USO DA ULTRASSONOGRAFIA INTRAOPERATÓRIA NAS RESSECÇÕES DE METÁSTASES HEPÁTICAS

Autores deste artigo

• RENATA TIEMI MOREIRA DE RESENDE

• EDUARDO NACUR SILVA

Resumo

O desenvolvimento da ultrassonografia intraoperatória (USIO) de cirurgias hepáticas se deu na década de 70, e atualmente, a ressecção de metástases hepáticas nos pacientes com câncer colorretal e neoplasias neuroendócrinas mostra grande benefício relacionado ao aumento da sobrevida desses pacientes. Para sua correta indicação, é necessário conhecer princípios básicos do aparato da ultrassonografia, além da anatomia hepática tridimensional. Sua utilização é descrita principalmente no estadiamento de neoplasias, como guia para ressecções hepáticas, além de localizar, medir e relacionar lesões e as estruturas anatômicas. Objetivos: auxiliar o leitor na utilização da USIO no tratamento cirúrgico de pacientes com metástase hepática de tumores colorretais e neuroendócrinos; na avaliação anatômica do fígado e no planejamento da abordagem cirúrgica. Discussão e conclusão: a via de acesso às lesões hepáticas pode ser convencional, laparoscópica ou robótica. Para abordagem é necessário verificar a viabilidade de ressecção com margens negativas e avaliar a factibilidade técnica, respeitando critérios como a preservação de adequado fluxo vascular e drenagem biliar; preservação venosa adequada e manutenção de volume remanescente hepático suficiente pós-ressecção. Após a análise de todas variáveis, deve-se dar seguimento à hepatectomia, seguindo os preceitos oncológicos e funcionais, bem como as boas práticas cirúrgicas.

Palavras-chave

Ultrassonografia; Metástase; Câncer colorretal; Tumor neuroendócrino; Cirurgia hepática.