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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NESTE VOLUME

Elvino José Guardão Barros

epub-BR-PROTERAPEUTICA-C9V4_Suplemento4

SUPLEMENTO:

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 4 do Ciclo 9 do PROTERAPÊUTICA.

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VO

Via oral

ALTEPLASE

Grupo farmacológico. Trombolítico; transforma o plasminogênio em plasmina.

Apresentação. Fr-amp com 50mg de alteplase acompanhado de 50mL de diluente.

Usos. Tratamento do IAM com supradesnível do segmento ST, AVE isquêmico, TEP.

Contraindicações. Absolutas: hemorragia cerebral no passado, AVE no último ano, tumor intracraniano, dissecção de aorta. Relativas: pericardite, cirurgia de grande porte ou trauma grave no último mês precedente, sangramento digestivo e geniturinário, outros eventos cerebrovasculares no passado, neurocirurgia prévia, distúrbios de coagulação, HAS grave (>180/110mmHg), reanimação cardiopulmonar prolongada (superior a 10 min), gestação e úlcera péptica ativa.

Posologia.

  • Adultos: IAM: bolo IV de 15mg, seguido por 0,75mg/kg por 30 min (não exceder 50mg) e, após, 0,5mg/kg durante 1 h. TEP: 100mg em 2 h. AVE isquêmico: 0,9mg/kg, 10% em bolo em 1 min, e o restante em 1 h.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: Ataque: administrar em bolo direto, sem diluição em soro. Manutenção: diluir em SF 0,9%, na concentração de 0,5mg/mL (50mg do medicamento em 100mL de soro) e administrar de 1-2 h.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, heparina, AINEs, dipiridamol, ticlopidina e clopidogrel: há aumento do risco de sangramentos.
  • Ácido aminocaproico: pode reduzir os efeitos da alteplase.

Lactação. Usar com precaução.

ESMOLOL

Grupo farmacológico. Agente antiarrítmico, betabloqueador, β1 seletivo.

Apresentações. Frasco-ampola 10mg/mL e 250mg/mL com 10mL.

Usos. Tratamento da taquicardia supraventricular, fibrilação atrial, hipertensão.

Contraindicações. Hipersensibiliodade ao esmolol, bradicardia, choque cardiogênico, falência cardíaca não compensada, hipotensão, gravidez.

Posologia.

  • Adultos: 500µg/kg em 1 min, seguido de infusão contínua a 50µg/kg/min (máximo de 300µg/kg/min). Se houver resposta inadequada após 5 min, repetir 500µg/kg em bolo e, após, titular infusão contínua até 200µg/kg/min.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto em 2 min; Para infusão, diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 10mg/mL. A apresentação de 100mg já vem pré-diluída e é recomendada para a administração em bolo; já a apresentação de 2.500mg é concentrada e necessita de diluição e, por isso, não pode ser administrada diretamente por via intravenosa.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Inibidores da acetilcolinesterase, antimaláricos, amiodarona, bloqueadores dos canais de cálcio, IMAOs: o uso concomitante poderá aumentar os níveis plasmáticos de esmolol.

Tu Lactação. Usar com precaução.

FENITOÍNA

Grupo farmacológico. Antiepiléptico e antiarrítmico classe IB; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimido de 100mg; ampola com 50mg/mL em 5mL; suspensão oral com 25mg em frasco de 120mL.

Usos. Crises tônico-clônicas, crises parciais simples e complexas, prevenção de convulsões após trauma ou neurocirurgia. Arritmias causadas por toxicidade por digitálicos, epidermólise bolhosa.

