- Introdução
A variedade de posição occipito-ilíaca posterior persistente (OIPPoccipito-ilíaca posterior persistente) é aquela na qual a fontanela occipital permanece no quadrante posterior (fontanela bregmática permanece no quadrante anterior) da pelve materna durante o trabalho de parto até o nascimento.
A variedade de posição OIPPoccipito-ilíaca posterior persistente está associada a um aumento de morbidade materna e neonatal, e sua incidência varia de 5 a 12%,1,2 sendo duas vezes mais comum em nulíparas quando comparada a multíparas. Durante o trabalho de parto, cerca de 80 a 90% das apresentações occipito-ilíacas posteriores (OIPoccipito-ilíaca posterior) rotarão, espontaneamente, para apresentações occipito-ilíacas anteriores (OIAoccipito-ilíaca anterior).2-4
A rotação, muitas vezes, pode ocorrer somente no início do segundo estágio do trabalho de parto, ou seja, no momento da expulsão fetal.
O diagnóstico da variação de posição OIPPoccipito-ilíaca posterior persistente é realizado pelo exame físico, embora a ultrassonografia (USultrassonografia) possa ajudar nos casos de dúvida.
As variedades de posição posteriores persistentes são desafiadoras na prática obstétrica, uma vez que aumentam a morbidade materna e fetal no momento do nascimento, seja ele vaginal ou por cesariana. Assim, em casos bem selecionados, técnicas de rotação podem ser adotadas para diminuir morbidade materna e fetal.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- definir a melhor conduta nas apresentações OIPPoccipito-ilíaca posterior persistente;
- conhecer as técnicas de rotação cefálica manual e digital;
- realizar rotação e extração da cabeça fetal em fetos em posição OIPPoccipito-ilíaca posterior persistente em parto vaginal e parto por cesariana, com e sem uso de fórceps.
- Esquema conceitual
