Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- definir CPs;
- reconhecer a importância dos CPs para pacientes com elegibilidade;
- identificar pacientes com necessidade de CPs;
- planejar a abordagem junto ao paciente, família e equipe multiprofissional envolvida;
- identificar os sintomas que impactam negativamente a qualidade de vida dos pacientes;
- conhecer raciocínios terapêuticos necessários para um melhor controle sintomático;
- reconhecer sintomas multidimensionais sofridos pelos pacientes.
Esquema conceitual
Introdução
A clínica médica traz, em sua história, uma indissociável e profunda relação de intimidade com o tema dos cuidados paliativos (CPs) e todas as suas subáreas de aprimoramento; pois, no dia a dia das atividades clínicas, seja em nível assistencial primário, secundário ou terciário, há pacientes com potencial benefício de oferta dos CPs. Dessa forma, deve-se estar capacitado para identificar, abordar e conduzir esses casos com habilidade técnica e maestria, visando sempre os melhores resultados clínicos, que favoreçam um melhor prognóstico e uma melhor experiência pessoal possível no que concerne a qualidade de vida do paciente e do seu núcleo familiar, conforme seus conjuntos de crenças, preferências e valores.
Assim, é importante o estudo constante da clínica médica como área de conhecimento para autoaprimoramento clínico, não somente para profissionais de saúde especializados no tema — que certamente são imprescindíveis devido ao seu potencial de capilarização, disseminação e aprimoramento dos CPs —, mas também por generalistas e especialistas focais que cuidam de pacientes portadores de doenças ameaçadoras da vida, como cardiologistas, neurologistas, oncologistas, geriatras, nefrologistas, hematologistas, intensivistas, emergencistas e outros profissionais nos distintos níveis de atenção.