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AVALIAÇÃO E MANEJO DO ADOLESCENTE COM AUTOLESÃO

Autores: Fernanda Areco Costa Ferreira Torres, Darci Vieira da Silva Bonetto , Andreza Iolanda Apati Pinto , Raíza da Cunha
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer os principais aspectos envolvidos no comportamento de autolesão de adolescentes;
  • identificar os potenciais motivos que levam adolescentes a praticar autolesão;
  • listar os fatores de risco associados à autolesão em adolescentes;
  • discutir ações de prevenção e tratamento da autolesão em adolescentes.

Esquema conceitual

Introdução

Ao lidar com um adolescente que se envolve em autolesão, é crucial abordar a questão com empatia, compaixão e sem julgamento. Oferecer apoio emocional, buscar ajuda profissional, como terapia ou aconselhamento, e criar um ambiente seguro e de apoio são passos importantes para ajudar o adolescente a enfrentar os desafios subjacentes e desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento.1,2

Autolesão, também conhecida como automutilação, é o ato intencional de causar danos físicos a si mesmo, na maioria das vezes sem a intenção de cometer suicídio.1-3

A palavra “mutilação” tem origem etimológica no idioma latino — mutilatio, mutilatum, mutilo, cujo sentido básico transmite a ideia de cortar um membro. Contudo, ressalta-se que automutilação não se limita ao corte. Entre os estudantes, o termo “automutilação” é preferível a “autolesão”.3,4 Neste capítulo, ambos os termos serão utilizados de forma indistinta.

A autolesão em adolescentes é um tema complexo e delicado que merece atenção e compreensão.1-3 Embora seja muitas vezes mal compreendida, essa prática pode ser uma forma de lidar com emoções intensas e conflitos internos.5

É importante reconhecer que a autolesão não é um comportamento incomum entre adolescentes; ela pode se manifestar de várias formas, como cortes, raspagens, queimaduras, arranhões ou socos em si mesmo.1,3 Esses comportamentos podem representar uma tentativa de aliviar a dor emocional, sentir-se no controle ou expressar sentimentos que parecem insuportáveis.5,6

Os motivos por trás da autolesão são complexos e variados. Os seguintes aspectos podem desempenhar papel significativo nesse contexto:

  • problemas de saúde mental:3,4
    • depressão;
    • ansiedade;
    • transtorno de personalidade borderline;
    • histórico de trauma;
  • fatores ambientais:2,5
    • estresse familiar;
    • pressão acadêmica;
    • bullying;
    • dificuldades de relacionamento.

Como visto, a automutilação entre adolescentes tem etiologia multifatorial, envolvendo os âmbitos familiar, social e escolar.7 Trata-se de um problema de saúde pública com consequências físicas e psicológicas, requerendo intervenções de políticas públicas com profissionais especializados.8

Panorama

A prática da autolesão entre os adolescentes acontece quando a angústia extrapola a saúde mental e resulta no dano físico ao próprio corpo. Trata-se, assim, de um desvio da dor interna para uma dor externa, como se fosse mais fácil lidar com a dor física do que com a dor emocional; o jovem expressa o que sente em sua vida da forma como consegue.3,9,10

A fase da adolescência implica mudanças físicas, psíquicas e mentais, que afetam o indivíduo como um todo. Nesse contexto, ter fortes e boas relações com a família e a escola é uma proteção para o crescimento saudável, pois comumente o adolescente não está preparado para lidar com as mudanças características da fase e com as frustrações.11

Os adolescentes apresentam oscilações bruscas de humor e estão em busca de sua identidade.12 Comportamentos autolesivos, como cutting (cortes), escoriações, perfurações e queimaduras, resultam de sua incapacidade de transformar em palavras os conflitos que estão vivenciando.1,8-10,12 A dor é expressa em desenhos pelo corpo.9 Desse modo, é fundamental que pais, professores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de autolesão em adolescentes, como11

  • cortes inexplicáveis em áreas do corpo normalmente escondidas;
  • uso frequente de roupas que cubram todo o corpo;
  • isolamento social;
  • mudanças repentinas de comportamento ou humor;
  • mudanças no rendimento escolar;
  • posse de materiais cortantes.

Os sentimentos mais comumente relatados antes da autolesão são tristeza, insegurança, raiva e ansiedade. Após o evento, são comuns a sensação de alívio e a letargia.3,6,12,13

A autolesão é uma forma de comunicação, tanto consigo mesmo quanto com os outros. Nesse sentido, ela pode ser considerada como um indicativo de mudança emocional. Todas as ações do adolescentes — falas, gestos e atitudes — são indicadores da aceitação ou da dificuldade de aceitação de seus sentimentos e emoções.4

Jovens que se automutilam precisam de cuidado e atenção, já que a prática traz consequências físicas, psicológicas e sociais.4

Classificação

A autolesão pode ser classificada quanto ao tipo e à gravidade (Quadro 1).

