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USO E ABUSO DE IMPLANTES HORMONAIS MANIPULADOS

Autores: Alexandre Hohl, Simone van de Sande Lee, Marcelo Fernando Ronsoni
epub-BR-PROENDOCRINO-C15V1_Artigo5

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever as vias de administração de medicamentos;
  • revisar os conhecimentos da medicina baseada em evidências (MBE);
  • elencar os sinais e sintomas associados ao uso abusivo de hormônios.

Esquema conceitual

Introdução

A via de administração é a maneira como o medicamento entra em contato com o organismo. É possível administrar um fármaco por via oral (VO), sublingual (SL), retal, vaginal, uretral, muscular, venosa, nasal, oftálmica, entre outras.1 Os implantes manipulados utilizam a via subcutânea (SC) de administração de hormônios sob a forma de pequenos tubos flexíveis, que medem entre 4 e 5 cm de comprimento e são colocados, preferencialmente, na região glútea. O(s) hormônio(s) é(são) liberado(s) gradativamente na corrente sanguínea, por um período de 6 a 12 meses, a depender do tipo de implante.2

No Brasil, a utilização de implantes hormonais com esteroides sexuais e seus derivados vem aumentando de forma avassaladora e sem nenhum controle. Por serem apresentações customizáveis, existe um real risco de super e subdosagem. Os relatos de efeitos adversos associados ao uso de implantes de gestrinona e outros hormônios androgênicos em mulheres aumentam a cada dia, como acne, aumento de oleosidade na pele, queda de cabelo, aumento de pelos, mudança no timbre da voz, clitoromegalia, alterações hepáticas e cardíacas.3,4

Atualmente, não existem estudos randomizados e controlados com implantes hormonais manipulados para qualquer tratamento de doença. Dessa forma, não é possível responder questões de eficácia e segurança na utilização de hormônios manipulados por essa via de administração.

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