Contraindicações. Bloqueio AV de 2º ou 3º graus, doença do nó sinusal, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: iniciar com ataque IV de 10-15mg/kg, pode ser fracionada; dose máxima de 1g; dose de manutenção de 300mg/dia, IV, em três doses. Na manutenção do tratamento anticonvulsivante: 300mg/ dia, VO, distribuídos normalmente em 3 tomadas. Nas arritmias: ataque de 1g, VO, em 24 h; ou 100mg, de 5/5 min, IV, até 1g; manutenção: 200-600mg/dia, VO.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. A presença de alimentos minimiza potenciais efeitos gastrintestinais; recomenda-se administrar sempre da mesma forma em relação à presença de alimentos (com ou sem).
  • Via sonda: os comprimidos podem ser macerados e misturados em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a solução oral via sonda, diluindo-se a dose em 20mL de água a fim de diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: a dieta enteral (SNG) deve ser pausada 1-2 h antes e deve ser reiniciada 1-2 h após a administração do medicamento, pois os níveis plasmáticos da fenitoína poderão reduzir-se em cerca de 70-80% quando administrado com dietas enterais contínuas.
  • Via endovenosa: Bolo: direto, sem diluir a dose (irrigar o trajeto de infusão no final com SF 0,9% para evitar irritação venosa), a velocidade de infusão recomendada em adultos é de 20-50mg/min. IV/intermitente: administrar as soluções diluídas em 15 a 30 min, diluir a dose em 50-100mL de SF 0,9%.
  • Via intramuscular: não recomendada; evitar pelo risco de dor, dano ao tecido e absorção errática.
  • Via subcutânea: não recomendada; evitar pelo risco de dano ao tecido causado pelo alto pH da solução.

Interações medicamentosas.

  • Paracetamol: o uso concomitante poderá diminuir a efetividade do paracetamol e aumentar o risco de hepatotoxicidade.
  • Acetazolamida: poderá aumentar o risco de osteomalacia.
  • Aciclovir, ácido acetilsalicílico, cisplatina, bleomicina, carboplastina, carmustina, clorpromazina, ciprofloxacino, darunavir: o uso concomitante poderá diminuir as concentrações plasmáticas da fenitoína, diminuindo o efeito anticonvulsivante.
  • Amiodarona amitriptilina, cloranfenicol, cimetidina, claritromicina, clobazam, clomipramina, clopidogrel, azitromicina, capecitabina, carbamazepina: poderá aumentar os níveis plasmáticos da fenitoína, levando a toxicidade (ataxia, hiperreflexia, nistagmo, tremor).
  • Amprenavir, atorvastatina, betametasona, bussulfano, clozapina: o uso concomitante com fenitoína poderá reduzir a eficácia do outro medicamento.

Lactação. Não recomendado.

FENOBARBITAL

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; ativação de receptores GABA-A, o que leva a um aumento de fluxo de Cl- para dentro das células, hiperpolarizando-as.

Apresentações. Comprimidos de 50 e 100mg; solução oral com 40mg/mL em frasco de 20mL; ampola com 200mg/mL em 1mL.

Usos. Crises generalizadas tônico-clônicas, crises parciais simples e complexas, crises febris, sedação, prevenção e redução da bilirrubina em colestase crônica.

Contraindicações. Dispneia, obstrução da via aérea, porfiria, gestação (categoria de risco D) e depressão do SNC prévia.

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: dose de ataque de 15-18mg/kg/dose, dose máxima de 1g, dose de manutenção de 100-200mg/dia, VO, 1-2x/dia. Sedação oral: 30-120mg/dia, divididos em 2-3 vezes. Sedação pré-operatória, IM, EV, 100-200mg, 1 h antes do procedimento; hiperbilirrubinemia: 90-180mg/dia, divididos em 2 a 3 doses.

Modo de administração.

  • Via oral: a solução oral e os comprimidos podem ser administrados com água, leite ou suco de fruta.
  • Via sonda: para a administração via sonda, pode-se dispersar os comprimidos em 10mL de água e administrar imediatamente. Preferencialmente, administrar a solução oral via sonda, diluindo-se as gotas em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em igual proporção de soro (1:1), administrar em 3-5 min. IV/intermitente: diluir a dose em soro na concentração máxima de 30-130mg/mL. Não pode ser administrado rápido, no máximo 60mg/min, em adultos (> 60kg).
  • Via intramuscular: sim, não exceder 5mL por sítio em adultos.
  • Via subcutânea: não recomendado (risco de irritação local, dano ao tecido, necrose).

