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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NESTE VOLUME

Elvino José Guardão Barros

Suplemento Proterapêutica Ciclo 10 Volume 1 - Secad

SUPLEMENTO:

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 1 do Ciclo 10 do PROTERAPÊUTICA.

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VO

Via oral

ALTEPLASE

Grupo farmacológico. Trombolítico; transforma o plasminogênio em plasmina.

Apresentação. Fr-amp com 50mg de alteplase acompanhado de 50mL de diluente.

Usos. Tratamento do IAM com supradesnível do segmento ST, AVE isquêmico, TEP.

Contraindicações. Absolutas: hemorragia cerebral no passado, AVE no último ano, tumor intracraniano, dissecção de aorta. Relativas: pericardite, cirurgia de grande porte ou trauma grave no último mês precedente, sangramento digestivo e geniturinário, outros eventos cerebrovasculares no passado, neurocirurgia prévia, distúrbios de coagulação, HAS grave (>180/110mmHg), reanimação cardiopulmonar prolongada (superior a 10 min), gestação e úlcera péptica ativa.

Posologia.

  • Adultos: IAM: bolo IV de 15mg, seguido por 0,75mg/kg por 30 min (não exceder 50mg) e, após, 0,5mg/kg durante 1 h. TEP: 100mg em 2 h. AVE isquêmico: 0,9mg/kg, 10% em bolo em 1 min, e o restante em 1 h.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: Ataque: administrar em bolo direto, sem diluição em soro. Manutenção: diluir em SF 0,9%, na concentração de 0,5mg/mL (50mg do medicamento em 100mL de soro) e administrar de 1-2 h.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, heparina, AINEs, dipiridamol, ticlopidina e clopidogrel: há aumento do risco de sangramentos.
  • Ácido aminocaproico: pode reduzir os efeitos da alteplase.

Lactação. Usar com precaução.

AMOXICILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO

Grupo farmacológico. Penicilina + inibidor de β-lactamase. Antimicrobiano.

Apresentações. Amoxicilina + ácido clavulânico: susp oral com 125mg + 31,25mg de/5mL (fr de 75 e 100mL), com 200mg + 28,5mg/5mL (fr de 70mL), com 250mg + 62,5mg/5mL (fr de 75 e 100mL), com 400mg + 57mg/5mL (fr de 70 e 100mL), com 600mg + 42,9mg/5mL (fr de 50 e 100mL [uso para peumococos resistentes à penicilina espectro estendido [ES]); cpr de 500mg + 125mg, cpr de 875mg + 125mg; amp de 500mg + A 100mg ou 1 g + 200mg.

Usos. Infecções respiratórias, otite, amigdalite e celulite. Opção para o tratamento de infecção de tecidos moles com envolvimento de flora mista e infecções intra-abdominais (associadas a aminoglicosídeos).

Contraindicações. História de icterícia colestática ou disfunção hepatocelular com o medicamento.

Posologia.

  • Adultos: Oral: 250-500mg, de 8/8 h, ou 875mg, a cada 12 h. Injetável: em infecções graves, usar 1g, de 8/8 ou de 6/6 h. No caso de suspeita de pneumococos resistentes à penicilina, utilizar a formulação ES na dose de 90mg/kg/dia da amoxicilina, a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos, mas a presença de alimentos favorece a absorção do fármaco.
  • Via sonda: a susp oral é a forma farmacêutica recomendada para a administração via sonda. Recomenda-se rediluir o medicamento em volume adequado de água para diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: pode-se administrar em bolo direto, sem diluição prévia em soro, lento (3-4min). Para infusão, deve-se diluir o medicamento em SF 0,9%, na concentração de 10mg/mL, e administrar em 30min.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: pode aumentar os efeitos anticoagulantes.
  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se forem administrados concomitantemente com amoxicilina/ácido clavulânico.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica.
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução no efeito contraceptivo.

Lactação. Usar com precaução.

APIXABANA

Grupo farmacológico. Inibidor do fator Xa.

Apresentação. Cpr revestidos de 2,5mg.

Usos. Prevenção de fenômenos tromboembólicos venosos em doentes adultos que foram submetidos à artroplastia eletiva da anca ou do joelho.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula, insuficiência hepática, pacientes com risco de hemorragia.

