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SUPORTE VENTILATÓRIO NA CRIANÇA COM CÂNCER

Autor: Werther Brunow de Carvalho
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a importância da dispneia, assim como de seus mecanismos fisiopatológicos na criança com câncer;
  • reconhecer o tratamento sintomático inicial relacionado à dispneia no paciente com câncer;
  • identificar as complicações respiratórias e outras manifestações, assim como o manejo da hiperleucocitose no paciente com câncer;
  • identificar a síndrome da veia cava superior (SVCS), bem como sua abordagem;
  • reconhecer complicações pulmonares relacionadas ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) e complicações pulmonares crônicas, especialmente síndromes clínicas pulmonares ocasionadas pela terapêutica antineoplásica;
  • reconhecer as causas da falência respiratória aguda antes da entrada da criança na terapia intensiva pediátrica;
  • verificar as recomendações práticas para seleção da estratégia ventilatória inicial em pacientes com câncer;
  • verificar os determinantes e os potenciais impactos da ventilação mecânica (VM) no paciente onco-hematológico;
  • atualizar-se sobre a evolução ao longo prazo dos pacientes com câncer submetidos à VM.

Esquema conceitual

Introdução

O acometimento pulmonar é comum em pacientes pediátricos com neoplasma maligno. Muitos desses pacientes podem progredir para uma piora respiratória abrupta ou até mesmo para o óbito. Várias regiões anatômicas podem estar envolvidas, tais como:

 

  • estruturas mediastinais;
  • vias aéreas (traqueia e brônquios);
  • membrana alvéolo-capilar;
  • parênquima pulmonar;
  • pleura;
  • diafragma;
  • parede torácica.

O reconhecimento das manifestações clínicas do sistema respiratório pode facilitar um tratamento adequado que tenha a relação com a fisiopatologia do processo subjacente.1

As leucemias e os linfomas são responsáveis por cerca de 40% de todos os cânceres em pediatria. As complicações pulmonares das crianças com leucemia incluem:

 

  • leucoestase pulmonar;
  • infiltração leucêmica;
  • pneumopatia por lise de células leucêmicas.

O linfoma pode ocasionar compressão de vias aéreas ou SVCS.

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