Interações medicamentosas.

  • Ácido valproico, primidona: o uso concomitante poderá aumentar a concentração plasmática do fenobarbital.
  • Petidina, diuréticos: poderão ter seus efeitos mais evidentes na presença de fenobarbital.
  • Colestiramina, ácido fólico, ácido folínico, piridoxina, rifampicina, anfetaminas: esses medicamentos poderão diminuir os níveis séricos do fenobarbital.
  • Paracetamol, nifedipino, cloranfenicol, ciclosporina, darunavir, doxiciclina, etoposido, irinotecano, lamotrigina, metadona, nilotinib, anticoncepcionais orais, oxcarbazepina, teofilina, nortriptilina, ácido valproico, voriconazol: o fenobarbital poderá reduzir os níveis séricos desses medicamentos, reduzindo seus efeitos.

Lactação. Não recomendado.

FENTANILA

Grupo farmacológico. Analgésico opioide sintético; atividade agonista sobre os receptores mü (mi).

Apresentações. Ampola com 50 μg/mL em 2, 5 ou 10mL; ampola com 78,5mg em 2, 5 ou 10mL; adesivo transdérmico com 12, 25, 50, 75 e 100μg.

Usos. Analgesia para dor aguda e intensa, medicação pré-operatória, adjuvante na anestesia geral e regional, dor crônica moderada-grave persistente (transdérmico).

Contraindicações. Transdérmico: depressão respiratória grave (exceto se o paciente está intubado), íleo paralítico, pacientes que requeiram analgesia por curto período, tratamento da dor aguda e intermitente, pacientes que não apresentam tolerância a opioides.

Posologia.

  • Adultos (o esquema posológico deve ser individualizado para cada paciente): Sedação/analgesia para pequenos procedimentos: 1 a 2μg/kg/ dose; a dose pode ser repetida em 30-60 minutos se necessário. Sedação contínua/analgesia: bolo, 1 a 2μg/kg, seguida de infusão contínua de 0,5-1μg/kg/hora; titular manutenção de 1-3μg/kg/hora. Dor crônica transdérmico: iniciar com adesivo de 50-100µg, trocar a cada 72 horas. Ver tabela de conversão da morfina oral para fentanil adesivo transdérmico.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser usado em bolo (não é necessário diluir), em 3 a 5 minutos; doses acima de 5µg/kg devem ser administradas em 5-10 minutos. Ou administrar em infusão contínua, conforme critério médico. A infusão rápida pode causar rigidez da parede torácica e musculatura esquelética, apneia, broncoespasmo e laringoespasmo.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim, como infusão contínua subcutânea (1µg/kg/hora), diluída na concentração de 25-30µg/mL.
  • Via transdérmica: aplicar o adesivo na pele íntegra e limpa (peito, costas, braço), evitar contato com calor. Pressionar o adesivo por 30 segundos.

Interações medicamentosas.

  • Nifedipino, nilodipino, desmopressina, selegina, moclobemida, fluoxetina, paroxetina: poderão ter seus níveis plasmáticos aumentados, podendo levar à toxicidade.
  • Clorpromazina, dasatinibe, nelfinavir, ritonavir, succinilcolina: os níveis plasmáticos do fentanil poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos do fentanil.

Lactação. Não recomendado.

HIDROCORTISONA

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Frasco-ampola com 100 e 500mg + diluente; frasco-ampola com 50mg/mL + 2mL diluente; frasco-ampola com 100mg/mL + 3mL diluente; frasco-ampola com 125mg/mL + 4mL diluente.

Usos. Insuficiência adrenocortical primária ou secundária, hiperplasia adrenal congênita, tratamento adjuvante na colite ulcerativa, antes de cirurgias ou em caso de trauma ou doença grave em pacientes com insuficiência adrenocortical duvidosa ou comprovada, asma grave.

Contraindicações. Infecção fúngica sistêmica.

Posologia.