Posologia.

  • Adultos: a dose recomendada é de 1 cpr 2x/dia, VO. A dose inicial deve ser tomada 12 a 24h após a cirurgia. Pacientes submetidos à artroplastia de quadril: a duração do tratamento recomendada é de 32 a 38 dias. Pacientes submetidos à artroplastia de joelho: a duração do tratamento recomendada é de 10 a 14 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: Deve ser administrado com água sem considerar as refeições.

Interações medicamentosas.

  • Anticoagulantes orais: uso concomitante pode causar hemorragias.

Lactação. Não recomendado.

AZITROMICINA

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibacteriano.

Apresentações. Cps ou cpr com 250, 500 ou 1.000mg; susp oral com 40mg/mL; fr-amp com 500mg; cpr revestidos de 500 ou 1.000mg.

Usos. Infecções bacterianas de vias aéreas, de tecidos moles, de pele e em casos de sinusite aguda. Tratamento e profilaxia das micobacterioses atípicas em pacientes com aids. Uretrites e cervicites, pela boa atividade contra os patógenos envolvidos e pela longa meia-vida. Tratamento de shigelose, febre tifoide e coqueluche. Erradicação do estado de portador do meningococo. Alternativa para o tratamento de gonorreia, leishmaniose cutânea e donovanose.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 500mg, VO, 1x/dia, ou 10mg/kg/dia, por 35 dias, para o tratamento de infecções cutâneas, sinusites, otites, shigelose e salmonelose; 7-10 dias para o tratamento de pneumonias. Aprovada em dose única de 30mg/kg para tratamento de otite média aguda. Faringite estreptocócica: 12mg/kg/dia, por 5 dias, ou 20mg/kg/dia, por 3 dias. Cancroide: dose única de 20mg/kg (máx. 1g). Uretrite/cervicite por clamídia: dose única de 10mg/kg. Tracoma: dose única de 20mg/kg (máx. 1g). Infecções por Campylobacter: 10mg/kg (máx. 500mg), 1x/dia, por 5 dias.
  • Para prevenção e tratamento de micobacterioses atípicas em pacientes com HIV: 5mg/kg/dia ou 20mg/kg, 1x/semana. Babesiose: 12mg/kg/dia, por 7-10 dias, em combinação com atovaquona. Tratamento e profilaxia da coqueluche: 10-12mg/kg/dia (máx. 500mg), por 5-7 dias. Profilaxia da endocardite: 15mg/kg, 1 h antes do procedimento. Erradicação do estado de portador do meningococo: adolescentes e adultos, 500mg, em dose única.

Modo de administração.

  • Via oral: formulações de liberação imediata (cpr, cps e susp oral) podem ser administradas com alimentos.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: diluir a dose em 250-500mL de SF 0,9% ou SG 5%. Administrar em infusões de 1 h (250mL) a 3 h (500mL).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Antiácidos: reduzem os níveis séricos da azitromicina em até 24%.
  • Tacrolimus, fenitoína, ergotamina, astemizol, bromocriptina, carbamazepina, ciclosporina, digoxina, triazolam: podem ter seus efeitos aumentados na presença da azitromicina.
  • Pimozida, sotalol: há risco aumentado de cardiotoxicidade.
  • Nelfinavir: há aumento dos níveis séricos da azitromicina, podendo desencadear efeitos adversos (diarreia, ototoxicidade, hepatotoxicidade).
  • Varfarina: pode ocorrer aumento dos riscos de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

CEFEPIMA

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico, cefalosporina de 4ª geração.

Apresentações. Frasco-ampola solução injetável de 0,5, 1 ou 2 g.

Usos. Pneumonias, infecções urinárias, infecções intra-abdominais (em associação a anaerobicidas), septicemias e febre em neutropênicos. Utilização preferencial em infecções hospitalares.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 1-2g, IV ou IM, a cada 12 h. Neutropenia febril, infecções graves ou meningite: 2g, a cada 8 h; dose máxima de 6g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolus: dilui-se a dose na concentração máxima de 100mg/mL e administra-se em 3 a 5 min. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SG 5% ou SF 0,9% deve ser administrada de 20 a 30 min (concentração máxima de 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim. Pode ser diluído com lidocaína 0,5 a 1%, na concentração máxima de 280mg/mL.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: diminui o clearance da cefepima.
  • Aminoglicosídeos: aumentam o potencial nefrotóxico.

