Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever o desenvolvimento de hérnias diafragmáticas congênitas;
- identificar os aspectos clínicos da hérnia diafragmática congênita (HDC);
- revisar os cuidados pré e pós-natais para pacientes com HDC.
Esquema conceitual
Introdução
Existem dois tipos mais comuns de hérnia diafragmática: a hérnia de Bochdalek, mais comum, e a hérnia de Morgagni, uma condição mais rara. Em ambos os casos, a origem do defeito é congênita.1
A hérnia de Morgagni é definida como um defeito diafragmático retroesternal localizado no forame de Morgagni, anterior, mais comum no lado direito.1
A incidência de hérnia de Morgagni representa 3% dos casos entre as hérnias diafragmáticas congênitas.1
A HDC mais comum, ou hérnia de Bochdalek, é um defeito de desenvolvimento na porção posterolateral do diafragma, que permite a herniação de vísceras abdominais para o tórax, podendo causar compressão do pulmão e interferir no seu desenvolvimento normal.1
A incidência da HDC varia de 1:2.000 a 1:5.000 nascidos vivos, sendo 80% dos casos localizados à esquerda.1 O foco deste capítulo é a hérnia de Bochdalek, por ser mais comum, de manejo mais peculiar, com uma variedade de espectros clínicos e que permite percorrer diferentes caminhos a cada novo caso.