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Conduta nas estenoses biliares

Autor: Francisco Antônio Araújo Oliveira
epub-BR-PROENDOGASTRO-C2V2_Artigo2

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • diferenciar estenose biliar benigna e maligna;
  • recomendar condutas em terapia endoscópica nos casos de estenose biliar benigna e maligna.

Esquema conceitual

Introdução

Estenoses biliares devem ser preferencialmente tratadas em centros de referência. Considera-se estenose biliar quando o diâmetro do lúmen afetado é inferior a 75% do lúmen proximal da via biliar. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) oferece inúmeras modalidades de tratamento, como dilatações balonadas, uso de stents plásticos ou metálicos e coleta citológica para diagnóstico preciso. Casos em que não se conseguiu determinar o diagnóstico na primeira CPRE devem ser referenciados para centros terciários para uso de colangioscopia e ecoendoscopia (EUS) intervencionista.

A estratégia terapêutica depende do local da estenose, do diâmetro do lúmen, da etiologia, dos acessórios disponíveis e se há proposta cirúrgica adicional ou paliação definitiva. Em geral, stents plásticos devem ser trocados ou adicionados a cada 3 meses, e o tempo de tratamento é de 1 ano. Se forem utilizados stents metálicos autoexpansíveis (SEMSs), não é necessária a troca, e o tempo de tratamento é de 6 meses. Casos de paliação definitiva não necessitam de troca.

As estenoses biliares pós-transplante podem comprometer a viabilidade do enxerto; portanto, merecem ser prontamente diagnosticadas e tratadas adequadamente. Os stents metálicos ancorados podem ser usados para diminuir a taxa de migração. A colangioscopia torna-se útil quando não se consegue progressão do fio-guia à montante da estenose ou se deseja coletar material histológico para análise. Portanto, cada caso merece ser individualizado para oferecer o diagnóstico preciso e a terapêutica orientada.

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