QUADRO 1

CLASSIFICAÇÃO DAS AUTOLESÕES

QUANTO AO TIPO

Maior ou grave

Realizar comportamentos letais ou que causem ferimentos irreversíveis.

Estereotipada

Ter comportamentos repetitivos, com gravidade variável.

Compulsiva

Praticar tricotilomania e onicofagia.

Impulsiva

Cortar-se, queimar-se e bater-se.

QUANTO À GRAVIDADE

Grave

Fazer cortes na pele, queimar-se e cutucar áreas do corpo até sangrar intencionalmente.

Moderada

Bater-se e arrancar os cabelos.

Leve

Morder-se e arranhar a pele propositalmente.

// Fonte: Adaptado de Ribeiro e colaboradores.3

Há, ainda, como classificar a autolesão em subtipos: compulsivo, episódico e repetitivo. A diferença está na frequência e na importância que esses atos assumem na vida do sujeito.4

A automutilação compulsiva se refere a um comportamento que é automático; a pessoa não pensa muito antes de agir. Geralmente, ela ocorre em resposta a uma ânsia repentina de se machucar e promove um alívio da ansiedade.4

É importante observar que a autolesão não está necessariamente associada à ideação suicida, podendo ser um comportamento esporádico do jovem.12 A 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) divide as autolesões, de acordo com a intenção de cometer suicídio, em suicidas e não suicidas (Figura 1).11

FIGURA 1: Tipos de autolesão em adolescentes de acordo com a intenção de cometer suicídio. // Fonte: Elaborada pelas autoras.

Se for identificada ideação suicida, o jovem que praticou autolesão deve ser hospitalizado. Se não houver tal ideação, o internamento hospitalar não é necessário.

EPIDEMIOLOGIA

A incidência de autolesão está aumentando entre os jovens, o que demonstra que essa atitude não depende apenas de fatores de risco individuais. Isso evidencia a necessidade de intensificar o conhecimento acerca das motivações para tal, investigando a possível interferência de um sofrimento coletivo.2,9

Acredita-se que durante a pandemia de covid-19 o estresse no âmbito familiar tenha aumentado, em decorrência do isolamento social e da solidão pela quarentena. Estar em isolamento social também exacerbou os transtornos psiquiátricos já existentes. Esse período é associado a um crescimento do uso da internet e a muitas incertezas quanto ao futuro da doença; notou-se um aumento na quantidade de conteúdos relacionados à autolesão nas redes sociais.1,2,11

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência compreende a faixa etária de 10 a 19 anos completos. Por sua vez, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, considera que a adolescência é definida pela faixa etária de 12 a 18 anos.1,8

A idade da primeira autolesão, segundo relatos dos adolescentes, se situa entre 11 e 15 anos. A ocorrência é mais frequente em meninas e na raça branca.3,5,10

A prevalência da autolesão é variável, o que se deve à falta de acordo quanto ao conceito e ao tipo de amostra (por diferentes aspectos geográficos e culturais). Essa taxa varia de 10,1% (identificada em um estudo realizado na Austrália) a 75,9% (encontrada entre adolescentes internados em um hospital psiquiátrico de Cingapura). Os países que encontraram as menores taxas foram os seguintes:13

  • Bélgica (13,4%);
  • Turquia (14,4%);
  • México (17,1%);
  • Polônia (19,5%).

FATORES DE RISCO

A autolesão é considerada um fenômeno psicossocial atual. Essa prática é tanto psíquica (por estar vinculada à dor emocional sofrida) quanto social (por demandar empatia da sociedade).2 Alguns dos fatores de risco para a autolesão são os seguintes:3,5,9,11,12

  • adversidades familiares;
  • disfunção familiar;
  • violência intrafamiliar;
  • exposição precoce a redes sociais (com episódios de cyberbullying);
  • depressão;
  • características pessoais;
  • ausência de uma rede de apoio;
  • perda de amizades e de vínculos (na escola, família);
  • religiosidade;
  • uso de drogas;
  • conflitos em geral;
  • bullying na escola;
  • experiências cometidas por colegas.

As autolesões afetam o desenvolvimento saudável do adolescente. É preciso conhecer o indivíduo como um todo para identificar suas fragilidades e buscar minimizar os fatores que agravam esse tipo de comportamento.5

Resumidamente, os fatores de risco para a automutilação entre adolescentes abrangem três categorias (Quadro 2).