  • Adultos: Em urgências (anafilaxia, asma aguda grave, interrupção acidental do corticoide), a dose habitual é de 100-500mg, IV, a cada 6 ou 8 h até que o paciente esteja estabilizado, geralmente entre 48 e 72 h. Na reposição por estresse ou cirurgia de médio porte após corticoterapia crônica recente ou em corticoterapia atual, 50mg, IV, 12 h antes ou 100mg, IV, no momento da indução; nas cirurgias de grande porte, 50mg, IV, 12 h antes e 100mg, IV, no momento da indução. Após, 50mg, IV, a cada 8 ou 12 h, durante 2-3 dias, em ambos os portes de cirurgia. Para colite ulcerativa, administração retal de 10-100mg, 1-2x/dia por 2-3 semanas.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: pode-se diluir a dose em soro na concentração máxima de 50mg/mL ou administrar direto (sem diluir em soro), em 3-5 min. IV/intermitente: diluir a dose em 100-250mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 30-60 min (concentração entre 2-5mg/mL). Restrição hídrica: diluir em 50mL de SF 0,9% ou SG 5% ou considerar concentração máxima para esses pacientes de 60mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, reconstituir o pó liofilizado de 100mg com 2mL de diluente.
  • Via retal: administrar na forma de enema, reter a solução por 1 h (preferencialmente à noite).

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: o uso concomitante poderá resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: poderá resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: poderá ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: poderá resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: poderá resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Indometacina: aumenta o risco de perfuração gastrintestinal.

Lactação. Usar com precaução.

INSULINA ASPART

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Suspensão injetável com 100U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial: 0,1U/kg em aplicação imediatamente antes das refeições.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa para controle de hiperglicemia, diluindo-se a dose em 0,05-1UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 min, antes da infusão, para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Também pode ser administrada em infusão subcutânea por bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino: poderá resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

INSULINA GLARGINA

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Frascos com 100U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: dose única diária. 50 a 75% da dose total diária deve ser insulina lenta. DM 2: dose inicial de 0,2U/kg em aplicação única diária.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Clonidina, carbonato de lítio, pentamidina, somatropina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia ou hiperglicemia.
  • Fluoxetina, octreotida, edeteato de cálcio: poderá ocorrer hipoglicemia.
  • Levotiroxina: poderá diminuir o efeito da insulina.

Lactação. Compatível.

INSULINA GLULISINA

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Frascos com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1U/kg aplicada imediatamente antes das refeições.
  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa, sob monitoração cuidadosa do paciente (monitorar glicose e potássio sérico). Diluir a dose na concentração de 0,05-1UI/mL em SF 0,9%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

INSULINA LISPRO

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frascos com 100U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1U/kg em aplicação imediatamente antes das refeições.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

INSULINA NPH

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frasco com 100 U/mL em 10mL e refil de caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 2–3 aplicações por dia, antes do café da manhã, antes do almoço e às 22 h. DM 2: dose inicial de 0,2 U/kg aplicada às 22 h. A dose pode ser aumentada conforme glicemias de jejum e pré-prandiais.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

INSULINA REGULAR

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frasco com 100 U/mL em 10mL e refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipo 1, DM tipo 2, UTI, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica, hipercalemia.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, 40 min antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1 U/kg em aplicação 40 min antes das refeições. Em UTI, cetoacidose, síndrome hiperosmolar: uso endovenoso, em bomba de infusão, com dose inicial de 0,1 U/kg/h e com ajuste conforme glicemia capilar. Pode ser utilizado bolo de insulina regular de 0,15 U/kg.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa, em infusão contínua, diluindo-se a dose em 0,05-1 UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 min antes da infusão para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim (preferencial), em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, I norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

METOPROLOL

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Betabloqueador; β-1 seletivo.

Apresentação. Tartarato de metoprolol: Comprimidos revestidos de 100mg; comprimidos simples de 100 e 200mg; ampolas e seringas preenchidas com 1mg/mL em 5mL. Succinato de metoprolol: comprimidos revestidos de liberação controlada de 25, 50, 100 e 200mg.

