- Introdução
Reserva ovariana (ROReserva ovariana) pode ser definida como a quantidade de folículos ovarianos disponíveis para recrutamento, representando o potencial funcional do ovário pelo número e pela qualidade oocitária.1 Nessa definição, misturam-se três conceitos: quantidade de óvulos, qualidade de óvulos e potencial de fertilidade.
A ROReserva ovariana reduz com o avançar da idade, e isso é um fato esperado. Porém, em algumas mulheres, ela não coincide com a idade biológica. Uma baixa ROReserva ovariana indica redução na quantidade de folículos ovarianos ou na qualidade dos óvulos em mulheres em idade reprodutiva. É uma causa importante de infertilidade e um fator limitante para o sucesso dos tratamentos. Isso porque, em geral, quanto maior for o número de óvulos, maior será a chance de gestação, e vice-versa.
Embora seja difícil prever a taxa de declínio da ROReserva ovariana, os ginecologistas são frequentemente solicitados para aconselhamento sobre o potencial de fertilidade e/ou recomendações sobre a busca de opções de tratamento de fertilidade. Esses fatos, associados à tendência de postergar a maternidade, levaram à necessidade da avaliação da ROReserva ovariana. Os testes empregados com essa finalidade e sua utilidade clínica no manejo das pacientes com baixa ROReserva ovariana serão discutidos neste artigo.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- conceituar ROReserva ovariana;
- indicar a avaliação da ROReserva ovariana;
- interpretar os testes de ROReserva ovariana (TROstestes de RO);
- manejar pacientes com baixa ROReserva ovariana.
- Esquema conceitual