QUADRO 2

FATORES DE RISCO PARA A AUTOMUTILAÇÃO ENTRE ADOLESCENTES

INDIVIDUAIS

FAMILIARES

SOCIAIS

  • Pessimismo
  • Depressão
  • Autodepreciação
  • Uso de substâncias
  • Transtorno de conduta ou de personalidade borderline
  • Preocupações com a orientação sexual
  • Separação dos pais
  • Violência familiar e relações disfuncionais
  • Histórico de violência física ou sexual
  • Histórico familiar de automutilação ou suicídio
  • Isolamento social
  • Baixa escolaridade
  • Amigos com comportamento autolesivo
  • Dificuldade em relacionamentos

// Fonte: Adaptado de Lara e colaboradores;4 Moraes e colaboradores;5 Pegoraro e Vicentin.10

A baixa autoestima, a melancolia, a dificuldade de se expressar verbalmente e a orientação sexual são aspectos individuais associados à autolesão entre adolescentes. As oscilações de humor e a dificuldade de entendimento da transição para fase adulta são alguns dos obstáculos para que eles lidem com essas questões.5

PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS

As crianças têm acesso às redes sociais muito cedo. Elas entram em contato com conteúdos inapropriados para a idade e, obviamente, não têm maturidade emocional e psicológica para lidar com isso.3,12

Nas mídias sociais, o tema da autolesão é muito discutido e disseminado; os adolescentes usam esses meios para expressar o que sentem e o que querem.3,12 Tais mídias estão sendo até consideradas uma forma de transmissão do amargor. Os adolescentes relatam sua rotina de vida, descrevem sua dor e suas formas de agir para aliviá-la, questionando se tais formas seriam uma tentativa de evitar o suicídio ou uma preparação para tal.2,10,12

Quando um adolescente tem problemas e se depara com imagens de autolesão, há um aumento da tendência de ele praticar esse ato, pois encontra ali uma aparente solução para o que o aflige. As redes sociais facilitam esse tipo de comportamento, apresentando motivações e consequências de tal prática.3,12 Elas possibilitam a construção de vínculos, o compartilhamento de experiências, a oferta de apoio. Esse modelo acaba normalizando a realização de comportamentos autoagressivos.12

Os adolescentes precisam enfrentar as dificuldades da transição de fase em associação ao mal-estar coletivo da sociedade. Tudo isso, somado ao efeito das redes sociais, contribui para que esse seja o grupo que apresenta mais complicações relacionadas a autolesões. Esse mal contemporâneo gera sofrimento, afeta as relações virtuais e presenciais e, por fim, origina mais fatores de risco para a automutilação.1,2

ATIVIDADES

1. Observe as afirmativas sobre o comportamento de autolesão em adolescentes.

I. É uma forma de desviar a atenção da dor emocional para algum tipo de dor física.

II. Sempre tem relação com pensamentos ou ideação suicida.

III. É um comportamento relativamente comum.

IV. Pode se manifestar em forma de queimaduras.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a IV.

B) Apenas a II e a III.

C) Apenas a I, a II e a III.

D) Apenas a I, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


A autolesão não é um comportamento incomum entre adolescentes; ela pode se manifestar de várias formas, como cortes, raspagens, queimaduras, arranhões ou socos em si mesmo. É um desvio da dor interna para uma dor externa. A autolesão nem sempre está associada à ideação suicida.

Resposta correta.


A autolesão não é um comportamento incomum entre adolescentes; ela pode se manifestar de várias formas, como cortes, raspagens, queimaduras, arranhões ou socos em si mesmo. É um desvio da dor interna para uma dor externa. A autolesão nem sempre está associada à ideação suicida.

A alternativa correta é a "D".


A autolesão não é um comportamento incomum entre adolescentes; ela pode se manifestar de várias formas, como cortes, raspagens, queimaduras, arranhões ou socos em si mesmo. É um desvio da dor interna para uma dor externa. A autolesão nem sempre está associada à ideação suicida.

2. A onicofagia é classificada como uma automutilação do tipo

A) grave.

B) episódica.

C) compulsiva.

D) impulsiva.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


A automutilação compulsiva se refere a um comportamento que é automático; a pessoa não pensa muito antes de agir. Geralmente, ela ocorre em resposta a uma ânsia repentina de se machucar e promove um alívio da ansiedade.

Resposta correta.


A automutilação compulsiva se refere a um comportamento que é automático; a pessoa não pensa muito antes de agir. Geralmente, ela ocorre em resposta a uma ânsia repentina de se machucar e promove um alívio da ansiedade.

