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USO DA ULTRASSONOGRAFIA INTRAOPERATÓRIA NAS RESSECÇÕES DE METÁSTASES HEPÁTICAS

Autores: Renata Tiemi Moreira de Resende , Eduardo Nacur Silva
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • verificar a importância da ultrassonografia utilizada no ato intraoperatório (USIO) no tratamento cirúrgico de pacientes com metástase hepática de tumores colorretais e neuroendócrinos;
  • avaliar o impacto da USIO no estadiamento tumoral e na avaliação anatômica do fígado;
  • relacionar a anatomia cirúrgica evidenciada pelo método de imagem aos achados patológicos durante a cirurgia;
  • reconhecer a importância da USIO no planejamento da abordagem cirúrgica.

Esquema conceitual

Introdução

O uso da ultrassonografia (USG) para realizar imagens do fígado é descrito há décadas. O desenvolvimento da USIO de cirurgias hepáticas iniciou-se em meados da década de 1970 e tencionava fornecer ao cirurgião informações adicionais ao diagnóstico primário do paciente. Além disso, auxiliava no estadiamento tumoral e assessorava o planejamento cirúrgico.1

Em 1977, Makuuchi e colaboradores aplicaram o uso da USIO durante cirurgia hepática e do pâncreas pela primeira vez.2 Com a melhora da acurácia da técnica e os avanços tecnológicos, a partir da década de 1980, a USIO foi amplamente difundida e progressivamente utilizada no auxílio ao diagnóstico e ao manejo de lesões hepáticas em diversos centros médicos do mundo.

Atualmente, um dos grandes benefícios comprovados da USIO é seu emprego para ressecção de metástases hepáticas nos pacientes com câncer colorretal e neoplasias neuroendócrinas.3 O benefício da ressecabilidade da metástase hepática do câncer colorretal, por exemplo, foi descrito em 1963 por Woodington e Waugh, demonstrando que era possível uma sobrevida de 20% em cinco anos para esse tipo de doença.4 Fong e colaboradores, em uma grande casuística envolvendo 1.001 pacientes, operados entre 1985 e 1998, demonstraram uma sobrevida de 37% em cinco anos.5

Hoje, o emprego da USIO nas cirurgias do fígado está bem consolidado; no entanto, é necessário conhecer princípios básicos do aparato da USG, além da anatomia hepática tridimensional para sua correta indicação e utilização.

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