Entrar

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E GESTAÇÃO

Autores: Joelma Queiroz Andrade, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, Adriana Lippi Waissman
epub_All_Artigo4
  • Introdução

O lúpus eritematoso sistêmico (LESlúpus eritematoso sistêmico) é a doença autoimune mais frequente na mulher em idade fértil. Nas pacientes portadoras da doença, a gestação é de alto risco, apesar da redução importante da morbidade e mortalidade materna e fetal nos últimos anos.

A atividade do LESlúpus eritematoso sistêmico pode ocorrer durante a gestação, aumentando o risco de complicação materna e fetal; no entanto, a gravidez não interfere na evolução natural da doença.

O prognóstico da gestação é melhor quando o LESlúpus eritematoso sistêmico não está em atividade por um período superior a 6 meses. Os sinais e os sintomas da atividade da doença podem ser difíceis de distinguir das alterações fisiológicas da gravidez, isso dificulta ou retarda o diagnóstico da atividade do LESlúpus eritematoso sistêmico, durante esse período.1

Reconhecer e tratar adequadamente a atividade do LESlúpus eritematoso sistêmico e a pré-eclâmpsia é difícil, tanto pela dificuldade de diferenciação entre atividade renal da doença e a pré-eclâmpsia quanto pela toxicidade dos fármacos que são utilizados.

Há maior risco de perda fetal, especialmente nas gestantes portadoras de anticorpos antifosfolípides, de prematuridade, de restrição de crescimento intrauterino (RCIUrestrição de crescimento intrauterino) (fetos pequenos para a idade gestacional [PIGpequenos para a idade gestacional]) e de lúpus neonatal com alteração do ritmo cardíaco fetal. Para o sucesso da gestação é necessária uma avaliação multidisciplinar dessas pacientes e um controle rigoroso no pré-natal. A detecção precoce da atividade do LESlúpus eritematoso sistêmico, o tratamento com fármacos permitidos nesse período e o diagnóstico das complicações fetais são fundamentais.

Diferentes publicações mostram que na gestação e no puerpério existe risco elevado de atividade do LESlúpus eritematoso sistêmico, podendo variar de 25 a 60%. Essa variação pode ser atribuída tanto pela heterogeneidade dos estudos quanto pela diferença de definição de atividade da doença utilizada. Alguns fatores estão associados com a atividade da doença nos 6 meses prévios à concepção, história de nefrite lúpica e suspensão da cloroquina no início da gestação.1

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a importância da orientação pré-concepcional de pacientes portadoras de LESlúpus eritematoso sistêmico;
  • revisar as condutas indicadas para acompanhamento, no pré-natal, de gestantes portadoras de LESlúpus eritematoso sistêmico;
  • identificar os fármacos permitidos na gestação para tratamento do LESlúpus eritematoso sistêmico;
  • reconhecer as complicações relacionadas à doença;
  • compreender as estratégias para acompanhamento da vitalidade fetal.
  • Esquema conceitual
×
Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
Já tem uma conta? Faça login