A alternativa correta é a "C".


A automutilação compulsiva se refere a um comportamento que é automático; a pessoa não pensa muito antes de agir. Geralmente, ela ocorre em resposta a uma ânsia repentina de se machucar e promove um alívio da ansiedade.

3. Assinale a alternativa que apresenta o sexo e a faixa etária de início mais comumente associados à prática de automutilação.

A) Meninos, 9 a 10 anos.

B) Meninas, 11 a 15 anos.

C) Meninos, 14 a 15 anos.

D) Meninas, 16 a 17 anos.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A idade da primeira autolesão, segundo relatos dos adolescentes, se situa entre 11 e 15 anos. A ocorrência é mais frequente em meninas e na raça branca.

Resposta correta.


A idade da primeira autolesão, segundo relatos dos adolescentes, se situa entre 11 e 15 anos. A ocorrência é mais frequente em meninas e na raça branca.

A alternativa correta é a "B".


A idade da primeira autolesão, segundo relatos dos adolescentes, se situa entre 11 e 15 anos. A ocorrência é mais frequente em meninas e na raça branca.

TRATAMENTO E MANEJO

O adolescente que se envolve em autolesão necessita de apoio da família, da escola e de profissionais especializados.11

É relevante compreender os fatores de risco para o ato de autolesão, a fim de entender todo o comportamento do adolescente e, então, realizar a prevenção e o tratamento adequados.4 O conhecimento do adolescente e a identificação dos fatores de risco permitem oferecer um suporte adequado.5

Quanto ao meio científico, almeja-se que sejam obtidos novos e aprofundados conhecimentos sobre o atual fenômeno e ações para exterminar a automutilação.2 As pesquisas devem abranger professores, pais, adolescentes, sociedade e profissionais especializados, tendo em vista o aumento do conhecimento do assunto, a prevenção da autolesão e a promoção da saúde.3

Sugere-se a realização de mais trabalhos a respeito do assunto, para buscar uma melhor eficácia de abordagens de prevenção e terapêuticas, bem como compreender o contexto entre a sociedade, o sofrimento coletivo e os sentimentos dos adolescentes. Existem poucos estudos sobre a autolesão nessa faixa etária, tanto em escolas quanto em dispositivos de saúde, como centros de atenção psicossocial infantojuvenil (CAPSis) e atenção primária à saúde (APS).1-3,5-8,12-14

SISTEMA DE SAÚDE

Inicialmente, é importante acolher e entender como o adolescente apresenta seus pensamentos, permitindo que ele se expresse livremente. Essa abordagem pode ser realizada por meio da consulta tradicional, mas também mediante palestras, workshops, protocolos e materiais educativos.1,3,4 Deseja-se obter o conhecimento das causas da autolesão para entendê-la e preveni-la, considerando o mal-estar da sociedade e o uso de redes sociais.2,3

O diálogo durante a consulta deve visar desmistificar a ideia de que a autolesão é feita apenas para chamar a atenção ou o alívio dos sintomas. O profissional de saúde precisa se manter atento ao tom da conversa, buscando evitar culpar o adolescente pelo ato. O diálogo, sem pré-julgamentos, traz proteção e segurança para o adolescente. Uma boa conversa pode resultar na prevenção de agravos.3,5,6

O jovem com dificuldade de expor suas emoções se torna inquieto e busca respostas para compreender a vida. Um diálogo adequado possibilita que ele, progressivamente, se conheça e se expresse. Os adolescentes querem ser aceitos do modo como são, ser respeitados e entendidos, vistos e ouvidos, sem julgamentos.

Os sentimentos de sofrimento, tristeza e melancolia fazem parte da vida humana. O adolescente precisa ser orientado quanto à forma de lidar com toda essa dificuldade, encorajado a superar seus limites. Se não forem adequadamente abordados e tratados, os problemas persistirão na idade adulta.9

É importante estimular a criação de uma rede de apoio baseada no vínculo, na comunicação direta entre pais, escola e adolescentes, estes conscientes de si mesmos. Com isso, é possível desmistificar a autolesão, construir fatores de proteção contra ela.3-5

O uso e o abuso da internet e das mídias sociais devem ser abordados pelo profissional de saúde. As redes sociais, quando bem utilizadas, possibilitam o monitoramento, fornecem acesso à informação e funcionam como meio de suporte para o adolescente. É preciso realizar a alfabetização digital ou letramento digital, isto é, estimular o adolescente a12

  • compreender as mídias digitais de maneira crítica;
  • avaliar os materiais e reconhecer os valores e as ideologias implícitas;
  • compreender como os meios digitais e sua retórica são construídos.

