Nifedipina e nimodipina: o ácido valproico pode aumentar os níveis desses medicamentos, levando à toxicidade (cefaleia, rubor, edema e tontura).

Lactação. Compatível com amamentação.

 

Adrenalina (epinefrina)

Grupo farmacológico. Vasopressor; potente estimulador dos receptores alfa e beta-adrenérgicos; simpaticomimético.

Apresentação. Amp de 1mL (1mg/mL).

Usos. Parada cardíaca: FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicardia com hipotensão sintomática que não responde a atropina ou marca-passo.

Contraindicações. Arritmias cardíacas, glaucoma de ângulo fechado.

Posologia. 1mg (1:10.000) a cada 3-5 min em bolo IVintravenoso (ou 22,5mg via TOT) durante as manobras de reanimação. Para uso como infusão contínua, a dose é de 2-10µg/min.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: Bolo: IVintravenoso, a cada 35 min. Para infusão contínua: administrar em acesso central; iniciar com 1µg/min e aumentar até 20µg/min. Ver preparo.
  • Via subcutânea: pode ser administrada por essa via, mas o extravasamento pode causar isquemia tecidual.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via inalatória: pode ser realizada diluindo-se a dose em 3-5mL de SFsoro fisiológico 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Simpaticomiméticos e bromocriptina: podem ter seus níveis séricos aumentados se administrados com adrenalina.
  • IMAOinibidor da monoaminaoxidases, inibidores da recaptação de serotonina, antidepressivos tricíclicos, antiácidos: podem aumentar os níveis séricos da adrenalina.
  • Espironolactona: pode reduzir a concentração plasmática da adrenalina.

Lactação. Não recomendado.

 

Amantadina

Grupo farmacológico. Antiviral; antiparkinsoniano; antiglutamatérgico; aumenta a liberação de dopamina.

Apresentação. Cpr de 100mg.

Usos. Doença de Parkinson, sintomas extrapiramidais induzidos por drogas, infecção pelo vírus Influenza A.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg, 2x/dia; aumentar, se necessário, até 400mg/dia. Não descontinuar abruptamente. Retirar gradualmente em 1-2 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o cprcomprimido(s) pode ser disperso em água para administração via sonda (uso imediato). No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Hidroclorotiazida, trimetoprima: há aumento da concentração plasmática da amantadina, levando a quadros de toxicidade (insônia, confusão).
  • Cloreto de potássio: há risco de lesões gastrintestinais.
  • Tioridazina: pode ocorrer piora dos efeitos de tremores.

Lactação. Não recomendado.

 

Baclofeno

Grupo farmacológico. Relaxante muscular; agonista dos receptores GABA-B no SNCsistema nervoso central.

Apresentação. Comprimido de 10mg.

Usos. Espasticidade dos músculos esqueléticos na esclerose múltipla; contraturas dolorosas. Controle da espasticidade em pacientes com transtorno de desenvolvimento e paralisia muscular.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5mg/3x/dia e aumentar 5mg/dose a cada 3 dias conforme a resposta clínica (máximo 120mg/dia). Evitar a retirada súbita devido à possível ocorrência de alucinações e convulsões.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou leite.
  • Via sonda: os comprimidos dispersam-se facilmente em água. Também, pode-se preparar a solução oral a partir dos comprimidos para facilitar a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Kava-kava, hypericum, valeriana: evitar o uso destes fitoterápicos.
  • Opioides, benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos: o uso concomitante poderá desencadear aumento da pressão do SNCsistema nervoso central.
  • Imipramina, clomipramina, amitriptilina: o uso concomitante, por curto período, poderá desencadear perda de tônus muscular e perda de memória. Monitorar o excesso de atividade anticolinérgica e os efeitos relaxantes musculares.
  • Lítio: o lítio poderá ter seus efeitos reduzidos pelo baclofeno. Monitorar os níveis de lítio.

Lactação. Compatível.

 

Biperideno

Grupo farmacológico. Anticolinérgico; ação preferencial pelo bloqueio dos receptores muscarínicos M1.

Apresentações. Comprimidos de 2mg; comprimido de liberação lenta de 4mg; ampola de 1mL com 5mg.

Usos. Síndromes parkinsonianas, especialmente rigidez e tremor; sintomas extrapiramidais provocados por antipsicóticos e antagonistas dopaminérgicos.

Contraindicações. Alteração do estado mental, glaucoma agudo, obstrução intestinal. Nos casos de doença prostática, epilepsia e arritmia, a contraindicação é relativa.

Posologia.

  • Adultos: Síndromes parkinsonianas e parkinsonismo induzido por drogas: iniciar com 1mg/2x/dia, VOvia oral, podendo essa dose ser aumentada 2mg diariamente. Dose de manutenção: 3-16mg/dia, divididos em 3-4 tomadas. Para os comprimidos retard (4mg), usar 1-2 cprcomprimido(s) ao dia. Distonia aguda: 1mg, IVintravenoso ou IMintramuscular, a cada 30 minutos até o alívio dos sintomas, não devendo serem aplicadas mais do que 4 ampolas em menos de 24 horas. A retirada deve ser gradual, em 1-2 semanas, para evitar síndrome de abstinência.

Modo de administração.

  • Via oral: se houver desconforto gastrintestinal após administração oral, administrar após as refeições.
  • Via sonda: para a administração via sonda, dispersar o comprimido em volume adequado de água e administrá-lo imediatamente. O comprimido de liberação lenta não pode ser macerado nem administrado por essa via. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: em bolo direto, lento.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Cloreto de potássio: aumento das chances de lesão gastrintestinal.
  • Cisaprida: o uso concomitante poderá resultar na perda da eficácia da cisaprida.

Lactação. Não recomendado.

 

Carbamazepina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Cpr de 200 e 400mg. Cpr revestidos de liberação controlada de 200 e 400mg. Suspensão oral 20mg/mL em 100mL; cpscápsula(s) de 200 e 400mg.

Usos. Crises parciais (simples e complexas e secundariamente generalizadas), crises generalizadas primárias tônico-clônicas, mania aguda. Carbamazepina não é eficaz em crises de ausências, crises mioclônicas e crise convulsiva febril.

Contraindicações. Supressão de medula óssea, bloqueio atrioventricular, porfiria aguda intermitente, doença hepática significativa, gestação (categoria de risco D). A carbamazepina não deve ser utilizada com inibidores da MAO.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg a 200mg, 1 ou 2x/dia; aumentar 200mg/dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos; a dose usual é de 400-1.200mg/dia, dividida em 2-4 doses. Em alguns pacientes, dependendo da tolerabilidade, doses de até 2.400mg/dia podem ser adequadas. Idosos: iniciar com 100mg/1-2x/dia; aumentar 100mg/ dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir o comprimido sem mastigar ou a solução oral, durante ou logo após as refeições, com muito líquido. A presença de alimentos ajuda a diminuir os sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os cprcomprimido(s) de liberação imediata dispersam-se facilmente em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a suspensão oral por essa via. Recomenda-se diluir a suspensão oral em volume adequado de água para diminuir a viscosidade e a aderência ao material da sonda; também deve-se promover adequada irrigação do tubo antes e após a administração do medicamento a fim de evitar perdas do fármaco. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Darunavir, nilotinibe, voriconazol: deve-se evitar o uso concomitante.
  • Clomipramina, antidepressivos, desmopressina, lítio, fenitoína: poderão ter seus níveis séricos aumentados, podendo desencadear quadro de toxicidade.
  • Alopurinol, fluconazol, cimetidina, dasatinibe, isoniazida, lamotrigina, sertralina: poderão aumentar os níveis séricos da carbamzepina, devendo-se monitorar esses valores.
  • Ácido valproico: pode interferir nos níveis séricos da carbamazepina, reduzindo-os.
  • Paracetamol, caspofungina, clozapina, ciclosporina, darunavir, doxorrubicina, haloperidol, lamotrigina, mebendazol, metadona, nilotinibe, anticoncepcionais orais, fenitoína, risperidona, sertralina, fluoxetina, topiramato, nortriptilina, ziprazidona, ácido valproico: a carbamazepina reduz os níveis séricos desses medicamentos.

Lactação. Compatível.

 

Cetirizina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Comprimidos revestidos 5 e 10mg; solução oral com 1mg/mL de 75, 80 ou 120mL; frasco-gotas 10mg/mL de 7mL; frasco-gotas com 5mg de 20mL.

Usos. Rinite e conjuntivite alérgica, urticária e outras reações alérgicas. Não é eficaz no tratamento da asma.

Contraindicações. Disfunção vesical obstrutiva, disfunção hepática, glaucoma de ângulo fechado.

Posologia.

  • Adultos: 10mg/1x/dia. Em idosos, usar 5mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou leite. Tomar os comprimidos com um copo de líquido.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferir as formas farmacêuticas líquidas (suspensão ou solução oral). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Teofilina: diminui o clearance da cetirizina, podendo levar à toxicidade.
  • Ritonavir: aumento do tempo de meia-vida e redução do clearance da cetirizina, podendo levar a sonolência, fadiga, boca seca ou tosse.

Lactação. Não recomendado.

 

Cianocobalamina (vitamina B12)

Grupo farmacológico. Micronutriente. Vitamina.

Apresentação. Ampola de 1.000 e 5.000mg de 2mL.

