Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- listar os fatores de risco para a ocorrência de adenoidectomia revisional;
- reconhecer as vantagens do uso da videoendoscopia na adenoidectomia em relação à cirurgia controlada unicamente pela palpação (“às cegas”);
- descrever as técnicas de adenoidectomia com aspirador–cautério, microdebridador e ablação por Coblation®;
- reconhecer e identificar a cápsula amigdaliana para a realização de técnicas intracapsulares;
- comparar as tonsilectomias (amigdalectomias) realizadas de forma intra e extracapsular quanto a riscos de complicações e morbidade pós-operatória.
Esquema conceitual
Introdução
A adenoidectomia é, ainda hoje, um dos procedimentos mais realizados em crianças. Suas principais indicações incluem o tratamento das seguintes alterações:1
- condições obstrutivas (obstrução nasal e apneia obstrutiva do sono [AOS]);
- mau funcionamento da tuba auditiva (otite média crônica com efusão);
- infecções crônicas e recorrentes associadas aos biofilmes (sinusites e otites).
Na última década, observou-se aumento na incidência de crianças submetidas à cirurgia de adenoidectomia, e em idades mais precoces,1 o que provavelmente é consequência da maior facilidade de acesso aos métodos diagnósticos e dos avanços nas técnicas anestésicas.2
A cirurgia de remoção das amígdalas (tonsilas palatinas) é frequentemente realizada em crianças e adultos para o tratamento da AOS e das amigdalites recorrentes. Segundo as diretrizes da American Academy of Otolaryngology — Head and Neck Surgery,2 a tonsilectomia desempenha papel importante na resolução dos distúrbios respiratórios do sono relacionados à hipertrofia amigdaliana em crianças.3
Embora a adenoidectomia seja realizada em conjunto com a tonsilectomia na grande maioria dos casos, elas são consideradas procedimentos cirúrgicos distintos. Neste capítulo, essas cirurgias serão abordadas de forma independente.