Entrar

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ORAL DO DIABETES MELITO TIPO 2

Autor: Paula Louzada e Souza
epub-BR-PROCLIM-C18V1_Artigo4

Introdução

O diabetes melito tipo 2 (DM2) é uma doença crônica complexa, anteriormente referida como “diabetes não insulinodependente” ou “diabetes no adulto”. O DM2 responde por 90 a 95% de todos os tipos de diabetes.1,2

O DM2 abrange indivíduos que têm deficiência relativa de insulina (em vez de absoluta) e resistência periférica à insulina. Trata-se de doença poligênica, com grande herança familiar, ainda não totalmente esclarecida, cujo surgimento tem contribuição significativa de fatores ambientais; entre eles, hábitos alimentares, sedentarismo e obesidade destacam-se como os principais fatores de risco.1,2

O início e a perpetuação da hiperglicemia ocorrem concomitantemente, com as seguintes alterações metabólicas:1,2

 

  • hiperglucagonemia;
  • resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina;
  • aumento da produção hepática de glicose;
  • disfunção incretínica;
  • aumento da lipólise e consequente aumento de ácidos graxos livres circulantes;
  • aumento da reabsorção renal de glicose;
  • graus variados de deficiência na síntese e na secreção de insulina pela célula beta pancreática.

Apesar de a maioria dos pacientes preferir o tratamento com medicamentos orais ao uso da terapia injetável, é comum surgir a necessidade de seu uso, principalmente para portadores de DM2 de longa data, quando não se consegue atingir os alvos glicêmicos.3

A associação de insulina humana (em inglês, neutral protamine Hagedorn [NPH]) ou de insulinas de ação prolongada, chamadas insulinas análogas, com medicamentos orais é bem estabelecida na literatura; essa estratégia é efetiva para a maioria dos pacientes.3

O DM2, com frequência, não é diagnosticado por muitos anos porque a hiperglicemia se desenvolve gradualmente e, em estágios iniciais, o paciente frequentemente é assintomático. Cabe ao médico solicitar testes de glicemia mesmo em assintomáticos, quando o paciente apresentar fatores de risco para o surgimento do DM.3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • discutir estratégias para melhor abordagem terapêutica, individualizando cada paciente com DM2;
  • identificar quais exames solicitar e em qual periodicidade para acompanhamento do paciente diabético;
  • reconhecer classes, substâncias, posologia, vantagens e contraindicações dos hipoglicemiantes orais.

Esquema conceitual

×
Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
Já tem uma conta? Faça login