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TELEMEDICINA NO PRONTO-SOCORRO PEDIÁTRICO

Autores: Rafael da Silva Giannasi Severini, Bruno Marcelo Herculano Moura, Silvia Mendes Giannasi Severini
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a importância de adotar medidas de segurança para proteger a privacidade dos pacientes em plataformas digitais voltadas à telemedicina (TM);
  • diferenciar as modalidades de TM;
  • identificar as diferentes possibilidades de TM em pediatria, dentro e fora do pronto-socorro;
  • realizar um exame físico virtual guiado;
  • citar os principais desafios e limitações da TM no pronto-socorro pediátrico.

Esquema conceitual

Introdução

De acordo com a American Telemedicine Association, a TM é definida como a prestação remota de serviços de saúde e informações clínicas por meio de tecnologias de informação e comunicação.1–4

Mediante a transmissão de dados pela internet, a TM oferece serviços de saúde e prática clínica, proporcionando interações em tempo real, com vídeo e áudio, no conforto da casa do paciente. Isso pode resultar em abordagem clínica de maior qualidade. Os benefícios da TM incluem o diagnóstico remoto, o monitoramento de pacientes com doenças crônicas e o suporte a cuidados de emergência. Além disso, essa abordagem reduz os seguintes aspectos:1–4

 

  • número de visitas ao hospital;
  • estresse de deslocamento;
  • absenteísmo escolar e laboral.

A TM também pode diminuir custos e alocar recursos para melhorar a qualidade do atendimento ao paciente.1–4

O atendimento pediátrico remoto oferece a oportunidade única de ver a criança em seu ambiente residencial, ou seja, em um ambiente calmo e confortável para avaliar sua condição clínica, sem estressores adicionais. Estudos mostram que a maioria das consultas de TM entre médicos e pacientes é realizada de maneira adequada, sem a necessidade de visitas presenciais ao pronto-socorro, e que os usuários estão satisfeitos com essa abordagem.3–8

Apesar de seu valor reconhecido e de sua disponibilidade, a TM ainda não é universalmente adotada, o que indica a existência de barreiras que impedem sua aceitação generalizada.5–8 Essas barreiras incluem o seguinte:5

 

  • desafios tecnológicos;
  • integração de fluxo de trabalho;
  • utilidade percebida;
  • questões regulatórias;
  • custos para os serviços hospitalares e usuários.

No Brasil, a TM foi regulamentada em 2022, após expansão significativa durante a pandemia de covid-19.9 Neste capítulo, serão abordados os principais aspectos da TM, com foco na pediatria.

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