Usos. Cardiopatia isquêmica (angina estável, instável e pós-IAM), ICC, HAS, arritmias (reentrada nodal AV, reentrada AV, taquicardia sinusal inapropriada, síndrome do QT longo adrenérgico-dependente, taquicardia ventricular induzida pelo exercício, diminuição de resposta ventricular em fibrilação e flutter atrial, síncope vasovagal), profilaxia da migrânea.

Contraindicações. Doença do nó sinusal, bloqueio AV de 2º ou 3º graus, choque cardiogênico, hipotensão, acidose metabólica, distúrbio arterial periférico severo, feocromocitoma não tratado, ICC descompensada, asma brônquica, doença broncopulmonar obstrutiva crônica, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Arritmia: ataque: 5mg, IV; pode repetir 2x (máximo 15mg); manutenção: 100-200mg/dia, VO. Angina, hipertensão: iniciar com 50mg/2x/ dia e ir ajustando a dose em intervalos semanais; dose de manutenção de 100-450mg/dia em 2-3 doses, VO. Para o succinato de metoprolol (de liberação prolongada), pode-se iniciar 25-100mg/dia em uma única dose, com dose de manutenção de até 400mg/d. Na ICC, inicia-se com doses menores (12,5-25mg/dia), com aumentos graduais a cada 2 semanas, até 200mg/dia. No uso endovenoso (em especial no IAM): 1,5 a 5mg em 2 minutos, podendo-se repetir até 3 ampolas. Se houver necessidade de manter uso endovenoso, a dose de manutenção deve ser administrada a cada 6-12 horas (até 15mg a cada 3 horas podem ser necessários). Quando houver troca do tartarato de metoprolol para o succinato (liberação prolongada), a mesma dose diária total deve ser utilizada.

Modo de administração.

  • Via oral: Comprimidos de liberação imediata (tartarato): administrar com alimentos ou logo após os mesmos. Comprimidos de liberação prolongada (succinato): podem ser administrados com ou sem a presença de alimentos; não podem ser triturados ou esmagados, mas podem ser partidos ao meio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a suspensão oral preparada a partir do comprimido de liberação imediata (tartarato). Esses comprimidos podem ser triturados e o seu pó dissolvido em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: doses de 5mg são administradas em 2 minutos (rapidamente). IV/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9%, SG 5% ou Ringer e administrar em 30-60 minutos.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, cimetidina, ciprofloxacino, darunavir, diltiazem, doxazosina, nifedipino, nimodipino: o uso concomitante poderá resultar em hipotensão e/ou bradicardia.
  • Adrenalina: poderá resultar em hipertensão e/ou bradicardia.
  • Dipirona, ibuprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, meloxicam, naproxeno, fenobarbital: poderá diminuir os efeitos do metoprolol.
  • Atazanavir: poderá resultar em prolongamento do intervalo PR.
  • Celecoxibe, cinacalcet, citalopram, difenidramina, escitalopram, fluoxetina, hidralazina, paroxetina: poderá resultar em aumento nas concentrações plasmáticas do metoprolol (bradicardia, hipotensão, disfunção respiratória, falência cardíaca aguda, fadiga).
  • Glibenclamida, insulina, metformina: hipertensão, hipotensão e hipoglicemia.
  • Clorpromazina, digoxina: poderá resultar em aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos tóxicos.
  • Dobutamina: poderá resultar em diminuição nos efeitos desses medicamentos.

Lactação. Usar com precaução.

MIDAZOLAM

Grupo farmacológico. Hipnótico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Ampola com 5mg/mL em 3mL; ampola com 1mg/mL em 5mL; ampola com 5mg/mL em 10mL; comprimidos simples de 15mg; comprimidos revestidos de 7,5 e 15mg; solução oral com 2mg/mL em 10, 20, 30 e 120mL.