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

CEFTRIAXONA

Grupo farmacológico. Antimicrobiano, cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Frasco-ampola para uso IM (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência, por isso o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos:1-2g, IV ou IM, a cada 12-24 h; dose máxima de 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: dilui-se a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administra-se em 2 a 4 min. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SG 5% ou SF 0,9% deve ser administrada de 15 a 30 min (concentração máxima entre 10 a 40mg/mL).
  • Via intramuscular: Sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizado lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: pode ocorrer formação de precipitados na solução.
  • Ciclosporina: poderá ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

CLOPIDOGREL

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; age inibindo a ligação do difosfato de adenosina ao seu receptor glicoproteína IIb-IIIa nas plaquetas em sua forma ativa.

Apresentação. Comprimidos simples e comprimidos revestidos 75mg.

Usos. Redução de eventos aterotrombóticos em pacientes com história recente de IAM e AVE isquêmico; doença arterial periférica estabelecida; prevenção de complicações trombóticas em pacientes pós-ACTP com stent.

Contraindicações. Sangramento patológico ativo, como úlcera péptica ou hemorragia intracraniana; distúrbios da coagulação.

Posologia.

  • Adultos: dose de ataque: 300-600mg, VO. Dose de manutenção: 75mg, VO, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: os comprimidos devem ser triturados e dispersados em água para administração (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, salicilatos, abciximabe, alteplase, citalopram: poderão ter seus efeitos aumentados (risco de sangramento e lesão gastrintestinal).
  • Dasatinibe, fitoterápicos (arnica, boldo), rifampicina, anti-inflamatórios não esteroides: os níveis séricos do clopidogrel poderão se elevar, aumentando risco de efeitos adversos.
  • Eritromicina, azitromicina, omeprazol, lansoprazol, anti-inflamatórios não esteroides, anlodipino, cloranfenicol, cimetidina: poderão diminuir os efeitos do clopidogrel.

Lactação. Não recomendado.

DESMOPRESSINA

Grupo farmacológico. Hormônio antidiurético.

Apresentações. Ampola com 4µg/mL em 1mL; ampola com 15µg/mL em 1 ou 2mL; spray ou solução nasal com 0,1mg/mL em frasco de 2,5 e 5mL; comprimidos de 0,1 e 0,2mg.

Usos. IV: teste da capacidade de concentração urinária; hemofilia A ou doença de Von Willebrand, diminuição ou normalização do tempo de sangramento antes de uma terapêutica invasiva. Intranasal ou VO: diabetes insípido central, enurese noturna primária.

Contraindicações. IR moderada a grave (< 50mL/min), hiponatremia. Quando usado IV como hemostático, é contraindicado nos casos de angina instável, IC descompensada ou doença de Von Willebrand tipo II.

Posologia.

  • Adultos: Hemostasia: 0,3µg/Kg, IV, 30 minutos antes do procedimento ou 300μg, spray nasal, 2 horas antes do procedimento. Teste de concentração renal: 40µg. Enurese: 20 µg, VO, ou 10-40µg, nasal. Diabetes insípido: 2-40µg/dia, em 1-3 doses, nasal; 10-20µg/3x/dia, VO, ou 1-4µg/1-2x/dia, IV.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos 1 hora após as refeições, preferencialmente sempre no mesmo horário.
  • Via sonda: o comprimido não pode ser macerado e diluído em água para administração via sonda.
  • Via endovenosa: EV/intermitente: diluir a dose em 10-50mL de SF 0,9% (0,5µg/mL), administrar em 15 a 30 minutos. Em caso de teste de diabetes, administrar direto em push, IM ou SC.
  • Via intramuscular: sim (para diabetes).
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intranasal: sim, solução ou spray nasal.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de lítio: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos do lítio.
  • Analgésicos opioides, carbamazepina, clorpromazina, sertralina, fluoxetina, amitriptilina, nortriptilina: risco de aumento dos efeitos da desmopressina; monitorar efeitos tóxicos.