Usos. Anemia perniciosa; deficiência de vitamina B12; aumento das necessidades de vitamina B12 por gestação, tireotoxicose, hemorragia, malignidades, doença renal ou hepática; suplemento nutricional. Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Anemia perniciosa não complicada ou má-absorção: 100mcg/dia, IMintramuscular ou SC, por 7 dias; seguidos de 100mcg/semana, IMintramuscular ou SC; após, 100mcg/mês indefinidamente se a condição não puder ser corrigida ou até remissão completa. Anemia grave: prescrição semanal, 15mg ácido fólico (IMintramuscular) + 1.000mcg vitamina B12, seguidos de 5mg ácido fólico (VOvia oral) + 1.000mcg vitamina B12. Durante a gravidez: 2,6mcg/dia. Durante a lactação: 2,8mcg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: não (absorção irregular).
  • Via endovenosa: não (excreção rápida).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: somente se for subcutâneo profundo.

Interações medicamentosas.

  • Cloranfenicol, ácido p-aminosalicílico, ácido ascórbico, colchicina, omeprazol: poderão reduzir os níveis plasmáticos da vitamina B12.

Lactação. Compatível.

 

Ciclobenzaprina

Grupo farmacológico. Relaxante muscular.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 5 e 10mg.

Usos. Espasmo muscular associado com dor aguda de origem no sistema musculoesquelético, fibromialgia.

Contraindicações. Uso de fármaco IMAOinibidor da monoaminaoxidase nos últimos 14 dias, hipertireoidismo, arritmias, bloqueio de ramo, ICCinsuficiência cardíaca congestiva, fase aguda pós-IAM, glaucoma e retenção urinária.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5mg/3x/dia; podendo ser aumentado para 10mg/3x/dia, se necessário.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, mas sempre no mesmo horário do dia. Não partir os comprimidos.
  • Via sonda: não recomendado.

Interações medicamentosas.

  • Antidepressivos (no geral): pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, podendo levar à toxicidade.
  • Peginterferon: há redução nos efeitos da ciclobenzaprina.
  • Kava-kava, valeriana: evitar o uso desses fitoterápicos, pois há aumento da depressão no SNCsistema nervoso central.

Lactação. Usar com precaução, pois excreção no leite materno é desconhecida.

 

Ciclosporina

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Inibe a produção e liberação da interleucina 2 e inibe a ativação induzida pela interleucina 2 nos linfócitos T.

Apresentações. Frasco-ampola com 50mg/mL em 1 ou 5mL, cápsulas de 10, 25, 50 e 100mg, solução oral com 100mg/mL em 50mL.

Usos. Profilaxia da rejeição de transplantes renais, hepáticos e cardíacos (uso associado com azatioprina e/ou corticosteroides); artrite reumatoide ativa, grave e refratária a outros tratamentos; psoríase grave; glomeruloesclerose segmentar e focal e alguns casos de doença imune grave que são resistentes a corticoterapia (lúpus eritematoso sistêmico e miastenia grave).

Contraindicações. Artrite reumatoide e psoríase: função renal anormal, hipertensão não controlada, neoplasias malignas. Terapia concomitante com UVA ou UVB, metotrexato e outros imussupressores também são contraindicações para o uso em pacientes com psoríase. A emulsão oftálmica é contraindicada em pacientes com infecções oculares ativas.

Posologia.

  • Adultos: Transplante: iniciar com dose de 5-6mg/kg IVintravenoso ou 9±3mg/kg/dia, VOvia oral, administrada 4-12 horas antes do transplante; manutenção com 2-10mg/kg IVintravenoso, dividida em 1-3 doses. Passar para VOvia oral assim que possível. Transplante renal: 9±3mg/kg/dia, dividida em duas doses diárias; transplante hepático: 8±4mg/kg/dia, dividida em duas doses; transplante cardíaco: 7±3mg/kg/dia, dividida em duas doses. Artrite reumatoide e psoríase: iniciar com dose de 2,5mg/kg/dia, VOvia oral, dividida em duas doses; a dose pode ser aumentada em 0,5-0,7mg/kg/dia (dose máxima de 4mg/kg/dia), se não for observada resposta eficiente após 8 semanas para a artrite reumatoide e 4 semanas para a psoríase; descontinuar se não ocorrer resposta em 16 semanas para a artrite reumatoide e 8 semanas para a psoríase. Doenças autoimunes: 1-3mg/kg/dia. As doses utilizadas no tratamento das glomerulopatias são muito variáveis dependendo do protocolo utilizado. Variam de 2,5 a 6mg/kg de peso corporal por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar sempre da mesma forma, isto é, se for com alimento, sempre na presença deste para não ocorrer variação sérica. Para melhorar a palatabilidade da solução oral, pode-se diluir a dose em sucos de laranja ou maçã, leite ou achocolatado (uso imediato). Evitar copos plásticos, usar somente copos de vidro.
  • Via sonda: poderá ocorrer adsorção com o material da sonda (inespecífico). Administrar a solução oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: administrar a solução lentamente (2 a 6 horas) e não exceder a concentração final de 2,5mg/mL em soro. Não é necessário proteger da luz.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Hypericum: deve ser evitado, pois pode alterar os níveis séricos da ciclosporina.
  • Micofenolato: a concentração plasmática do micofenolato poderá ser alterada, diminuindo a sua eficácia.
  • Antiácidos, carbamazepina, griseofulvina, fenitoína, pirazinamida, rifampicina: esses medicamentos poderão diminuir os níveis plasmáticos da ciclosporina.
  • Digoxina, caspofungina, etoposido, fentanil, metotrexato, minoxidil, natalizumabe, salmeterol, sinvastatina, atorvastatina, sirolimus, topotecano: a ciclosporina poderá aumentar os níveis séricos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Captopril, enalapril, gentamicina, amicacina, amiodarona, anfotericina B, fluconazol, bromocritina, carvedilol, colchicina, dasatinibe, melfalano, metotrexato, metoclopramida, metronidazol, anti-inflamatórios não esteroides, sirolimus, trastuzumabe: poderão elevar os níveis plasmáticos da ciclosporina, monitorar o nível sérico.

Lactação. Não recomendado.

 

Cimetidina

Grupo farmacológico. Inibidor dos receptores H2. Antiúlcera péptica.

Apresentações. Comprimidos de 200, 400 e 800mg; ampola com 300mg/2mL em 2mL.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE, síndrome de Zollinger-Ellison e outros estados hipersecretores, além da profilaxia de úlcera de estresse em pacientes criticamente enfermos.

Contraindicações. Hipersensibilidade à droga ou a outros antagonistas H2.

Posologia.

  • Adultos: Úlcera duodenal e úlcera gástrica: 800mg/dia, VOvia oral, dose única à noite, ou 400mg/2x ao dia por 8 semanas – uso parenteral de 300mg a cada 6 h ou 37,5mg/h em infusão contínua (a dosagem deve ser ajustada para manter um pH gástrico > 5); prevenção de úlcera de estresse: 50mg/h, IVintravenoso, em infusão contínua (a dosagem deve ser ajustada para manter um pH gástrico > 5); estados hipersecretores: 300-600mg a cada 6 h, VOvia oral, IMintramuscular ou IVintravenoso (não exceder 2,4 g/dia); DRGE: 400mg/4x ao dia, VOvia oral, ou 800mg/2x ao dia por 12 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral a partir dos comprimidos via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: a dose deve ser diluída em soro compatível, não excedendo a concentração máxima de 15mg/mL, e administrada lentamente (5 minutos, no mínimo). IVintravenoso/intermitente: a dose deve ser diluída em volume adequado de soro compatível, não excedendo a concentração máxima de 6mg/mL, e ser administrada de 15 a 30 minutos.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Alfentanil, amiodarona, fenitoína, carbamazepina, carmustina, carvedilol, cisaprida, clozapina, metformina, moclobemida, salmeterol, saquinavir, setralina, tamoxifeno, teofilina, tioridazina, teofilina, nortriptilina: o uso concomitante com cimetidina favorece o aumento da concentração plas mática desses medicamentos.
  • Fluconazol, atazanavir, cefuroxima, codeína, dasatinibe, erlotinibe, fosamprenavir, indinavir, sais de ferro, nelfinavir, tramadol: o uso concomitante favorece a redução da concentração plasmática desses medicamentos.
  • Hypericum: evitar o uso, pois reduz o efeito da cimetidina.

Lactação. Não recomendado.

 

Clorpromazina

Grupo farmacológico. Antipsicótico típico e anti-hemético; antagonista dos receptores D2 dopaminérgicos.

Apresentações. Cpr de 25 e 100mg; ampampola com 5mg/mL em 5mL; solução oral 40mg/mL em frfrasco(s) de 20mL.

Usos. Esquizofrenia, mania com psicose, depressão com psicose, psicoses na infância, agitação em pacientes com retardo mental e transtorno global do desenvolvimento, náuseas e vômitos, soluços, porfiria aguda intermitente.

Contraindicações. Depressão do sensório ou coma, glaucoma de ângulo fechado. Pacientes com risco de retenção urinária ligada a problemas uretroprostáticos. Uso concomitante com levodopa.

Posologia.

  • Adultos. VOvia oral: iniciar com baixas doses, em 2-3 tomadas diárias, e ir aumentando gradualmente de acordo com as necessidades do paciente. A dose usual é de 400-600mg/1x/dia. Alguns pacientes podem requerer doses altas como 1-2g/dia. IMintramuscular: Iniciar com 25mg. Essa dose pode ser repetida em 1-4 horas. Dose usual de 300-800mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, leite ou sucos. As formulações líquidas não devem ser misturadas com café, chá, refrigerantes do tipo cola.
  • Via sonda: os cprcomprimido(s) podem ser triturados e dispersos em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a solução oral diluída em volume adequado de água para a administração via sonda. Administrar separadamete da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em SFsoro fisiológico 0,9% na concentração de 1mg/mL e administrar na velocidade de 1mg/minuto em adultos e 0,5mg/minuto, em crianças. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em até 500mL (1mg/mL) de SFsoro fisiológico 0,9% e administrar em 30 a 60 minutos.
  • Via intramuscular: sim, profundamente no quadrante superior do glúteo.
  • Via subcutânea: não recomendado.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, cimetidina: poderão reduzir o efeito da clorpromazina.
  • Amiodarona, hidrato de cloral, cloroquina, fluconazol, eritromicina, fluoxetina, haloperidol, octreotida, pimozida, quetiapina: o uso concomitante com clorpromazina poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade.
  • Atenolol, captopril, metoprolol, propanolol: poderá desencadear hipotensão.
  • Diazóxido: poderá resultar em hiperglicemia.
  • Adrenalina: poderá causar hipotensão e taquicardia.
  • Metoclopramida: risco de desenvolvimento de sintomas extrapiramidais.
  • Fenobarbital: poderá diminuir os efeitos da clorpromazina.

