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TERMINALIDADE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: COMO CONDUZIR?

Autores: Monica Franzoi Marcon, Jefferson Pedro Piva
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Objetivos

Ao final deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • definir terminalidade e irreversibilidade em pacientes pediátricos internados em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP);
  • reconhecer a importância de conduzir um diálogo franco com a família para que entendam a situação de terminalidade e irreversibilidade;
  • analisar e discutir com a família as intervenções terapêuticas disponíveis, dentro de uma visão que priorize o menor sofrimento e a melhoria na qualidade de vida;
  • definir, junto à família, as diversas ações benéficas no caso e aquelas consideras inadequadas, fúteis ou danosas;
  • identificar, no Código de Ética Médica (CEM), os artigos que suportam a decisão de limitação de esforço terapêutico em pacientes com quadro terminal e irreversível.

Esquema conceitual

Introdução

Os avanços na medicina pediátrica e a expansão das UTIPs têm trazido esperança e oportunidade de sobrevivência para muitas crianças que anteriormente enfrentavam expectativa de vida reduzida. Isso pode ser evidenciado com a redução da taxa de mortalidade nas UTIPs do mundo ao longo dos anos, atualmente variando entre 2,5 e 12%, dependendo da região analisada.1,2

A capacidade de tratar e gerenciar doenças graves e, muitas vezes, raras transformou o cenário da medicina intensiva infantil. Atualmente, a grande maioria dos óbitos que ocorrem em UTIs envolve decisões como a limitação de retirada de suporte vital em função de quadro clínico progressivo e refratário ao tratamento. Entretanto, para tomar essa decisão de forma consensual entre família e equipe médica, percorre-se um processo árduo e com grandes potencialidades de conflito.

É fundamental que:

 

  • o processo decisório se inicie com um diagnóstico e prognóstico preciso, sem margens para dúvidas;
  • sejam avaliadas, em conjunto, as alternativas disponíveis, na perspectiva da cura ou então da qualidade de vida;
  • se estabeleça um clima de confiança com a equipe utilizando-se a melhor forma de comunicação possível.
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