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DIABETES VERSUS GLICOCORTICOIDES

Fernanda Perin Maia Starck

Rosângela Roginski Réa

Diabetes versus glicocorticoides - Secad

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • compreender a diferença entre os glicocorticoides (GCs);
  • fazer o diagnóstico do diabetes induzido por GCs;
  • reconhecer quais pacientes apresentam fatores de risco; realizar o rastreamento;
  • entender a fisiopatologia desse tipo de diabetes;
  • realizar o diagnóstico e estabelecer metas glicêmicas para os pacientes;
  • estabelecer a melhor abordagem terapêutica.

Esquema conceitual

Introdução

Os GCs são medicamentos com importante ação anti-inflamatória e imunossupressora. Desde 1950, são amplamente utilizados em uma série de doenças, como distúrbios reumatológicos (como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico), doenças pulmonares (como asma), doença renal (como glomerulonefrite), entre várias outras.1,2

Até 0,9% da população geral utiliza essa medicação em qualquer momento analisado, com maior utilização (2,5%) observada em indivíduos entre 70 e 79 anos. Além disso, aproximadamente 25% dos pacientes devem fazer uso durante mais de 6 meses.3 Assim como seus benefícios, seus efeitos colaterais são bem conhecidos e incluem hipertensão arterial sistêmica, osteoporose e diabetes; por isso, reconhece-se que devem ser utilizados na dose mínima eficaz e pelo período mais curto possível.1,2

Os GCs estão entre as medicações mais frequentemente associadas ao desenvolvimento de hiperglicemia e diabetes mellitus (DM). Além de provocarem a disglicemia, podem agravar a hiperglicemia em pacientes com diabetes prévio, ou facilitar seu desenvolvimento em pacientes predispostos, porém aparentemente saudáveis, o que se denomina “DM induzido por GCs”, condição negligenciada por muitos profissionais de saúde, mas que está associada a uma série de comorbidades e apresenta risco de agravar comorbidades subjacentes.1

Estudos mostram a improbabilidade de que o desenvolvimento de hiperglicemia esteja necessariamente relacionado à existência de uma doença de base, visto que anormalidades no metabolismo da glicose também foram observadas em estudos experimentais em indivíduos saudáveis.3

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