Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- explicar o que é telemedicina, assim como seus prós e contras;
- identificar os pacientes mais apropriados para os serviços de telemedicina;
- integrar os passos apropriados para conduzir o antes, o durante e o depois de uma videoconsulta;
- documentar todos os itens necessários que devem ser incorporados à videoconsulta.
Esquema conceitual
Introdução
A telemedicina (TM) é uma vertente da telessaúde, que consiste no uso de tecnologias de comunicação (smartphones, microcomputadores, tablets, internet e dispositivos de captação de sinais vitais) com o intuito de oferecer assistência de saúde a distância.1 Quando bem aplicada, pode ser tão eficiente quanto o atendimento presencial. Seu uso foi ampliado no Brasil e no mundo em 2020, durante a pandemia de COVID-19.
O ponto-chave é suprir as demandas de cuidado. Uma conquista dessa área é a redução de hospitalização de idosos que residem em instituições de longa permanência, impactando na redução de complicações pelo internamento e na redução de custos de cuidado.2
O uso de TM promete gerar resultados na medicina de cuidados paliativos, em que pacientes e familiares podem receber avaliações e condutas no conforto do seu lar.3
A TM abrange a prevenção, os diagnósticos e os tratamentos relacionados aos serviços de saúde, dividindo-se em duas áreas: TM síncrona e TM assíncrona. A TM síncrona incorpora uma interação bidirecional utilizando áudio e vídeo em tempo real, como teleconsultas (de profissionais da saúde para indivíduos) e teleinterconsultas (de profissionais da saúde para seus pares).
Já a TM assíncrona utiliza o telemonitoramento para envio de dados do paciente, como sinais vitais, exames laboratoriais ou de imagem, bem como envio de respostas do médico, condutas, receitas médicas, laudos e atestados.4