O CAPSi é um serviço especializado no cuidado a crianças e adolescentes e deveria ser um dos principais pilares do manejo da autolesão. Entretanto, os CAPSis apresentam diversas vulnerabilidades, distanciando os adolescentes do serviço de saúde. Uma das maiores dificuldades é a identificação dos motivos que levam o adolescente a agir e se sentir de determinada maneira, o que acarreta, consequentemente, uma falha na prevenção primária e secundária.5

É necessário compreender os jovens para criar políticas públicas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de agravos nessa população, juntamente com o poder público.3,12

Por meio da Lei nº 13.819, de 26 de abril de 2019, foi implementada a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. Contudo, essa política valoriza mais a notificação dos casos e pouco discute sobre como realizar efetivamente a prevenção e o tratamento dos indivíduos que se automutilam.2

FAMÍLIA

A família é um fator de proteção essencial contra a automutilação. Os responsáveis pelo adolescente devem5

  • dar amor;
  • estar abertos ao diálogo;
  • demonstrar interesse na vida dele;
  • conhecer os amigos e as redes sociais que ele usa;
  • estar em comunicação direta com a escola e os demais ambientes que ele frequenta.

Assim, eles conseguem, de alguma forma, entender as necessidades físicas, sociais e emocionais do adolescente.5

O setor familiar potencialmente apresenta pontos positivos que auxiliam na prevenção da autolesão, como uma boa comunicação associada a compreensão, apoio e coesão. Contudo, também é preciso considerar possíveis pontos negativos que agravam os casos, por exemplo:7

  • instabilidade familiar;
  • rejeição paterna e/ou materna;
  • falta de suporte familiar;
  • relações parentais conflituosas;
  • separação dos pais;
  • uso de álcool e outras drogas na família;
  • críticas;
  • falta de afeto;
  • desacordo familiar;
  • falta de envolvimento na vida do adolescente.

ESCOLA

O tema da automutilação vem sendo discutido pelos profissionais da área da saúde, entretanto, dentro das escolas, pouco se fala nisso. Esse é um tema de altíssima relevância e polêmico, que chama a atenção pela gravidade e quantidade de casos.3,12,13

A escola deve realizar ações para a prevenção da autolesão, com foco em apoio e orientação, tanto para os alunos e familiares quanto para os funcionários. A existência de uma rede de apoio envolvendo professores, psicólogos, alunos e família torna os adolescentes mais conscientes de suas atitudes, de seus sentimentos e de seu crescimento.4

Na escola, é fundamental a criação de projetos em prol da saúde mental. Junto com a família e o sistema de saúde, deve-se buscar a proteção dos jovens.1,6 As intervenções precisam ser imediatas e eficazes, promovendo uma escuta confiante dos adolescentes.6

Tanto a família quanto a escola possuem uma missão muito importante no tratamento do adolescente que se envolve em autolesão. Ambas têm a função de oferecer todo o tipo de suporte: conversar, ouvir, aconselhar o adolescente quando ele está em um período de oscilação de humor.4

Os professores devem auxiliar os adolescentes a superar e lidar com os sentimentos decorrentes da mudança da fase de vida.4 Além de ensinar, transmitir o conhecimento, eles também têm o papel de estimular o autoconhecimento de seus alunos, seu desenvolvimento como ser humano.3,12

É fundamental que a escola disponha de uma equipe preparada para dar apoio aos estudantes, com profissionais de saúde mental e de atenção psicossocial. Ela deve ser um canal de diálogo para o desenvolvimento de ações de apoio e orientações a todos.1,3,4 A partir de uma boa escuta na escola, os adolescentes recebem um direcionamento e conseguem lidar com os sentimentos. Eles ganham voz para entender e expor tudo o que sentem.15

Cada adolescente deve ser visto de forma individual, pois tem uma história e uma vivência única.15

ATIVIDADES

4. Observe as afirmativas sobre os fatores de risco individual para a autolesão.

I. Isolamento social

II. Depressão

III. Transtorno de personalidade

IV. Uso de substância psicoativa

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a III.

B) Apenas a II e a IV.

C) Apenas a I, a III e a IV.

D) Apenas a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


O isolamento é considerado um fator de risco social, e não individual, para a autolesão.

Resposta correta.


O isolamento é considerado um fator de risco social, e não individual, para a autolesão.

A alternativa correta é a "D".


O isolamento é considerado um fator de risco social, e não individual, para a autolesão.

5. O principal objetivo do manejo do adolescente com autolesão é

A) eliminar todos os fatores de risco para a automutilação.