Lactação. Não recomendado.

 

Clozapina

Grupo farmacológico. Antipsicótico atípico; bloqueia os receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina.

Apresentações. Comprimidos de 25 e 100mg.

Usos. Esquizofrenia refratária, pacientes intolerantes aos efeitos extrapiramidais provocados por outros antipsicóticos, pacientes psicóticos com tumores prolactino-dependentes, discinesia tardia, desordens esquizoafetivas.

Contraindicações. Hipersensibilidade a clozapina, depressão grave do SNCsistema nervoso central, coma, epilepsia não controlada, distúrbios mieloproliferativos, leucócitos < 3.500/mm³, história de agranulocitose e granulocitopenia, psicose alcoólica e tóxica, doenças hepáticas ou cardíacas graves.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 12,5 ou 25mg/dia, VOvia oral; adicionar 25mg a cada 2 dias até a dose de 300-450mg/dia após 2-4 semanas, fracionada em 2-3 administrações diárias. Alguns pacientes necessitam de doses altas como 600-900mg/dia; entretanto, doses acima de 450mg/dia têm risco aumentado de causar reações adversas, especialmente convulsões. Dose máxima de 900mg/dia. Doses inferiores a 400mg podem ser administradas em tomada única à noite. A retirada deve ser gradual para evitar o agravamento do quadro psicótico.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: os comprimidos podem ser dispersos em água (uso imediato). Pode-se preparar a suspensão oral (20mg/mL) a partir dos comprimidos para facilitar a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Carbamazepina: poderá ocorrer aumento no risco de supressão da medula, com redução dos efeitos da clozapina.
  • Cimetidina, ciprofloxacino, citalopram, fluoxetina, paroxetina, ritonavir, sertralina: hipotensão, vômitos, sonolência.
  • Carbonato de lítio: fraqueza muscular, sintomas extrapiramidais, encefalopatia.
  • Metoclopramida: aumento dos riscos de sintomas extrapiramidais.
  • Fenobarbital, fenitoína: poderá ocorrer alteração nos níveis plasmáticos da clozapina, reduzindo seu efeito.
  • Tioridazina, venlafaxina: poderá ocorrer alteração nos níveis plasmáticos da clozapina, aumentando seu efeito.

Lactação. Não recomendado.

 

Colecalciferol (ver Vitamina D3)

 

Desloratadina

Grupo farmacológico. Antialérgico, anti-histamínico H1; 2ª geração.

Genérico. Desloratadina.

Apresentações. Comprimido revestido de 5mg; xarope com 2,5mg/5mL em frascos de 30, 60 ou 100mL.

Usos. Rinite alérgica, urticária idiopática crônica.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 5mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos e com ou sem água.
  • Via sonda: administrar o xarope via sonda. Recomenda-se diluir a dose em 10mL de água para facilitar a administração e diminuir a viscosidade da formulação. Administrar separadamente da dieta enteral.

Lactação. Não recomendado.

 

Dopamina

Grupo farmacológico. Inotrópico positivo; atua sobre receptores dopaminérgicos, D1 e D2, exercendo efeitos vasodilatadores, sobre receptores beta-1 e beta-2, causando inotropismo, e também sobre os receptores α, em doses mais altas, causando vasoconstrição.

Apresentação. Ampola de 5mg/mL com 10mL.

Usos. ICCinsuficiência cardíaca congestiva refratária, choque cardiogênico, choque séptico, disfunção ventricular pós-cirurgia cardíaca.

Contraindicações. Taquiarritmias e FV.

Posologia.

  • Adultos: 1-5µg/kg/min, IVintravenoso, até 50µg/kg/min. Se doses acima de 20-30µg/kg/min forem necessárias, outra droga com ação vasopressora direta pode ser mais benéfica (p. ex., adrenalina, noradrenalina). Os efeitos hemodinâmicos da dopamina são doses dependentes: com baixa dose (1-5µg/kg/min), há o aumento do fluxo sanguíneo renal e do débito urinário; com dose intermediária (5-15µg/kg/min), há o aumento de fluxo sanguíneo, FC, inotropismo cardíaco e débito; com dose alta (> 15µg/kg/min), começam a predominar efeitos alfa-adrenérgicos, vasoconstrição e aumento da PA.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Infusão contínua: diluir a dose na concentração máxima de 3,2mg/mL em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%. Adultos: diluir a dose em 250-500mL de soro; velocidade de infusão de 20-100mL/h.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Ergotamina: poderá aumentar a vasodilatação periférica.
  • Linezolida, pargilina, selegilina: o uso concomitante poderá aumentar os riscos de desenvolver crises hipertensivas.
  • Fenitoína: poderá causar hipotensão e/ou arritmias cardíacas.

Lactação. Usar com precaução.

 

Duloxetina

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor seletivo da recaptação de serotonina e noradrenalina.

Apresentações. Cps com microgrânulos de liberação retardada com 30 e 60mg; cpscápsula(s) com microgrânulos com 20 e 40mg.

Usos. Depressão, neuropatia diabética, transtorno de ansiedade generalizada, fibromialgia e dor muscular crônica.

Contraindicações. Uso de IMAOinibidor da monoaminaoxidase nas duas últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 14 dias ou mais entre os dois fármacos), glaucoma de ângulo fechado, insuficiência hepática, renal ou cardíaca graves.

Posologia.

  • Adultos: iniciar o tratamento com 30mg, VOvia oral, uma vez ao dia, com objetivo de atingir a dose de 60mg/dia. O aumento da dose deve ser feito gradualmente, em um período de 3 semanas. Estudos avaliaram doses até 120mg/dia, mas não encontraram aumentos na eficácia com doses acima de 60mg/dia. A retirada deve ser gradual para evitar síndrome de retirada.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com água. Não mastigar e não abrir a cpscápsula(s) para misturar seus microgrânulos em líquidos ou alimentos.
  • Via sonda: não recomendado pelo risco de obstrução da sonda.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, ácido salicílico, celecoxibe, clopidogrel, dalteparina, diclofenaco, dicumarol, dipiridamol, dipirona, enoxaparina, heparina, ibuprofeno, indometacina, nadroparina, tenoxicam: risco aumentado de sangramento.
  • Amitriptilina, clorpromazina, clomipramina, imipramina, nortriptilina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos tóxicos.
  • Citalopram, desvenlafaxina, escitalopram, fluoxetina, linezolida, carbonato de lítio: risco aumentado de desencadear síndrome serotoninérgica.

Lactação. Não recomendado.

 

Enalapril

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Inibidor da enzima conversora da angiotensina I.

Apresentações. Cpr de 2,5, 5, 10 e 20mg; cpscápsula(s) de 5, 10 e 20mg. Maleato de enalapril + hidroclorotiazida (cprcomprimido(s) 10 + 25mg; 20 + 12,5mg).

Usos. HAShipertensão arterial sistêmica, ICCinsuficiência cardíaca congestiva, disfunção de ventrículo esquerdo pós-IAM.

Contraindicações. Estenose bilateral da artéria renal e angioedema, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: em HAShipertensão arterial sistêmica, a dose diária usual varia de 2,5-40mg/dia, VOvia oral, 1 ou 2x/dia. Em hipertensão renovascular, iniciar com 2,5-5mg. Em ICCinsuficiência cardíaca congestiva, a dose inicial é 2,5-5mg, 1 ou 2x/dia (utilizar a menor dose inicialmente em pacientes com IRinsuficiência renal, hiponatremia ou ICCinsuficiência cardíaca congestiva grave). Dose máxima: 40mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a suspensão oral a partir dos cprcomprimido(s) via sonda. Os cprcomprimido(s) podem ser triturados e dispersos em volume adequado de água para a administração, sem perda de efeito (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Azatioprina, ciclosporina, gluconato férrico, carbonato de lítio, rituximabe: o uso concomitante com enalapril poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Diazóxido, furosemida, moclobemida, sais de potássio, espironolactona, sirolimus, hidroclorotiazida, clortalidona, trimetoprima: os efeitos do enalapril poderão se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, metilfenidato, AINEs, salicilatos: os efeitos do enalapril poderão diminuir na presença desses medicamentos; monitorar efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Entacapona

Grupo farmacológico. Antiparkinsoniano; inibidor reversível da catecol-O-metiltransferase (COMTcatecol-O-metiltransferase), enzima que cataliza a metabolização da levodopa.

Apresentações. Cpr revestido de 200mg; cprcomprimido(s) revestidos com levodopa, carbidopa e entacapona (50/12,5/200mg, 100/25/200mg, 150/37, 5/200mg).

Usos. Adjuvante na terapia com levodopa + carbidopa/benserazida em pacientes com doença de Parkinson e flutuações motoras.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 200mg a cada dose de levodopa. Dose máxima de 1.600mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Ampicilina, cloranfenicol, colestiramina, eritromicina, probenecida, rifampicina: o uso concomitante pode aumentar os efeitos da entacapona; monitorar efeitos adversos (diarreia, discinesias).
  • Desipramina, dobutamina, dopamina, adrenalina, isoproterenol, metildopa, noradrenalina, venlafaxina: há risco aumentado de desencadear hipertensão, taquicardia ou arritmias.

