BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA GRAVE: SUPORTE VENTILATÓRIO E ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA

Autores deste artigo

• CAMILA WOHLGEMUTH SCHAAN

• TAILA CRISTINA PIVA

Resumo

A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção respiratória comum na infância, cuja principal característica é a obstrução brônquica, devido ao aumento da resistência das vias aéreas. Embora a maioria das crianças apresente quadros leves, 1 a 3% dos pacientes necessitarão de internação hospitalar e podem evoluir com necessidade de suporte ventilatório não invasivo e invasivo. A ventilação não invasiva (VMNI) e o cateter nasal de alto fluxo (CNAF) são indicados como estratégias iniciais nos pacientes com quadros moderados e graves, e ambos podem reduzir o risco de intubação. Nos pacientes que evoluem para ventilação mecânica invasiva (VMI), o aumento da resistência das vias aéreas e da constante de tempo deve ser considerado para o ajuste dos parâmetros ventilatórios, sendo necessária pressão inspiratória (PIP) mais elevada e tempos ventilatórios longos. Nesse sentido, o fisioterapeuta também tem papel fundamental na indicação e no manejo do suporte ventilatório. Em estudos sobre a temática, a fisioterapia respiratória não tem sido recomendada de forma rotineira, porém, evidências recentes têm demonstrado o benefício da fisioterapia respiratória em pacientes com BVA com técnicas não convencionais baseadas na expiração passiva e também associadas à terapia inalatória.

Palavras-chave

Bronquiolite; Pediatria; Unidade de terapia intensiva pediátrica; Fisioterapia