Lactação. Usar com precaução.

ENOXAPARINA

Grupo farmacológico. Heparina de baixo peso molecular; liga-se à antitrombina III e exerce sua atividade anticoagulante principalmente pela inibição do fator Xa.

Apresentações. Seringas preenchidas de 20, 40, 60, 80, 100mg com 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1mL, respectivamente.

Usos. Tratamento da TVP; profilaxia da TVP e recidivas associadas à cirurgia ortopédica, à cirurgia geral, recidivas em pacientes acamados; prevenção da coagulação do circuito extracorpóreo durante hemodiálise; tratamento da angina instável e do IAM sem supradesnível de ST.

Contraindicações. Trombocitopenia, hemorragia ativa de grande porte e condições de alto risco de hemorragia incontrolável, incluindo AVE hemorrágico recente.

Posologia.

  • Adultos: Profilaxia de TVP e TEP: 20-40mg, SC, 1x/dia. Tratamento da TVP, angina instável e IAM sem supradesnível de ST: 1mg/kg, SC, a cada 12 h. Na TVP, por 10 dias, e na angina instável e IAM sem supradesnível de ST, por 2-8 dias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo – para IAM semsupradesnível de ST: direto ou diluído em SF 0,9% ou SG 5%. Irrigar acesso venoso com SF 0,9% ou SG 5%, antes e após a administração de enoxaparina.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, no abdome (cintura), alternando os lados direito e esquerdo. O paciente deve estar deitado em posição supina para a administração; introduzir a agulha verticalmente. Na dificuldade de administração na região do abdome, o medicamento pode ser administrado na coxa ou no braço, em local que apresente prega cutânea.

Interações medicamentosas.

  • AINEs, dasatinibe, salicilatos, alteplase, abciximabe, femprocumona, varfarina, droperidol, duloxetina, paroxetina, fluoxetina, sertralina, dipiridamol: o uso concomitante de enoxaparina com esses medicamentos poderá potencializar seu efeito; monitorar risco de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

ETEXILATO DE DABIGATRANA

Grupo farmacológico. Anticoagulante, inibidor da protrombina.

Usos. Prevenção de eventos tromboembólicos venosos em pacientes submetidos à cirurgia eletiva de artroplastia total de quadril ou joelho.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao etexilato de dabigatrana ou a um dos excipientes do produto. Insuficiência renal grave; manifestações hemorrágicas; lesão de órgãos em risco de sangramento significante, inclusive acidente vascular cerebral hemorrágico nos últimos 6 meses; pacientes com cateter implantado na medula ou epidural e durante as primeiras horas após sua remoção; insuficiência hepática ou doença hepática que possa ter algum impacto na sobrevida; tratamento concomitante com quinidina.

Posologia.

  • Adultos: Prevenção de TEV após cirurgia de artroplastia total do joelho: iniciado por via oral dentro de 1-4 h do término da cirurgia com uma única cápsula (110mg) e continuar com 2 cápsulas, 1x/dia, por um total de 10 dias.
  • Prevenção de TEV após cirurgia de artroplastia total do quadril: iniciado por via oral dentro de 1-4 h após o término da cirurgia com uma única cápsula (110mg) e continuar com 2 cápsulas, 1x/dia, por um total de 28 a 35 dias.
  • Idosos: a dose recomendada é de 150mg, 1x/dia (2 cápsulas de 75mg).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado sem considerar as refeições. As cápsulas devem ser engolidas inteiras.

Interações medicamentosas.

  • Antagonistas da vitamina K: o uso concomitante pode aumentar acentuadamente o risco de sangramento.
  • Amiodarona: o uso concomitante causa aumento da concentração de etexilato de dabigatrana.
  • AINEs: recomenda-se observação quanto a sinais de sangramento.
  • Pantoprazol: pode diminuir a concentração plasmática de etexilato de dabigatrana.

Lactação. Não determinado.

