MANEJO DO PACIENTE EM USO DE ANTICOAGULANTES OU ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS DIANTE DA NECESSIDADE DE CIRURGIA NÃO CARDÍACA

Autores deste artigo

• FRANCISCO AKIRA MALTA CARDOZO

• DANIELLE MENOSI GUALANDRO

Resumo

O número de cirurgias não cardíacas realizadas anualmente vem aumentando de forma expressiva nas últimas décadas. Com isso, a prevalência de pacientes com comorbidades cardiovasculares, em uso de anticoagulantes e/ou antiagregantes plaquetários que irão ser submetidos a procedimentos cirúrgicos, torna-se mais frequente. Estima-se que cerca de 5% dos pacientes que recebem uma angioplastia coronariana irão precisar ser submetidos a procedimentos cirúrgicos ainda no primeiro ano após implante. Por um lado, a manutenção de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários pode elevar os riscos de sangramento perioperatório, o que, por sua vez, está relacionado com piores desfechos e aumento de mortalidade cirúrgica. No entanto, a suspensão abrupta de tais fármacos, associada às alterações pró-trombóticas induzidas pelo estresse cirúrgico, expõe o paciente a risco aumentado de complicações cardiovasculares no perioperatório. O manejo ideal de antiagregantes e anticoagulantes deve ser individualizado conforme o tipo de procedimento proposto, o risco de sangramento do paciente e o risco de eventos trombóticos em caso de suspensão.

Palavras-chave

Anticoagulantes; Assistência perioperatória; Agregação plaquetária; Cirurgia