Introdução
A denominação desordem do espectro da neuropatia auditiva (DENA) foi criada para acomodar diversas situações clínicas de alterações auditivas em que há provável comprometimento do sistema nervoso auditivo. Isso ocorreu quando pesquisadores que lidam com o diagnóstico da deficiência auditiva neonatal reunidos em Como, Itália, discutiram e produziram guidelines para o manejo de pacientes pediátricos em suas diferentes formas de apresentação.1
Embora a citada publicação reconheça a variedade de apresentações relacionada à condição da presença de emissões otoacústicas (EOAs) e à falha na obtenção de potenciais auditivos evocados de tronco encefálico (PEATEs), ainda resta uma lacuna, em função da falta de referência aos pacientes diagnosticados em um momento posterior à triagem auditiva neonatal.2
Dessa forma, serão descritas neste capítulo algumas das possibilidades clínicas dentro do que se conhece atualmente por neuropatia auditiva, com ênfase na apresentação clínica e nas respectivas possibilidades de diagnóstico topográfico. Tal abordagem tende a ser mais prática no sentido de identificar a disfunção e estabelecer as alternativas mais adequadas de tratamento.
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- compreender as condições mais frequentemente descritas no que se denomina espectro da neuropatia auditiva;
- identificar a apresentação clínica e os diagnósticos etiológico e topográfico da neuropatia auditiva;
- reconhecer as opções de tratamento para cada uma das neuropatias auditivas.