Lactação. Usar com precaução.

 

Epinefrina (ver Adrenalina)

 

Ferro oral (sulfato ferroso)

Grupo farmacológico. Antianêmico.

Nomes comerciais e apresentações. Sulfato ferroso: Anemiplus® (solução oral 35mg de ferro/5mL de 100mL), Hematofer® (comprimido de 40 e 109mg de ferro), Lomfer® (gotas 1mg/gota [25mg/mL] de ferro; xarope com 25mg de ferro/5mL; drágea de 50mg de ferro, Sulfer plus® (gotas 1mg/gota [25mg/mL] de ferro), Sulferbel® (gotas 1mg/gota [25mg/mL] de ferro); Sulferrol® (gotas 1mg/gota [25mg/mL] de ferro; comprimidos revestidos de 40mg de ferro e gotas 25mg/mL de ferro), Vitafer® (comprimidos revestidos de 40mg de ferro). Ferro polimaltosado: Noripurum® (comprimidos mastigáveis de 100 e 330mg de ferro; xarope com 50mg de ferro/5mL com 100 ou 120mL; xarope com 330mg/10mL; gotas com 50mg de ferro/mL com 15 ou 30mL), Ultrafer® (gotas com 50mg de ferro/mL em frascos de 20 ou 30mL; xarope com 10mg/mL). Gluconato ferroso: Ferrini® (cprcomprimido(s) revestidos com 50mg de ferro). Ferro quelato glicinato: Neutrofer® (cprcomprimido(s) de 150, 300 ou 500mg de ferro; gts com 250mg/mL [20 gts] de 30mL).

Usos. Profilaxia e tratamento da anemia ferropriva. O sulfato ferroso, administrado oralmente, é a menos dispendiosa preparação de ferro e o tratamento de escolha para a deficiência de ferro.

Contraindicações. Hemocromatose, hemossiderose; qualquer forma de anemia não causada por deficiência de ferro, particularmente anemias hemolíticas (pode agravar a hemossiderose); pacientes recebendo repetidas transfusões sanguíneas; tratamento com ferro parenteral.

Posologia.

  • Adultos: Anemia ferropriva: 3-5mg/kg/dia ou 60-240mg de ferro (corresponde a 300-1.200mg de sulfato ferroso)/dia divididos em 1-3 doses por 4-6 meses. Profilático: 1 a 2mg/kg de ferro por dia em dose única. A deficiência total de ferro pode ser calculada pela seguinte fórmula: ferro(mg) = (Hb normal – Hb do paciente) × peso(kg) × 2,21 + 1.000. Essa quantidade corrige a anemia e repõe 1.000mg de depósito de ferro.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar preferencialmente entre as refeições, idealmente 30 minutos antes, com água ou suco laranja, pois a presença de vitamina C favorece a absorção do ferro. Evitar derivados lácteos. A irritação gastrintestinal diminui quando administrado com alimentos, mas a absorção diminui.
  • Via sonda: para a administração via sonda, evitar a trituração da drágea que poderá obstruir o tubo. Administrar preferencialmente a solução oral. Administrar separado da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio: administrar sulfato ferroso 2 horas antes ou 4 horas após os antiácidos.
  • Cloranfenicol, colestiramina: o uso concomitante poderá resultar em diminuição nos efeitos do ferro.

Lactação. Compatível.

 

Fexofenadina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Cápsulas com 30 e 60mg; comprimido revestido com 30, 60, 120 e 180mg; comprimido revestido de 120mg de fexofenadina + 60mg de pseudoefedrina; suspensão oral com 6mg/mL em frascos de 60, 150 ou 300mL.

Usos. Rinite e conjuntivite alérgica, urticária crônica idiopática.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 60mg/2x/dia ou 120-180mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, com água, evitar outros líquidos (principalmente sucos).
  • Via sonda: administrar a suspensão via oral. Não há estudos da administração das cápsulas ou dos comprimidos diluídos em água para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Droperidol: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (arritmias, torsades de pointes, prolongamento QT).
  • Eritromicina, cetoconazol: poderão aumentar os níveis plasmáticos da fexofenadina.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio: poderá ocorrer redução na biodisponibilidade. Dar intervalo de 2 horas entre a fexofenadina e os antiácidos.
  • Hypericum: poderá reduzir os níveis plasmáticos da fexofenadina.

Lactação. Usar com precaução.

 

Gabapentina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; promove aumento da liberação do neurotransmissor GABA por meio de um mecanismo ainda desconhecido.

Apresentações. Cápsula gelatinosa dura de 100, 300, 400mg; comprimidos revestidos de 600 e 800mg.

Usos. Crises parciais refratárias geralmente como coadjuvante de outras medicações. É também usada em neuralgia pós-herpética, dor crônica neuropática.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg/3x/dia, VOvia oral, com intervalos não superiores a 12 horas, devendo ser aumentada em 300mg/dia a cada 4 dias. A dose usual é de 1.800- 2.400mg/dia. Dose máxima de 3.600kg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou sem a presença de alimentos. As cápsulas podem ser abertas e misturadas em alimentos ou sucos de frutas.
  • Via sonda: as cápsulas podem ser abertas e o seu pó dissolvido em volume de água fria adequado para administração via sonda ou preparar a suspensão oral (100mg/mL) a partir dos comprimidos ou cápsulas. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio: o uso concomitante diminui o efeito da gabapentina; administrar com intervalo de 2 horas entre a gabapentina e antiácidos.
  • Morfina: poderá aumentar as concentrações plasmáticas da gabapentina, desencadeando aumento nos seus efeitos adversos, como sonolência.
  • Naproxeno, cetorolaco: o uso concomitante poderá diminuir os efeitos da gabapentina; monitorar as crises convulsivas.

Lactação. Usar com precaução.

 

Haloperidol

Grupo farmacológico. Antipsicótico típico; antagonista dos receptores D2 da dopamina.

Apresentações. Comprimidos de 1, 2 e 5mg; solução oral (gotas) com 2mg/mL em frascos de 10, 20 e 30mL; ampola com 5mg em 1mL. Haloperidol decanoato: ampola com 50mg/mL em 1mL.

Usos. Esquizofrenia, mania com psicose, problemas de comportamento severos na infância, agitação em pacientes com demência ou outros transtornos mentais orgânicos, transtorno de Tourette, transtorno esquizoafetivo, sedativo de emergência para agitação intensa e delírio.

Contraindicações. Doença de Parkinson, depressão grave do SNCsistema nervoso central, supressão de medula óssea, doença cardíaca ou hepática severa e glaucoma de ângulo fechado.

Posologia.

  • Adultos: Oral: 0,5-5mg, 2-3x/dia (dose máxima: 100mg/dia); IMintramuscular (haloperidol lcatato): 2-5mg, a cada 4-8 horas, IMintramuscular (haloperidol decanoato);10 a 15 vezes a dose oral estabelecida para o paciente, aplicada com intervalo de 3-4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: a solução oral não deve ser misturada em café ou chá (desenvolvimento de precipitados). Mas pode ser administrado ou misturado em água ou sucos. Recomenda-se que a solução oral seja diluída em água antes da administração.
  • Via sonda: recomenda-se que a solução oral seja administrada via sonda, podendo-se misturar em volume adequado de água para facilitar a administração da dose. O comprimido pode ser disperso em água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto ou diluído em SGsoro glicosado 5% (1mg/minuto), ou na velocidade máxima 5mg/minuto. Para administração em infusão, diluir em 50-100mL de SGsoro glicosado 5% (ou concentração máxima de 1mg/mL) e administrar lentamente (30 minutos). A administração de haloperidol por via endovenosa não é recomendada (ver comentários na obra original).
  • Via intramuscular: sim, no máximo 3mL por sítio de injeção.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amitriptilina, astemizol, claritromicina, cloroquina, clorpromazina, droperidol, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, hidrato de cloral, imipramina, nortriptilina, octreotida, quetiapina, sulfametoxazol/ trimetoprima, tioridazina, vasopressina, venlafaxina, pimozida, risperidona, ziprazidona: aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento QT, torsades de pointes, arritmias cardíacas.
  • Bupropriona, venlafaxina, fluoxetina: poderá resultar em aumento dos níveis plasmáticos do haloperidol.
  • Carbamazepina, rifampicina: o uso concomitante poderá resultar em diminuição da eficácia do haloperidol.
  • Levodopa: poderá ocorrer diminuição da eficácia da levodopa.
  • Carbonato de lítio: poderá resultar em efeitos como fraqueza, disquinesias, intensificação dos sintomas extrapiramidais, encefalopatia.
  • Metoclopramida: poderá resultar em aumento no risco de reações extra- piramidais ou síndrome neuroléptica maligna.
  • Propranolol: aumento do risco de hipotensão e parada cardíaca.

Lactação. Não recomendado.

 

Hidroxizina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 1ª geração.

Apresentações. Comprimidos de 10, 25 e 50mg; solução oral 10mg/5mL de 100, 120 ou 240mL; solução oral com 2mg/mL em 15, 25, 50 e 100mL.

Usos. Antiemético indicado no tratamento sintomático da doença de Meniére, distúrbios vestibulares. Profilaxia para cinetose. Usado para tratamento sintomático de lesões pruriginosas (principalmente urticária). Também é usado no tratamento de ansiedade e insônia.

Contraindicações. Início da gestação, hipersensibilidade à hidroxizina.

Posologia.