METRONIDAZOL

Grupo farmacológico. Antimicrobiano. Nitroimidazólico.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 250mg ou 400mg; comprimido revestido de 500mg; gel vaginal 100mg/g em 50 g + aplicador; sus- pensão oral com 40mg/mL em 80 ou 100mL; solução injetável (bolsa plástica) com 500mg em 100mL; solução injetável com 5mg/mL em 250mL.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, amebíase, giardíase, tricomoníase e infecções por H. pylori e Gardnerella vaginalis.

Contraindicações. Gestação no 1º trimestre.

Posologia.

  • Adultos: Amebíase: 500 a 750mg, a cada 8 h. Infecções por anaeróbios (oral, IV): 30mg/kg/dia, a cada 6 h (dose máxima 4g/dia). Colite pseudomembranosa (oral): 250 a 500mg a cada 6-8 h por 10-14 dias. Helicobacter pylori: 250 a 500mg, 3x/dia. Gardnerella: 500 a cada 12 h por 7 dias. Trichomonas: 500mg a cada 12 h por 7 dias ou 2 g em dose única. Profilaxia cirúrgica (coloretal): IV, 15mg/kg 1 h antes do procedimento, seguido por 7,5mg/kg, 6-12 h após a dose inicial. Uso tópico: aplicar uma fina camada a cada 12 h. Uso vaginal: 1 aplicador (5 g) intravaginal, 1-2x/dia, por 5 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio. Se efeitos gastrintestinais ocorrerem, administrar com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: administrar em 30-60min, a solução em bolsa já vem pronta para uso, não sendo necessária diluição extra em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intravaginal: para uso intravaginal somente (gel).

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano, carbamazepina, ciclosporina, di-hiidroergotamina, fluorouracil, carbonato de lítio, fenitoína, tacrolimus: poderá ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Colestiramina, fenobarbital: os efeitos do metronidazol poderão ser diminuídos.
  • Femprocumona, dicumarol, varfarina: risco de sangramento aumentado.
  • Micofenolato mofetil: os efeitos do micofenolato poderão diminuir na presença do metronidazol.

Lactação. Não recomendado.

OMEPRAZOL

Grupo farmacológico. Antiulceroso. Inibidor da bomba de prótons (H+/ K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Apresentações. Comprimidos revestidos de 10, 20 e 40mg; cápsulas de 10, 20 e 40mg; frasco-ampola com 40mg (diluente de 10mL).

Usos. Tratamento de úlcera gástrica/duodenal; DRGE; síndrome de Zollinger-Ellison ou outros estados hipersecretores; profilaxia de úlcera de estresse; parte do regime de drogas para erradicação do H. pylori; hemorragia digestiva alta.

Contraindicações. Hipersensibilidade à droga.

Posologia.

  • Adultos: Úlcera duodenal, DRGE sem esofagite: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Úlcera gástrica: 40mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Esofagite erosiva: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas; tratamento de manutenção: 20mg, 1x/dia, por um total de 12 meses, incluindo as 4-8 semanas. Erradicação do H. pylori: esquemas com 20-40mg/dia em associações. Estados hipersecretores: dose inicial de 60mg/dia – se doses diárias maiores do que 80mg, administrar em doses divididas. Prevenção de úlcera de estresse: 40mg/dia por até 14 dias. Hemorragia digestiva alta: 80mg, IV em bolo, após, 8mg/h até a realização da endoscopia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, de 30 a 60 min antes do café da manhã. Os comprimidos e as cápsulas devem ser administrados inteiros; em caso de dificuldade de deglutição, pode-se dispersar os comprimidos em meio copo de água ou suco de fruta (laranja, maçã, tomate) e ingerir em até 30 min. As cápsulas podem ser abertas e seus grânulos misturados em papa de maçã. Não esmagar ou triturar os grânulos (pellets).
  • Via sonda: administrar o comprimido (Losec Mups®, Nexium®) via sonda nasogástrica, diluindo-se o comprimido (não triturar ou esmagar os microgrânulos) em volume adequado de água ou suco de fruta (laranja, maçã, tomate); usar em 30 min. Farmácias de manipulação preparam a suspensão oral de omeprazol. Preferencialmente, pausar a dieta enteral 30 min antes da administração.
  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto, sem diluição, em 2,5 min (4mL/min). IV/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 30 min.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Carvedilol, clozapina, ciclosporina, metotrexato, fenitoína, saquinavir, tacrolimus, voriconazol: o omeprazol poderá elevar os efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos.
  • Fluconazol, cetoconazol: os efeitos do omeprazol poderão ser potencializados por esses medicamentos.
  • Atazanavir, clopidogrel, clozapina, dasatinibe, delavirdina, erlotinibe, indinavir, suplementos de ferro, itraconazol, cetoconazol, micofenolato, nelfinavir, posaconazol: o omeprazol poderá diminuir os efeitos desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