B) permitir que o adolescente se expresse.

C) atribuir à escola a responsabilidade pela vigilância constante do adolescente.

D) reconhecer que o profissional de saúde é o maior responsável pela condução do caso.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


O objetivo do manejo é que o paciente se sinta acolhido e ouvido, mediante a criação de diferentes canais para ele se expressar.

Resposta correta.


O objetivo do manejo é que o paciente se sinta acolhido e ouvido, mediante a criação de diferentes canais para ele se expressar.

A alternativa correta é a "B".


O objetivo do manejo é que o paciente se sinta acolhido e ouvido, mediante a criação de diferentes canais para ele se expressar.

6. Observe as afirmativas sobre as ações indicadas no acolhimento do jovem que se automutila.

I. Investigar a presença de fatores de risco e agravos.

II. Entender e aceitar o modo de ser daquele indivíduo.

III. Culpar o indivíduo por seus atos para que possa mudá-los.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

A) Apenas a II.

B) Apenas a III.

C) Apenas a I e a II.

D) Apenas a I e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


É importante atentar ao tom da conversa, para evitar a interpretação de que a culpa é de quem pratica.

Resposta correta.


É importante atentar ao tom da conversa, para evitar a interpretação de que a culpa é de quem pratica.

A alternativa correta é a "C".


É importante atentar ao tom da conversa, para evitar a interpretação de que a culpa é de quem pratica.

7. Sobre o papel da família no manejo do adolescente com autolesão, é correto afirmar que

A) uma postura rígida desde cedo reduz o risco de autolesão do adolescente.

B) os pais não devem interferir na escola, deixando esse local aos cuidados dos educadores.

C) a separação dos pais não influencia o risco de autolesão do adolescente.

D) pais interessados e cientes das atividades do adolescente atuam como um fator protetor contra a autolesão.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


A família é um fator de proteção essencial contra a automutilação. Os responsáveis pelo adolescente devem dar amor, estar abertos ao diálogo, demonstrar interesse na vida dele, conhecer os amigos e as redes sociais que ele usa, estar em comunicação direta com a escola e os demais ambientes que ele frequenta. Há, também, pontos negativos que agravam os casos, como instabilidade familiar, rejeição paterna e/ou materna, falta de suporte familiar, relações parentais conflituosas, separação dos pais, uso de álcool e outras drogas na família, críticas, falta de afeto, desacordo familiar e falta de envolvimento na vida do adolescente.

Resposta correta.


A família é um fator de proteção essencial contra a automutilação. Os responsáveis pelo adolescente devem dar amor, estar abertos ao diálogo, demonstrar interesse na vida dele, conhecer os amigos e as redes sociais que ele usa, estar em comunicação direta com a escola e os demais ambientes que ele frequenta. Há, também, pontos negativos que agravam os casos, como instabilidade familiar, rejeição paterna e/ou materna, falta de suporte familiar, relações parentais conflituosas, separação dos pais, uso de álcool e outras drogas na família, críticas, falta de afeto, desacordo familiar e falta de envolvimento na vida do adolescente.

A alternativa correta é a "D".


A família é um fator de proteção essencial contra a automutilação. Os responsáveis pelo adolescente devem dar amor, estar abertos ao diálogo, demonstrar interesse na vida dele, conhecer os amigos e as redes sociais que ele usa, estar em comunicação direta com a escola e os demais ambientes que ele frequenta. Há, também, pontos negativos que agravam os casos, como instabilidade familiar, rejeição paterna e/ou materna, falta de suporte familiar, relações parentais conflituosas, separação dos pais, uso de álcool e outras drogas na família, críticas, falta de afeto, desacordo familiar e falta de envolvimento na vida do adolescente.

Marina, de 13 anos, foi levada ao pronto-atendimento pediátrico pela mãe. A mãe se queixou de que a adolescente estava muito sonolenta e não queria comer. O médico solicitou exames para investigação. Ao exame físico, observou múltiplas cicatrizes lineares nas coxas.

Em consulta apenas com Marina, a adolescente contou que as cicatrizes eram decorrentes de cortes com lâmina de barbear. Ela estava com humor depressivo havia cerca de seis meses, época em que os pais tinham se separado e ela tinha se mudado de cidade e escola para morar com a mãe.

A paciente contou ainda que sofria bullying e não estava tendo um bom desempenho escolar. Além disso, relatou que não gostava de sair de casa e ficava em redes sociais cerca de oito horas por dia. Na cidade em que morava, deixou a namorada, que a família não sabia que ela tinha.