  • Adultos: Ansiedade: 50-100mg/dose, VOvia oral, até 4x/dia; sedação pré-operatória: VOvia oral, 50-100mg; prurido: VOvia oral, 25mg, 3-4x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda; os comprimidos podem ser macerados e dissolvidos em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Procarbazina, zolpidem: poderá resultar em aumento nos efeitos de depressão do SNCsistema nervoso central.

Lactação. Não recomendado.

 

Levocetirizina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentação. Comprimido revestido de 5mg; solução oral (gotas) com 5mg/mL em frascos de 10, 15 ou 20mL.

Usos. Rinite alérgica, urticária crônica idiopática.

Contraindicações. IRinsuficiência renal terminal (DCE < 10mL/min); menores de 6 anos.

Posologia.

  • Adultos: 5mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, à noite.
  • Via sonda: administrar a solução oral (gotas) via sonda, separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Ritonavir: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da levocetirizina, podendo desencadear em sonolência, fadiga, boca seca ou tosse.

Lactação. Não recomendado.

 

Levodopa

Grupo farmacológico. Antiparkinsoniano; precursor dopaminérgico, a levodopa, pela enzima L-aminoácido-descarboxilase, é convertida em dopamina no estriado. Os inibidores da dopa-descarboxilase, benserazida e carbidopa, inibem a conversão periférica da levodopa em dopamina.

Apresentações. Carbidopa/levodopa: cprcomprimido(s) de desintegração lenta de 50/200mg e cprcomprimido(s) simples de 25/250mg. Benserazida/levodopa: cpscápsula(s), cprcomprimido(s) simples e cprcomprimido(s) dispersíveis de 50/200 e 25/100mg.

Usos. Doença de Parkinson, síndromes parkinsonianas.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo fechado, uso prévio de IMAOinibidor da monoaminaoxidase nos últimos 14 dias, lesão maligna suspeita, história de melanoma.

Posologia.

  • Adultos: em relação à levodopa, iniciar com 100mg, 3x/dia, VOvia oral. A dose de manutenção varia de 400-1.600mg/dia, VOvia oral, divididos em intervalos de 2-6 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: triturar o cprcomprimido(s) e misturar em volume adequado de água para administração via sonda (uso imediato). A susp oral pode ser preparada para facilitar a administração. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar a sonda novamente com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IMAOinibidor da monoaminaoxidases: ocorre aumento da concentração sérica dessa classe de medicamentos, podendo levar à toxicidade.
  • Antipsicóticos, fenitoína, metoclopramida, piridoxina, suplementos ferruginosos: interferem no efeito antiparkisoniano, reduzindo o seu efeito.
  • Kava-kava: reduz o efeito da carbidopa + levodopa.

Lactação. Usar com precaução.

 

Levomepromazina

Grupo farmacológico. Antipsicótico típico; antagonista dos receptores D2 da dopamina.

Apresentações. Comprimidos simples e comprimidos revestidos de 25 e 100mg; solução oral com 40mg/mL em 20mL; ampola com 25mg em 5mL.

Usos. Esquizofrenia, mania com psicose grave, depressão com psicose, psicoses breves, agitação em pacientes com retardo mental, náuseas e vômitos, sedação, analgesia para dor neurálgica ou do câncer, alívio da dor pós-IAM.

Contraindicações. Depressão grave do SNCsistema nervoso central, doença cardiovascular grave, epilepsias, história de discrasias sanguíneas, história de convulsões, uso concomitante com inibidores da MAO.

Posologia.

  • Adultos: durante a crise, usar 200-800mg/dia. Doses elevadas, como 800-1.000mg, podem ser bem-toleradas. A dose normalmente é dividida em 3 tomadas diárias. Para idosos, a dose deve ser de 100-200mg/dia. Dose sedativa: 10-25mg ao deitar.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou após as refeições. Para crianças, a solução oral deve ser misturada em xaropes ou água açucarada, não administrar as gotas puras (sem diluição).
  • Via sonda: para a administração via sonda, utilizar a solução oral disponível. Recomenda-se diluir a solução oral em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral; se possível, pausar a dieta 1 hora antes da administração e reiniciá-la 1 hora após.
  • Via endovenosa: não recomendado. Quando necessário, diluir a dose em 250mL de SFsoro fisiológico 0,9% e administrar lentamente.
  • Via intramuscular: sim, intramuscular profundo (via preferível).
  • Via subcutânea: não recomendado (irritação no tecido).

Interações medicamentosas.

  • Fluoxetina, lidocaína, paroxetina, risperidona, ritonavir, tioridazina, nortriptilina, amitriptilina, venlafaxina: a levomepromazina poderá aumentar os níveis séricos desses medicamentos, levando a toxicidade e efeitos adversos importantes.
  • Cloroquina, propanolol: os efeitos da levomepromazina poderão se elevar no organismo.
  • Metoclopramida: poderá ocorrer o desencadeamento de sintomas extra- piramidais.
  • Bromocriptina: ocorre inibição ou redução na eficácia da bromocriptina sobre a prolactina.
  • Levodopa: poderá ocorrer inibição do efeito da levodopa pela levomepromazina.

Lactação. Não recomendado.

 

Loratadina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Comprimido de 10mg; xarope com 5mg/5mL em 60, 100, 120 e 150mL. Loratadina + pseudoefedrina: xarope com 1mg + 12mg/mL em 30, 60 e 120mL; drágea simples com 0,5mg + 120mg; comprimido revestido com 10mg + 240mg.

Usos. Rinite e conjuntivite alérgica, urticária crônica idiopática. Pouco efeito sobre a obstrução nasal.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 10mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio, com ou sem a presença de água. Pode ser administrado logo antes dos alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar o xarope. Os comprimidos desintegram-se rapidamente em água, podendo ser administrados por essa via (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona: poderá desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, arritmias).
  • Cimetidina: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da loratadina, lenvando à efeitos de toxicidade.

Lactação. Não recomendado.

 

Metformina

Grupo farmacológico. Hipoglicemiante oral; biguanida.

Apresentações. Cpr simples de 850mg; cprcomprimido(s) revestido de 500, 850mg e 1 g; cprcomprimido(s) de liberação prolongada de 500 ou 750mg.

Usos. DMdiabete melito tipo 2.

Contraindicações. Insuficiência renal (TFG < 30mL/min), ou patologias agudas que possam alterar função renal (desidratação, febre, estados infecciosos ou hipóxicos graves) insuficiência hepatocelular, alcoolismo agudo ou crônico, cetoacidose, acidose lática ou situações que aumentam o risco de acidose lática (infecções graves, insuficiência cardíaca congestiva).

Posologia.

  • Adultos: Cpr de liberação imediata: iniciar com 500mg, 2x/dia, ou 850mg, 1x/dia. O aumento da dose deve ser feito semanalmente com o aumento de 500mg/dia ou 850mg/dia. Geralmente, não há resposta clínica com doses < 1.500mg/dia. Doses de até 2.000mg podem ser dadas 2 x ao dia. Acima de 2.000mg, a dose deve ser dividida em 3 tomadas, mas em geral não acrescenta benefício. Dose máxima: 2.550mg/dia. Cpr de liberação prolongada: dose inicial: 500-1.000mg, 1x/dia. Ajustes semanais de 500mg/dia. Dose máxima: 2.000-2.500mg, 1x/dia.
  • 10-16 anos: dose inicial: 500mg, 2x/dia. Ajustes de 500mg/dia devem ser feitos em intervalos semanais, em doses divididas. Dose máxima: 2.000mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o cprcomprimido(s) de liberação imediata pode ser administrado com alimentos. A presença de alimentos minimiza possíveis efeitos adversos; administrar durante ou logo após as refeições. O cprcomprimido(s) de liberação prolongada deve ser administrado com a refeição da noite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do cprcomprimido(s) de liberação imediata (não pode ser o de liberação prolongada), em 10-20mL de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amilorida, cefalexina, cimetidina, digoxina, morfina, nadolol, nifedipino, ranitidina, topiramato, trimetoprima, vancomicina: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos da metformina, levando à toxicidade (náuseas, vômitos, diarreia).
  • Levotiroxina: poderá resultar em diminuição dos efeitos da metformina.
  • Atenolol, carvedilol, ciprofloxacino, esmolol, levofloxacino, metoprolol, norfloxacino, propanolol, sotalol: poderá provocar hipotensão, hipertensão ou hipoglicemia.
  • Moclobemida, pargilina: poderá resultar em excessiva hipoglicemia e alterações no SNCsistema nervoso central.

Lactação. Não recomendado.

 

Metoclopramida

Grupo farmacológico. Anti-hemético; antagonista dos receptores D2 da dopamina e aceleradora da motilidade do trato gastrintestinal.

Apresentações. Comprimido de 10mg; ampola com 5mg/mL em 2mL; solução oral adulto (gotas) com 1mg/mL em 100mL; solução oral pediátrica (gotas) com 4mg/mL com 10mL; supositório adulto de 10mg; supositório pediátrico de 5mg.

Usos. Tratamento e prevenção de náuseas e vômitos; estimulante do esvaziamento gástrico; facilitador da colocação de sondas enterais pós-pilóricas.

Contraindicações. Obstrução gastrintestinal, perfuração ou hemorragia; feocromocitoma; história de convulsões.

Posologia.

