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VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM RECÉM-NASCIDOS NA PRÁTICA CLÍNICA

Autores: Ingrid Guerra Azevedo, Valeria Azevedo de Almeida, Simone Nascimento Santos Ribeiro, Silvana Alves Pereira, Pedro Ykaro Fialho Silva
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer a fisiologia do controle autonômico da frequência cardíaca (FC) em recém-nascidos (RNs);
  • compreender os conceitos de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e seus métodos de análise;
  • identificar a aplicabilidade da VFC nas diversas situações clínicas;
  • interpretar as respostas autonômicas da FC em RNs.

Esquema conceitual

Introdução

A VFC é um método não invasivo para descrição das oscilações entre os batimentos cardíacos, fornecendo parâmetros importantes referentes à modulação simpática e parassimpática da FC.1 Além disso, a VFC oferece informações a respeito da saúde global do coração, da integridade do sistema nervoso autônomo (SNA) e da capacidade de adaptação dos componentes simpático e parassimpático a diferentes estímulos.2

Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de pesquisas a respeito do desenvolvimento do SNA e do controle autonômico da FC em RNs, assim como da VFC em diferentes idades gestacionais (IGs). A regulação da FC em RNs depende de fatores maturacionais, como a IG.3

A ação dos controladores centrais, dos reflexos de estiramento do músculo cardíaco, dos quimiorreceptores e do reflexo barorreceptor são alguns dos mecanismos que exercem influência sobre a FC e a contratilidade do miocárdio.1 Entretanto, o equilíbrio entre os componentes simpático e parassimpático do SNA é o principal mecanismo para a manutenção de uma adequada função cardíaca.1,2

A manutenção da VFC em níveis elevados está relacionada, de forma geral, a uma melhor condição adaptativa do coração.2 No entanto, o sistema cardiovascular de RNs, especialmente de prematuros, apresenta uma imaturidade funcional, que leva a uma dificuldade na regulação autonômica e tende a reduzir a VFC.3,4

Os avanços nas pesquisas sobre VFC em RNs possibilita avaliar a integridade funcional do SNA dessa população em muitas situações.3 Entender as respostas da VFC a diferentes estímulos externos, correlacionar seus níveis aos desfechos no neurodesenvolvimento e utilizar essa ferramenta para definir quais as melhores condutas a serem adotadas pelo fisioterapeuta são exemplos de uso da avaliação da VFC.3―5

O sistema cardiovascular de RNs, especialmente os prematuros, apresenta uma imaturidade funcional que leva a uma dificuldade na regulação autonômica, e tende a reduzir a VFC. Neste capítulo, aborda-se o uso da VFC como medida de avaliação do controle autonômico da FC em diversos contextos da neonatologia.

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