- Introdução
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo — depois do câncer de pele não melanoma — e responde por cerca de 25% dos novos casos a cada ano. A doença também pode afetar homens, em uma condição rara, sendo apenas 1% do total de casos da doença.1
A maioria dos casos de câncer de mama não está relacionada à predisposição genética hereditária, apenas 5 a 10% fazem parte desse grupo, estando os outros 90 a 95% relacionados a uma associação de fatores de risco. A neoplasia é relativamente rara antes dos 35 anos de idade; a partir dessa idade, a incidência cresce progressivamente, em especial após os 50 anos de idade.1
Tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento há um aumento da incidência do câncer de mama, conforme estatísticas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (IncaInstituto Nacional de Câncer), a estimativa para 2018–2019 é de 59.700 novos casos da doença.1
As estratégias para a diminuição da incidência do câncer de mama incluem redução dos fatores de risco e incentivo dos fatores protetores possíveis, indicado para todos os grupos de pacientes, discussão do uso de quimioprevenção para pacientes de risco moderado e discussão de mastectomia redutora de risco para pacientes selecionadas de risco alto.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- distinguir os principais fatores de risco conhecidos para câncer de mama;
- avaliar as principais indicações para o uso de quimioprevenção no câncer de mama;
- abalizar o grupo de pacientes que pode se beneficiar de cirurgia mamária redutora de risco;
- listar as principais ferramentas para cálculo de risco de câncer de mama;
- identificar pacientes com risco habitual para desenvolver câncer de mama, risco moderado e risco alto.
- Esquema conceitual