COLECISTITE AGUDA

Autores deste artigo

• MATHEUS ABREU DE SOUSA SANTOS

• LUCCA PAOLO HSU HELMICH

• BRUNO MARCELO HERCULANO MOURA

• RAFAEL DA SILVA GIANNASI SEVERINI

Resumo

A colecistite aguda é uma doença inflamatória aguda da vesícula biliar, secundária à impactação de cálculo biliar no infundíbulo da vesícula na forma calculosa da doença e sem o envolvimento da litíase biliar na forma acalculosa. Na faixa etária pediátrica, a colecistite aguda acalculosa é bastante prevalente, ocorrendo em 30 a 50% dos casos e geralmente secundária a doenças sistêmicas ou infecções. A colecistite aguda calculosa, que corresponde aos demais casos, geralmente é decorrente de condições predisponentes à formação de cálculos, como uso de medicamentos, obesidade, uso de nutrição parenteral e doenças hemolíticas; pode, contudo, ocorrer em pacientes sem fatores de risco. O quadro clínico da colecistite aguda é de dor no quadrante superior direito do abdome ou epigástrio, febre e sinais sistêmicos de inflamação, náuseas e vômitos, com sinal de Murphy positivo à palpação. O diagnóstico considera critérios clínicos, radiológicos e laboratoriais; consequentemente, a doença deve ser investigada com exames laboratoriais e ultrassonografia de abdome para avaliação de vesícula biliar e vias biliares, sendo que outros exames complementares podem ser indicados a depender do quadro clínico em questão. Para a escolha do tratamento, é necessário considerar a estratificação de gravidade da doença e o contexto clínico do paciente, optando-se preferencialmente pela colecistectomia, quando possível, além de analgesia, antibioticoterapia, hidratação, monitorização e manejo de distúrbios hidreletrolíticos e demais condições clínicas do paciente.

Palavras-chave

Colecistite aguda; Colecistite acalculosa; Colecistite; Cirurgia geral; Pediatria.