Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer as definições e conceitos em medicina paliativa;
- identificar os pacientes com necessidade de cuidados paliativos;
- identificar os sintomas mais comuns que demandem cuidados paliativos;
- praticar, de forma adequada, a comunicação de más notícias;
- discutir sobre os objetivos de cuidados e planos de tratamento.
Esquema conceitual
Introdução
Os departamentos de emergência recebem pacientes com uma ampla variedade de condições clínicas, desde traumas agudos até aqueles com doenças terminais. O foco principal do departamento de emergência é a avaliação rápida e o atendimento clínico agudo, tendo em vista a transferência dos pacientes para contextos clínicos apropriados de maneira oportuna e eficiente.1
A nova era tecnológica e científica que a medicina presencia está imersa no paradoxo entre vida e morte. De um lado, por meio do desenvolvimento de novas terapêuticas, a medicina curativa eleva a expectativa de vida e reduz as taxas de mortalidade. De outro, o aumento na prevalência do câncer e de doenças crônico-degenerativas exige uma medicina que, mesmo sem garantia de cura, melhore a qualidade de vida e garanta uma morte digna.2
Os idosos com doenças graves que se apresentam ao departamento de emergência podem exigir atenção para condições de risco imediato de vida ou podem estar sofrendo de sintomas físicos graves, sofrimento psicológico, fardos do cuidador e crises psicológicas ou espirituais não reconhecidas. O cuidado dos pacientes com doenças graves deve concentrar-se em tratamentos de acordo com os objetivos que promovam as preferências e os valores do paciente.3
As abordagens e intervenções de cuidados paliativos na sala de emergência podem representar uma oportunidade para iniciar um suporte físico, espiritual e psicológico ideal.4