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DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DISPOSIÇÃO PARA CONTROLE DA SAÚDE MELHORADO EM PESSOAS COM RISCO DE GLICEMIA INSTÁVEL E DE PRESSÃO ARTERIAL INSTÁVEL

Rafaella Pessoa Moreira

Isaura Leticia Tavares Palmeira Rolim

Janiel Ferreira Felício

Emilia Soares Chaves Rouberte

Júlio César Vieira Ferreira

Glauciano de Oliveira Ferreira

Diagnóstico de enfermagem Disposição para controle da saúde melhorado - Secad

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • apresentar o Diagnóstico de Enfermagem (DE) Disposição para controle da saúde melhorado (00162) para pessoas com risco de glicemia instável e de pressão arterial instável;
  • indicar resultados de enfermagem relacionados ao DE Disposição para controle da saúde melhorado em pacientes com risco de glicemia instável e de pressão arterial instável;
  • identificar intervenções de enfermagem da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC, do inglês, Nursing Interventions Classification) aplicáveis a pacientes com o DE Disposição para controle da saúde melhorado;
  • descrever como deve ser feita a avaliação do paciente com o DE Disposição para controle da saúde melhorado.

Esquema conceitual

Introdução

O enfermeiro é um profissional que atua na atenção primária à saúde (APS), desempenhando um importante papel na prevenção de doenças e na promoção da saúde da população. Esse profissional pode ser um forte influenciador na implementação de comportamentos relacionados à saúde por pessoas que são atendidas em consultas de rotina, acompanhamentos e visitas domiciliares, com vistas à adoção de mudanças saudáveis que favoreçam uma maior disposição para o controle de sua condição de saúde. Uma população que pode se beneficiar da assistência de enfermagem é a de pessoas com risco de glicemia instável e de pressão arterial instável.

O enfermeiro, ao utilizar o processo de enfermagem, conforme previsto na Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) nº 358, de 15 de outubro de 2009,1 realiza a coleta de dados por meio da anamnese e do exame físico para a elaboração de DEs. Com o foco no alcance dos resultados desejados, ele traça as intervenções de enfermagem. Todo o processo deve ser avaliado constantemente.

Ao considerar as doenças crônicas, o diabetes melito (DM) e a hipertensão arterial (HA) merecem destaque, pois sua incidência aumenta a cada ano em todo o mundo, trazendo sérias consequências para os pacientes e seus familiares. Há, ainda, uma sobrecarga dos sistemas de saúde, em razão das alterações cardiovasculares e cerebrovasculares provenientes dessas doenças. Isso aponta para a importância de promover o controle da saúde nos pacientes que têm os DEs Risco de glicemia instável (no caso de DM) e Risco de pressão arterial instável (como na presença de HA). Dentre as formas de controle da saúde nessas situações, destacam-se:

  • controle dos fatores de risco, por exemplo:
    • sedentarismo;
    • hábitos alimentares inadequados;
    • níveis pressóricos e glicêmicos alterados;
  • adesão à terapêutica medicamentosa.

São aspectos importantes, ainda, a monitoração de sinais e sintomas, a prevenção de complicações associadas e a criação de hábitos de autocuidado e metas responsáveis.

Ressalta-se a necessidade de o enfermeiro identificar, além dos fatores de risco supracitados, as características definidoras que indiquem a presença do DE Disposição para controle da saúde melhorado na população em discussão neste capítulo. Após a inferência desse diagnóstico, ele deve avaliar quais resultados deseja atingir e implementar intervenções de enfermagem apropriadas que conduzam ao alcance de tais resultados, sempre avaliando todo o processo.Elaboração do diagnóstico de enfermagem