OSELTAMIVIR

Grupo farmacológico. Antiviral, inibidor da neuroaminidase.

Apresentações. Cápsula com 30, 45 e 75mg; suspensão pó para uso oral 12mg/mL (30 g).

Usos. Tratamento e profilaxia de Influenza.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Tratamento (por 5 dias): 75mg, 2x/dia. Deve ser iniciado nas primeiras 48 h a partir dos sintomas. Profilaxia (por 10 dias): 75mg, 1x/dia (deve ser iniciado até 2 dias após o contato com o vírus).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. Preferencialmente, as cápsulas devem ser deglutidas inteiras, sem mastigar, com água; mas, em caso de problemas de deglutição, podem ser abertas e misturadas em líquidos adocicados. A presença de alimentos minimiza efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda. As cápsulas podem ser abertas e o seu conteúdo dissolvido em água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Vacina anti-influenza: poderão ocorrer variações na resposta do imunobiológico.

Lactação. Usar com precaução.

PIPERACILINA + TAZOBACTAM

Grupo farmacológico. Antibacteriano; penicilina associada com inibidor de betalactamase.

Apresentações. Pó liofilizado com 2g de piperacilina + 250mg de tazobactam (2,25g); pó liofilizado com 4 g de piperacilina + 500mg de tazobactam (4,5g).

Usos. Infecções graves por bactérias sensíveis gram-negativas, como sepse, pneumonias, pielonefrite, infecções de pele, ossos, articulações e infecções ginecológicas.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 2,25-4,5g, a cada 6 ou 8 h por 7 a 14 dias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em 20-50mL, administrar em 3-5 min. IV/intermitente: diluir em 50-250mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 20-30 min. Considerar concentração máxima de 200mg/mL (sob o componente piperacilina) para diluição em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amicacina, gentamicina, neomicina, estreptomicina, tobramicina: o uso concomitante poderá resultar em perda de eficácia do aminoglicosídeo; dar intervalo de 1-2 h entre a administração da penicilina e a do amino-glicosídeo.
  • Probenecida: poderá resultar em aumento nos efeitos da piperacilina/tazobactam.
  • Vecurônio: poderá resultar em prolongamento no efeito de bloqueio muscular.

Lactação. Usar com precaução.

TICAGRELOR

Grupo farmacológico. Inibidor da indução de agregação plaquetária, antiplaquetário.

Apresentação. Comprimidos revestidos de 90mg.

Usos. Síndrome coronariana aguda na profilaxia de trombose, intervenção percutânea coronariana na profilaxia de trombose.

Contraindicações. História ou risco de hemorragia intracraniana, sangramentos patológicos, insuficiência hepática grave.

Posologia.

Adultos:

  • Síndrome coronariana aguda, profilaxia de trombose:180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2x/dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Intervenção percutânea coronariana, profilaxia de trombose:180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2x/dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Pacientes que receberam dose de clopidogrel: iniciar na dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2x/dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com um copo de água, sem considerar alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Atazanavir, cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, voriconazol: uso concomitante pode causar aumento das concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, rifampicina: uso concomitante pode diminuir as concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Digoxina, lovastatina, sinvastatina: pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos.

Lactação. Risco não determinado.

TICARCILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO

Grupo farmacológico. Antibacteriano; penicilina + inibidor de β-lactamase.

Apresentação. Frasco-ampola com 3g de ticarcilina + 100mg de ácido clavulânico.