Usos. Insônia, sedação pré-procedimentos cirúrgicos e diagnósticos, indução e manutenção da anestesia, sedação prolongada em CTI, status epileticus.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Indução do sono: 15mg, VO, ao deitar; em casos de insônia terminal, dose no meio da noite. Sedação pré-procedimentos: 15mg, VO, 30-60 minutos antes do procedimento; 0,07-0,08mg/kg 30-60 minutos antes, IM; 0,02-0,04mg/kg repetidos a cada 5 minutos conforme necessidade IV. Status epileticus: 0,2mg/kg em bolo, IV, até 5mg; ou 0,05-0,3mg/kg/h, IV; ou 5-10mg, IM. Sedação durante ventilação mecânica: dose de ataque de 0,01-0,05mg/kg, acompanhados de infusão de 0,02mg-0,1mg/kg/h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da solução oral, mas o comprimido pode ser triturado e dissolvido em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose na concentração de 1-5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%, administrar em 2-5 minutos; IV/intermitente: Administrar lento (preferir bomba de infusão), diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim, na concentração de 1mg/mL.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intranasal: sim, utilizar seringa de 1mL e administrar em cada narina por 15 segundos.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, aprepitanto, atazanavir, atorvastatina, cimetidina, claritromicina, darunavir, verapamil, efavirenz, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, nelfinavir, nilotinib, omeprazol, posaconazol, verapamil, voriconazol: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos efeitos do midazolam (sedação excessiva, confusão mental, ataxia).
  • Carbamazepina, deferasirox, fenitoína, rifampicina, teofilina: os efeitos do midazolam poderão diminuir.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanil, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, tiopental: poderá ocorrer depressão respiratória.
  • Sevoflurano: poderá ocorrer potencialização dos efeitos anestésicos.
  • Talidomida: poderá ocorrer aumento na metabolização e no clearance do midazolam.

Lactação. Não recomendado.

MILRINONA

Grupo farmacológico. Inotrópico positivo; inibidor da fosfodiesterase.

Apresentação. Frasco-ampola com 1mg/mL em 20mL; ampola com 1mg/mL em 10mL.

Usos. ICC refratária, insuficiência ventricular esquerda aguda, choque cardiogênico refratário apesar do uso de dobutamina e/ou dopamina.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: dose ataque de 50μg/kg em 10 min, seguida de infusão IV cotínua de 0,375-0,750μg/kg/min. Dose máxima de 1,13mg/kg/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo (dose ataque): recomenda-se diluir a dose em 10-20mL (adultos) de SF 0,9% ou SG 5% para facilitar a administração, mas pode ser administrado sem diluir em soro, de 10-15 minutos (pediatria em 15 minutos). IV/contínuo (dose manutenção): diluir a dose em 50-200mL de SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Lactação. Usar com precaução

MORFINA

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Comprimidos de 10 e 30mg; cápsulas de liberação prolongada de 30, 60 e 100mg; solução oral (gotas) com 10mg/mL em 60mL; ampola com 10mg/mL em 1mL (para uso parenteral); ampola com 0,2mg/mL em 1mL sem conservante; ampola com 1mg/mL em 2mL.

Usos. Dor de intensidade severa, aguda ou crônica; alívio da dor no IAM e da dispneia no edema agudo de pulmão; medicação pré-anestésica; tratamento da dor pós-operatória via IV, SC, raquidiana ou peridural.

