RELAÇÃO ENTRE MICROBIOTA INTESTINAL E DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Autores deste artigo

• GLORIMAR ROSA

Resumo

A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo, e a má qualidade da dieta é o principal fator de risco etiológico subjacente ao desenvolvimento dessas condições. Evidências recentes sugerem que a microbiota intestinal também desempenha um papel importante no risco cardiovascular. Número mais abundante de microbiota Gram-negativa, incluindo Klebsiella, Parabacteroides, Desulfovibrio e Prevotella, foram associadas a maior pressão arterial. As bactérias Gram-negativas são uma fonte de lipopolissacarídeos (LPS), também conhecidos como endotoxinas, que são pró-inflamatórias. Em contraste, as bactérias produtoras de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) foram menos abundantes em hipertensos em comparação a pacientes normotensos. A microbiota tem se mostrado um novo alvo terapêutico para a promoção da saúde. O desequilíbrio de filos e de gêneros de bactérias intestinais pode levar à gênese das DCVs, aumento da inflamação sistêmica, entre outras alterações que podem contribuir para o desenvolvimento e progressão de DCVs. Dados reforçam a importância de um padrão alimentar saudável, balanceado, variado em micro e macronutrientes, rico em frutas, verduras, legumes, leguminosas e fibras dietéticas, evitando ultraprocessados e bebidas alcoólicas, preferencialmente adotando um estilo de vida saudável para auxiliar na promoção de saúde.

Palavras-chave

Microbiota intestinal; Doenças cardiovasculares; Alimentação; Promoção da saúde.