Usos. Infecções intra-abdominais e pélvicas, osteomielite, pneumonia, bacteremias, infecção do trato urinário, infecções de pele e de tecidos moles. Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 3g, EV, de 4/4 ou de 6/6 h.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9% ou SG 5%, administrar em 30 min. Em pacientes com restrição hídrica, diluir o medicamento na concentração máxima entre 50-100mg/mL de ticarcilina.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amicacina, tobramicina, gentamicina, estreptomicina: poderá ocorrer inativação da ticarcilina se administrado concomitantemente com aminoglicosídeos, diminuindo o efeito esperado. Administrar separadamente, com intervalo de 30-60 min.
  • Anticoncepcionais orais: poderá ocorrer diminuição na eficácia do anticoncepcional.
  • Probenecida: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da ticarcilina.

Lactação. Usar com precaução.

VARFARINA

Grupo farmacológico. Anticoagulante oral; antagonista da vitamina K (fatores II, VII, IX, X).

Apresentações. Comprimidos de 1; 2,5; 5 e 7,5mg.

Usos. Prevenção primária e secundária da TVP; prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com prótese valvar cardíaca, fibrilação atrial crônica; prevenção de AVE, IAM recorrente e pacientes com IAM prévio e trombos intracardíacos.

Contraindicações. Pacientes com risco aumentado de hemorragias e discrasias sanguíneas (gravidez, úlcera ativa, hemorragia cerebrovascular, aneurisma cerebral, pericardite, endocardite bacteriana, aborto, eclâmpsia e pré-eclâmpsia), pacientes alcoólatras ou com psicopatias ou outro quadro de baixa cooperação, HAS maligna, gestação (categoria de risco X).

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 5mg/dia, por 5 dias, variando em função da idade e do peso corporal (doses mais baixas em idosos) e ajustada de acordo com os resultados do TP, até que seja obtido o nível desejado de atividade anticoagulante. A dose de manutenção pode variar de 1-20mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda nasogástrica, os comprimidos podem ser triturados e dissolvidos em volume adequado de água (uso imediato). Sugere-se administrar o medicamento 2 h antes da dieta enteral e irrigar a sonda com água destilada antes e após a administração. Esquecimento da dose. Em caso de esquecimento da dose, orientar o paciente a ingerir o medicamento assim que lembrar e seguir tomando a dose do horário normal. Não dobrar as doses para compensar a do esquecimento.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, paracetamol, alopurinol, alteplase, amiodarona, amitriptilina, amoxicilina, amprenavir, arnica, boldo, ácido acetilsalicílico, atazanvir, atenolol, azitromicina, betametasona, bicalutamida, capecitabina, capsaicina, carboplatina, celecoxibe, camomila, hidrato de cloral, cloranfenicol, condroitina, quitosana, ciprofloxacino, citalopram, claritromicina, clomipramina, clopidogrel, dalteparina, danazol, desvenlafaxina, diazóxido, diclofenaco, dicumarol, dipiridamol, dipirona, doxorrubicina, doxiciclina, drotrecogina, duloxetina, enoxaparina, erlotinibe, eritromcina, escitalopram, esomeprazol, fluconazol, fludrocortisona, fluorouracil, fluoxetina, flutamida, alho, ginkgo biloba, ginseng, glucagon, imatinibe, imipramina, indometacina, itraconazol, kava-kava, levofloxacino, tiroxina, lovastatina, metilfenidato, metronidazol, ácido nalidíxico, naproxeno, nilotinibe, norfloxacino, nortriptilina, omeprazol, orlistat, paroxetina, femprocumona, fenitoína, prednisolona, propanolol, quetiapina, ranitidina, sinvastatina, espironolactona, estreptoquinase, sulfametoxazol/trimetoprima, tenoxicam, ticlopidina, tramadol, trastuzumabe, vancomicina, venlafaxina: o uso concomitante poderá potencializar os riscos de sangramento.
  • Aprepitanto, azatioprina, chá preto, chá verde, carbamazepina, clorpromazina, colestiramina, coenzima Q10, ciclosporina, fenobarbital, primidona, rifampicina, hypericum: poderá ocorrer diminuição nos efeitos anticoagulantes da varfarina; monitorar INR.
  • Hipoglicemiantes orais: poderá resultar em hipoglicemia excessiva.

Lactação. Compatível.

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