EPILEPSIA NO IDOSO

Autores deste artigo

• HERBERTH VERA CRUZ FURTADO MARQUES JUNIOR

• JOSÉ LAULETTA NETO

Resumo

À medida que as populações envelhecem, haverá desafios e oportunidades para oferecer cuidados de saúde ideais aos idosos. A epilepsia, uma condição caracterizada por convulsões recorrentes espontâneas, é comum em adultos mais velhos (acima de 60 anos), porém, ainda tem recebido comparativamente pouca atenção nessa faixa etária. Foram avaliadas as etiologias mais comuns de epilepsia em idosos e as dificuldades diagnósticas nessa população devido à apresentação clínica na maioria das vezes atípica. Foram apresentados os medicamentos anticonvulsivantes mais apropriados considerando suas repercussões no cognitivo, seu elevado risco de interação medicamentosa, bem como seus efeitos colaterais, ainda mais frequentes nessa população devido à presença de múltiplas comorbidades e alterações na farmacocinética e na farmacodinâmica típicas do envelhecimento. Uma avaliação geriatrica ampla que inclui triagem cognitiva e psiquiátrica antes do tratamento pode ser útil para gestão e escolha do medicamento. Aspectos psicossociais e familiares que também são contemplados na avaliação geriátrica ampla são essenciais para que o resultado seja de elevada adesão, com impacto positivo na funcionalidade do idoso.

Palavras-chave

Epilepsia; Crise epiléptica; Epilepsia no idoso.