ATIVIDADES

8. Liste os fatores de risco para automutilação descritos no caso clínico.

Confira aqui a resposta

São fatores de risco para automutilação apresentados pela paciente do caso clínico: humor depressivo; separação dos pais; bullying; tempo excessivo de exposição a redes sociais; orientação sexual; falta de diálogo com os responsáveis.

Resposta correta.


São fatores de risco para automutilação apresentados pela paciente do caso clínico: humor depressivo; separação dos pais; bullying; tempo excessivo de exposição a redes sociais; orientação sexual; falta de diálogo com os responsáveis.

São fatores de risco para automutilação apresentados pela paciente do caso clínico: humor depressivo; separação dos pais; bullying; tempo excessivo de exposição a redes sociais; orientação sexual; falta de diálogo com os responsáveis.

9. Há necessidade de internamento hospitalar da paciente do caso clínico? Justifique.

Confira aqui a resposta

Quanto à necessidade de internamento hospitalar da paciente do caso clínico, isso depende da presença ou não de ideação suicida, o que precisa ser investigado. Caso não haja, não há necessidade de internamento. A automutilação nem sempre tem relação com a ideação suicida.

Resposta correta.


Quanto à necessidade de internamento hospitalar da paciente do caso clínico, isso depende da presença ou não de ideação suicida, o que precisa ser investigado. Caso não haja, não há necessidade de internamento. A automutilação nem sempre tem relação com a ideação suicida.

Quanto à necessidade de internamento hospitalar da paciente do caso clínico, isso depende da presença ou não de ideação suicida, o que precisa ser investigado. Caso não haja, não há necessidade de internamento. A automutilação nem sempre tem relação com a ideação suicida.

10. Como deve ser feito o manejo da paciente do caso clínico?

Confira aqui a resposta

É necessário conduzir um manejo integral da adolescente, envolvendo a escola, a família e o sistema de saúde. Ela deve ser acompanhada por profissionais médico e psicólogo, bem como ser estimulada a participar de atividades em que possa se expressar. Em associação a isso, o uso de internet precisa ser reduzido gradualmente. O objetivo é permitir que a adolescente se expresse livremente, sem julgamentos, e seja acolhida.

Resposta correta.


É necessário conduzir um manejo integral da adolescente, envolvendo a escola, a família e o sistema de saúde. Ela deve ser acompanhada por profissionais médico e psicólogo, bem como ser estimulada a participar de atividades em que possa se expressar. Em associação a isso, o uso de internet precisa ser reduzido gradualmente. O objetivo é permitir que a adolescente se expresse livremente, sem julgamentos, e seja acolhida.

É necessário conduzir um manejo integral da adolescente, envolvendo a escola, a família e o sistema de saúde. Ela deve ser acompanhada por profissionais médico e psicólogo, bem como ser estimulada a participar de atividades em que possa se expressar. Em associação a isso, o uso de internet precisa ser reduzido gradualmente. O objetivo é permitir que a adolescente se expresse livremente, sem julgamentos, e seja acolhida.

CONCLUSÃO

A adolescência é um período do desenvolvimento humano caracterizado por mudanças hormonais, as quais resultam em transformações físicas, sociais e cognitivas e em reações emocionais e comportamentais. Todas essas mudanças, juntas, podem levar ao comportamento autolesivo, um fenômeno complexo que requer uma abordagem integrada para a compreensão e a intervenção eficaz.

Este capítulo destacou a necessidade de reconhecer os fatores de risco que podem contribuir para o surgimento e a permanência deste comportamento preocupante que é a autolesão. Entre eles, foram identificados

  • acontecimentos difíceis na vida, como abuso sexual e bullying;
  • contágio social por meio de ambientes reais e virtuais;
  • questões familiares, como conflitos e falta de suporte familiar;
  • baixa autoestima;
  • tristeza;
  • dificuldade de se expressar verbalmente;
  • orientação sexual.

Além disso, o capítulo enfatizou a importância de uma abordagem empática e compassiva ao lidar com aqueles que se envolvem em comportamentos autolesivos.

É essencial que profissionais de saúde, educadores, pais e cuidadores estejam atentos aos sinais precoces de autolesão, forneçam apoio adequado e proponham intervenções terapêuticas para promover a saúde mental e o bem-estar desses jovens. O objetivo é que o paciente se sinta acolhido e ouvido. Nesse sentido, devem ser disponibilizados diferentes canais para ele se expressar, por exemplo:

  • atendimentos psicológicos e psiquiátricos;
  • palestras;
  • peças de teatro;
  • músicas;
  • filmes;
  • conversas individuais;
  • momentos de troca em rodas de conversa.

