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TERAPIA DO HIPOGONADISMO COM TESTOSTERONA E O RISCO CARDIOVASCULAR

Fábio Ferreira de Moura

Alexandre Hohl

Audes Feitosa

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  • Introdução

O uso terapêutico de testosterona vem aumentando de forma exponencial por conta, principalmente, do aumento do envelhecimento populacional e do diagnóstico do hipogonadismo masculino tardio (HMThipogonadismo masculino tardio). Estudos epidemiológicos têm evidenciado uma associação entre os baixos níveis séricos de testosterona e o desenvolvimento de condições que são clássicos fatores de risco para doença arterial coronária (DACdoença arterial coronária) e clássicos fatores de risco cardiovascular, como:

 

  • obesidade;
  • síndrome metabólica (SMsíndrome metabólica);
  • diabetes melito do tipo 2 (DM2diabetes melito do tipo 2).

A associação entre um aumento na mortalidade geral e na mortalidade cardiovascular e os baixos níveis de testosterona também foi demonstrada. Os pacientes hipogonádicos, tratados com reposição de testosterona, apresentaram claramente uma reversão de vários desses fatores de risco, portanto, a expectativa geral era a de que a terapia de reposição com testosterona diminuísse o risco cardiovascular.

No entanto, os resultados dos estudos sobre a reposição com testosterona para diminuir o risco cardiovascular têm sido conflitantes, com pesquisas sugerindo diminuição do risco, outras “neutras” e algumas sugerindo aumento do risco cardiovascular, principalmente por doença arterial coronária.

Diante desse contexto, torna-se urgente discutir indicações, benefícios e riscos da terapia com testosterona. Neste artigo, o foco será a relação entre a testosterona e os seus possíveis benefícios e riscos sobre o sistema cardiovascular.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor estará apto a:

 

  • entender os motivos para o aumento global nas prescrições de testosterona;
  • entender o conceito de HMThipogonadismo masculino tardio e conhecer o posicionamento de várias entidades sobre o tema;
  • discutir a relação entre os níveis endógenos de testosterona e fatores de risco cardiovascular, como obesidade, SMsíndrome metabólica e DM2diabetes melito do tipo 2;
  • discutir a relação entre os níveis endógenos de testosterona e a mortalidade geral e cardiovascular;
  • conhecer a atuação da terapia de reposição com testosterona sobre os fatores de risco cardiovascular;
  • discutir a relação entre a terapia de reposição de testosterona e a mortalidade cardiovascular.
  • Esquema conceitual
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