Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os princípios dos CPs em SEs;
- reconhecer as habilidades esperadas em CPs para emergencistas pediátricos;
- identificar fatores que interferem na comunicação na SE;
- descrever um plano terapêutico paliativo e o manejo dos sintomas em SE;
- discutir os aspectos éticos relativos aos CPs.
Esquema conceitual
Introdução
As salas de emergência (SEs) pediátrica recebem pacientes com uma ampla variedade de doenças, desde vítimas de trauma até aqueles com condições crônicas e terminais. Os objetivos das equipes que trabalham em emergência são o atendimento rápido da situação clínica aguda e a estabilização, para posterior transferência para unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP) ou leitos de internação. Os cuidados paliativos (CPs) fogem dessa lógica; por isso, é tão desafiador prover a assistência de qualidade ao paciente que necessita desse tipo de atendimento.1
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), CPs são uma estratégia terapêutica que visa à qualidade de vida do paciente e de seus familiares em situações de doenças limitadoras da vida, com impecável assistência ao tratamento da dor e de todos os sintomas associados ao fim da vida.2
Apesar da importância do tema, poucos estudos avaliaram a assistência oferecida a pacientes em condições finais de vida em SE pediátrica.3 Neste capítulo, serão abordadas considerações sobre CPs em SEs, incluindo habilidades esperadas para emergencistas pediátricos, comunicação empática nessas situações, plano terapêutico paliativo e aspectos éticos relativos aos CPs.