  • Adultos: Vômitos: 10mg/dose. Prevenção de vômitos induzidos por quimioterapia: 1-2mg/kg, IVintravenoso, 30 minutos antes do tratamento e posteriormente em intervalos de 4-6 horas. Prevenção de náuseas e vômitos pós-peratórios: 10-20mg, IVintravenoso, antes do término da cirurgia, seguido de intervalos de 4-6 horas. Acelerador do esvaziamento gástrico (gastroparesia diabética): 10mg, VOvia oral, 30 minutos antes das refeições e na hora de dormir. Colocação de sonda pós-pilórica: 10mg, IVintravenoso.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos e a solução oral 30 minutos antes das refeições e ao deitar.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente utilizar a solução oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Em bolo: doses de 10mg podem ser administradas lentamente, em 2-3 minutos, sem necessidade de diluição em soro. IVintravenoso/intermitente: a administração deve ser lenta, de 15-30 minutos, na velocidade de 5mg/min. A dose deve ser diluída na concentração máxima de 5mg/mL (ou 50mL), em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina, venlafaxina, sertralina: os níveis plasmáticos e os efeitos desses medicamentos poderão aumentar na presença de metoclopramida.
  • Antiparkisonianos, posaconazol: poderão apresentar eficácia reduzida pela presença da metoclopramida.
  • Peginterferon: poderá diminuir os efeitos esperados da metoclopramida.
  • Amitriptilina, aripiprazol, clorpromazina, desvenlafaxina, clomipramina, fluoxetina, maprotilina, olanzapina, quetiapina: aumento nos efeitos extrapiramidais.
  • Didanosina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da didanosina.
  • Linezolida: o uso concomitante poderá desencadear síndrome serotoninérgica.

Lactação. Usar com precaução.

 

Montelucaste sódico

Grupo farmacológico. Antiasmático. Antagonistas de receptores de leucotrienos cisteínicos (antileucotrienos).

Apresentações. Sachês com grânulos de 4mg; cprcomprimido(s) mastigável de 4 e 5mg; cprcomprimido(s) revestido de 5 e 10mg.

Usos. Tratamento de manutenção da asma.

Contraindicações. Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 10mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: Cpr revestidos: administrar com ou sem a presença de alimentos. Os sachês devem ser abertos e os grânulos administrados diretamente na boca ou misturados em papa de maçã ou sorvete (uso imediato), não devem ser dissolvidos em líquidos (tomar o líquido após a administração); após aberto o sachê, este deve ser utilizado em 15 minutos. Os cprcomprimido(s) mastigáveis permitem que sejam mastigados antes de deglutidos (uso em crianças menores) e podem ser administrados com ou sem a presença de alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Fenobarbital: o uso concomitante poderá diminuir a biodisponibilidade do montelucaste, podendo reduzir o efeito esperado.
  • Rifampicina: o uso concomitante poderá diminuir a biodisponibilidade do montelucaste, podendo reduzir o efeito esperado.
  • Prednisona: poderá resultar em edema periférico.
  • Deferasirox, peginterferon: os efeitos desses medicamentos poderão ser reduzidos pela presença do montelucaste.

Lactação. Usar com precaução.

 

Olanzapina

Grupo farmacológico. Antipsicótico atípico; bloqueia os receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina.

Apresentações. Comprimidos de 2,5, 5, 7,5, 10 e 15mg; comprimidos orodispersíveis de 5, 10 e 15mg; frasco-ampola com 10mg em 5mL.

Usos. Esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo, mania aguda com ou sem psicose, agitação.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5 a 10mg/1x/dia e aumentar de acordo com a necessidade. Não são recomendadas doses maiores do que 20mg/dia. Em idosos, iniciar com 2,5-5mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. Os comprimidos orodispersídeis dispersam-se rapidamente em contato com saliva, mas podem ser misturados em água ou outro líquido (café, suco, leite) para uso imediato.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral, a partir dos comprimidos, via sonda. O comprimido é de difícil solubilização em água. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: sim, IMintramuscular profundo.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Carvão ativado, carbamazepina, ritonavir, ácido valproico: ocorre diminuição nos efeitos da olanzapina.
  • Ciprofloxacino: poderá potencializar os efeitos da olanzapina (hipotensão e sedação severa).
  • Clomipramina: risco aumentado de convulsões.
  • Metoclopramida: risco aumentado de efeitos extrapiramidais.
  • Carbonato de lítio: fraqueza muscular, sintomas extrapiramidais, encefalopatia.
  • Levodopa: poderá ocorrer diminuição nos efeitos desses medicamentos.
  • Tramadol: risco aumentado de desenvolver síndrome serotoninérgica.

Lactação. Não recomendado.

 

Omalizumabe

Grupo farmacológico. Anticorpo monoclonal recombinante humanizado específico.

Apresentação. Fr-amp com pó para reconstituição com 75mg ou 150mg.

Usos. Tratamento da asma alérgica moderada a grave, não controlada com corticoides inalatórios, para pacientes maiores de 12 anos.

Contraindicações. Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: IgE ≥ 30-100 UI/mL: 30-90kg: 150mg a cada 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim; na região do deltoide ou na coxa. Doses acima de 150mg devem ser administradas em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Natalizumabe, vacinas: esses medicamentos poderão ter seus efeitos potencializados na presença do omalizumabe.
  • Trastuzumabe: os níveis plasmáticos e os efeitos do omalizumabe poderão ser potencializados na presença do trastuzumabe.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ondansetrona

Grupo farmacológico. Antiemético; agente antisserotonérgico que age ligando-se aos receptores 5-HT3, presentes na zona do gatilho.

Apresentações. Comprimidos simples e revestidos de 4 e 8mg; comprimido sublingual de 4 e 8mg; ampola com 2mg/mL em 2 ou 4mL; ampola com 4mg/mL em 2mL; ampola com 8mg/mL em 4mL.

Usos. Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia antineoplásica, radioterapia corporal total ou abdominal; prevenção e tratamento de náuseas e vômitos no pós-operatório.

Contraindicações. Hipersensibilidade à droga, a outros fármacos da mesma classe ou a qualquer componente da formulação.

Posologia.

  • Adultos:
    • Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia: IVintravenoso, 0,15mg/kg, 3x/dia, iniciando 30 minutos antes da quimioterapia ou 0,45mg/kg, 1x/dia, ou 8-10mg, 1-2x/dia, ou 24-32mg, 1x/dia; VOvia oral para agentes com alto poder emetogênico: 24mg, 30 minutos antes do início da quimioterapia; para os de médio poder emetogênico: 8mg a cada 12 horas, começando 30 minutos antes da terapia e continuando até 2 dias após completado o tratamento.
    • Náuseas e vômitos pós-operatórios: IVintravenoso, 4mg 30 minutos antes do término da anestesia, ou como tratamento se surgir vômito após a cirurgia; VOvia oral: 16mg 1 hora antes da indução anestésica.
    • Irradiação corporal total: 8mg, 1-2 horas antes de cada fração diária de radioterapia.
    • Radioterapia fracionada abdominal: 8mg, 1-2 horas antes de cada fração diária de radioterapia, após, 8mg, 8 h após o tratamento.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. Para pacientes com problemas de deglutição, pode-se diluir a ampola em 26mL de suco de laranja ou refrigerantes à base de cola (estável por 1 hora em temperatura ambiente). Deve-se administrar 30 minutos antes da quimioterapia, 1-2 horas antes da radioterapia e 1 hora antes da indução anestésica.
  • Via sublingual: o comprimido sublingual deve ser colocado embaixo da língua até a completa dissolução pela saliva. Não mastigar e não engolir inteiro.
  • Via sonda: administrar via sonda a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. O comprimido pode ser triturado e o seu pó disperso em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto, sem diluir, em 2-5 minutos; IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 15 minutos.
  • Via intramuscular: sim, não diluído.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, droperidol, enflurano, halotano, pimozida, sotalol, tioridazina: risco de efeitos de cardiotoxicidade.
  • Ciclosfosfamida: poderá ocorrer diminuição no efeito da ciclosfosfamida.

Lactação. Usar com precaução.

 

Piridoxina (ver Vitamina B6)

 

Prednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Solução oftálmica 5mL (10mg/mL), solução oral (3mg/mL) em 60, 100, 120mL, solução oral (1mg/mL) em 120mL.

Usos. Tratamento de desordens endocrinológicas, reumatológicas, doenças do colágeno, dermatológicas, estados alérgicos, doenças oftalmológicas, respiratórias, neoplásicas, doenças do trato gastrintestinal, asma. Contraindicações. Hipersensibilidade à prednisolona, herpes superficial, infecção fúngica grave, infecção por varicela-zóster.

Posologia.

  • Adultos: 40-80mg/dia divididos em 1-2 doses até 70% do basal. 40-60mg/dia, 1x ao dia, por 3-10 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: a solução oral pode ser administrada via sonda, separadamente da dieta enteral.
  • Via oftálmica: instilar a gota no olho afetado e pressionar por 1-2 minutos; cuidar para não encostar o instilador na mucosa ocular.

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: o uso concomitante poderá resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: poderá ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: poderá resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: poderá ocorrer aumento nos riscos de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Pregabalina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico.

Apresentações. Cpr de 75 e 150mg.

Usos. Crises epilépticas parciais, dor neuropática, ansiedade.

Contraindicações. Hipersensibilidade à pregabalina.

Posologia.

  • Adultos: a dose inicial é de 150mg/dia, podendo-se aumentar, conforme resposta e tolerabilidade, 300mg/dia depois de um intervalo de 3-7 dias, até uma dose máxima de 600mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Lorazepam, etanol, oxicodona: pregabalina potencializa os efeitos desses medicamentos.
  • Cetorolaco, naproxeno: o uso concomitante reduz o efeito anticonvulsivante.

Lactação. Não é recomendado seu uso durante a lactação.

 

Primidona

Grupo farmacológico. Anticonvulsivante, barbitúrico.

Apresentações. Comprimidos de 100 e 250mg.

Usos. Manejo de crise tônico-clônicas, parcias complexas e parcias simples.