No trabalho conjunto para entender e abordar o comportamento autolesivo, é indispensável promover ambientes de apoio e compreensão, onde os jovens se sintam seguros para expressar suas emoções, desenvolver habilidades saudáveis de enfrentamento e resiliência emocional e buscar ajuda, quando necessário.

Educação sobre saúde mental, acesso a recursos adequados (CAPSi) e fortalecimento dos laços afetivos são fatores que podem desempenhar um papel fundamental na prevenção e no apoio aos adolescentes que enfrentam desafios relacionados à autolesão, visando a sua saúde e seu bem-estar integral.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: D

Comentário: A autolesão não é um comportamento incomum entre adolescentes; ela pode se manifestar de várias formas, como cortes, raspagens, queimaduras, arranhões ou socos em si mesmo. É um desvio da dor interna para uma dor externa. A autolesão nem sempre está associada à ideação suicida.

Atividade 2 // Resposta: C

Comentário: A automutilação compulsiva se refere a um comportamento que é automático; a pessoa não pensa muito antes de agir. Geralmente, ela ocorre em resposta a uma ânsia repentina de se machucar e promove um alívio da ansiedade.

Atividade 3 // Resposta: B

Comentário: A idade da primeira autolesão, segundo relatos dos adolescentes, se situa entre 11 e 15 anos. A ocorrência é mais frequente em meninas e na raça branca.

Atividade 4 // Resposta: D

Comentário: O isolamento é considerado um fator de risco social, e não individual, para a autolesão.

Atividade 5 // Resposta: B

Comentário: O objetivo do manejo é que o paciente se sinta acolhido e ouvido, mediante a criação de diferentes canais para ele se expressar.

Atividade 6 // Resposta: C

Comentário: É importante atentar ao tom da conversa, para evitar a interpretação de que a culpa é de quem pratica.

Atividade 7 // Resposta: D

Comentário: A família é um fator de proteção essencial contra a automutilação. Os responsáveis pelo adolescente devem dar amor, estar abertos ao diálogo, demonstrar interesse na vida dele, conhecer os amigos e as redes sociais que ele usa, estar em comunicação direta com a escola e os demais ambientes que ele frequenta. Há, também, pontos negativos que agravam os casos, como instabilidade familiar, rejeição paterna e/ou materna, falta de suporte familiar, relações parentais conflituosas, separação dos pais, uso de álcool e outras drogas na família, críticas, falta de afeto, desacordo familiar e falta de envolvimento na vida do adolescente.

Atividade 8

RESPOSTA: São fatores de risco para automutilação apresentados pela paciente do caso clínico: humor depressivo; separação dos pais; bullying; tempo excessivo de exposição a redes sociais; orientação sexual; falta de diálogo com os responsáveis.

Atividade 9

RESPOSTA: Quanto à necessidade de internamento hospitalar da paciente do caso clínico, isso depende da presença ou não de ideação suicida, o que precisa ser investigado. Caso não haja, não há necessidade de internamento. A automutilação nem sempre tem relação com a ideação suicida.

Atividade 10

RESPOSTA: É necessário conduzir um manejo integral da adolescente, envolvendo a escola, a família e o sistema de saúde. Ela deve ser acompanhada por profissionais médico e psicólogo, bem como ser estimulada a participar de atividades em que possa se expressar. Em associação a isso, o uso de internet precisa ser reduzido gradualmente. O objetivo é permitir que a adolescente se expresse livremente, sem julgamentos, e seja acolhida.

Referências

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Autoras

FERNANDA ARECO COSTA FERREIRA TORRES // Especialista (Residência Médica) em Pediatria pelo Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Curitiba/PR. Preceptora da Residência em Pediatria do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Curitiba/PR.

DARCI VIEIRA DA SILVA BONETTO // Especialista (Residência Médica) em Pediatria pelo Hospital de Crianças César Pernetta, Curitiba/PR. Preceptora da Residência em Pediatria do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Curitiba/PR.

ANDREZA IOLANDA APATI PINTO // Especializanda (Residência Médica) em Pediatria pelo Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Curitiba/PR.

RAÍZA DA CUNHA // Especializanda (Residência Médica) em Pediatria pelo Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Curitiba/PR.

Como citar a versão impressa deste documento

Torres FACF, Bonetto DVS, Pinto AIA, Cunha R. Avaliação e manejo do adolescente com autolesão. In: Sociedade Brasileira de Pediatria; Simon Junior H, Pascolat G, organizadores. PROEMPED Programa de Atualização em Emergência Pediátrica: Ciclo 8. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2024. p. 31-48. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 1).

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