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Varizes Gástricas e Ectópicas Duodenais: Terapêutica Endoscópica Direta versus Guiada por Ecoendoscopia

Autores: Sylon Ribeiro de Britto Júnior , Victor Rossi Bastos , Carlos Robles-Medranda
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever as varizes gástricas (VGs) e ectópicas duodenais (VDs);
  • revisar a literatura atual sobre o manejo das VGs e VDs;
  • comparar as diversas modalidades de terapêutica endoscópica;
  • identificar os principais efeitos adversos (EAs) pós-procedimento.

Esquema conceitual

Introdução

As VGs e VDs são descritas como dilatações venosas submucosas da parede gástrica e duodenal. Na ecoendoscopia, apresentam-se como imagens anecoicas, bem delimitadas, algumas vezes alongadas, com sinal doppler positivo, de tamanho variado, localizadas na terceira camada ecográfica (submucosa). Os primeiros relatos de VG foram descritos por Staldelmann em 1913, estando associados à hipertensão portal (HP).1

As VGs são complicações bem conhecidas da HP, presentes em até um terço dos pacientes cirróticos, apresentando uma taxa de mortalidade de 20% em 6 semanas após o primeiro episódio de sangramento. É importante registrar que o sangramento das VGs pode representar até 5% de todos os tipos de sangramento varicoso.2-4

As varizes duodenais são associadas a um alto gradiente de pressão portal, podendo ser evidenciada em paciente com HP cirrótica ou não cirrótica. São mais raras de serem encontradas em comparação com as esofágicas e gástricas, representando entre 1 e 5% dos sangramentos varicosos, porém com mortalidade mais elevada, chegando a cifras de 40%.2-4

Observa-se a correlação direta entre o grau de disfunção hepática e a gravidade dos desfechos do sangramento dessas varizes. Utilizando a escala de Child-Pugh, pode-se categorizar a apresentação das varizes, sendo que os pacientes Child A têm VG em 40% dos casos, enquanto os pacientes Child C podem apresentar em até 85%.5,7

O gradiente de pressão portal tem associação com o risco de sangramento e a presença das varizes, sendo que um gradiente acima de 16mmHg tem maior risco de sangramento e ressangramento, já em um gradiente acima de 20mmHg há maior risco de falha terapêutica.5,7

Neste capítulo, é apresentada uma revisão da literatura, descrevendo, de forma comparativa, as modalidades endoscópicas disponíveis para o tratamento de VG e VD utilizando injeção de cianoacrilato.

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