Contraindicações. Porfiria e hipersensibilidade ao fenobarbital.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 125-250mg/dia, aumentado 125-250mg/dia a cada 3-7 dias, dose usual de 750 -1.500mg/kg/dia divididos em 3-4 doses. Dose máxima de 2g/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos para diminuir efeitos gastrintestinais.

Interações medicamentosas.

  • Etuxossimida, ácido valproico e grisofulfina: a primidona pode reduzir os níveis séricos desses medicamentos.
  • Metilfenidato: pode aumentar a concentração sérica da primidona.
  • Fenitoína: pode diminuir as concentrações séricas da primidona.
  • Ácido valproico: pode aumentar a concentração sérica do fenobarbital derivado da primidona.
  • Benzodiazepínicos: o uso concomitante pode aumentar o risco de depressão respiratória.

Lactação. Não recomendado seu uso durante a lactação.

 

Propranolol

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo; betabloqueador; sem seletividade beta-1.

Apresentações. Cpr de 10, 40 e 80mg; cpscápsula(s) de ação prolongada de 80 e 160mg; ampampola com 1mg em 1mL.

Usos. HAShipertensão arterial sistêmica, cardiopatia isquêmica (angina estável e instável), cardiopatia hipertrófica, prolapso de valvula mitral, dissecção aórtica, tetralogia de Fallot, síndrome do intervalo QT prolongado, pré-operatório de cirurgia cardiovascular, arritmias (reentrada nodal AVatrioventricular, reentrada AVatrioventricular, taquicardia sinusal inapropriada, síndrome do QT longo adrenérgico-dependente, taquicardia ventricular induzida pelo exercício, diminuição da resposta ventricular na fibrilação e flutter atrial, pós-IAM, síncope vasovagal); profilaxia do sangramento de varizes esofágicas.

Contraindicações. Doença do nó sinusal, bloqueio AVatrioventricular de 2° ou 3° graus, choque cardiogênico, hipotensão, acidose metabólica, distúrbio arterial periférico severo, feocromocitoma não tratado, ICCinsuficiência cardíaca congestiva descompensada, asma brônquica, doença broncopulmonar obstrutiva crônica, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Arritmias: ataque: 1-10mg, EV; manutenção: 40-360mg, VOvia oral, a cada 6 ou 12h. Demais indicações cardiovasculares: dose inicial: 10-20mg, VOvia oral, a cada 8-12h. Aumentar a dose a cada 2-4 semanas de acordo com a resposta terapêutica e com o surgimento de efeitos adversos. Dose usual: 40-160mg, VOvia oral, a cada 8-12h; na forma de liberação prolongada, usar 80-160mg, VOvia oral, a cada 24h. Profilaxia secundária do sangramento de varizes esofágicas: 20-180mg, VOvia oral, em doses divididas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos. Manter sempre a mesma forma de administração para evitar variações plasmáticas.
  • Via sonda: não administrar as cpscápsula(s) de liberação prolongada. Para a administração via sonda, o cprcomprimido(s) pode ser triturado e seu conteúdo dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou a suspensão oral pode ser usada a partir dos cprcomprimido(s). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: pode-se diluir o medicamento em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% (concentração máxima de 1mg/mL) e administrar na velocidade de 1mg/minuto. Adultos: a dose pode ser diluída em 50mL de soro e administrada em 10-15 minutos.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio: poderá ocorrer diminuição na biodisponibilidade do propranolol.
  • Hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá desencadear efeitos de hiperglicemia.
  • Adrenalina: poderá resultar em hipertensão e/ ou bradicardia.
  • Amioradona, haloperidol: poderá desencadear efeitos de bradicardia, hipotensão ou parada cardíaca.
  • AINEs: poderá ocorrer diminuição nos efeitos anti-hipertensivos do propranolol.
  • Anlodipino, cimetidina, ciprofloxacino, diclofenaco, diltiazem, dipirona, felodipino, fentanil, flunarizina, furosemida, hidralazina, lacidipino, nifedipino, verapamil: poderá desencadear efeitos de bradicardia e/ou hipotensão severa.
  • Clorpromazina, digoxina, imipramina, lidocaína: poderá resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos; monitorar toxicidade.
  • Fenoterol, salbutamol, formoterol, salmeterol, terbutalina: poderão ocorrer variações nos efeitos de ambos os medicamentos.
  • Sertralina: poderá resultar no aumento do risco de dor no peito.
  • Varfarina: pode ocorrer risco maior de sangramentos.
  • Antidiabéticos orais, insulina: monitorar risco de hipoglicemia ou hiperglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Quetiapina

Grupo farmacológico. Antipsicótico atípico; bloqueia os receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina.

Apresentações. Comprimidos de 25, 100, 200 e 300mg; comprimido de liberação prolongada de 50, 200 e 300mg.

Usos. Esquizofrenia, episódios maníacos e depressivos associados ao transtorno afetivo bipolar.

Contraindicações. Depressão grave do SNCsistema nervoso central e coma, supressão de medula óssea, discrasias sanguíneas, disfunção hepática grave.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 25mg, 2x/dia. Aumentar 25-50mg, a cada 2 dias, até doses em torno de 400mg/dia, administrados em 2 tomadas. Dose usual de manutenção: 150-800mg/dia. Em idosos, a dose de manutenção deve ser menor.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: os comprimidos de liberação imediata podem ser triturados e dissolvidos em volume adequado de água para a administração via sonda (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amitriptilina, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, desipramina, droperidol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, nortriptilina, octreotida, risperidona, sotalol, sulfametoxazol/trimetoprima, tioridazina, vasopressina: o uso concomitante poderá potencializar efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, arritmias, torsade de pointes).
  • Amprenavir, atazanavir, darunavir, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, cetoconazol, ritonavir: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da quetiapina; monitorar efeitos adversos.
  • Betametasona, carbamazepina, dexametasona, hidrocortisona, fenobarbital, fenitoína, prednisolona, prednisona, primidona: poderá ocorrer diminuição da eficácia da quetiapina, pela redução dos níveis plasmáticos.
  • Metoclopramina: poderá aumentar riscos de efeitos extrapiramidais.
  • Varfarina: poderá ocorrer potencialização dos efeitos anticoagulantes; monitorar INR.

Lactação. Usar com precaução.

 

Riboflavina (ver Vitamina B2)

 

Sertralina

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor seletivo da recaptação da serotonina.

Apresentações. Cpr revestidos de 25, 50, 75 e 100mg.

Usos. Depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de pânico, estresse pós-traumático, fobia social, episódio depressivo de transtorno bipolar, transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno de ansiedade generalizada.

Contraindicações. Uso de IMAOinibidor da monoaminaoxidase nas 2 últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 14 dias ou mais entre os dois fármacos) e uso concomitante com pimozida.

Posologia.

  • Adultos: na depressão e na tensão pré-menstrual, iniciar com 50mg/dia, em dose única diária, pela manhã ou à noite (se ocorrer sonolência). No pânico e no estresse pós-traumático, iniciar com 25mg/dia; aumentar para 50mg/dia na 2ª semana. Em idosos, iniciar com 25mg/dia. As alterações na dose devem ser realizadas com um intervalo mínimo de 7 dias, até a dose máxima de 200mg/dia. A suspensão deve ser gradual para evitar os sintomas de abstinência, reduzindo 50mg a cada 5-7 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, em dose única pela manhã ou à noite.
  • Via sonda: não recomendado pelo risco de obstrução da sonda de alimentação.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, ácido salicílico, clopidogrel, dalteparina, diclofenaco, dicumarol, dipirona, enoxaparina, heparina, nadroparina, ibuprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, naproxeno, nimesulida, femprocumona, varfarina, tenoxicam, ticlopidina: risco aumentado de ocorrerem sangramentos.
  • Alprazolam: poderá resultar em sedação excessiva.
  • Amitriptilina, clomipramina, clorgilina, desipramina, desvenlafaxina, duloxetina, eritromicina, imipramina, linezolida, moclobemida, nortriptilina, pargilina, rasagilina, sibutramina, selegilina, sumatriptano, tramadol: poderá ocorrer síndrome serotoninérgica.
  • Bupropiona, cimetidina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da sertralina.
  • Carbamazepina, clozapina, lamotrigina, carbonato de lítio, metadona, fenitoína, pimozida, triazolam: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar reações adversas.
  • Droperidol: risco aumentado de efeitos de cardiotoxicidade.
  • Efavirenz, rifampicina, rifamicina: poderá resultar em diminuição nos efeitos da sertralina.
  • Metoclopramida: risco de efeitos extrapiramidais.
  • Propanolol: poderá desencadear dor no peito.
  • Zolpidem: poderá aumentar os efeitos de alucinação.

Lactação. Usar com precaução.

 

Sulfato ferroso (ver Ferro oral)

 

Tiamina (ver vitamina B1)

 

Tioridazina

Grupo farmacológico. Antipsicótico típico; antagonista dos receptores D2 da dopamina.

Apresentações. Drágeas de 10, 25, 50 e 100mg; comprimido de liberação retardada de 200mg; solução oral com 30mg/mL em 50mL.

Usos. Esquizofrenia crônica ou exacerbações agudas, transtornos do humor com sintomas psicóticos, transtorno delirante, agitação em pacientes com retardo mental, transtorno cerebral orgânico agudo.

