Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- avaliar o padrão de disseminação do câncer de reto;
- identificar os princípios oncológicos e as margens necessárias para as ressecções curativas;
- selecionar os pacientes com lesões elegíveis a ressecções transanais;
- revisar a técnica, os equipamentos e os dispositivos utilizados nas ressecções transanais;
- descrever as limitações e complicações das ressecções transanais.
Esquema conceitual
Introdução
As ressecções transanais de tumores do reto têm sido aprimoradas nas últimas décadas com o objetivo de evitar o trauma cirúrgico causado pela abertura da cavidade peritoneal nas operações abdominais. Além disso, essas operações têm a finalidade de oferecer uma via de abordagem minimamente invasiva para as lesões benignas ou iniciais que não são passíveis de ressecção por colonoscopia.
A via de acesso limitada pelo esfincter anal, pelo arcabouço pélvico e pela dificuldade de visualização e acesso de instrumentos ao lúmen retal levou ao desenvolvimento de dispositivos, como anuscópios, câmeras e pinças específicas para a realização dessas cirurgias.
À medida que essa via cirúrgica para o tratamento de lesões retais se difunde em serviços de coloproctologia, os critérios para a seleção de pacientes elegíveis tornam-se tão importantes quanto o treinamento e conhecimento da técnica pelos cirurgiões.