Contraindicações. Pressão intracraniana elevada, depressão respiratória grave (na ausência de equipamentos para ressuscitação e suporte ventilatório), crise asmática, hipercarbia, obstrução aérea alta, arritmia cardíaca, delirium tremens, íleo paralítico diagnosticado ou suspeito, gestação com uso prolongado ou em altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Dor aguda: 10-30mg, VO, a cada 4 horas (paciente em uso de opioides previamente podem necessitar de doses iniciais mais altas); 2,5-5mg, IV, SC e IM a cada 4 horas (pacientes em uso prévio de opioides podem necessitar de doses maiores). Dor crônica: não há dose máxima ou ótima para pacientes usuários de morfina por dor crônica; a dose apropriada é aquela que proporciona alívio da dor sem causar os efeitos adversos indesejados. A morfina de liberação prolongada não deve ser administrada no esquema “se necessário”, sendo boa alternativa para pacientes com dor crônica e quando o tratamento contínuo é necessário. Deve-se calcular a dose total de morfina diária e administrá-la na forma de comprimidos de liberação prolongada em 1 ou 2 tomadas diárias. Dose inicial para os comprimidos de liberação prolongada para pacientes sem uso prévio de opioides: 30mg 1x/dia. Ver tabelas anexas para conversão entre os diferentes opioides.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. As cápsulas (não as de liberação controlada) podem ser abertas e seu conteúdo misturado em papas de frutas e pudins (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, administrar a solução oral. As cápsulas (não as de liberação prolongada) podem ser abertas e seu conteúdo dissolvido em 10mL de água para administração (uso imediato). Recomendado que seja administrado via sonda nasogástrica e gastrostomias. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 0,5-5mg/mL, e administrar em 5 minutos ou mais; IV/ intermitente: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 5mg/mL, e administrar em 15-30 minutos; IV/contínuo: diluir a dose em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%, na concentração máxima de 1mg/mL. A administração endovenosa deve ser lenta, pois infusões rápidas estão relacionadas ao aumento dos efeitos adversos.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intratecal/epidural: utilizar somente morfina sem conservantes (preservativo); pode ser administrada sem diluir ou diluída em 5mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Alprazolam, bromazepam, carisoprodol, hidrato de cloral, clordiazepóxido, clobazam, clonazepam, codeína, dantroleno, diazepam, fentanil, flunitrazepam, linezolida, lorazepam, petidina, midazolam, fenobarbital: o uso concomitante poderá resultar em depressão respiratória.
  • Moclobemida, selegilina, rasagilina: excessiva depressão do SNC e respiratória, hipotensão.
  • Clorpromazina, ciclosporina, linezolida: aumento na depressão do SNC.
  • Cimetidina: o uso concomitante poderá potencializar os efeitos da morfina.
  • Gabapentina, metformina: o uso com morfina poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Esmolol: poderá resultar em bradicardia e hipotensão.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos esperados da morfina, com perda de eficácia.

Lactação. Usar com precaução.

NIMODIPINA

Grupo farmacológico. Antagonista dos canais de cálcio; di-hidropiridínico.

Apresentações. Cpr revestidos de 30mg; cpr de desintegração gradual de 90mg; sol injetável com 0,2mg/mL em 50mL; sol oral com 40mg/mL em 25mL.

Usos. Espasmo muscular por hemorragia subaracnoide por ruptura de aneurisma cerebral.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Espasmo muscular na hemorragia subaracnoide: 60mg, de 4/4h, durante 21 dias, iniciando em até 96 h depois do evento.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento deve ser administrado 1 h antes ou 2 após a ingestão de alimentos.
  • Via sonda: para administração via sonda nasogástrica, fazer uso da sol oral. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: IV/contínua: administrar em bomba de infusão, em acesso central. Iniciar com uma dose de 1mg/h de nimodipina (= 5mL de nimodipina, sol para infusão/h), durante 2 h (cerca de15 μg/kg de peso/h). Se o paciente tolerar, aumentar a dose após a segunda hora para 2mg/h de nimodipina (= 10mL de nimodipina sol para infusão/h, cerca de 30 μg/kg de peso/h). Pode ser diluído, na proporção de 1/4, em SF 0,9%, SG 5% ou Ringer lactato. Restrição hídrica: em caso de restrição de volume, o medicamento pode ser administrado puro, sem diluir em soro.
  • Via intramuscular/subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Zidovudina: pode haver aumento das concentrações plasmáticas da zidovudina.
  • Fluoxetina: o uso concomitante pode elevar as concentrações plasmáticas da nimodipina e reduzir os efeitos da fluoxetina.
  • Nortriptilina: pode ocorrer diminuição nos efeitos da nimodipina.
  • Diuréticos, IECAs, antagonistas de cálcio e outros anti-hipertensivos: pode ocorrer aumento do efeito hipotensor.

