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CLIMATÉRIO E TRANSTORNOS DO HUMOR: DIAGNÓSTICO E CONDUTA

Marco Aurélio Albernaz

Líllian Lacerda Viana

Ana Plycila Botelho Chaves

Ane Juliane Rodrigues Wachholz

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer a importância do estrogênio na regulação do humor feminino;
  • diferenciar manifestações típicas do climatério de quadros depressivos mais importantes;
  • identificar as diferentes opções terapêuticas para os transtornos de humor no climatério.

Esquema conceitual

Introdução

A perimenopausa é considerada por alguns autores como um fator de risco independente para depressão em mulheres. Por isso, o ginecologista deve se manter atento aos sinais e sintomas depressivos e ser capaz de diferenciar os casos de mulheres com sintomas que não caracterizam depressão, mas que estão diretamente relacionados ao hipoestrogenismo: mulheres cujo quadro depressivo foi desencadeado pelas alterações próprias do climatério e mulheres com quadros depressivos prévios que independem do status hormonal.

A diferenciação nem sempre é fácil em uma primeira avaliação, mas é de suma importância, uma vez que a abordagem terapêutica é distinta para cada caso.1–4

No decorrer do capítulo, será abordado o papel do estrogênio (E) na regulação do humor feminino, bem como o motivo pelo qual o hipoestrogenismo só cursa com sintomas depressivos-like.1–4

O surgimento ou a exacerbação de sintomas e sinais depressivos no climatério também podem ser secundários aos distúrbios do ciclo sono-vigília provenientes do impacto das manifestações vasomotoras. Essa hipótese é descrita como “efeito dominó”, a qual implica que a depressão na pós-menopausa seria secundária ao impacto dos sintomas físicos, em especial dos vasomotores, no bem-estar da mulher.1–4

Nos casos em que a mulher já apresenta um quadro do espectro depressivo e está no climatério, o papel do psiquiatra é ainda mais importante. Nestes, o ginecologista age no rastreamento diagnóstico e no oportuno encaminhamento de sua paciente.1–4

Alguns outros fatores também estão significativamente associados ao maior risco de depressão no climatério, como transtorno disfórico pré-menstrual prévio, expectativas e percepções negativas a respeito do climatério, doença crônica durante a menacme, obesidade mórbida e eventos estressores.1–4

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