Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- definir os adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes (ACNF);
- reconhecer os critérios diagnósticos e a classificação dos ACNF;
- abordar aspectos genéticos dos ACNF;
- avaliar pacientes com ACNF do ponto de vista hormonal e oftalmológico;
- discutir os aspectos radiológicos dos ACNF;
- discutir as abordagens terapêuticas, enfatizando quando indicar cirurgia, radioterapia e/ou optar por tratamento medicamentoso;
- descrever a eficácia dos tratamentos para o ACNF;
- elencar os diagnósticos diferenciais dos ACNF.
Esquema conceitual
Introdução
Os ACNF, também chamados de tumores não funcionantes da hipófise, são tumores benignos originados da expansão monoclonal de células da adeno-hipófise. Os ACNF não cursam com síndrome de hipersecreção hormonal, exceto por hiperprolactinemia, relacionada ao efeito haste.
No Brasil, estima-se que a incidência seja de 2 mil novos casos por ano. Os ACNF correspondem ao segundo subtipo de adenomas hipofisários mais comuns, depois dos prolactinomas, representando de 14 a 54% de todos os adenomas hipofisários.2 ,3
Considerando apenas os macroadenomas, os ACNF são o subtipo mais comum. Os pacientes são diagnosticados, geralmente, entre a quinta e a sexta década de vida — idade mediana de 51,5 a 65,5 anos. Em crianças e adolescentes, esse subtipo de adenoma hipofisário é raramente visto, correspondendo entre 4 e 6% de todos os adenomas hipofisários nessa faixa etária.4