Lactação. Não recomendado.

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO (NITROPRUSSETO DE SÓDIO)

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Vasodilatador direto.

Apresentação. Frasco-ampola com 50mg/mL; ampola com 25mg/mL em 2mL; seringa com 3,5mg/mL em 0,35, 0,45 ou 0,60mL.

Usos. Crises hipertensivas. Situações em que se deseja reduzir agudamente a pré e/ou a pós-carga: dissecção aórtica, aumento do débito cardíaco na ICC.

Contraindicações. IC de alto débito, coartação de aorta, fístula arteriovenosa.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 0,3 a 0,5µg/kg/min. A dose usual é de 3µg/kg/dia. dose máxima de 10µg/kg/min.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: adultos: diluir a dose em 250-1.000mL de SG 5% e administrar em bomba de infusão. Proteger da luz. Restrição hídrica: considerar diluição na concentração máxima de 1.000µg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Óxido nítrico: poderá aumentar o risco de meta-hemoglobinemia.
  • Sildenafil: risco aumentado de potencialização de hipotensão.
  • Amifostina, anti-hipertensivos, rituximabe: o uso concomitante poderá resultar em aumento nas concentrações plasmáticas desses medicamentos, podendo desencadear efeitos tóxicos.
  • Metilfenidato: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do nitroprussiato de sódio.

Lactação. Não recomendado.

VERAPAMIL

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo; antagonista dos canais de cácio; não di-hidropiridínico.

Apresentações. Comprimidos com 80, 120 e 240mg. Ampola de 2,5mg/mL em 2mL.

Usos. HAS leve a moderada; angina de peito; miocardiopatia hipertrófica; arritmias (reentrada sinoatrial, taquicardia sinusal inapropriada, reentrada nodal AV, reentrada AV; diminui a resposta ventricular em pacientes com fibrilação e flutter atrial). A adenosina com o verapamil IV é a terapia de escolha para taquicardia atrial paroxística.

Contraindicações. Doença do nó sinusal, bloqueio AV de 2° ou 3° graus, choque cardiogênico, hipotensão arterial, ICC descompensada, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Posologia.

  • Adultos: Angina: iniciar com 80-120mg, 3x/dia (dose usual: 240-480mg/dia). Arritmia: ataque: 5-10mg, EV; manutenção: 160-480mg/dia, VO, a cada 12 h. HAS (verapamil de liberação prolongada): 120-240mg, VO, a cada 12 ou 24 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos, com um copo de água. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, diluir o medicamento em volume adequado de água ou fazer uso da suspensão oral a partir dos comprimidos de liberação imediata. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: administrar em 2-3 min. IV/contínuo: diluir a dose na concentração máxima de 2,5mg/mL, em SF 0,9% ou SG 5%. Não usar bolsas de PVC.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Adenosina, amiodarona, atenolol, carvedilol, esmolol, metoprolol, nadolol, prazosina, propanolol, sotalol: o uso concomitante poderá aumentar o risco de fibrilação ventricular, bradicardia e hipotensão.
  • Dantroleno: poderá ocorrer depressão cardíaca ou hipercalemia.
  • Amprenavir, cimetidina, claritromicina, fosamprenavir, itraconazol, lovastatina: poderá aumentar os níveis plasmáticos do verapamil.
  • Buspirona, carbamazepina, colchicina, ciclosporina, digoxina, fentanil, imipramina, carbonato de lítio, midazolam, nifedipino, fenobarbital, fenitoína, sirolimus, tacrolimus: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos desses medicamentos.
  • Oxcarbazepina: poderá ocorrer perda de eficácia da oxcarbazepina.
  • Dipirona, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno, tenoxicam: poderá ocorrer irritação gastrintestinal.
  • Atazanavir, eritromicina: o uso concomitante poderá potencializar efeitos de cardiotoxicidade.
  • Atorvastatina, sinvastatina, lovastatina: poderá aumentar risco de miopatia ou rabdomiólise.

Lactação. Não recomendado.

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