- Introdução
Os nascimentos pré-termo apresentam alta taxa de morbidade e mortalidade. Por ano, cerca de 1,1 milhão de bebês morrem de complicações do nascimento pré-termo.1 Essas complicações representam a principal causa de morte entre crianças abaixo dos 5 anos de idade, sendo que os que sobrevivem podem apresentar sequelas importantes, com alto custo social e econômico. No Brasil, a taxa de prematuridade está em 12%.2,3
A redução das taxas de prematuridade, especialmente entre os pré-termo extremos e precoces, bem como a melhoria das condições perinatais, faz parte das metas de desenvolvimento do milênio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma das propostas para a redução dos casos de prematuridade pode ser a utilização, em condições clínicas específicas, do pessário cervical em gestações de alto risco de nascimento pré-termo, além do uso da progesterona vaginal.
O objetivo deste artigo é, frente às altas taxas de prematuridade no mundo, alertar sobre a importância do rastreamento contínuo dos fatores de risco e a possibilidade de cuidados e ações para diminuição dessa grave ocorrência. Em especial, espera-se que este artigo auxilie o leitor a definir pacientes de risco e que possam se beneficiar do uso da progesterona e/ou do pessário cervical.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- empreender o rastreamento contínuo de fatores de risco para prematuridade;
- definir as pacientes elegíveis para uso de progesterona;
- identificar casos especiais e definir quais gestantes se beneficiariam do uso do pessário cervical.
- Esquema conceitual