Contraindicações. Depressão grave do SNCsistema nervoso central, hipotensão grave, supressão de medula óssea, discrasias sanguíneas, coma, em associação com outros fármacos que prolongam o intervalo QT, epilepsia.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 25-100mg/dia, VOvia oral, com aumentos graduais conforme a tolerância e a necessidade. Em episódios agudos, usar uma dose média de 300-600mg/dia, podendo chegar a 1.000-1.200mg/dia, fracionados em 2-4 tomadas diárias. Para tratamento crônico, usar dose máxima de 800mg/dia. Se o paciente tiver mais de 65 anos, iniciar com 10mg, 3x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos. Recomenda-se que a solução oral seja diluída em água ou suco cítrico (uso imediato). A administração com alimentos diminui possíveis efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: para a administração via sonda, utilizar a solução diluída em volume adequado de água para facilitar a administração (risco de precipitação com dieta). Administrar separadamente da dieta enteral. Deve-se irrigar a mesma com grande volume de água, pois há risco de precipitação do medicamento com a formulação da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amisulpirida, amitriptilina, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, desipramina, dasatinibe, droperidol, duloxetina, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, lapatinibe, levofloxacino, metadona, nortriptilina, octreotida, ondansetrona, pimozida, propanolol, quetiapina, risperidona, sulfametoxazol/trimetoprima: o uso concomitante poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes)
  • Metoprolol, carbonato de lítio, morfina, fenitoína: poderá resultar no aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos.
  • Bromocriptina, levodopa, fenobarbital, fenitoína: poderá resultar na diminuição de efeito desses medicamentos; monitorar efeitos adversos.
  • Bupropiona, cinacalcet, darunavir, duloxetina: poderá resultar no aumento dos níveis plasmáticos da tioridazina.

Lactação. Não recomendado.

 

Tolcapona

Grupo farmacológico. Antiparkinsoniano; inibidor reversível da catecol-O-metiltransferase (COMTcatecol-O-metiltransferase).

Usos. Adjuvante na terapia com levodopa + carbidopa/benserazida em pacientes com doença de Parkinson e flutuações motoras.

Contraindicações. Feocromocitoma, síndrome neuroléptica maligna e/ou rabdomiólise, uso concomitante de IMAOinibidor da monoaminaoxidase, discinesias graves, disfunção hepática.

Posologia.

  • Adultos: 100mg, 3x/dia, sendo a dose máxima recomendada de 600mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Dobutamina, isoproterenol, metildopa: pode ocorrer inibição do metabolismo desses medicamentos; considerar possível redução de suas doses.
  • Linezolida, pargilina, procarbazina: pode ocorrer diminuição do metabolismo das catecolaminas; não se recomenda associação de medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Topiramato

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Cpr simples ou revestidos de 25, 50 e 100mg; cpscápsula(s) de 15 e 25mg.

Usos. Crises tônico-clônicas generalizadas e parciais. Profilaxia de enxaqueca em adultos, bulimia nervosa e estabilizador de humor nos transtornos bipolares.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 25-50mg, 2x/dia; aumentar 25-50mg, a cada 3-7 dias. A dose média usual é de 200-600mg/dia para tratamento de epilepsia e uso como estabilizador de humor; 100mg/dia para profilaxia de enxaqueca. Dose máxima 1.600mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos. Os cprcomprimido(s) de liberação imediata podem ser misturados em água (uso imediato), mas o gosto é muito amargo. As cpscápsula(s) Topamax sprinkle® podem ser abertas e seu conteúdo misturado em água, pudins, gelatinas, papas de frutas, iogurte, sorvete (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, o cprcomprimido(s) pode ser triturado e seu conteúdo dissolvido em 5-10mL de água (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral a partir dos cprcomprimido(s). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Acetazolamida: poderá ocorrer risco aumentado de nefrolitíase.
  • Amitriptilina: poderá resultar no aumento dos efeitos da amitriptilina.
  • Carbamazepina, naproxeno, fenobarbital, fenitoína, ácido valproico: o uso concomitante poderá resultar na diminuição dos efeitos do topiramato.
  • Hidroclorotiazida, metformina, posaconazol: poderá resultar no aumento dos efeitos do topiramato.
  • Anticoncepcionais, risperidona: poderá ocorrer diminuição no efeito desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Tramadol

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; possui mecanismo de ação mais complexo que os opioides clássicos, modulando as vias monoaminérgicas.

Apresentações. Cápsulas de 50 e 100mg; cápsulas retardada de 100mg; ampola com 50mg/mL em 1 ou 2mL; solução oral (gotas) com 50mg/mL ou 100mg/mL em 10mL.

Uso. Dor de intensidade moderada a severa, aguda ou crônica.

Contraindicações. Intoxicação aguda com álcool, hipnóticos, analgésicos que atuam no SNCsistema nervoso central, opioides ou psicotrópicos; antecedente de dependência a opioides; uso concomitante de IMAOinibidor da monoaminaoxidase ou em menos de 14 dias após a interrupção.

Posologia.

  • Adultos: Comprimido de liberação imediata: 50-100mg, 4-6x/dia. Comprimido de liberação prolongada: 100mg, 2x/dia. Dose máxima de 400mg/dia. EV/SC/I M: 50-100mg, de 6/6 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos, com líquidos. As cápsulas retard devem ser deglutidas inteiras com líquido; não podem ser abertas e dissolvidas. A solução oral em gotas pode ser misturada em água pura ou água açucarada.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a solução oral (gotas) ou a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Os comprimidos podem ser triturados e misturados em 5-10mL de água destilada (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Em bolo: pode ser administrado direto ou diluído em SFsoro fisiológico 0,9%, administrar lentamente (2-3 minutos).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Amitriptilina, eritromicina: poderá ocorrer aumento nas concentrações plasmáticas do tramadol; monitorar dose.
  • Carbamazepina, rifampicina: o uso concomitante poderá resultar na diminuição dos efeitos da tramadol.
  • Clorpromazina, clomipramina, clozapina, desipramina, haloperidol, imipramina, nortriptilina, pimozida, risperidona, tioridazida: poderá aumentar os riscos de convulsões em pacientes predispostos ou pela diminuição nos efeitos desses medicamentos.
  • Citalopram, desvenlafaxina, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, linezolida, olanzapina, paroxetina, sertralina, venlafaxina: poderá desencadear síndrome serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, mioclônus, confusão mental).
  • Clorgilina, digoxina, moclobemida, rasagilina, selegilina: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar sinais de toxicidade.
  • Varfarina, femprocumona: poderá aumentar risco de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

 

Vitamina B1 (tiamina)

Grupo farmacológico. Micronutriente.

Apresentações. Cpr revestidos de 100 ou 300mg.

Usos. Deficiência de tiamina (incluindo beribéri), encefalopatia de Wernicke, distúrbios metabólicos genéticos diversos, pacientes alcoólicos com alteração sensorial.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Beribéri: 5-30mg, 3x/dia, após 5-30mg/dia 1 ou 3 x/dia por 1 mês. Encefalopatia de Wernicke: iniciar com 100mg, EV; após, 50-100mg/dia, EV ou IMintramuscular, até dieta adequada. Distúrbios metabólicos: 10-20mg/dia, VOvia oral.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o fármaco com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, diluir o medicamento em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 100-500mL de SFsoro fisiológico 0,9% e administrar lentamente (≥ 1 hora).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não.

Lactação. Compatível.

 

Vitamina B2 (riboflavina)

Grupo farmacológico. Micronutriente.

Apresentação. Ampola de 10mL.

Usos. Prevenção da deficiência e tratamento da arribofavinose.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Tratamento da deficiência: 5-30mg/dia em divididas doses.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o fármaco com alimentos.
  • Via sonda: formulação magistral pode ser administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: administrar o medicamento por via endovenosa, lentamente.

Lactação. Compatível.

 

Vitamina B6 (piridoxina)

Grupo farmacológico. Micronutriente. Vitamina.

Apresentações. Cpr de 40mg, cprcomprimido(s) de 100 e 300mg.

Usos. Estados de deficiência de piridoxina (alcoolismo, queimaduras, distúrbios metabólicos congênitos, febre prolongada, hemodiálise, gastrectomia, hipertireoidismo, infecções, doenças intestinais, síndrome de má absorção), neurite por fármacos (cicloserina, etionamida, hidralazina, imunossupressores, isoniazida, penicilamina e anticoncepcionais orais), tensão pré-menstrual, anemia sideroblástica.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Neurite por drogas: Tratamento: 100-200mg/dia; proflaxia: 25-100mg/dia. Tensão pré-menstrual: 50-200mg/dia. Alcoolismo: 50mg/dia. Anemia sideroblástica: 400mg/dia. Deficiência dietética: VOvia oral: 10-20mg/dia por 3 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos. Os cprcomprimido(s) devem ser engolidos e não mastigados.
  • Via sonda: o cprcomprimido(s) pode ser triturado e dissolvido em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não.
  • Via endovenosa: administrar o medicamento por via endovenosa, lentamente (1mL por minuto).

Interações medicamentosas.

  • Levodopa, fenitoína, fenobarbital: poderá ocorrer diminuição nos níveis plasmáticos desses medicamentos; monitorar diminuição de efeito.

Lactação. Compatível.

 

Vitamina D3 (colecalciferol)

Grupo farmacológico. Micronutriente. Vitamina.

Apresentação. Sol oral com 10mL – gotas.

Usos. Suplementação dietética, profilaxia ou tratamento de deficiência ou insuficiência de vitamina D, hipoparatireoidismo, raquitismo.

Contraindicações. Hipercalcemia, hipersensibilidade ao colecalciferol ou a algum componente da formulação, síndrome de má absorção, evidência de toxicidade por vitamina D.

Posologia.

  • Adultos: 18-50 anos: 200 UI/dia; 51-70 anos: 400 UI/dia; > 70 anos: 600UI/dia. Tratamento e prevenção da osteoporose em pessoas com mais de 50 anos: 800-1.000 UI/dia, VOvia oral.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar separadamente da dieta enteral.

Lactação. Usar com precaução.

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